MODALIZADORES EPISTÊMICOS: UMA INVESTIGAÇÃO FUNCIONALISTA
Data(s) |
01/01/2000
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Resumo |
Este artigo analisa a expressão da modalidade sob a perspectiva da Gramática Funcional. Esta teoria está assentada sobre os pressupostos da competência comunicativa dos indivíduos que além de codificarem e decodificarem as expressões lingüísticas usam e interpretam-nas de uma maneira interacionalmente satisfatória. Por meio da modalidade epistêmica, o enunciador expressa com maior ou menor grau de adesão seu ponto de vista em relação à verdade do conteúdo proposicional. A modalidade assume a função de direcionar para o interlocutor o ponto de vista do locutor. Este pode, por exemplo, marcar seu discurso como incontestável ou duvidoso, depende da expressão modalizadora utilizada e do nível da camada do enunciado em que a expressão está. Em uma investigação de base funcionalista a modalização epistêmica pode atuar nas diferentes camadas de constituição da frase (HENGEVELD, 1989). No nível da predicação o falante descreve para o ouvinte o estado de coisas sem manifestar a sua posição, já no nível da proposição, ao qualificar epistemicamente seu enunciado, o falante não somente avalia como certo ou possível, mas também se posiciona, ou seja, expressa seu ponto de vista. Para a realização desta análise utilizamos como corpus o texto, A Lição de Willie Sutton ao PT, de autoria do colunista José Alexandre Scheinkman, veiculado no jornal Folha de São Paulo em 24/09/2006. Por meio da organização lingüística do texto, temos como pressuposto e posteriormente concluímos que o locutor utiliza-se da modalidade subjetiva e evidencial para dar sustentação e credibilidade a seus argumentos, uma vez que essas marcas veiculadoras de modalização representam o comprometimento pessoal do falante em relação à verdade da proposição. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/911 10.5935/rl&l.v8i14.911 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/911/775 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 8 n. 14 (2007); p. 179-192 1981-4755 1517-7238 |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |