A FICÇÃO DA FICÇÃO: DERRAMAMENTOS DE UM “EU” EM ROBERTO BOLAÑO
Contribuinte(s) |
FAPESP |
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Data(s) |
24/11/2010
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Resumo |
Part of the work of the Chilean writer Roberto Bolaño, who died in 2003, seemsto be articulated from certain aspects of his self. In other words, the way he writes his ownname on the text, or, how do we answer the question: “who is “I” in this text?”. Many of hisshort-stories and novels, not to mention the poems, operate strategies of hide and exposure ofthat “I” that speaks. Those strategies point to an uneven reading of his works, according to theinscription of the given name. Using the short-stories “Detectives” (1997) and “Muerte deUlises” (2007), the novel Los Detectives Salvajes (1998) and the compendium EntreParéntesis (2004), this article articulates an analysis that compares Bolaño’s aestheticsstrategies regarding his own personal history. We’ll investigate the consequences of choosingthe signature Roberto Bolaño, or Arturo Belano, his alter-ego, to the essays, the interviews orthe fiction work. The question is not the verification of the truth within the fiction, but, moreprofoundly, pose the exam in the effect of reality that comes from the subject-effect. Writing,as it is, is considered as a vehicle to the construction of the “self”, that leads to the unstableoverflow of a identity that ultimately can never be Roberto Bolaño. Parte da obra do escritor chileno Roberto Bolaño, morto em 2003, parece estar articulada a partir de certas figurações do seu “eu”. Muitos contos e romances, sem contar os poemas, operam estratégias de ocultamento e revelação desse “eu” que parecem apontar a uma leitura desigual dos seus escritos, conforme a inscrição que o nome próprio faz. A partir dos contos “Detectives” (1997) e “Muerte de Ulises” (2007), do romance Los Detectives Salvajes (1998) e do livro de ensaios Entre paréntesis (2004), o artigo articula uma leitura que veja em paralelo as estratégias estéticas de Bolaño ao tratar da própria história pessoal. Trata-se de, através da assinatura Roberto Bolaño ou Arturo Belano, seu alter-ego, desvelar as consequências decorrentes da colocação do eu tanto nestes contos como em entrevistas e nos ensaios. A questão não é a verificação da ficção com a realidade, ou seja, determinar o que há de real no que o autor diz que é ficção, mas ler o efeito do real como estratégia, realizada através do efeito-autor. A escritura, assim, é vista como o veículo de construção de um “eu”, que leva ao derramamento instável de uma personalidade que conferimos a Roberto Bolaño, mas que nunca poderia ser ele. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/4063 10.5935/rl&l.v11i21.4063 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/4063/3442 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 11 n. 21 (2010) 1981-4755 1517-7238 |
Palavras-Chave | #Auto-ficção #Autobiografia #Literatura latino-americana contemporânea |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |