5 resultados para Ficção midiática

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No presente artigo apresento resultados iniciais da pesquisa A imagem da polícia na literatura brasileira, na qual identifico e examino as imagens desta instituição elaboradas por escritores brasileiros em três momentos da história: os primeiros anos da república brasileira (1889-1910), a Era Vargas (1935-1945) e os anos de chumbo da ditadura civil-militar brasileira chegando até a abertura política (1969-1985). As imagens que compõem a primeira fase da pesquisa foram extraídas de obras de Machadode Assis, Aluízio de Azevedo, Lima Barreto e Jõao do Rio e foram publicadas nos anos em que tanto havia uma reforma política no Brasil (a passagem do sistema monárquico para o republicano), quanto estava em curso uma tentativa de reforma da instituição policial, tendo em vista a inserção de aspectos ditos mais científicos de investigação e de punição. O levantamento e a análise dos textos permite aquilatar as críticas feitas pelos escritores da época ao literaturizarem uma instituição problemática porque era eivada de preconceitos, atrasos e resistente a inovações. Além disso, aspectos ainda hoje presentes na crítica à polícia, tais como a violência desproporcional e a corrupção, comparecem na literatura produzida no período e possibilitam uma compreensão mais ampla da realidade policial desde o ponto de vista da arte literária.

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A partir da análise da trajetória de algumas das principais personagens femininas dos romances O matador (1995) e Inferno (2000), da escritora brasileira contemporânea Patrícia Melo, nosso objetivo neste artigo é traçar alguns apontamentos acerca do modo como são aí representadas as relações de gênero, no contexto do feminismo contemporâneo. Passados quase quarenta anos da revolução sexual que marcou os anos 1970 no Brasil, a literatura de autoria feminina brasileira dada a público nos últimos anos tem acompanhado o desenvolvimento do modo de a mulher estar na realidade extraliterária. No entanto, em consonância comas preocupações de muitos(as) críticos(as) do feminismo contemporâneo,os(as) quais nos fornecem a metodologia aqui aplicada, há que se considerar os diferentes contextos em que a categoria mulheres - transposta para o universo literário - se constitui, bem como as modalidades raciais, classistas, étnicas, sexuais e regionais com as quais estabelece interseções. Nesse cenário, a autonomia e a condição de agente alcançadas, em tese, pela mulher, por intermédio das lutas feministas contra os desmandos da ideologia patriarcal, é relativizada. Demonstrar como isso ocorre na ficção de Patrícia Melo é nossa preocupação nesses apontamentos.

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Este estudo propõe uma leitura da obra Os sinos da agonia (1974), de Autran Dourado. A variedade de caminhos e a multiplicidade de soluções formais do romance brasileiro contemporâneo o caracterizam, inclusive com soluções diversas adotadas na mesma obra. Este é o caso de Os sinos da agonia (1974), de Autran Dourado. Neste estudo, procuramos seguir algumas estratégias do autor na elaboração do romance e na condução do relato, particularmente a relação entre a ficção e a história que dá sustentação ao enredo e as relações que o romance mantém com a tragédia clássica.

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Este estudo tem por objetivo estabelecer a comparação da construção do discurso ficcional nos romances A história do cerco de Lisboa (1989) de José Saramago e El paraíso en la otra esquina (2003) de Mario Vargas Llosa, obras que dialogam diretamente com o discurso da história. Evidenciamos o procedimento da intertextualidade que ocorre entre estes discursos, possibilitando uma aproximação entre ficção e história. Na obra de Saramago podemos notar como o narrador explicita a construção tanto do discurso da ficção como do histórico, ao relatar a trajetória fictícia de Raimundo Silva. Já na obra de Vargas Llosa o diálogo com o discurso historiográfico ocorre na reconstrução da história de vida da feminista Flora Tristán (1803-1844) e de seu neto Paul Gauguin (1848-1903), famoso por suas pinturas consideradas exóticas. Apesar de Saramago e Vargas Llosa fazerem parte de cânones literários diferentes, é possível constatar uma confluência entre os autores na sua produção ficcional.

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Part of the work of the Chilean writer Roberto Bolaño, who died in 2003, seemsto be articulated from certain aspects of his self. In other words, the way he writes his ownname on the text, or, how do we answer the question: “who is “I” in this text?”. Many of hisshort-stories and novels, not to mention the poems, operate strategies of hide and exposure ofthat “I” that speaks. Those strategies point to an uneven reading of his works, according to theinscription of the given name. Using the short-stories “Detectives” (1997) and “Muerte deUlises” (2007), the novel Los Detectives Salvajes (1998) and the compendium EntreParéntesis (2004), this article articulates an analysis that compares Bolaño’s aestheticsstrategies regarding his own personal history. We’ll investigate the consequences of choosingthe signature Roberto Bolaño, or Arturo Belano, his alter-ego, to the essays, the interviews orthe fiction work. The question is not the verification of the truth within the fiction, but, moreprofoundly, pose the exam in the effect of reality that comes from the subject-effect. Writing,as it is, is considered as a vehicle to the construction of the “self”, that leads to the unstableoverflow of a identity that ultimately can never be Roberto Bolaño.