16 resultados para Produtos naturais Teses
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Realiza estudos de caracterizao qumica, fsico-qumica e de pr-formulao de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Vert., pertencente famlia Bignoniaceae, a qual recebe vrias denominaes, sendo que na regio amaznica ela conhecida popularmente como pariri, amplamente utilizada na medicina popular para o tratamento de vrias doenas, dentre elas as enfermidades da pele causadas por dermatomicoses. A utilizao de produtos naturais de origem vegetal implica no controle de qualidade farmacobotnico e em ensaios de pureza que compem as especificaes tcnicas da espcie. Para isso, foi realizada a descrio anatmica das folhas jovens e maduras da planta a partir de observaes realizadas ao microscpio ptico em cortes histolgicos. Os testes Farmacopicos incluram a determinao da distribuio granulomtrica do p da planta, determinao do teor de umidade e de cinzas totais, e para a tintura foram realizadas determinaes de pH, densidade aparente e teor de slidos, sendo realizadas ainda a prospeco qumica, o perfil cromatogrfico por CCO e CLAE, alm da avaliao da sua atividade antimicrobiana. Tanto para o p quanto para a tintura de A.chica foram observados os perfis por espectroscopia na regio do infravermelho e perfis trmicos por TG e OTA. Foram realizados ainda, os estudos de pr-formulao atravs de espectroscopia na regio de infravermelho e anlise trmica (TG e OT A) das misturas fsicas dos adjuvantes da formulao proposta para veicular a soluo extrativa, com a finalidade de avaliar possveis incompatibilidades da soluo extrativa com os mesmos. Os resultados obtidos evidenciaram que a tintura de A. chica se adequa ao fim pretendido, alm de ter assegurado a compatibilidade com os adjuvantes testados para constiturem a formulao proposta, j que no foi observado indcios de incompatibilidade fsica ou qumica entre os mesmos. Os estudos forneceram dados relevantes para o desenvolvimento da formulao proposta, visando obter resultados rpidos e com a preciso desejada.
Resumo:
Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verlt. uma Bignoniaceae amplamente utilizada na medicina popular como anti-inflamatrio e adstringente, e para vrias doenas como clicas intestinais, diarrias, anemias e enfermidades da pele. Devido as suas propriedades biolgicas e a produo de corante a espcie passou a ser utilizada pela indstria cosmtica. A utilizao de produtos naturais de origem vegetal implica no controle de qualidade farmacobotnico e em ensaios de pureza que compem as especificaes tcnicas da espcie. Para isso foi realizada a descrio anatmica das folhas jovens e maduras de A. chica a partir de observaes realizadas ao microscpio ptico, a partir de cortes histolgicos. As folhas so hipoestomticas e dorsiventrais com mesofilo heterogneo. No pecolo, a epiderme uniestratificada contendo tricomas e dotada de cutcula delgada. Os testes farmacopicos incluram a determinao da distribuio granulomtrica do p da planta, determinao do teor de umidade e de cinzas totais, alm da abordagem fitoqumica da tintura, visando estabelecer parmetros para seu controle de qualidade.
Resumo:
A biodiversidade Amaznica pode ser uma fonte de substncias capazes de serem utilizadas no controle de plantas daninhas. Neste estudo relatamos o isolamento e a identificao de cinco estilbenos a partir das folhas do "timb vermelho" (Deguelia rufescens var. urucu): 4-metoxilonchocarpeno (1); 3,5-dimetoxi-4-hidroxi-3-prenil-trans-estilbeno (2), lonchocarpeno (3), 3,5-dimetoxi-4-O-prenil-trans-estilbeno (4) e pteroestilbeno (5). As substncias 2 e 4 so novos produtos naturais, porm 2 j havia sido citada como produto de sntese. Foi avaliada a potencial atividade aleloptica de 1, 2 e 4 sobre a germinao de sementes e o crescimento da planta daninha Mimosa pudica. Os efeitos observados sobre a germinao das sementes de M. pudica no variaram significantemente (p > 0,05) quando a anlise da fitotoxidade foi realizada com as substncias isoladamente, cuja inibio mxima no ultrapassou 20%. A inibio mais intensa, quanto ao desenvolvimento da radcula e do hipoctilo, foi encontrada para o composto 4 (p < 0,05). Isoladamente, 4 causou efeito inibitrio significativamente maior (p < 0,05) no desenvolvimento da radcula e do hipoctilo, do que 1 e 2. Quando testados aos pares, apresentaram antagonismo para a germinao de sementes e sinergismo para o desenvolvimento da radcula e hipoctilo.
