9 resultados para Identidade nacional - Angola
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Resumo:
The underlying imaginary geographical landscapes account from a certain perception of a nation's identity construction processes. It is what we find in the aesthetic design of Os transparentes the Angolan writer's Ondjaki, a work which you can see the boundaries between the territory and the individual who occupies it through constructions and deconstructions mutual processes. We therefore want to develop interpretive analysis of the relations that link the internal and external influences of characters in intense contact with the place they live in a battered building, located in a city in crisis, Luanda. We will analyze exchanges between the characters of this work, marking the movements of the narrators and text structure, movements point to the many ways to represent the heterogeneous space of cultural influences located in the historical and spatial context of contemporaneity. Therefore, we will use the Rita Chaves studies on the break with the fixity that undertake such characters and also the Tania Macêdo, on the relationship between literature, history and identity Angola. Materiality to immateriality, the work is meant to examine the physical dematerialization experienced by the protagonist, along the plot, highlighting a closer relationship between this process and the deterioration of the city, metonymic situation that may be related to poor stability as it flies to national identity Angola.
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RESUMO: Tendo como ponto de partida a organização discursiva da antologia de ensaios Nenhum Brasil existe, organizada por João Cezar de Castro Rocha, buscarei examinar as marcas de heterogeneidade no tocante à voz de Antonio Candido, no ensaio introdutório da antologia. Para tanto, levei em conta o conceito de discurso fundador (ORLANDI, 2003), na medida em que os dizeres fundadores de Candido na ensaística brasileira se constituem como processos de produção de sentidos que possibilitam o surgimento de outros processos discursivos em relação ao Brasil e à identidade nacional, na tensão entre repetição e deslocamento.
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Este artigo apresenta uma síntese do pensamento de Dante Moreira Leite (1927-1976) acerca da identidade nacional. Suas análises demonstram as contradições das formulações sobre o caráter nacional, ao denunciar as tentativas de generalizar as características particulares de um grupo ou classe de uma época, como se fossem de toda uma nação. Moreira Leite mostra como as formulações do caráter nacional se tornaram pseudocientíficos e se constituem em ideologias conservadoras ou burguesas, deformando realidades no intuito de fortalecer e manter o status quo. Neste sentido, Dante mostra a fragilidade de qualquer estereótipo que se aventura pelos caminhos das raízes do caráter nacional, utilizando-se de textos da literatura. Pontua o cientificismo de Silvio Romero, a originalidade de Euclides da Cunha e de numerosos outros autores, como Afonso Celso, Nina Rodrigues, Manuel Bonfim, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior. A partir dessas referências, conclui que as ideologias existentes ligadas à definição do caráter nacional brasileiro não representam a autêntica tomada de consciência de uma nação, mas obstáculos para que um povo se torne livre de preconceitos.
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This article aims to analyze the work The flagellates East Wind (1959), Cape Verdean writer Manuel Lopes, highlighting their contribution to the development of Cape Verde literature, from a regionalist perspective. In this work, Manuel Lopes introduces the reader to the hard reality that the panel are subjected the inhabitants of St. Anthony, victims of insular confinement and natural phenomena that afflict the region. Thus, this analysis understand regionalism as a timeless current, as Ligia Chiappini (1995), which does not exclude the universalism of the work and seek to identify the specifics of the landscape, the structure and organization of the Cape Verdean society, customs, cuisine, music, way of speaking as a translation for the construction of national identity. Therefore, we will use as theorists subsidies Manuel Ferreira (1997), Daniel Spínola (1998), Simone Caputo Gomes (2008) (2015), João Paulo Madeira (2014), Maria Aparecida Santilli (1985), Maria Nazareth Soares Fonseca e Terezinha Taborna Moreira (2014), among others.
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O presente artigo pretende iniciar algumas discussões em Análise do Discurso e de Literatura a respeito da obra Viva o povo brasileiro( 1984) de João Ubaldo Ribeiro.Pontuaremos o título da obra e a releitura da História Oficial do Brasil, em cujos moldes, os fatos relativos ao negro foram encobertos. Portanto, o romance agencia os discursos ocultados pela historiografia com uma multiplicidade de vozes, que compõem a identidade nacional brasileira via o discurso oral dos negros da ilha de Itaparica – BA.
