19 resultados para discursive pracitices [práticas discursivas]

em Universidade Federal do Pará


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Prticas discursivas sobre o homoerotismo e docncia so objetos de desejo nesta Tese produzida a partir do trabalho com narrativas docentes. Ao adotar-se uma investida em jogos discursivos subversivos que desmargeiam os centros e povoam as periferias na produo epistemolgica, adveio perscrutar sobre docncia e diferena e procurar em narrativas a produo da performatividade homoertica na experincia do ensino superior. No encalce deste intento, rastros levaram ao ps-estruturalismo como teorizao da diferena na busca de composies em devires e conduziram produo de uma escritura que ocorre em uma conjuno epistemolgica que considera a sua fragmentao, inconstncia, deslizamentos e interpelamentos arquitetados enquanto tirocnios discursivos, orientados, e por vezes desorientados, por entendimentos deleuzianos e foucaultianos. Nas linhas de fuga dessas orientaes se investe em uma experincia de escritura cartogrfica multiplicadora de acontecimentos em jogos intensos de processualidades e experimentaes para produzir uma potica da escrita com invenes, contos, poesias, devaneios e divagaes. Atravessa o estudo a compreenso da experincia homoertica na docncia enquanto lugar da abjeo virtualizado e atualizado num continuum de problematizaes e recolocaes, achados e criaes. A experincia homoertica na docncia opera, portanto, como um espao mvel, provocativo, perturbador, instvel e fronteirio, atravessado por prticas discursivas que lhe imprimem governamento, performatividade e desproblematizao, porm, lugar de onde emerge a possibilidade de dissensos. Por isso, quando o contrassenso da significao se instala no stio da experincia docente, as performances so deslocadas e passam a operar de forma produtiva forjando sujeitos fronteiras, entre/atravs, na travessia de dois lugares simblicos – o homoerotismo e a docncia.

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Este artigo apresenta o movimento construcionista como uma perspectiva crtica em Psicologia Social que prope compreender os processos de institucionalizao que tornaram certos acontecimentos essencializados. Para tanto, enfoca o estudo das prticas discursivas, considerando a linguagem como prtica que provoca efeitos. Essa perspectiva possibilita estudos que focalizam acontecimentos na interface entre os usos da linguagem e as condies de sua produo e veiculao. O movimento indica que necessrio direcionar pesquisas para os regimes de verdade que as prticas discursivas sustentam ou rompem e, tambm, para as relaes de poder que controlam, selecionam e organizam os enunciados.

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Dissertao que investiga e problematiza as prticas discursivas e os processos de constituio e subjetivao de sujeitos docentes envolvidos no discurso pedaggico sobre Formao de Professores no contexto do Movimento de Reestruturao Curricular do Curso de Pedagogia da UFPA, no perodo de 1992 a 2001. Parte das seguintes questes: Qual a provenincia do discurso pedaggico sobre formao de professores no interior do Movimento de Reestruturao Curricular do Curso de Pedagogia da Ufpa? Como este surge, para responder a que urgncia histrica? Qual sua emergncia? Que tipo docente, em particular, se deseja? Qual sua identidade? Que processos ou tcnicas de subjetivao so postos em ao para a constituio desse particular sujeito docente? Quais tcnicas de governana e prticas de si so postas em funcionamento para produzi-lo, fabric-lo? O que se prescreve a esse docente, o que ele deve ser? Assume a pedagogia como poderosa tecnologia de subjetivao e produo de sujeitos docentes e para responder a tais questes toma a arqueogenealogia, bem como a anlise enunciativa do acontecimento discursivo de perspectiva foucaultiana, como substrato e fio condutor terico-metodolgico e analtico. A anlise se concentra em fontes documentais institucionais do referido movimento de reestruturao curricular e outros que se constituem como campo de presena, interrogando o discurso pedaggico, atravs de suas formas concretas de apario, em sua materialidade, naquilo que produz, seus objetos discursivos, problematizando seu carter produtivo de sujeitos. Como resultado, evidencia que a subjetividade docente no campo da pedagogia continuamente produzida em uma cadeia entre prticas discursivas e no discursivas, e que dispositivos pedaggicos de produo de tais subjetividades, como o dispositivo de governamentalidade e o dispositivo de moralidade, se materializam em seus pressupostos tericos, em suas proposies temticas, prescries didticas, curriculares, avaliativas, enfim, em adjetivaes e predicativos direcionados ao sujeito docente como objeto do discurso pedaggico.

