9 resultados para Serviços de saúde mental. Recursos humanos em saúde. Papel profissional. Política. Ensino
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
A hansenase uma doena infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae que configura srio problema de saúde pblica no Brasil, principalmente na regio Norte. O coeficiente de deteco anual de hansenase em menores de 15 anos utilizado pelo ministrio da saúde para avaliar a magnitude da transmisso em uma determinada populao. O estudo teve como objetivo investigar e analisar a incidncia da hansenase em menores de 15 anos no municpio de Jacund - PA, em uma srie histrica (1999-2008) e a sua relao com a implantao dos serviços de vigilncia em saúde. Respeitando os critrios de excluso, ao final, o estudo compreendeu 210 casos que foram notificados no perodo. A pesquisa foi realizada na base de dados do SINAN da SMS do municpio visando dados de dois instrumentos: Ficha de notificao e boletim de acompanhamento. Observou-se que nos anos seguidos de implantao de serviços de saúde, houve aumento na taxa de deteco e o municpio manteve-se hiperendmico nos ltimos nove anos da srie (> 1,0 caso/10 mil habitantes), entretanto nos ltimos trs anos, a incidncia apresentou declnio, com evidncias de que a implantao de novos serviços contribuiu com o novo cenrio. A maioria dos pacientes incluiu-se na faixa etria entre 10 e 14 anos (64,76%), sexo masculino (50,5%), procedentes da zona urbana do municpio (84,3%) com predomnio da forma dimorfa (42,4%) por ocasio do diagnstico. Observou-se que segundo a classificao operacional, a forma paucibacilar foi predominante (52,9%), o que pode ser atribudo melhoria do diagnstico em fases precoces. Concluiu-se, baseado no indicador do estudo, que h tendncia ao declnio da endemia no municpio.
Resumo:
Objetivo: identificar se os enfermeiros do Brasil tm conhecimento das políticas e tecnologias de gesto nos serviços de saúde e enfermagem. Mtodos: realizamos reviso integrativa da literatura, utilizando as bases de dados: LILACS, MEDLINE, SciELO, BDENF e PAHO e os descritores: gesto em saúde, tecnologia em saúde, tecnologia assistencial e enfermagem, incluindo as publicaes nos idiomas portugus, espanhol e ingls. Resultados: A anlise resultou em 11 referncias completas, no perodo de 2003 a 2007. Constatamos que os enfermeiros possuem articulao nos serviços de enfermagem e competncia tcnica no exerccio profissional, porm, apresentam-se frgeis politicamente, o que limita sua autonomia profissional e os torna ainda subordinados a outros profissionais. Concluso: diante dos avanos e constantes mudanas no setor saúde, particularmente no nvel organizacional e tcnico-cientfico, torna-se imprescindvel que o(a) enfermeiro(a) desenvolva suas habilidades políticas, gerenciais e de liderana com participao responsvel e de forma interdisciplinar.
Resumo:
Os resduos slidos dos serviços de saúde (RSSS) oferecem risco potencial para saúde pblica e meio ambiente perante um gerenciamento inadequado. Objetivou-se verificar aspectos do manejo interno dos RSSS do municpio paraense de Marituba. Atravs da aplicao de questionrios e visitas de campo, realizou-se um estudo descritivo, observacional em treze estabelecimentos de saúde. O volume total de resduos gerados era de cerca de 13.000kg/semana. Havia limitaes nas diversas etapas do manejo interno, como a realizao de tratamento interno somente num local, o armazenamento externo, que ocorria em quatro instituies e de maneira precria, entre outros. Tambm, havia conformidades como acondicionamento em sacos e recipientes adequados, segregao dos resduos comuns. De modo geral, as normas federais no eram atendidas e o gerenciamento de RSSS dos estabelecimentos de saúde necessita de adequao na realizao de todas as etapas do manejo, para controlar e diminuir os riscos e reduzir a quantidade de resduos.
