3 resultados para Modalização epistêmica
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Resumo:
Este artigo analisa a expressão da modalidade sob a perspectiva da Gramática Funcional. Esta teoria está assentada sobre os pressupostos da competência comunicativa dos indivíduos que além de codificarem e decodificarem as expressões lingüísticas usam e interpretam-nas de uma maneira interacionalmente satisfatória. Por meio da modalidade epistêmica, o enunciador expressa com maior ou menor grau de adesão seu ponto de vista em relação à verdade do conteúdo proposicional. A modalidade assume a função de direcionar para o interlocutor o ponto de vista do locutor. Este pode, por exemplo, marcar seu discurso como incontestável ou duvidoso, depende da expressão modalizadora utilizada e do nível da camada do enunciado em que a expressão está. Em uma investigação de base funcionalista a modalização epistêmica pode atuar nas diferentes camadas de constituição da frase (HENGEVELD, 1989). No nível da predicação o falante descreve para o ouvinte o estado de coisas sem manifestar a sua posição, já no nível da proposição, ao qualificar epistemicamente seu enunciado, o falante não somente avalia como certo ou possível, mas também se posiciona, ou seja, expressa seu ponto de vista. Para a realização desta análise utilizamos como corpus o texto, A Lição de Willie Sutton ao PT, de autoria do colunista José Alexandre Scheinkman, veiculado no jornal Folha de São Paulo em 24/09/2006. Por meio da organização lingüística do texto, temos como pressuposto e posteriormente concluímos que o locutor utiliza-se da modalidade subjetiva e evidencial para dar sustentação e credibilidade a seus argumentos, uma vez que essas marcas veiculadoras de modalização representam o comprometimento pessoal do falante em relação à verdade da proposição.
Resumo:
Este artigo é um relato parcial de uma pesquisa que investiga os processos de modalização em recortes textuais retirados de artigos de opinião publicados no jornal (online)Observatório da Imprensa. Durante o percurso traçado para o desenvolvimento do estudo, observou-se que os elementos linguísticos, quando atualizam noções deônticas ou expressam a necessidade epistêmica, retratam uma estratégia de modalização à qual o produtor do texto recorre para estabelecer uma interlocução mais ativa com o leitor no sentido de interpelá-lo a aceitar a “verdade” expressa e alinhá-lo à tese defendida no texto.
Resumo:
O objetivo deste artigo consiste em analisar as ocorrências do par “é + adjetivo”, quando em função modalizadora, no texto Comunicação democrática: quem financia a mídia privada?, de autoria de Venício de Lima, publicado no jornal Observatório de Imprensa ( on-line). O estudo limita-se à observação de recortes em nível frasal e parte da hipótese de que o par “é + adjetivo” é um recurso de modalização, uma vez que o seu uso evidencia a posição tomada pelo produtor do texto ao construir o enunciado, revelando sua intervenção avaliativa com relação ao conteúdo da mensagem. Antes da análise propriamente dita, faz-se uma retomada dos estudos que impulsionaram a pesquisa aqui parcialmente relatada. Trata-se dos estudos desenvolvidos no interior do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras – Unioeste por Sella (2000, 2004), Sella e Roman (2004), Busse (2004) e Vicenti (2007). Procura-se demonstrar a pertinência desses estudos para a pesquisa em desenvolvimento, bem como apontar algumas redefinições surgidas em razão do perfil do corpus, que se apresenta diferente do selecionado pelas autoras supracitadas, e em razão de novas perspectivas de análise, pautadas mais diretamente nos trabalhos de Castilho e Castilho (1992).