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Esta dissertao corporifica o trabalho de pesquisa pautado na identificao e anlise dos processos identitrios presentes nas prticas discursivas de professores de licenciatura da Universidade Federal do Par. O trabalho investigativo foi balizado por uma questo/problema orientada a levantar que posies identitrias so vivenciadas por docentes em sua trajetria de vida e percurso profissional. O principal objetivo deste estudo, portanto, foi verificar de que forma se processa a movimentao identitria de docentes durante a sua trajetria de formao e atuao. O aporte terico e metodolgico foi orientado por contribuies foucaultianas e larroseanas que permitiram o exerccio de problematizao, questionamento, desconstruo e atribuio de sentido s narrativas coletadas. Permitiram, ainda, entender a docncia como um campo perspectivado e as identidades como dispositivos marcados pela diferena. Foram coletadas informaes a partir da discursividade produzida em narrativas de dois professores de licenciaturas do Campus Universitrio de Castanhal. Dentre os resultados mais significativos se encontra o de que a atuao de docentes na UFPA os coloca em lugares bastante diversificados, sendo eles, em todo momento, interpelados por um processo discursivo que tenta impor-lhes identificaes e posturas a serem seguidas, bem como, condicionamentos sobre quem deve ser e que identidades assumir. Entende-se ser necessrio refazer, reinventar, desconstruir e construir outras identidades e outros papis docncia nos jogos de poder/saber.

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O presente trabalho traz como tema a violncia domstica contra a criana, diz respeito s prticas discursivas docentes face criana maltratada, buscando desvelar os limites e as possibilidades do enfrentamento dos maus tratos infantis domsticos no espao escolar. Para Tanto, foi realizado um estudo de caso de prticas e vivncias de um grupo de professoras da educao infantil de uma unidade escolar da rede pblica municipal de Belm, o qual foi desenvolvido atravs de entrevistas semi estruturadas, no perodo compreendido entre Maro e Junho de 2009. Portanto, categorias como: infncia, historicidade dos maus tratos, responsabilidades, reconhecimento, tica, entre tantos outros, embasaram este estudo, caracteristicamente terico e emprico. Tendo a hermenutica como fio terico-metodolgico inspirada nos princpios hermenuticos do agir humano de Paul Ricouer. As anlises das narrativas docentes indicam que em determinado contextos e circunstncias a responsabilidade civil perante a criana maltratada perde intensamente o seu sentido prtico normativo e somente uma responsabilidade tica calada no reconhecimento positivo das crianas, tem sustentado uma ao docente de enfrentamento dos maus tratos, este que como pretendemos sinalizar so imprescindveis para a construo de uma cultura de respeito e defesa da dignidade humana das crianas.

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Este trabalho apresenta uma anlise genealgica foucaultiana das prticas discursivas e de poder dirigidas a trabalhadores, sobretudo, rurais, que constituiro o objeto ―trabalho escravo‖. Partimos das diferentes nomenclaturas que so utilizadas para descrever as prticas de explorao dos trabalhadores, no Brasil, para darmos visibilidade aos diferentes campos de luta que se materializam na objetivao e subsequente subjetivao desses trabalhadores. Trabalhamos com a hiptese de que existe nesse jogo de poder-saber disputas que implicam em prticas de governamentalizao e de mecanismos biopolticos disparados por diversos segmentos que so convidados a arbitrar sobre a vida das pessoas, por meio do mbito do trabalho. Cada nomenclatura assim, ocuparia uma posio estratgica, afim de ―defender‖, ―representar‖, o lugar de saber do qual fala. Essas disputas culminam na produo de documentos, dentre os quais alguns foram escolhidos para serem analisados nesse trabalho dissertativo. So documentos de mbito internacional e nacional, a fim de que fosse problematizada essas prticas em dois nveis, j que percebe-se que ambos se interpolam e por vezes se completam na criao de estratgias e tticas agenciadas para o cuidado e gesto dos trabalhadores. Assim, verificou-se por meio de sries recortadas ao longo dos documentos que cresce uma demanda cada vez maior de pedido de punio aos considerados culpados em realizar as prticas de explorao, e dentre outras sries levantadas, h uma ampliao de um complexo tutelar, que comea a ser incentivado para o controle e vigilncia dos trabalhadores, estimulados por organismos internacionais como a Organizao Internacional do Trabalho, e outros movimentos e grupos da sociedade civil, que ajudam na produo de polticas pblicas que muitas vezes acabam funcionando como uma forma de controlar os riscos a que possivelmente esses trabalhadores estejam submetidos, utilizam-se da estatstica para justificar suas intervenes. Tem-se verificado, portanto, que um paradoxo de biopoder atravessa essas prticas, inserindo-as em um campo de gesto e controle da vida, onde se questiona se de fato os direitos e a dignidade humana dessas pessoas so levadas em considerao ou apenas ocupam um lugar dentro do campo dos acontecimentos possveis que devem ser controlados por prticas de governamentalidade? Finalizamos tentando articular essas questes produo de nomes utilizados para descrever as prticas de explorao dos trabalhadores, inserindo-os em estratgias de governo da populao.