Resumo:
O presente estudo analisou as políticas pblicas voltadas para a Educao Profissional e Tecnolgica e sua influncia sobre o projeto pedaggico do Curso Superior de Tecnologia em Gesto de Recursos Humanos da Faculdade do Par e, em particular, como este Curso se apresenta ante ao histrico processo dual de oferta da educao no Brasil. Para tanto, analisamos o contedo das políticas pblicas voltadas para a educao Profissional e Tecnolgica no Brasil, a partir da dcada de 1990. Utilizamos os procedimentos da pesquisa qualitativa, fazendo uso de entrevistas e de anlise documental, para analisar o nosso objeto. Partimos da hiptese segundo a qual as políticas de educao profissional e tecnolgica de nosso pas pressupem a formao especificamente para o trabalho e visam a conformao das classes sociais fundamentais, proprietrias e no-proprietrias, e que o Curso Superior de Tecnologia em Gesto de Recursos Humanos da Faculdade do Par fortalece esta mesma perspectiva poltico-pedaggica. Analisamos os documentos que normatizam os cursos superiores de tecnologia no Brasil, o projeto pedaggico e o desenho curricular do curso em questo e as falas de professores, tcnicos, egressos e gestores da instituio luz de autores identificados com o materialismo histrico. Verificamos que, tanto os documentos normatizadores da educao profissional tecnolgica brasileira quanto queles que definem a estrutura do curso estudado na Faculdade do Par tm sido orientados para o desenvolvimento do fazer, do saber-fazer, no dando conta das bases cientficas deste fazer e nem de uma formao que considere as relaes histrico-sociais nas quais est inserido. Assim, o direcionamento dado formao de tecnlogos tem, fundamentalmente, promovido a capacidade de aprendizagem dos processos tecnolgicos especficos, incentivando produo e a inovao cientfico-tecnolgica e suas aplicaes no mundo do trabalho, visando o desenvolvimento de competncias profissionais tecnolgicas, gerais e especficas. Conclumos nosso estudo com a convico de que o contedo das políticas para a educao profissional e tecnolgica bem como do Curso Superior de Tecnologia em Gesto de Recursos Humanos fortalecem a histrica dualidade da educao brasileira ao se orientarem apenas para a conformao dos processos formativos as demandas dos setores produtivos e para a aquisio de conhecimentos relativos, unicamente, ao desenvolvimento de funes especficas.
Resumo:
A gesto de recursos humanos (RH) representa teoricamente uma abordagem da gesto empresarial voltada organizao do trabalho visando seu melhor aproveitamento e, em particular, o envolvimento dos trabalhadores nos objetivos da empresa. As prticas de gesto incidem no somente sobre o trabalho em si, mas tambm de maneira complexa nas interaes sociais ocorridas no ambiente de trabalho, bem como na vida pessoal dos trabalhadores, de acordo com as premissas e prticas do estilo de gesto predominante. O presente estudo procura conhecer a natureza das correlaes entre gesto de recursos humanos e sociabilidade dos trabalhadores, isto , sua capacidade de tecer e de manter laos sociais diversos, a partir dos pontos de vista dos trabalhadores. Tomaram-se como referncia emprica quatro redes de supermercados na Regio Metropolitana de Belm, Par. O setor grande empregador, vem se modernizando expressivamente nas duas ltimas dcadas, implementando alguns procedimentos de gesto de RH e se mantm ao abrigo da forte concorrncia de grupos nacionais e internacionais que se observa em outras capitais do pas. A metodologia incluiu observaes sistemticas, anlise documental e entrevistas estruturadas e semi-estruturadas em profundidade, respectivamente com trezentos e oitenta e quatorze trabalhadores, estes ltimos selecionados dentre os constantes da amostra maior. As entrevistas versaram sobre atributos sociais e demogrficos, trajetria ocupacional e padres de relacionamento pessoal e profissional. Abrangeram, tambm, as percepes sobre regras e atitudes no trabalho, com