3 resultados para launching sideline
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
A caa e a pesca so exemplos clssicos de explorao de recursos naturais pelo homem, uma vez que estas atividades vm sendo desenvolvidas desde a pr-histria e, para algumas comunidades, continua sendo fonte de alimento to importante quanto era para nossos antepassados. A pesca e outros produtos oriundos do extrativismo vegetal tm sido alvo constante de pesquisas para atender o mercado industrial, em detrimento dos estudos de etnoconservao. Em conseqncia desse desinteresse institucional e de outros fatores polticos intrnsecos, pouco se sabe sobre a biologia, a ecologia, a etologia e principalmente sobre a intensidade de explorao da fauna cinegtica nos trpicos. H uma grande lacuna sobre estudos que tratam da dieta de populaes tradicionais na Amaznia, sobretudo aqueles que discorrem sobre a importncia econmica e nutricional da atividade de caa e sua correlao com a conservao da vida silvestre. Este Estudo de Caso orientou-se para realizar a caracterizao da fauna cinegtica explorada por famlias extrativistas nas comunidades Amin e Solimes na Reserva Extrativista do Tapajs/Arapiuns - PA, nas duas estaes do ano (chuva e seca), alm de revelar parmetros nutricionais da atividade de caa na dieta protica daquelas famlias. Os dados de abundncia relativa (biomassa) para as espcies registrada nas duas comunidades estudadas mostram que Dasyprocta leporina (cutia) se revelou como a espcie mais pressionada. Quando comparados os ndice de Biomassa (IB) entre as fontes de protenas animal e entre as comunidades estudadas, concluiu-se que a carne de caa, apesar de ser menos freqente em termos de dias de consumo em relao ao pescado, as refeies realizadas com carne de caa so mais fartas do que as refeies realizadas com peixe. Alm disso, com relao ao ndice de Protena (IP), quando comparado entre fontes critrios e parmetros para a implementao de projetos de manejo integrado de fauna em ocupaes humanas.
Resumo:
A proposta desta dissertao examinar a recepo crtica em lngua espanhola de Grande serto: veredas (1956), obra de Guimares Rosa (1908-1967). Desde a sua edio no idioma espanhol, a referida narrativa provocou certo impacto na sociedade de lngua cervantina por abordar um tema polmico como a relao ambgua de Riobaldo e Diadorim, oculta at o final da primeira leitura e por escrever numa linguagem potica acerca dos conflitos humanos e existenciais, inseridos na descrio de uma regio que ultrapassa os limites geogrficos, para a construo de um serto universal. A recepo crtica em lngua espanhola, de fato, iniciou-se em 1967 com a publicao de Grn sertn: veredas, pela editora Seix Barral, traduzida por ngel Crespo. Este trabalho prope uma leitura sobre as interpretaes da narrativa que causou grande repercusso entre os intelectuais hispano-falantes que, ao se debruarem sobre o serto, procuraram desvendar os sentidos forjados na obra. nessa perspectiva que sero abordados os textos do arquivo da Revista de Cultura Brasilea da dcada de 1960, elemento primordial para o desenvolvimento deste estudo e da recepo crtica mais contempornea de Soledad Bianchi (2004), Antonio Maura (2007), Maria Rosa lvarez Sellers (2007) e Pilar Gmez Bedate (2007), alm de outros crticos literrios brasileiros. Como base metodolgica desta pesquisa, recorrer-se- entre outras referncias, ao estudo sobre a teoria da recepo de Hans Robert Jauss no que concerne ao leitor como construtor de um novo objeto artstico. O trabalho est dividido, em trs captulos: no primeiro, far-se- uma abordagem dos pressupostos da Esttica da Recepo, de Hans Robert Jauss (1921-1997) e, sucintamente, far-se- uma discusso sobre o texto A tarefa do tradutor de Walter Benjamin e os princpios tericos de Antoine Berman no que tange ao ato tradutrio. Nos captulos posteriores, ser desenvolvido o trabalho especfico sobre a crtica no idioma espanhol, e por meio desta anlise, destacar-se-o as divergncias entre as obras de lngua portuguesa e espanhola, focando nos elementos pertinentes linguagem potica na construo do texto para os hispano-falantes e a insero da obra no contexto scio-histrico da fico rosiana nos pases de lngua hispnica.
Resumo:
A comunicao a seguir resulta da pesquisa bibliogrfica e de campo acerca das prticas de linchamento em Belm do Par, neste aspecto a iniciativa primeira debruou-se sobre a historiografia do ato, que forneceria suporte para posterior problematizao do mesmo enquanto questo de cunho eminentemente social. Neste sentido, aps todo o manancial de informaes colhidas tanto dos livros como dos jornais populares, adentramos no campo minado dos linchamentos, ideamos nos lanar sem amarras no mundo das gentes, locais de onde advm as modalidades mais estarrecedoras do uso desenfreado da fora bruta, visualizamos que os atores sociais neste universo elaboram suas prprias formas de enfrentamento do crime e ao mesmo tempo de manuteno de laos sociais comunitrios e para tanto lanam mo tanto de artifcios legais como tambm cambam para a ilegalidade. A visualizao de uma forma de sociabilidade gestada pelo medo e pela violncia a que sempre foram submetidos corroboram para que as respostas a criminalidade violenta seja de igual modo utilizando-se da fora bruta, a socializao entre os inmeros indivduos conhecidos ou no, vtimas ou mesmo expectadores de alguma forma de crime capaz de impulsionar a deciso arbitrria de ceifar a vida de um criminoso contumaz ou eventual, o linchamento se ressignifica enquanto modalidade de vingana coletiva assim uma forma avessa de aplicao popular da justia, onde visualizamos a violncia como ltimo recurso ao alcance popular que fornece resposta imediata a uma transgresso perpetrada, o grau de pertencimento dos atores sociais autores destes crimes, as vrias representaes sociais envolvidas, a ausncia de responsabilizao de seus participantes, a crena de que reagiram a um acontecimento cruel. Assim, nossa intuio sociolgica nos direcionou para a compreenso do mesmo tendo como ponto de partida os locais de onde os mesmos emanam e os atores sociais que fornecem aos linchamentos condies de existncia e manuteno na atualidade.