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A dissertao aborda o desenvolvimento de prticas de sociabilidade e de uma rede de compromissos entre os atores sociais integrantes do mundo artstico (BECKER, 1982) ensejadas por meio da cano popular, bem como formas de produo e circulao dessa mercadoria cultural na cidade de Belm do Par, entendendo-a como uma rea de fronteira (HANNERZ, 1997) nos anos oitenta. Para isso, recorri categoria cena musical (STRAW, 1991) como subsdio para anlise dessas ocorrncias socioculturais. Trata-se de um estudo antropolgico com temtica histrica (FREHSE, 2005; SAHLINS, 1999) pautado em pesquisas em registros escritos e na oralidade que est dividido em trs captulos. O primeiro, intitulado "Uma cidade em expanso e sua cultura musical em processo" apresenta uma caracterizao das transformaes no cenrio urbano de Belm do Par no incio da dcada de 1980 e as fundaes de uma cena de cano popular. Assim, so estudados dois eventos fundamentais para a conformao desse cenrio musical, a Feira Pixinguinha em Belm do Par e o Projeto Jayme Ovalle. O segundo captulo "A produo da cano identitria pelas prticas discursivas de artistas da msica popular na Belm dos anos 80". Nele so objetos a relao do lugar com a feitura da cano e seus significados, a ideia de cano como objeto-valor, a formao da associao de msicos CLIMA e o estudo de algumas canes emblemticas da cena oitentista. O terceiro captulo, “Prticas de sociabilidade e os 'lugares da cano’ na Belm do Par oitentista” estuda os espaos sociais da cano popular como os lugares onde se produzia e consumia a essa mercadoria cultural e por onde circulavam artistas e pblico dessa modalidade musical na cidade - como bares, teatros, casas de show - sob as caractersticas do ambiente urbano local. Tambm, apresenta-se uma visada sobre os festivais da cano e as gravaes como mercadoria cultural e lugar de projeto (VELHO, 2008) para a categoria dos artistas do cenrio da msica abordado.

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Apesar do crescente interesse sobre as prticas discursivas em aulas de cincias, considero que ainda conhecemos pouco sobre o processo de significao em aulas de qumica. Nesse sentido, meu objetivo na presente dissertao foi analisar, a partir de um enfoque histrico-cultural, o papel de diferentes vozes na construo de significados em aulas de qumica. Durante as aulas abordei os processos de conservao de alimentos como tema de estudos. Participaram das aulas 28 alunos de uma turma do 1 ano do nvel mdio de uma escola pblica estadual, localizada na periferia de Belm. As aulas foram gravadas em vdeo, transcritas e analisadas microgeneticamente. Busquei evidenciar como as diferentes vozes mobilizadas nas minhas interaes com os alunos contriburam para a elaborao conceitual. Analisei as respostas escritas individuais de trs alunos, em diferentes momentos da atividade e a participao deles nas interaes ocorridas nos grupos. Tal anlise mostrou que nas respostas escritas iniciais dos alunos predominaram explicaes empricas dos sistemas. Aps a atividade, os alunos incorporaram elementos do discurso cientfico escolar em suas respostas e conseguiram elaborar explicaes tericas para os sistemas observados. Diferentes vozes participaram do processo de elaborao das explicaes nas aulas: a) a voz da observao emprica do fenmeno, que contribuiu para que os alunos compartilhassem observaes semelhantes e estabelecessem comparaes entre os sistemas e; b) a voz de experincias prvias cotidianas dos alunos, que contribuiu para que eles compartilhassem a idia de que sal e leo podiam ser utilizados como conservantes de alimentos; c) a voz de conhecimentos escolares anteriores dos alunos, que contriburam para a introduo de elementos novos no discurso, como fungos e bactrias; d) a voz do discurso cientfico escolar, introduzida por mim durante as interaes, que tambm contribuiu para a elaborao das explicaes tericas dos fenmenos observados. A considerao ou no dos diferentes pontos de vista apresentados pelos alunos constituiu limites e possibilidades para a elaborao dos sentidos dos conceitos desenvolvidos durante as aulas. Estes resultados chamam a ateno para a importncia do professor adotar uma abordagem comunicativa interativa dialgica, valorizando a explicitao e o confronto de diferentes perspectivas.

