3 resultados para ANTIGUIDADE CLÁSSICA
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Resumo:
This article discusses the educational role of literature, looking for parallels between the theories of Plato (428/427–348/347 a.C.), Aristotle (384–322 a.C.), Antonio Candido (1918), Hans Robert Jaus (1921–1997) and Umberto Eco (1932). It ultimately sees the educational role as a synthesis of roles ascribed to literature from classical Antiquity to the present, since ultimately they converge towards the same point, viz. human education on the basis of the multiple elements that make up the aesthetic object.
Resumo:
Este artigo apresenta um debate sobre as relações de aprendizagem que o Drama Moderno estabeleceu com as produções da antiguidade. Para diagnosticar essas idéias, fez-se um estudo comparativo da construção de duas personagens femininas, uma protagonizando a tragédia clássica Antígona, de Sófocles, que data aproximadamente 441a.C., e outra o drama moderno A Moratória, de Jorge Andrade, publicado em 1955. Com base na trajetória de ambas as personagens, promoveu-se uma relação entre as situações vivenciadas por elas no intuito de afirmar a aproximação entre elementos do pensamento clássico e do moderno, criando, dessa maneira, uma ponte entre as consciências a partir da crítica da influência de Umberto Eco (2003).
Resumo:
Por meio da composição do novo romance Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso conselheiro Gomes, o Chalaça (1994), de José Roberto Torero, apresenta-se a vida de Francisco Gomes da Silva que, enquanto narrador de sua própria história, expõe sua participação em grandes momentos da história do Brasil. Esta retomada do passado dá-se sob a visão de quem exercia o posto de secretário pessoal de D. Pedro I. Subordinado a este ponto de vista interno aos eventos históricos, a imagem deste que se tornaria Imperador do Brasil é configurada por meio da utilização dos recursos bakhtinianos da paródia e da carnavalização. A visão intradiegética é possível devido à proximidade entre Francisco Gomes e o príncipe. Tal empresa é romanescamente motivada pelo anseio de desconstruir as imagens cristalizadas e tradicionalmente conhecidas da realeza e de eventos como, por exemplo, a proclamação da independência (1822); é a releitura crítica da história que o novo romance histórico propõe, e que no romance de Torero se mescla às premissas da picaresca espanhola, sendo Francisco Gomes da Silva o exemplo de pícaro que anseia pela ascensão social e cuja vida e história sempre ficam a margem. O Chalaça é uma personagem que realmente existiu, mas que a história oficial não fez questão de lembrar, já que ele não conduzia o imperador às ditas ações edificantes, mas sim, à picardias e aventuras extra-conjugais. Assim, objetivamos analisar a construção discursiva de D. Pedro I sob um novo foco, que aponta para a Literatura como leitora privilegiada dos signos da história.