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Terra Sonâmbula novel (1992) from Mozambican writer Mia Couto was published just in the year that civil war has been finished. The plot talks about a reading of Kindzu’s books by Muldinga boy to the old Tuahir. This reading becomes a vanishing point of a desolate land and a hopeless life to become in a gate of dreams. The narrative allows a study of compositional strategies, but those discussed here promote the reader’s instance having as theoretical studies of Umberto Eco and Roland Barthes. The aim is to demonstrate how these characters/readers are manifested in the working plan and seek hybridity in the proclamation of national identity. Thus, the empirical-readers are invited to wake up, bet, decipher puzzles spreaded by Mia couto throughout the ovel in a position of de-automatzation.
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This work aims to approach the novel Ana em Veneza (1994), of João Silvério Trevisan, considering discussions around culture / national identity and exile that occur from the character Alberto Nepomuceno. Thereby it is discussed the impressions of a character who is faced with identity dilemmas, between a dominant western culture – european - and his roots whose character is multicultural and multifaceted, as well as when approaching the issue of exile in the work, this dilemma becomes even more evident. Therefore, as a theoretical basis, will be used studies about historical extraction narratives, in view of the historical rescue and biographical present in the work.
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O artigo apresenta alguns aspectos comuns entre a obra do escritor brasileiro Erico Verissimo e a do escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido como Pepetela, que, apesar de viverem em épocas e contextos históricos e geográficos diferentes, apresentam uma grande afinidade literária entre algumas de suas obras. Dentre essas obras que possuem elementos convergentes destacamos O tempo e o vento, trilogia formada pelos romances O continente (1949), O retrato (1951) e O arquipélago (1962), de Erico, e Yaka (1984), de Pepetela. Ambos se assemelham por serem romances planejados por seus autores com um fim específico (em O tempo e o vento, a busca da identidade rio-grandense e a formação do estado do Rio Grande do Sul, e em Yaka, a formação da nação angolana e a construção da identidade nacional); por visarem à construção da identidade angolana e rio-grandense com base no contato de diferentes grupos sociais e raciais e por isso apostam na mestiçagem seja cultural ou biológica; por serem narrativas permeadas por guerras e revoltas sangrentas pela posse territorial; por apresentarem uma desconstrução de estereótipos criados pelo discurso oficial; e por ambos utilizarem recursos simbólicos e alegóricos de forma muito significativa, a começar pelos próprios títulos dos romances, passando por nomes de capítulos e de alguns outros elementos significativos em comum: terra, árvore, punhal e casarões coloniais. O texto aborda, principalmente, o processo de criação das duas obras, enfatizando as motivações que levaram Erico Verissimo e Pepetela a escrevê-las.
Resumo:
A Ilha de Timor, localizada a leste do arquipélago indonésio, corresponde a um território habitado há mais de 40 mil anos e conhecido desde há muitos séculos como fonte de sândalo de alta qualidade. Isso atraiu a atenção dos navegadores portugueses que passavam nesta região no princípio do século XVI. A partir de então, e por mais de 400 anos, Portugal explorou e ocupou esse território, mantendo um controle relativo dos povos locais, organizados em reinos independentes, e medindo forças com a estrutura colonial holandesa. Depois da Segunda Guerra Mundial, com consequências catastróficas para a ilha, as potências europeias enfrentaram os processos de descolonização. Quando a metade oriental da ilha declarou sua independência, o Timor Português daria lugar a República Democrática de Timor-Leste. No entanto, a invasão indonésia retardou por mais de vinte e quatro anos os anseios de liberdade do povo local. Com a participação decisiva da ONU, a resistência timorense obteve, enfim, sua vitória e, em 2002, essa nação pode começar a traçar seu próprio caminho de forma independente. Uma nova página começou a ser escrita, mas não com menos dificuldades e desafios. Nas entrelinhas desta história, a língua portuguesa percorreu uma estrada que a levou a ser escolhida como língua oficial da nação recém-formada. Os desafios gerados a partir desta opção se fundamentam em gerar política e planejamento linguísticos capazes assegurar a difusão e consolidação do português como traço cultural identitário e diferenciador do povo timorense, ao mesmo tempo em que possa acompanhar e fortalecer a tarefa maior da conquista da estabilidade social e política, consolidação da democracia e desenvolvimento desta jovem nação.