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O trabalho investiga as prticas discursivas de docentes da escola bsica e do ensino superior que exercem a prtica docente e a prtica de mestre de RPG, jogo/atividade de narrao de histrias de forma oral e coletiva onde os sujeitos so, ao mesmo tempo, autores e personagens das tramas. A investigao mobilizada pelas seguintes questes propulsoras: A) Quais prticas discursivas so produzidas por esses sujeitos sobre a docncia e ao mestrar RPG? B) Quais as aproximaes e refrataes entre essas prticas discursivas? De que modos essas prticas participam de processos de subjetivao desses sujeitos, isto de sua constituio enquanto docentes e mestres de RPG? O estudo desenvolve-se a partir da abordagem ps-estruturalista optando metodologicamente pela anlise foucaultiana do discurso das narrativas docentes. O texto apresenta a investigao de produo de narrativas como metodologia, as discusses tericas sobre subjetivao de Foucault e sobre ps-estruturalismo, as caractersticas do jogo e os discursos dos sujeitos acompanhados de anlise. Os resultados da investigao apontam para a constituio dos sujeitos e diversas aproximaes nas prticas e profundas refrataes.

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A tessitura textual ora apresentada incursiona no entrecruzamento das questes de gnero, sexualidade e docncia em sua produo em um movimento investigativo de cunho pscrtico. A abordagem da temtica tem como base terico-metodolgica, as possibilidades de tratamento dos discursos proposta por Michel Foucault, como referencial que orienta a investigao e anlise das prticas discursivas sobre a sexualidade produzidas por professores/as homossexuais que atuam na docncia nos anos iniciais do ensino fundamental. Tornam-se, portanto, objeto investigativo, as prticas discursivas produzidas por esses docentes. A investigao parte da seguinte questo central: quais prticas discursivas sobre a sexualidade so produzidas por professores/as homossexuais que atuam na docncia dos anos iniciais do ensino fundamental de escolas pblicas de Belm - PA? O objetivo geral do estudo voltou-se para analisar a constituio discursiva da sexualidade examinada do ponto de vista das relaes de gnero, a partir da anlise das prticas discursivas de docentes homossexuais que atuam na docncia dos anos iniciais do ensino fundamental de escolas. A partir da anlise discursiva dos enunciados sobre gnero e sexualidade produzidos por professores/as homossexuais da docncia primria, pude constatar que essa ambincia docente produzida por discursos que constituem esses docentes homossexuais a partir de prticas e aes normatizadoras e hegemnicas de gnero e sexualidade que tentam, sobretudo, ocultar a sexualidade homossexual no ambiente escolar, produzida a partir de discursos de silenciamento, negao, controle e vigilncia sobre esses sujeitos ditosanormais”. H, portanto, uma maior vigilncia e controle por parte da escola quando se trata desses professores/as homossexuais, as exigncias institucionais so redobradas, seus dispositivos institucionais tm maior efeito e, agem na manuteno de uma suposta heteronormatividade sexual na escola.

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Este trabalho investigou e interrogou as prticas discursivas do UNICEF direcionadas aosadolescentes” brasileiros. Utilizou-se o mtodo histrico-genealgico foucaultiano para interrogar o relatrio “Situao da Adolescncia Brasileira” (2002), que se constituiu como fonte privilegiada desta pesquisa. Desse modo, os questionamentos que moveram o estudo foram: que prticas do UNICEF incidem sobre os corpos de adolescentes brasileiros, no sculo XX e incio do sculo XXI? Que subjetividades essas prticas produzem? Como objetivam a adolescncia? Que relaes de poder acionam frente a esses corpos? Que efeitos elas produzem? Tais problematizaes no tiveram por finalidade, fazer a histria do falso ou do verdadeiro, pois isso no tem importncia poltica, mas problematizar a produo dos regimes de verdades a respeito destes sujeitos e os efeitos destes na atualidade. Dessa forma, marcar a singularidade dos acontecimentos que forjaram este objeto como um problema para as cincias humanas, e como uma questo para o UNICEF e para o Sistema de Garantia de Direitos. O objetivo do estudo foi analisar as prticas discursivas de poder e subjetivao que objetivam e subjetivam a adolescncia brasileira. De posse da ferramenta foucaultiana, desmontamos o documento, cortamos as sries que o compem, desarticulamos as pretensas continuidades, reescrevemos e reinventamos o objeto adolescncia, deixando em suspenso as certezas e verdades que o atravessam e que pretendem constitu-lo como objeto natural, imersos em essencialismos e homogeneizaes. Como resultados, identificamos dicotomias no documento, como: potencialidade/risco, fase positiva/negativa, por exemplo, que tentam naturalizar o sujeito como algo dado a priori, portador de uma essncia objetivado e subjetivado por uma perspectiva linear do desenvolvimento humano, como: adaptao/desadaptao, normal/anormal, maturidade/imaturidade e uma sequncia linear de fases, que atende tambm a concepes econmicas desenvolvimentistas e neoliberais preocupadas com a equao custo-benefcio.Foi com um olhar atento s ninharias do poder, que buscamos destruir certezas e evidncias, atentando no para as intencionalidades dos jogos de foras, mas, ao acaso das lutas.