base nas normas constantes dos manuais de servio das empresas. Incluem-se trinta e quatro itens em uma escala de Lickert. Esses itens foram dispostos em fatores, sendo dois sobre gesto qualidade do trabalho (QT) e introjeo das normas organizacionais (IN) e trs sobre sociabilidade confiana (CF), manuteno (MR) e utilidade das relaes (UT) no trabalho. Os entrevistados respondiam aos itens, ajustando o grau de sua percepo sobre cada um deles. Tais dados foram submetidos tcnica estatstica exploratria Anlise de Correspondncia (AC) de maneira a verificar a correlao entre os fatores da escala e as caractersticas dos entrevistados. Sobre as correlaes entre gesto e sociabilidade, sobressaiu em primeiro lugar o regime de trabalho. Jornadas extensas, escalas variveis, longos intervalos dirios e a política de qualificao em servio (on the job) absorvem quase integralmente o tempo do empregado e dificultam manter relaes pessoais ou mesmo estender aquelas formadas no ambiente de trabalho para alm deste espao. Dificulta tambm investir nos estudos, outra esfera de sociabilidade, o que surpreende em uma amostra cuja faixa etria predominante no ultrapassava trinta anos e cuja ocupao tem poucas possibilidades de carreira. Nesse quadro geral de restries, a condio de gnero e de famlia tambm foi relevante, pois as mulheres, em particular as mes, indicaram menos atividades de lazer, em grupos menores e com mnima presena de colegas de trabalho, em comparao aos homens. Por outro lado, encontraram-se alguns casos de pessoas que construram relaes de contedo afetivo no ambiente de trabalho, mesmo a convivncia se restringindo empresa. Outra caracterstica marcante foi a dependncia do apoio familiar para o exerccio da atividade laboral e para o enfrentamento das vicissitudes do mercado de trabalho. A importncia dos laos familiares foi reforada pelo longo tempo de moradia no mesmo bairro e, em proporo significativa, na mesma residncia, em muitos casos a moradia era prxima ou no mesmo domiclio dos pais ou sogros, o que facilitava a ajuda mtua. Outro aspecto que se destacou da gesto de RH foi a impreciso percebida nos critrios de ascenso profissional e de aplicao das normas, contribuindo para a existncia de conflitos velados. Ao estabelecer laos sociais, os empregados depositam uma confiana seletiva, expressa no pequeno nmero de pessoas em quem se confiava no trabalho. Vale notar aqui tambm uma pequena variao entre homens e mulheres, pois eles confiavam mais que elas nos colegas. A AC mostrou sensveis diferenas de percepo sobre qualidade do trabalho e introjeo de normas entre os trabalhadores com primeiro registro em carteira e aqueles com experincia anterior de trabalho formal. Os primeiros notaram um controle (vigilncia) mais incisivo da gesto e expressaram menor anuncia s regras organizacionais, enquanto que os demais no percebiam o controle da mesma forma e se viam como cumpridores dessas regras. Esses resultados foram interpretados como decorrentes das diferentes trajetrias anteriores, em ocupaes formais ou informais, ou por se tratar do primeiro emprego. No se pode afirmar que as restries sociabilidade se devam exclusivamente s caractersticas da gesto nesse setor, tendo em vista a incidncia de outros fatores, tais como a condio scio-econmica da famlia ou o tempo do vinculo empregatcio, em mdia de dois anos entre os entrevistados, que podem ter contribudo para esses resultados.
Resumo:
Este texto trata do estado da arte da pesquisa em cincias sociais na Amaznia continental. O documento conclui que difcil traar um perfil da situao da pesquisa em cincias sociais aplicadas Amaznia, na base dos dados disponveis para o estudo. Com tudo, o estudo conseguiu identificar pelo menos 150 instituies que realizam pesquisa e produzem cincia e tecnologia relacionadas com a Amaznia nos oito pases, das quais aproximadamente 100 fazem pesquisa de tipo social. Essas instituies esto concentradas principalmente no Brasil e na Colmbia.
