6 resultados para LINGUAGEM TEATRAL
em Línguas
Resumo:
O presente artigo volta-se para a análise da linguagem televisiva enquanto mecanismo de transmissão ideológica e manifestação de poder, desta forma a sua compreensão na atual sociedade revela-se não apenas como um objeto de estudo, mas sim como uma necessidade para a formação de sujeitos sociais. Neste contexto partimos do pressuposto que a linguagem, a palavra em si, vem carregada de significações, a mesma expressa as diversas relações historicamente construídas, é “arena” de conflitos, persuasões, compreensões, etc. Assim, na medida em que for sendo construída a reflexão da linguagem na perspectiva da totalidade, estará sendo perseguida a compreensão da mesma enquanto formadora da consciência dos homens. Com vistas a compreender a linguagem da realidade nas interações sociais estaremos nos reportando a Bakhtin o qual afirma que “na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial” (BAKHTIN, 1999, p. 95). O objetivo é o de proporcionar uma análise que evidencie a linguagem presente nas mensagens audiovisuais e mais especificamente a linguagem televisiva. Imagens e sons têm cada vez mais educado crianças, jovens e adultos, formado assim a sua inteligibilidade e sua compreensão de mundo.
Resumo:
Este artigo, com base nos princípios da geolingüística e da lexicologia, analisa as cartas léxico-semânticas do Atlas Lingüístico do Paraná (Aguilera: 1994), principalmente as que apresentam a distribuição diatópica de itens lexicais de base tupi. Tem como objetivo demonstrar a influência de variáveis externas, como a história do povoamento do território paranaense, na definição de áreas de isoglossas. Verifica-se que a contribuição do tupi se manifesta mais fortemente nos pontos lingüísticos situados no litoral, como Guaraqueçaba, Morretes, Antonina e Paranaguá e em outras localidades que constituem a região do Paraná Tradicional, deixando evidentes as marcas dos autóctones que ali habitavam e a dos bandeirantes procedentes da antiga Capitania de São Vicente.
Resumo:
RESUMO: Este artigo traz reflexões teóricas para a audição do disco 3 Vitre PAIR dischi di polipoesia, produzido pelo poeta, ator e escritor italiano, Enzo Minarelli dedicado à história e desenvolvimento da Poesia Sonora. Neste texto destaco as relações intermidiáticas presentes na Sound Poetry. Os poetas que trabalham com esta poesia intermídia, fazem do corpo, da voz e da máquina (sintetizadores, gravadores e instrumentos musicais) elementos constituintes de uma poética que permeia a busca pela “arte total”, aspirada pelas vanguardas artísticas do século XX como o happening e o surrealismo.
Resumo:
Analisam-se as atividades referentes ao tópico 1- Procedimentos de leitura da Matriz de Referência da Prova Brasil, avaliação oficial do Ministério da Educação, aplicada a alunos de 4ª série do Ensino Fundamental, identificando-se as concepções de leitura manifestadas, bem como as concepções de linguagem presentes nesse instrumento. Os resultados das análises mostram que a Prova Brasil apresenta, como concepções de linguagem que subsidiam a avaliação oficial, a linguagem como expressão do pensamento e como instrumento de comunicação. Com isso, a concepção de leitura central da avaliação enfoca a extração de ideias do texto original, determinando o trabalho com a decodificação.
Resumo:
A comunicação se faz pela linguagem. Nós, seres de linguagem, nos comunicamos por meio da fala, sobretudo, e também através de cartas, crônicas, canções, pinturas, desenhos, dança, teatro, cinema, entre outros textos disponíveis dentro das sociedades. Todos eles têm a linguagem verbal como base explícita (a fala e a escrita) ou implícita (planos, rascunhos, roteiros, esboços etc). É por meio dela que se constrói toda história da cultura humana e, principalmente, a subjetividade dos indivíduos. Esta última se constitui por meio da dinâmica das interações linguageiras. Com essas premissas, o artigo discute que é pela linguagem que a gramática da língua materna é exercitada, tanto a que sustenta a competência lingüística do falante quanto a gramática normativa apresentada nos manuais escolares. Reflete sobre o ensino da língua nas escolas de ensino fundamental e médio a partir dos dados da avaliação internacional, PISA 2000. Aponta diferentes noções de gramática que podem subsidiar o trabalho do professor. Em seguida, reitera a proposta de que é por meio de textos, nas suas mais variadas formas, que se aprende, se apreende, se exercita e se reflete sobre a gramática. Enfatiza a relevância do ato de leitura de diferentes textos e do exercício da escrita como formas de trabalhar a gramática. E também do cuidado em não relegar as funções estética e informativa dos textos a segundo plano, tornando o ato de leitura algo enfadonho. Por último, apresenta relato de experiência e resultados obtidos, em sala de aula, que sustentaram a elaboração, a defesa das idéias e sugestões do artigo.
Resumo:
Embora nos últimos anos tenham-se ampliado as pesquisas e publicações que rompem com a visão do Brasil como um país monolíngue, é fato inegável que, no contexto escolar, ainda persiste fortemente esse mito, mesmo em contextos de fronteira em que a ‘superdiversidade’ (VERTOVEC, 2007) salta aos olhos. A Linguística Aplicada, em sua vertente indisciplinar e transcultural (MOITA LOPES, 2006, 2013; CAVALCANTI, 2013; SIGNORINI, 2013, entre outros), no âmbito das novas epistemologias que propiciam a apreensão de fenômenos ou eventos compartilhados em que todos são participantes, abre espaço para a discussão e/ou a solução de problemas relacionados a práticas de linguagem situadas. É sob esse enfoque que, nesse artigo, problematizamos o letramento escolarizado frente às práticas “multiletradas” (SOUZA, 2011; ROJO, 2012), como forma de legitimação dos saberes locais e da superdiversidade, no contexto escolar da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina. Para tanto, apresentamos exemplos provenientes de uma pesquisa etnográfica, focando em um evento na sala de aula de Língua Portuguesa em que professora e alunos/as trabalham colaborativamente na construção de uma peça teatral. Os resultados mostram como a negociação entre os saberes escolares institucionalizados e os saberes locais da vida vivida permitem que os alunos tornem-se protagonistas da própria história e mostram ainda como as práticas multiletradas fazem parte das suas práticas sociais.