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Esta dissertao objetivou realizar uma analtica do poder sobre algumas prticas de atendimento efetivadas no Centro Socioducativo Feminino do Estado do ParCESEF. Foram utilizadas, como principais ferramentas de anlise dessas prticas, as problematizaes realizadas por Michel Foucault, sobre as relaes de saber-poder forjadas sobre os Estados Modernos, e de vrios autores internacionais e nacionais, os quais dialogam com as pesquisas desenvolvidas por esse pensador, em uma perspectiva da Nova Histria. Por meio da anlise documental e de observaes de campo, buscamos disparar interrogaes relacionadas aos acontecimentos singulares de como as tecnologias do poder disciplinar e da biopoltica atravessam as prticas discursivas e no discursivas, operacionalizadas durante o cumprimento de medidas socioeducativas de privao de liberdade de jovens mulheres consideradas autoras de ato infracional, na unidade socioeducativa pesquisada, e que efeitos polticos so acionados nesses acontecimentos, sempre em um nvel de anlise de saber e poder. Foi possvel identificar, descrever e analisar como as cartografias do poder, na modernidade, descritos por Foucault, possuem efeitos atuais em prticas de atendimento e exame, nas atividades consideradas pedaggicas, nas atividades denominadas como oficinas, nos arranjos espaciais, etc., produzindo punies e tentativas de regulamentao e a normalizao de corpos.

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A incluso escolar uma modalidade de ensino definida pelo discurso educacional como uma nova postura na escola regular no que se refere s aes que favoream a interao social e prticas heterogneas que atendam s necessidades educacionais especiais de pessoas com “deficincia”. Este estudo situa esse movimento como uma construo social, negociada nas relaes entre pessoas e que do condies de possibilidade ao seu aparecimento, compreendendo as circunstncias de sua constituio. Objetiva, por meio das prticas discursivas, compreender a noo de incluso que professoras da educao bsica de duas escolas pblicas fazem circular em seus discursos engendrados em suas prticas pedaggicas do professor. Considera tambm as ressonncias do encontro do discurso dessas professoras, suas contradies e rupturas com o discurso dos documentos pblicos oficiais. Adota uma postura crtica e questionadora sobre as institucionalizaes que se naturalizam no cotidiano, buscando nas prticas discursivas e produo de sentidos a possibilidade de compreender as maneiras pelas quais as pessoas instituem certas noes, verses que explicam o mundo e se posicionam em relaes sociais produzindo acontecimentos no cotidiano. A investigao foi realizada em duas escolas pblicas que atuam com o ensino fundamental e, em cada uma delas, foi realizada uma Roda de Conversa com quatro professoras que tinham em suas classespessoas portadoras de necessidades educacionais especiais”. Todo o contedo discursivo foi analisado usando como estratgia Mapas Dialgicos, que permitem visualizar a interanimao dialgica, o fluxo da conversao, a singularidade da produo de sentidos sobre a incluso/excluso nas escolas analisadas, evidenciando os efeitos do processo de implantao da educao inclusiva. Nos discursos das professoras, diferentemente do discurso oficial explicitado em documentos que define a incluso escolar como uma modalidade educacional que busca avanos acadmicos e a apropriao de conhecimentos, foi percebido que incluir significa, essencialmente, acolher a crianaportadora de necessidades educacionais especiaissocializando-a com as crianas ditas “normais”, estabelecem, assim, um outro objetivo para essas crianas na escola substituindo a meta de escolarizar. Esse sentido parece ser apontado como a nica alternativa diante da dificuldade de assegurar competncias acadmicas, se inscrevendo como um discurso de reparao, que busca expiar uma dvida histrica pelos danos causados pela excluso social. E ainda nesse posicionamento, o lugar da escola questionado, pois se no desenvolve competncias e habilidades necessrias para o desenvolvimento tanto maturacional como acadmico das crianas “especiais”, no cumpre sua funo social de educar, no realiza a incluso. Dizem que na vida essas crianas aprendem e desenvolvem-se. Entende-se que a escola no a vida, ou a vida enclausurada. Concluem com isso que a escola mais exclui do que inclui. Dessa forma, a pesquisa apontou que a prtica da educao inclusiva pode ser compreendida como negociaes em redes de saberes e poderes que pem a funcionar as polticas pblicas e propostas pedaggicas, como mecanismos de controle social.

