3 resultados para José Ernesto Lima Gonçalves

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This study aims to make a linguistic analysis, in a semantic-discursive perspective, of the assumptions that are encoded in the question-answer pair (P-R) in the classroom discourse in terms of Ducrot (1987), Levinson (1983), Moura (2006). For this, we made an analysis and a description of the interrogative utterrances, qualitatively, using data which are part of the corpus The Study of Discourse Interaction in classes of elementary school (Cf. Santos, 2002), consist of ten classes recorded, to identify the interrogative contexts in which the assumptions are encoded; and the relationship that these establish with the activities developed in the classroom. The results show that the assumptions encoded in the questions are related to the structuring of the discourse, with regard to return information given, to project  the topic that will be developed and establish contact with students through interactivity.

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Para Benjamin (1992), a tessitura do texto literário se dá num processo minucioso e intencional, em que o narrador atua como o artesão, modela e indica os significados por meio dos arranjos linguísticos realizados no texto para a elaboração das imagens e da dramaticidade que tais imagens podem sugerir. Partindo de tal pressuposto, este texto pretende propiciar a reflexão sobre alegoria, processo mimético e elementos do grotesco nas obras Ensaio sobre a cegueira (1998) e As intermitências da morte (2005), de José Saramago. Entende-se que, configurada como tropo de pensamento, a alegoria pode ser observada, no texto literário, a partir do estudo dos signos presentes, que permitem a transfiguração para signos ausentes, conforme Hansen (2006), responsáveis por ampliar a significação. Além disso, no que se refere ao estudo da mimese e do grotesco — como elementos que atuam na construção alegórica —, será investigado, respectivamente, o universo teórico da mimese — tomando como referência os textos Livro X da República, de Platão, Arte Poética, de Aristóteles, e “Representação social e mimesis”, de Luiz Costa Lima —, procurando, ao considerar a tradição crítica, verificar de que maneira as figuras miméticas são empregadas nas obras em análise; e será estudado o grotesco como elemento que pode enriquecer o processo alegórico, pois, caracterizado como contraste, na perspectiva de V. Hugo (2004), o grotesco destoa do belo, da voz oficial, aludindo para o que não deve, ou não pode, ser mostrado. 

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O que ocorre quando crianças de 8 anos são solicitadas a reescrever, em provas escolares, textos-fonte previamente lidos por sua professora? Analisando 116 textos escritos por 30 estudantes de terceiro ano do Ensino Fundamental em escola pública paulista, o estudo procurou investigar: 1) As operações de escrita utilizadas pelos participantes; e 2) A possibilidade de encontrar criação em textos cuja proposta inicial era a de reprodução parafrástica. Partiu-se de uma concepção de linguagem que a vê tanto como um trabalho linguístico, um elemento ontológico fundador do ser humano (ROSSI-LANDI, 1985) quanto salienta seu caráter voltado para à variação e para a criatividade (BENVENISTE, 1991). Concluiu-se que, mesmo em exercícios escolares nos quais aparentemente existe pouco espaço para a inventividade, o exercício da escrita autoral pode irromper, pois as brechas de incompreensão e/ou equívoco que os textos apresentam para as crianças abrem oportunidades para o surgimento da subjetividade. Palavras-chave: escrita; reformulação parafrástica; autoria.