Resumo:
Objetivo: analisar os conceitos e percepes que adolescentes e seus cuidadores possuem sobre saúde mental e serviços de saúde em seu contexto ecolgico e investigar as barreiras de acesso assistncia saúde mental vivenciadas. Mtodo: trata-se de estudo exploratrio e analtico em amostra de convenincia obtida no perodo de outubro de 2009 a junho de 2010, com 100 adolescentes e 100 cuidadores, no municpio de Belm-PA, em dois contextos clnicos pblicos, sendo um ambulatrio especializado em saúde mental e um geral e dois contextos escolares, sendo um pblico e um privado. Utilizou-se questionrios estruturados, para investigar diferentes dimenses envolvidas nas temticas saúde, famlia, bem-estar e condies de vida, seguidos de anlise estatstica, com tcnicas de anlise da varincia e correlacional. Resultados: a mdia das idades dos adolescentes foi de 14,47 (DP 1,90) anos, sendo 58% feminino; o tipo de problema de saúde mental relatado pela maioria foram problemas na escola (21,9%); o profissional mais frequentemente procurado foi o psiclogo (59,4%). No que tange as concepes de saúde mental, adolescentes e cuidadores deram importncia ao comportamento de abster-se de drogas; quanto s concepes de doena mental, ambos, conceberam como algo a ser considerado com seriedade; ambos concordaram que a religio contribui para a saúde/doena mental e revelaram a primazia da me na busca de ajuda; no que tange as estratgias de coping os adolescentes lidavam de forma semelhante com os problemas de saúde mental em suas vidas; adolescentes e cuidadores possuam uma viso estigmatizada do profissional de saúde e temores de discriminao principalmente pelos pares; quanto ao tratamento real ou imaginado ambos revelaram concepes favorveis das terapias como fonte de ajuda e espao privilegiado para expressar a prpria opinio e em qualquer dos casos, a me revelou-se como a principal pessoa a contribuir na busca de ajuda especializada. As variveis que revelaram a procedncia das concepes sobre saúde/doena mental e as estratgias empregadas na manuteno da saúde mental da famlia mostraram diferenas entre os contextos investigados; no que tange ao auto conceito, os adolescentes da escola privada mostraram maior auto-congruncia entre o self real e o ideal comparativamente os demais contextos; os cuidadores revelaram auto-congruncia maior na escola pblica. Quanto s perspectivas que o adolescente tem sobre a famlia revelaram identificaes reais mais frequentes nos quatro contextos com a me, seguidas da av/av; quanto aos modelos de identificao familiar nos contextos clnicos e escola privada maior com a me; na escola pblica maior com o pai; foi observado discrepncia da perspectiva do cuidador acerca do conceito sobre o adolescente. Para a maioria dos adolescentes e cuidadores as condies de saúde foram classificadas de "boas" a "excelentes". A auto-avaliao do bem-estar dos adolescentes na amostra geral mostrou que, em sua maioria, sentiam-se muito satisfeitos, totalmente cheios de energia, divertiam-se e tiveram boa relao com os professores; na viso dos cuidadores, a maioria de seus adolescentes sentiam-se muito satisfeitos com a vida, utilizavam seu tempo livre divertindo-se com amigos e deram maior importncia aos sentimentos de bem-estar com relao ao desempenho fsico. Concluses: so evidenciadas as semelhanas e diferenas entre adolescentes e cuidadores nas amostras clnicos e escolares que podem subsidiar aes preventivas de saúde contextualizadas para a cidade de Belm.
Resumo:
A Saúde do trabalhador pode ser entendida como uma condio concreta e dinmica da qual o trabalhador dispe para traar e perseguir seus objetivos em direo ao bem-estar fsico, psquico e social, sendo influenciada pelas condies e organizao do trabalho no contexto ao qual est inserido. Este estudo teve como objetivo verificar e analisar o processo de trabalho no sistema Prisional e de que forma podem estar influenciando nos modos de subjetivao dos trabalhadores prisionais do Par, possibilitando a ocorrncia de sofrimento psquico. Constitui-se em um estudo de caso com abordagem qualitativa que teve como instrumento de pesquisa a observao participante ou direta com entrevistas semi-estruturadas com os servidores prisionais selecionados. A anlise do processo de trabalho e as formas que podem influenciar nos modos de subjetivao do servidor prisional para que este se mantenha saudvel ou doente, foram baseados na interpretao dos resultados, que foram consubstanciados nos dados coletados na entrevista e na observao participante, na escuta e na interpretao das falas dos trabalhadores do Centro de Recuperao de Castanhal de acordo com a abordagem da Psicodinmica do Trabalho, por ser uma clnica que busca desenvolver o campo da saúde mental e trabalho. Os principais resultados foram: (I) que o estabelecimento penal apresentou condies de infra-estrutura inadequadas e precrias, necessitando de reformas constantes, falta de equipamentos para desenvolver o trabalho, o nmero insuficiente de recursos humanos e a convivncia com a superlotao prisional, que no difere do restante das prises brasileiras. (II) o processo de trabalho observado exaustivo, pelo nmero insuficiente de recursos humanos, carga horria exaustiva e cobrana para desenvolver um bom trabalho mesmo diante das condies encontradas. (III) servidores penitencirios vulnerveis e expostos ao sofrimento psquico pela condio do trabalho; pelo tipo de vnculo trabalhista temporrio que a grande maioria se encontra; pelo estigma e desvalorizao neste tipo de trabalho. Onde estes para manterem-se saudveis diante das ameaas do meio utilizam-se de estratgias defensivas, como o afastamento subjetivo, em que o servidor deixa de pensar e falar sobre o trabalho. (IV) Diante do exposto sobre a condio e dinmica do trabalho vejo um otimismo por parte dos servidores, quanto possibilidade de construir-se um processo de saúde do trabalhador no sistema carcerrio brasileiro, acreditando na implementao de políticas pblicas viveis, para o sistema penitencirio, proporcionando ao trabalhador melhores condies de saúde.