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O modelo de formao de professores brasileiro refere-se democratizao do pas e as mudanas sociais alavancadas na dcada de 1980, tendo como marco legal a Constituio de 1988 e as reformas educacionais e curriculares que a sucederam. Este trabalho constitui-se em uma anlise arqueogenealgica foucaultiana das prticas discursivas arquitetadas sobre o curso de Pedagogia do Plano Nacional de Formao de Professores da Educao Bsica (PARFOR) do Campus Universitrio de BraganaUniversidade Federal do Par (UFPA). Partimos do estudo arqueolgico das emergncias histricas da formao de professores para localizarmos e darmos visibilidade a arena da formao docente como contingncia contempornea advinda de foras capilares que objetivam e, ao mesmo tempo, subjetivam o professor em formao. Sustentamo-nos na hiptese de que habitam, nesse jogo de saber-poder, tramas de subjetivao corporificadas no currculo sob em prticas de governamentalizao. Tais tramas, por sua vez, culminam na produo de documentos dentre os quais alguns foram escolhidos para compor a anlise crtica desse trabalho. Desse modo, objetivamos problematizar a formao enquanto fabricao do aluno PARFOR-Pedagogia, com nfase no currculo elaborado pelo Campus de Bragana/UFPA visando perceb-lo em sua articulao com determinadas urgncias de formao e regulao de professores. A pesquisa teve como fonte documentos que instalam a poltica de formao de professores no pas, encarando-os como monumentos com efeitos na objetivao e subjetivao dos sujeitos, e formao de professores como prtica histrica e dispositivo estratgico de governamentalidade. Organizando-se os documentos em subarquivos, a anlise foi conduzida pela problematizao – arqueolgica e genealgica de Michel Foucault, articulada aos dispositivos de Gilles Deleuze e s prticas histricas de Paul Veyne. Fincado como ao afirmativa e conectado ao rol das polticas educacionais contemporneas, o PARFOR apesar de ter impulsionado a formao em servio, os sujeitos que dele fazem parte so objetivados ainda por prescries curriculares destacadamente disciplinares e generalistas, descritas paradoxalmente no Projeto Pedaggico do Curso de Pedagogia e nos Planos de Curso como estratgia interdisciplinar de formao de professores. Concomitante a isso, os sujeitos so subjetivados por um devir minoritrio em funo do modelo estrutural que a poltica foi arquitetada, exercendo seu poder por prticas de resistncia. De acordo com as prticas analisadas nesse estudo, o PARFOR-Pedagogia do Campus de Bragana/UFPA fabricado por tramas histricas de subjetivao, as quais se sustentam tanto na govenamentalidade quanto em estratgias biopolticas acionadas por dispositivos curriculares que forjam e ao mesmo tempo so forjados pelos jogos de saber-poder-resistncia.

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Este artigo tem o objetivo de realizar uma trajetria da genealogia enquanto modo de escrever a histria como pergunta/problema, de acordo com Michel Foucault, rompendo com uma histria contnua, linear, teleolgica, que buscava origens e semelhanas entre os objetos e as tentativas de estabelecer relaes causais entre os acontecimentos. Uma histria das prticas discursivas, de poder e subjetivao era a empreitada proposta por Foucault. A anlise da provenincia e da emergncia rompia com toda uma tradio historiogrfica que fazia dos eventos memria e monumentos construdos e interpretados por categorias de semelhana. Foucault questiona este modelo de fazer histria, trabalhando com novos temas e problemas e operando com a multiplicidade de acontecimentos dispersos, raros, heterogneos, em recortes de sries de enunciados em arquivos, sem busca de origens primeiras e sem fins utilitaristas a alcanar.