4 resultados para Laberinto mágico

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O presente estudo apresenta algumas reflexões acerca do pensamento infantil e seus aspectos poéticos. Para tanto, inspiramo-nos em um conto de João Guimarães Rosa, extraído do livro Primeiras estórias, intitulado “A partida do audaz navegante”. A protagonista do conto é uma criança cujo olhar poético é traduzido em um discurso também poético e polifônico, rico em desvios sintáticos e em criações vocabulares insólitas e instigantes. O conto enfocado revela a presença de um olhar lírico e filosófico sobre as situações cotidianas, que rompem com os paradigmas tradicionais e trazem à tona o imprevisível. A protagonista da história em questão apreende e compreende a realidade pelo viés poético, criando, deste modo, revoluções discursivas poéticas para as situações cotidianas. E é justamente este olhar que a faz ver novas possibilidades onde ninguém consegue ver. Esta forma singular e imprevisível de produzir os discursos por parte da criança na obra de Guimarães Rosa é similar aos gestos discursivos da criança de um modo geral, que, no presente estudo, relacionamos aos do poeta. As surpreendentes desacomodações sintático-gramaticais presentes nas falas da protagonista, longe de serem encaradas como erros gramaticais, fazem-nos refletir sobre o vigor do discurso infantil e as suas idiossincrasias, reflexos de um universo lírico e criativo. O pensamento mágico da criança e sua perplexidade diante do universo que a cerca se expressam por meio de um discurso também mágico e insólito, como o dos poetas. Deste modo, por meio de um diálogo com o filósofo Bachelard, em sua Poética do devaneio, propomos, neste estudo, uma apreciação do discurso infantil no que ele possui de mágico e original, fruto de devaneios criativos, desamarrados dos condicionamentos da linguagem mecânica e instrumentalizada.

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This article presents reading strategies that seek to contribute to better understand the words and images used in digital advertising discourse of cosmetic antisignals intended in particular to female audiences. For this analysis, we start from the assumption that, if such products are sold, the language of advertising messages carefully prepares to persuade the female audience to a possible need to purchase. The development of reading strategies is supported by the Polyphonic Theory of the Utterance of Oswald Ducrot, so that these serve as input for similar analysis, covering other text types. It starts from the assumption that there is a common given in these ads: the advertised products are invested in a magical power, which suggests that can minimize or even eliminate the marks that the time printed on the faces of those who use the products.

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Starting by the productive flourishing that children’s literature has been through between the decades of 1960 and 1980, this paper analyses the most inovating aspects of the book A bolsa Amarela (1976), by Lygia Bojunga Nunes. This literary piece is highly relevant because it incorporates an inovating structure combined with an inovating theme. In this sense, aspects such as language, fantasy, the seek for identity and individuality in an oppressive family environment and the constant questioning of family structure are all delineated here. In this way, A Bolsa Amarela is a proof that there are no restrictions concerning the young readers, since it is possible to approach the most intimate and complex feelings of the young people. Besides, this literary piece metaphorically represents Brazil in the 60‘s by focalizing the child’s viewpoint, revealing inumerous situations which constitute real analogies to dictatorship in Brazil, resulting in  thorough criticism to reality.

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O presente ensaio nasce com o objetivo de travar uma discussão entre o surgimento da literatura infantil em terras brasileiras e persistência da censura no que tange o referido sistema literário, posto que infelizmente, ainda hoje, para muitos, a literatura infantil e a juvenil deve ter a função de ensinar de acordo com a “moral” de alguns grupos sociais. Ademais, nos interessa trazer a leitura de três obras literárias que possuem como elo a queima a livros em diferentes contextos históricos e sociais, sendo elas: O mágico de verdade(2008) de Gustavo Bernardo, Beto, o analfabeto(2008), de Drummond Amorin e Assassinato na Biblioteca(2009) de Helena Gomes, argumentamos que as queimas de livros ficcionais dialogam veementemente com a dificuldade de acesso a obras literárias em escolas públicas brasileiras e o descaso de governantes a fim de alimentarem políticas de Estados que assegurem que os alunos cadastrados em escolas públicas brasileiras tenham acesso a obra de qualidade estética. Para tanto, nos apoiaremos em trabalhos pioneiros acerca da história do livro, tais como Uma história da leitura (1997), Alberto Manguel e História da Leitura (2006), Steven R. Fischer, a fim de validarmos que queimar livros sempre foi uma prática dos detentores do poder.