Resumo:
Estudos sobre saúde mental na adolescncia destacam este tema como questo relevante, pois essa faixa etria, alm de constituir-se como uma grande parcela da populao que precisa e no procura atendimento, identificada como um grupo etrio vulnervel e de risco. A famlia e a escola tm sido consideradas como fatores de proteo saúde mental de adolescentes. Sendo assim, precisa-se pensar em formas de interveno mais eficazes, considerando o contexto familiar, cultural e social destes indivduos. O objetivo do estudo foi investigar percepes sobre saúde e doena mental de adolescentes de escola pblica e de escola privada na cidade de Belm-PA, bem como as principais redes de apoio e estratgias de cuidado utilizadas pelos adolescentes. Realizou-se um estudo transversal, do tipo quantitativo, no qual participaram 60 adolescentes, de ambos os sexos, e seus cuidadores. Os adolescentes tinham idades entre 12 a 17 anos, sendo 30 alunos de escola pblica, localizada em um bairro perifrico, e 30 de escola privada, localizada em um bairro central, na cidade de Belm-PA. Os cuidadores eram do sexo feminino, com idade entre 25 a 57 anos. Como instrumentos foram utilizados: roteiro de entrevista familiar, roteiro de entrevista com os coordenadores das escolas e questionrio sobre saúde e doena mental e sobre serviços de saúde (verso para adolescente). Os resultados dos questionrios foram analisados preferencialmente pelo teste do Qui-quadrado e o teste G para amostras independentes. Todo o processamento estatstico foi realizado no software BioEstat verso 5.2. Os resultados obtidos nas entrevistas permitiram a anlise de aspectos socioeconmicos e de fatores de risco e de proteo na famlia dos adolescentes. Os resultados obtidos com os questionrios revelaram que as percepes dos adolescentes da escola pblica acerca da saúde mental estavam associadas a no ser to sensvel/frgil e a pensar positivo, ser otimista. Na escola privada, estavam associadas a sentir-se equilibrado e ser algo muito importante. Quanto s percepes de doena mental, na escola pblica estavam relacionadas ao momento em que o corpo no est bem e a quando profissionais aconselham um tratamento; na escola privada, a ter sentimentos feridos e ser algo que no se percebe logo. Com relao origem das ideias sobre saúde/doena mental, no houve real diferena entre os grupos. No que tange religio, houve discordncia apenas em relao a cura da doena mental. Como estratgia de enfrentamento, na escola pblica esta esteve relacionada a falar com algum sobre o problema enquanto na escola privada os adolescentes relataram que no procuravam ajuda. A me foi apontada como principal na busca de ajuda pelos adolescentes da escola pblica; na escola particular, a principal referncia foi o mdico da famlia. A principal barreira para os adolescentes da escola pblica no acesso ao servio de saúde mental foi no saber o que o psiclogo/psiquiatra vai fazer com ele, e na escola privada foi no querer ser gozado/caoado. Nos dois grupos, os principais problemas em saúde mental relatados foram problemas na escola e de comportamento. Os adolescentes de escola privada responderam que somente s vezes sentem-se sozinhos e felizes, enquanto na escola pblica, os adolescentes afirmaram que sempre estiveram de bom humor e satisfeitos com a vida. Discute-se a necessidade de promover fatores de proteo saúde mental de adolescentes.