3 resultados para Narrativa de construção de museus

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In “La mancata fortuna del romanzo italiano” (1995), Calvino discusses the reasons why the romance did not assert itself as a genre, counteracting  the “fearless and adventurous” texts from other literatures. After assuring the fatherhood of the genre in Italy to Manzoni, he observes that what was missing was in fact one of his main characteristics: the adventure. From this finding,  Calvino asks how it would be, nowadays, the Italian adventure romance. The questioning made around the 1950s (the text above is from 1953) sketches, to our understanding, a practical response 25 years later in the romance called Se um viajante numa noite de inverno (1979), in which Calvino narrates the "adventure" of the Reader who dives into a tangling romanesque discourses that never complete themselves. Such seduction strategy is associated to the actual narrative construction of Calvino, who conceives the romance as a "machine envisaged to tell a story that fascinates the readers."  (CALVINO apud NETO, 1997, p. 141). Calvino's words express two aspects of utmost importance in his literature - which will be fundamental in Se um viajante numa noite de inverno: the concern with the narrative architecture and the fascination that the plot must exert on the reader. In this reading of  Se um viajante numa noite de inverno we intend to highlight how these two aspects are imbricated in the romance, enabling Calvino to make true his so-dreamed Italian "adventure romance" from the problematization of the relation writer and public-reader. 

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Este artigo aplica-se ao estudo sobre a construção de Lavoura ar arcaica caica caica, de Raduan Nassar, observando para tanto dois elementos notáveis e perturbadores na leitura desse romance, tais como a aparente falta de linearidade narrativa e a presença de registros distintos de linguagem, onde predomina ora o tom lírico, ora o recitativo. Esses dois elementos configuram-se, no texto de Nassar, subversões aos discursos totalizantes e universalistas. Essa construção de estilos divergentes encontra uma estreita vinculação com certos aspectos próprios da pós-modernidade filosófica, erguidos a partir da negação de um pressuposto do Iluminismo, concernente à razão universal, avessa à parcialidade da palavra individualizada.

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Este artigo aborda algumas crônicas de Machado de Assis, tomando-as como textos estratégicos, no que tange à construção imaginária e empírica do leitorado brasileiro. Trata-se de estudo que analisa as relações entre o impresso e o receptor oitocentista, estabelecidas nos textos recortados por meio de mecanismos discursivos específicos, como a natureza fragmentária do tipo de narrativa em tela, o que gera a criação de mosaicos temáticos. Tais mosaicos, aproximando-se da própria configuração da folha jornalística, adequar-se-iam às peculiaridades dos diferentes segmentos do leitorado de então, podendo dialogar com padrões de gosto já existentes e, simultaneamente, criar novos padrões. O enfoque da crônica demanda que se discuta uma possível flutuação de fronteiras entre documento/ficção, a qual funciona, aqui, como uma das portas para a investigação sobre as relações texto/jornal/leitor próprias do final do século XIX. O objetivo deste artigo é, assim, investigar algumas das estratégias autorais e editoriais usadas na época, no intuito de que se construísse o público leitor e consumidor dos bens culturais impressos que eram produzidos,fazendo-os circular mais amplamente pela sociedade, de forma a que atingissem segmentos sociais antes desconsiderados, caso das mulheres, por exemplo. Para tanto, os mosaicos temáticos construídos nas crônicas em foco serão analisados sob a ótica da interação entre o ficcional e o histórico e enquanto instrumentos de formação do gosto pela leitura. A argumentação apresentada fundamenta-se na Teoria do Efeito, de Wolfgang Iser, na História da Leitura, de Roger Chartier, Marisa Lajolo, Regina Zilberman, nos estudos sobre crônica, de Marília Rothier Cardoso, Sidney Chalhoub, Antonio Candido, entre outros.