8 resultados para Foz do Iguaçu - Fronteiras - Teses
em Línguas
Resumo:
Este artigo tem como objetivo apresentar as percepções das crianças sobre a escola e o bairro onde vivem, às margens do rio Paraná, em Foz do Iguaçu. Embora esse contexto dê lugar a formas de vida singulares para todos os moradores fronteiriços dos três países, nosso interesse nas crianças de quinto ano do ensino fundamental, do lado brasileiro, concentra-se nas percepções sobre o espaço onde residem, caracterizado por concentrar diversas atividades de transporte de mercadorias vindas do Paraguai. A criança, compreendida por meio das contribuições teóricas da antropologia da criança e da infância, é vista como atuante e também produtora de cultura. Os dados foram obtidos por meio da pesquisa etnográfica e técnicas próprias da psicologia como histórias de vida e desenhos. Uma das percepções evidenciadas é que ser criança no bairro é viver sob olhares de suspeita e experimentar sentimentos ambíguos, quando se referem ao trabalho dos adultos, mas também experimentar sentimentos de cuidado e a proteção desses adultos para com eles.
Resumo:
O presente texto constitui-se em um estudo de caso etnográfico social, e, tem como objetivo analisar a habilidade de competência comunicativa em Língua Inglesa, de dois funcionários, em um hotel cinco estrelas, de Foz do Iguaçu. Compreender o bilingüismo situacional da amostra pesquisada e descrever a competência comunicativa nas interações com os hóspedes. Esta pesquisa demonstra ser relevante, por Foz do Iguaçu ser uma cidade muito visitada por estrangeiros, hospedando-se na cidade para fins de negócios, educação e turismo. Neste contexto, o inglês é considerado a língua da comunicação internacional globalizada, da ciência, da tecnologia, da mídia e do turismo. Os aportes teóricos que sustentam este estudo abrangem discussões e reflexões sobre bilingüismo, sobre a competência comunicativa gramatical e da sociolinguística interacional. Os resultados refletem a necessidade de aprimoramento da competência comunicativa nas interações com os visitantes estrangeiros, pois mesmo considerando-se e respeitando-se as variedades linguísticas da Língua Inglesa, observou-se que, no ambiente profissional, privilegia-se a norma institucionalizada como variedade de prestígio.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi compreender a importância da língua de sinais na vida dos professores surdos da Cidade de Foz do Iguaçu-Pr. Participaram deste estudo cinco professores surdos que trabalham em uma Escola Bilíngue para Surdos. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras). As análises dos dados foram realizadas a partir de três categorias: a aprendizagem da Libras; a relevância da família; e a possibilidade de participação social. Como referencial teórico utilizamos a abordagem histórico-cultural que compreende a relevância da linguagem para o desenvolvimento humano, tendo por estudiosos da educação do surdo Ferreira – Brito (1990), Karnopp (1994; 1999), Quadros (1997; 2017) e outros. Concluímos que a Libras deve ser a primeira língua das crianças surdas para o desenvolvimento e constituição do seu ser em sociedade, portanto, é imprescindível a aprendizagem dessa língua. Ainda, averiguamos que para uma boa apropriação da Libras, sem demasiados problemas no domínio da gramática, é preciso que a aprendizagem dessa língua não ocorra após os cinco anos de idade.
Resumo:
RESUMO: O presente artigo propõe uma reflexão sobre o conceito de estética vinculado ao espaço geográfico e simbólico da fronteira. A relação entre cultura e território é abordada através de uma breve análise de conceitos introduzidos pelas diversas áreas do conhecimento, como a geografia ou a filosofia. Através da conceitualização de uma geopoética trifronteiriça, pretendemos inserir a área da literatura nos chamados estudos de fronteira.PALAVRAS-CHAVE: Geopoética; fronteira; Tríplice Fronteira. http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20160002
Resumo:
O conceito de enunciado já evocou grande polêmica no decorrer do último século. Alguns estudiosos, como Saussure (1974), tomaram a decisão de não abarcá-lo em toda a sua complexidade, focando suas atenções nos aspectos formais da língua. Outros (Bakhtin, 1974, por exemplo) aceitaram o desafio e promoveram um conceito de enunciado que valoriza suas características composicionais e a extensão do seu volume – o discurso. A construção de uma disciplina com foco no enunciado permitiu, portanto, o aparecimento de visões críticas e polêmicas sobre o tema. Diferentes perspectivas foram concebidas e, como conseqüência, abordagens contrastivas para o seu estudo, desenvolvidas. Este artigo é uma tentativa de estabelecer alguns parâmetros de análise entre quatro diferentes perspectivas desenvolvidas pelos seguintes autores: Benveniste (1989), Bakhtin (1992), Possenti (1993) e Guimarães (2002). Além disso, propomos uma análise crítica das fronteiras do enunciado, procurando estabelecer os pontos de contato e as distinções que tais concepções assumiram no processo de conceituar o enunciado.