Resumo:
Inflamao a resposta do organismo a injria e perigo. Apesar de a inflamao ser um mecanismo de defesa do organismo, a intensidade e/ou a persistncia desta resposta pode ser malfica para o indivduo. Neste contexto, os produtos naturais, so importantes fontes de molculas biologicamente ativas, e considerado, um recurso promissor para a descoberta de novos frmacos. Baseado em estudos etnofarmacolgicos, foi isolado da planta Brosimum acutifolium, popularmente conhecida como Murur da Terra-Firme o flavonide BAS1 (4-hidroxi,7,8-(2,2-dimetil-pirano)-flavana), ainda no descrito na literatura anteriormente. Diante disso, o presente trabalho caracterizou o mecanismo de ao antiinflamatria do flavonide BAS1, em macrfagos murinos estimulados. Macrfagos foram ativados com LPS e IFN-. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio do MTT, os nveis dos mediadores inflamatrios foram determinados por ELISA (TNF-, PGE2, IL-10), atravs da reao de Griess (NO) e a expresso de protenas por Western blot. Nossos resultados demonstraram que BAS1 apresentou efeito citotxico apenas para altas concentraes (100 M), inibiu a produo de NO (95%), inibiu a expresso de NOS-2, reduziu a produo de TNF- (39%) e PGE2(57%), mas no alterou a produo de IL-10 em macrfagos ativados. Dessa forma, uma importante contribuio deste estudo, foi evidenciar o efeito farmacolgico do flavonide BAS1, bem como, fundamentar o uso da planta Brosimum acutifolium, como antiinflamatria em nossa regio. Somado a isso, a produo de extrato desta planta poderia fornecer um antiinflamatrio eficaz e com menor custo para a populao local. O presente trabalho, tambm pode contribuir para a determinao de nova classe de agente antiinflamatrio, baseado em flavonides naturais, como BAS1.
Resumo:
A Leishmaniose uma doena infecciosa causada por vrias espcies de parasitas do gnero Leishmania. A quimioterapia o nico tratamento efetivo para a doena, mas essas drogas so, em geral, txicas e requer um longo perodo de tratamento. Produtos naturais provenientes de plantas oferecem novas perspectivas e representam uma importante fonte de novos agentes leishmanicidas. Assim, de grande importncia avaliar os efeitos do extrato aquoso da raiz de Physalis angulata, planta amplamente utilizada pela medicina popular, em formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e sua ao sobre a clula hospedeira. As fisalinas D, E, F e G foram demonstradas pela primeira vez na raiz de P. angulata pela anlise cromatogrfica. Uma atividade antiproliferativa e uma inibio dose dependente de promastigotas 74,1% e 99,8 % (IC50 35,5 g/mL) e amastigotas 70,6% e 70,9% (IC50 32.0 g/mL) foram observadas quando os parasitas foram tratados com 50 e 100 g/mL do extrato, respectivamente. A anlise da atividade microbicida da clula hospedeira infectada com L. amazonensis mostrou que extrato foi capaz de reverter o efeito causado pelo parasito de inibir a produo de espcies reativas de oxignio. O tratamento com o extrato tambm induziu alteraes morfolgicas importantes em formas promastigotas avaliadas por microscopia ptica, microscopia eletrnica de transmisso e varredura. Foram observadas alteraes na morfologia, na diviso celular, principalmente na fase de citocinese, na membrana flagelar, na bolsa flagelar e alteraes em organelas importantes, como o cinetoplasto, onde ocorreu duplicao irregular e alterao do seu tamanho. J por citometria de fluxo foi possvel confirmar que o tratamento induziu uma exposio de fosfatidilserina e diminuio no volume celular de promastigotas tratadas. Com relao clula hospedeira, o extrato promoveu alteraes no citoesqueleto, o aumento nmero de projees citoplasmticas, do volume celular e de vacolos e da habilidade de espraiamento sem causar efeito citotxico ou alterao ultraestrutural em macrfagos tratados com o extrato. Assim, estes resultados demonstram que o extrato aquoso da raiz de P. angulata foi eficaz na ativao da clula hospedeira e na inibio do crescimento do protozorio, o que representa uma fonte alternativa e promissora de agente leishmanicida.
Resumo:
O objetivo desta dissertao analisar o conjunto da obra do portugus Antnio Ladislau Monteiro Baena, bem como sua atuao militar na provncia do Par nas primeiras dcadas do sculo XIX. Atravs da descrio fsica e poltica da provncia paraense, Antnio Baena forneceu dados estatsticos de uso poltico para o Imprio brasileiro. O escritor e militar Baena, a servio do Imprio, viveu e escreveu em um momento mpar para o Brasil e para o antigo Gro-Par. Sua obra rene e traduz uma srie de dados que ajudaro a compor a tensa ligao entre as provncias do norte com as do sul do Brasil. a partir de sua obra intitulada Ensaio Corogrfico sobre a Provncia do Par, publicada em 1839, que o presente estudo envereda pela escrita comprometida do autor e dos seus principais apontamentos sobre a riqueza em potencial da provncia, embasada na variedade e na virtude de seus produtos naturais. Ademais, a anlise atenta para outras produes de Antnio Baena, cujo tema principal era a provncia do Par, constantes na Revista do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro e publicadas no cenrio imperial. Estas produes acabam por inserir-se nos debates do referido Instituto e no contexto de formao poltica do Imprio brasileiro.
