6 resultados para Contexto cultural
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Resumo:
Com base nos pressupostos teóricos que orientam a análise da interação entre criação artística e mercado cultural, este trabalho propõe analisar as condições da produção literária vinculada à imprensa periódica e ao contexto cultural brasileiro do século XIX. O interesse desse exame está na importância de se recuperar as condições de enunciação literária que eram oferecidas a Machado de Assis nos diversos contextos de produção em que esteve inserido (livro, revistas e jornais).
Resumo:
José María Arguedas was a privileged peruvian writer for knowing two worlds, two cultures. His book El Zorro de arriba y el Zorro de abajo is one of the most unique and emblematic of Latin American literature. As a cultural mediator, Arguedas chronicles the changes in Chimbote. This microcosm is recognized by the reader through the polyphony of voices and records of their marginal characters. His cultural translation excels revealing their heterogeneity. In the book of Arguedas, as in life, is exposed the impossibility of harmonious coexistence between the two cultures. Through the position of Arguedas and opinions Moreiras, question the Rama theory of transculturation. Through an ethical stance, Arguedas is considered one of the most representative writers of the Andean context and Latin América.
Resumo:
O texto apresenta comentários sobre a importância da reflexividade no mundo das artes, em especial num contexto de novas condições técnicas de produção, distribuição e recepção das produções artísticas no cenário contemporâneo. Para tanto, a análise se concentra na leitura do conto “O Museu Darbot” de autoria do escritor Victor Giúdice. O texto pode ser descrito como exemplo significativo para compreender certas regras do processo de institucionalização das artes.
Resumo:
The concept of cultural cannibalism was discussed and re-established by intellectuals from the field of literary and cultural criticism, and it was also the object of creative appropriation by a significant group of writers in Brazil and in the Latin America context. Nevertheless, this concept is revitalized in the contemporary context, reflecting the critical consciousness of the writer on the understanding of social inequalities that shape Latin America, in its different segments, be they political, economic or cultural.
Resumo:
Vendo no resgate consciente de um discurso passado, tomado por canônico, a possibilidade da reconstrução de sentidos e exploração de “novas” estéticas, este trabalho objetiva refletir sobre o mito e o lastro cultural na obra Des-medeia (1995), de Denise Stoklos. No projeto estético desta dramaturga, o mito de Medeia é resgatado intertextualmente para ser desconstruído, fragmentado e reconstruído segundo novas significações. Se conforme a perspectiva grega politeísta o mito engendra-se como denotação do real, no contexto contemporâneo, conforme suas releituras e sua permanência na memória coletiva, fabuloso, é tomado como ficção, como metáfora da realidade. Na obra de Stoklos, todavia, erigido de acordo com novas molduras narrativas, o mito fabuloso é tomado como metáfora do modo como a sociedade ocidental se relacionou com as questões que formam o conteúdo narrativo do mito, em sua maioria, de tonalidade falocêntrica, tais como a traição, a violência, e as manifestações do caráter feminino. Assim, o mímema, a partir da indicação do mito como referente a ser desconstruído, dirige o público/leitor a questões essenciais que se referem não só à narrativa, mas ao modo como essa narrativa foi assimilada. O modo de assimilação ou representação, pois, também passa pelo processo da desconstrução, que é, em última análise, a desconstrução – reflexiva – do próprio sujeito (coletivo) que as operou. Na desconstrução do mito, pois, temos uma des-Medeia que atua no sentido de inverter o movimento trágico ao remodelar aquilo que se apreende como remetente à condição humana, haja vista que a obra de Denise Stoklos, que traz ao lado de um metafórico retrato do humano e do social uma proposta para o humano e para o social, por assim ser, parece agenciar o apaziguamento entre o individual e o coletivo, cerne da antinomia trágica presente no contexto contemporâneo. Se a esperança reside, no mais podemos falar de uma situação trágica, baseada no conflito histórico entre o indivíduo e as manifestações do social, mas que pode esvair-se tão logo haja do(s) indivíduo(s) uma atitude positiva em direção ao amor de que nos fala Stoklos.
Resumo:
Embora nos últimos anos tenham-se ampliado as pesquisas e publicações que rompem com a visão do Brasil como um país monolíngue, é fato inegável que, no contexto escolar, ainda persiste fortemente esse mito, mesmo em contextos de fronteira em que a ‘superdiversidade’ (VERTOVEC, 2007) salta aos olhos. A Linguística Aplicada, em sua vertente indisciplinar e transcultural (MOITA LOPES, 2006, 2013; CAVALCANTI, 2013; SIGNORINI, 2013, entre outros), no âmbito das novas epistemologias que propiciam a apreensão de fenômenos ou eventos compartilhados em que todos são participantes, abre espaço para a discussão e/ou a solução de problemas relacionados a práticas de linguagem situadas. É sob esse enfoque que, nesse artigo, problematizamos o letramento escolarizado frente às práticas “multiletradas” (SOUZA, 2011; ROJO, 2012), como forma de legitimação dos saberes locais e da superdiversidade, no contexto escolar da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina. Para tanto, apresentamos exemplos provenientes de uma pesquisa etnográfica, focando em um evento na sala de aula de Língua Portuguesa em que professora e alunos/as trabalham colaborativamente na construção de uma peça teatral. Os resultados mostram como a negociação entre os saberes escolares institucionalizados e os saberes locais da vida vivida permitem que os alunos tornem-se protagonistas da própria história e mostram ainda como as práticas multiletradas fazem parte das suas práticas sociais.