3 resultados para .Estudo qualitativo
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Resumo:
Objetivo: Compreender o conhecimento e o uso da voz por mulheres que cantam em coral e as repercussões para a promoção da saúde. Métodos: Realizou-se estudo qualitativo, de dezembro de 2011 a fevereiro de 2012, com 13 mulheres de 23 a 66 anos, membros de um coral de uma universidade, em Fortaleza, Ceará, Brasil. Coletaram-se os dados através de entrevista semiestruturada. Aplicou-se a análise temática para organizar os resultados em categorias, analisando-as à luz do interacionismo simbólico. Resultados: Identificaram-se dois núcleos de sentido: conhecimento sobre voz e uso da voz. As coralistas definiram a voz como meio de comunicação, identidade pessoal e forma para expressar emoções. Elas não demonstraram conhecimento consistente sobre os aspectos anatômicos e fisiológicos da voz, mas as definições apresentadas mostram que elas entendem que a voz permeia espaços pessoais, sociais e profissionais. A voz profissional e o envelhecimento destacaram-se no contexto do uso vocal. As participantes reconhecem que o conhecimento e o uso da voz podem ser aprimorados pelas atividades no coral, o que remete à promoção da saúde. Conclusão: As coralistas apresentam conhecimento limitado sobre a saúde vocal, porém, compreendem os efeitos benéficos do coral sobre sua saúde, ampliando a compreensão sobre a voz; isso estimula a adoção de hábitos saudáveis e de medidas preventivas, o que favorece o uso vocal.
Resumo:
Objective: To know the perception of informal caregivers regarding the care for a family member with head and neck cancer. Methods: Qualitative study conducted between March and May 2014 in the radiotherapy outpatient center of the Centro de Alta Complexidade em Oncologia – CACON (Oncology High Complexity Center) of the Hospital Universitário de Brasília – HUB (University Hospital of Brasília) using semi-structured interviews with nine caregivers about the experience of caring for family members. Data underwent Content Analysis and four units of meaning were identified: “Representation of cancer in the Family”, “The care as debt, individual reward or reconstruction of family ties”, “Repercussions of cancer on the caregiver’s personal life” and “Social support and network used by caregivers”. Results: Feelings of sadness and surprise at the moment of diagnosis were attributed to cancer, as well as the idea of punishment. The care was seen as personal satisfaction, accomplishment and opportunity for family rapprochement. Work overload and change in routine were altered functions. Religiosity, exchange of experience in the waiting room and institutional support appeared as coping strategies. Conclusion: The experience of caring for family members with head and neck cancer directly interferes in the lives of caregivers. Pointing out the institutional embracement as a strategy within the social network reinforces the importance of integrating the caregivers as a significant part of the health care plan developed by the health team.
Resumo:
Objetivo: Identificar as representações ideativas de idosos edêntulos uni ou bimaxilares acerca das perdas dentárias e da reabilitação protética oral. Métodos: Estudo qualitativo, realizado entre janeiro e março de 2011 com sete idosos residentes em uma Instituição Pública de Longa Permanência do Recife-PE, com 14 idosos em atendimento na Clínica de Prótese Dentária da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Coletaram-se os dados através de uma entrevista semiestruturada que passou por análise de conteúdo. Resultados: Os achados possibilitaram identificar que, para os idosos, os dentes contribuíam tanto para a saúde quanto como para facilitar interações sociais, enquanto o edentulismo foi associado a uma pluralidade de sentimentos negativos. Quanto à reabilitação protética, eles enfatizaram os prejuízos para a saúde devido a próteses mal adaptadas. Conclusão: Os idosos acreditam que o edentulismo e a reabilitação protética estão associados, principalmente, a um conceito mecanicista da profissão, amplamente difundido entre os profissionais que privilegiam mais a odontologia curativa em detrimento da prevenção. Nesse contexto, para que o envelhecimento possa ser considerado uma etapa da vida com as mesmas qualidades e dificuldades de qualquer outra, sugere-se aos gestores e aos próprios profissionais em saúde que se comprometam mais com uma prática odontológica humanizadora e preventiva, a fim de proverem os requisitos mínimos para um envelhecimento com dignidade.