Resumo:
As recentes restries ao uso de antibiticos melhoradores do desempenho na produo de frangos de cortes tm incentivado a busca por aditivos alternativos. Entre os produtos naturais, o leo de copaba tem uma grande representao social e econmica, especialmente na regio amaznica, onde nativo e largamente empregado. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da incluso do leo de Copaba (Copaifera reticulata), sobre o desempenho produtivo de frangos de corte. Foram utilizados 540 pintos com um dia de idade, machos de linhagem comercial Ross, distribudos em cinco tratamentos e seis repeties com 15 aves em cada unidade experimental. Os tratamentos foram definidos pela incluso do promotor de crescimento (avilamicina, 10ppm) e do nvel do leo essencial na dieta, sendo caracterizados como: T1: leo essencial 0,15% (sem promotor de crescimento); T2: leo essencial 0,30% (sem promotor de crescimento); T3: leo essencial 0,45% (sem promotor de crescimento); T4: leo essencial 0,60% (sem promotor de crescimento) e T5: Controle promotor de crescimento: virginiamicina, 10ppm (sem leo essencial). Os resultados foram analisados com o auxlio do programa computacional Statistical Analysis System (SAS, 2001) e as diferenas entre as mdias foram analisadas pelo teste Dunnet, a um nvel de significncia de 5%. Os dados de desempenho do 7 e 35 dias de idade mostraram que no houve diferena estatstica entre os tratamentos para as variveis peso corporal, consumo de rao, converso alimentar e mortalidade. Aos 21 e 40 dias de idade das aves houve diferena significativa para a varivel peso corporal. As demais variveis estudadas (consumo de rao, converso alimentar e mortalidade) no apresentaram diferenas significativas quando comparada ao tratamento controle (T5). Apenas o tratamento com a incluso na dieta de 0,15% de leo de copaba (T1) foi semelhante estatisticamente com o tratamento controle. No foi observado efeito significativo dos tratamentos sobre as caractersticas de carcaa dos frangos estudados. A utilizao de leo essencial de copaba a 0,15% na dieta de frangos de corte proporcionou desempenho semelhante dieta controle para as diferentes variveis de desempenho e caractersticas de carcaa avaliada neste estudo, representando uma alternativa promissora como aditivo promotor de crescimento.
Resumo:
A candidase uma doena fngica oportunista causada pela proliferao de espcies de Candida, principalmente a Candida albicans, sendo a espcie mais patognica em humanos. Muitos antifngicos existentes no mercado apresentam efeitos colaterais indesejveis ou podem induzir a resistncia fngica, principalmente em indivduos imunodeprimidos. Em odontologia, as pesquisas com produtos naturais tm aumentado nos ltimos anos, devido busca por novos produtos com maior atividade farmacolgica, com menor toxicidade e mais acessveis populao. Dentro dessa perspectiva, o objetivo desta pesquisa foi avaliar in vitro a atividade antifngica de leos e extratos vegetais presentes na regio Amaznica e determinar a concentrao inibitria mnima das espcies que apresentaram atividade antifngica frente cepa padro de Candida albicans (ATCC 90028). A atividade antifngica dos leos essenciais Copaifera multijuga, Carapa guianenses, Piper aduncum e Piper hispidinervum foi realizada pelo mtodo de difuso em meio slido utilizando cavidades em placa in natura e em diluies de 32 a 2% para determinao da concentrao inibitria mnima. Os extratos Annona glabra, Azadiractha indica, Bryophyllum calycinum, Eleutherine plicata, Mammea americana, Psidium guajava e Syzygium aromaticum foram testados nas concentraes de 500mg/mL, 250mg/mL, 125mg/mL e 62,5 mg/mL e a atividade antifngica foi realizada pelo mtodo de difuso em meio slido utilizando discos de papel filtro. Os leos testados, no apresentaram efeito antifngico sobre a cepa de Candida albicans, e dos extratos testados somente os extratos de Eleutherine plicata, Psidium guajava e Syzygium aromaticum apresentaram atividade antifngica com concentrao inibitria mnima, respectivamente, de 250mg/mL, 125mg/mL e 62,5mg/mL Diante dos resultados apresentados, os extratos de Eleutherine plicata, Psidium guajava e Syzygium aromaticum apresentam potencial efeito inibitrio para crescimento de Candida albicans, servindo de guia para a seleo de plantas com atividades antifngicas para futuros trabalhos toxicolgico e farmacolgico.