Resumo:
Resumo: Partimos da ideia de que a semiótica greimasiana ajuda o leitor a entender o universo narrativo, neste artigo pretendemos fazer uma breve análise, visando a depreender o processo de valorização criativa, temática e figurativa na construção de narrativas literárias produzidas em zona fronteiriça por literatas de uma poética aqui nomenclaturada de literatura fronteiriça. Integram nesse estudo algumas propostas literárias que se desenvolvem tanto na fronteira brasileira, como na fronteira boliviana. A análise tem como base a semiótica francesa de Algirdas Julien Greimas. Focalizam-se, portanto as obras da fronteira, América Latina; Brasil-Bolívia, com um olhar sobre o ficcional fronteiriço como instrumento facilitador do entendimento desta literatura de fronteira e suas conexões significativas. Palavras-chave: Semiótica francesa; Literatura de fronteira, Identidade; América Latina.
Resumo:
RESUMO O artigo busca refletir sobre a intrincada relação entre literatura, fronteira(s) e margens como signos que acrescem renovados sentidos à leitura e à abordagem críticas de obras e de artefatos artístico-literários que emergem de/em contextos fronteiriços. Ressalta, dentre outros aspectos, o crescente interesse por experiências literárias e textualidades contemporâneas várias, cuja marca se traduz no atravessamento e na superação das fronteiras que tornavam em outros tempos, mais ou menos, identificáveis os diferentes campos da atuação artística, seus meios de produção e as ferramentas de abordagem teórico-críticas. Destaca, ainda, a flagrante eclosão de hermenêuticas fronteiriças, que atuam não só no sentido de ampliar as possibilidades de leitura e abordagem críticas, mas, também, de reacender as discussões e o interesse sobre as fronteiras e os limites da literatura e do literário, de modo a abrigar um conjunto de novíssimas textualidades que desafiam, por assim dizer, as concepções normativas destas noções, tornando evidente o aspecto reducionista de que estão cercadas. O trabalho se volta para uma fronteira bem específica: a do Brasil com o Paraguai; para o portunhol selvagem, de Douglas Diegues, como uma experiência literária paradigmática, no contexto da literatura contemporânea, ao assumir como projeto estético-político a superação das fronteiras geográficas, linguísticas e as da própria literatura, além de lançar luzes sobre expressões literárias outras, também circunscritas a esse espaço fronteiriço, como é o caso de Selva trágica (1956), por exemplo. A reflexão se dará com base nas teorias pós-coloniais e na crítica decolonial.Palavras-chave: Literatura de fronteira; Poéticas selvagens; textualidades fronteiriças.
Resumo:
Este texto apresenta uma resenha da obra FRONTEIRAS PLATINAS EM MATO GROSSO DO SUL (Brasil/Paraguai/Bolívia): biogeografias na arte, crítica biográfica fronteiriça, discurso indígena e literaturas de fronteira, escrita por Marcos Antônio Bessa-Oliveira, Edgar Cézar Nolasco, Vânia Maria Lescano Guerra e Zélia Ramona Nolasco dos S. Freire. O livro, publicado pela Editora Pontes de Campinas, é fruto de reflexões empreendidas ao longo dos anos por esses pesquisadores do estado de Mato Grosso do Sul (MS), de diferentes universidades, acerca da crítica do pensamento fronteiriço. A obra é constituída de quatro capítulos, além de um prefácio e uma apresentação, em um total de seis textos. A partir de diferentes lugares enunciativos, os autores fomentam a importância dos estudos que pensam os sujeitos marginalizados, no intuito de destacar as noções-chave que atravessam reflexões de intelectuais fronteiriços e se apoiam, sobretudo, nos estudos pós-coloniais, epistemologias outras que constituem o ponto de partida para os estudos no âmbito das artes, da literatura e da linguística.