Resumo:
A leishmaniose uma doena de carter antropozoontico causada por parasitas do gnero Leishmania. Estes parasitas proliferam principalmente dentro de macrfagos de mamferos e so responsveis por promover uma diversidade de manifestaes clnicas como Leishmaniose Cutnea (LC) e Leishmaniose Mucocutnea (LMC). O nico tratamento utilizado para a leishmaniose a quimioterapia, onde geralmente so utilizadas drogas txicas e com longo perodo de tratamento. O estudo de produtos naturais obtidos de plantas como agente leishmanicida desempenha um papel importante na busca de novas drogas para o tratamento da leishmaniose. A (+)-filantidina um alcaloide extrado do caule da planta Margaritaria nobilis, pertencente a famlia Phyllanthaceae. Desta forma, objetivo deste estudo avaliar os efeitos da (+)-filantidina sobre formas promastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e a clula hospedeira. A atividade antiproliferativa de formas promastigotas foi avaliada quando os parasitas foram tratados com 50, 100 e 200 g/ml do alcaloide por 96 horas, com reduo de 73,75%, 82,50% e 88,75% no nmero de parasitas respectivamente, quando comparados ao grupo controle sem tratamento. No perodo de 96 horas, foi observado um valor IC<sub>50</sub> de 56,34 g/ml. A anfotericina B foi utilizada como droga de referncia na concentrao de 0,1 g/ml, sendo observada reduo de 100% dos parasitas durante as 96 horas de tratamento. O tratamento com o alcaloide promoveu alteraes importantes nas promastigotas, mostradas atravs de microscopia eletrnica de transmisso e varredura. Foram observadas alteraes no corpo celular, flagelo, cinetoplasto, mitocndria, induo na formao de rosetas, presena de vesculas eletrodensas sugestivas de corpsculos lipdicos e aumento no nmero de estruturas semelhantes a acidocalcisssomos. Com relao clula hospedeira, no foi observado efeito citotxico nos macrfagos tratados com alcaloide e anlise por microscopia eletrnica de varredura mostrou que o alcaloide promoveu aumento no nmero de projees citoplasmticas, aumento do volume celular e espraiamento. Assim, estes resultados demonstram que a (+)-filantidina foi eficaz na reduo do crescimento de formas promastigotas do protozorio, sendo eficaz na ativao de macrfagos sem causar efeito citotxico para o mesmo, o que pode representar uma fonte alternativa para o tratamento da leishmaniose.
Resumo:
A descoberta e sntese de antimicrobianos compem um elemento de suma importncia para a sade, entretanto algumas dessas substncias tornaram-se obsoletas devido ao surgimento de micro-organismos resistentes teraputica convencional. Dentro das formas de tratamento, os produtos naturais so uma fonte inesgotvel de substncias, entre elas a prpolis, a qual conhecida mundialmente devido a sua atividade antimicrobiana. O objetivo deste trabalho foi a anlise microbiolgica de seis amostras de prpolis, coletadas de regies de Prudentpolis- PR, em tempos distintos de depsito em colmeia, uma com at 40 dias de depsito (Prpolis Nova) e outra com mais de 180 dias (Prpolis Velha). A atividade antimicrobiana foi verificada frente a Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus e Enterococcus faecalis, atravs do ensaio de microdiluio em placa com teste colorimtrico usando resazurina. Ao fim dos testes obteve-se os valores variando entre 0,38 a 0,68 mg/ml para a CIM da prpolis nova e 0,34 a 1,3 mg/ml para a velha, para os micro-organismos S. aureus e M. luteus tendo valores prximos para ambos assim como a CBM destes, entre 0,38 - 1,62 e 0,67 2,6 mg/ml, respectivamente. Da mesma forma, para o E. faecalis foram alcanados os valores de CIM entre 0,76 e 2,73 mg/ml para a prpolis nova e 1,34 e 2,72 mg/ml para a prpolis velha, bem como valores de CBM de 1,5 a 3,07 e 2,68 a 3,11 mg/ml, respectivamente, nas amostras 1V, 2N, 5V e 5N no se verificou CBM para as concentraes estudadas. Os micro-organismos gram-negativos no foram sensveis ao prpolis. Conclui-se que a prpolis nova apresentou melhor ao antimicrobiana, principalmente contra S. aureus e M. luteus. No entanto, os dados tambm mostram que os valores de CIM e CBM foram bem prximos entre as diferentes prpolis, fato que no evidencia razes para que a prpolis velha seja descartada.
Resumo:
Das folhas de Vatairea guianensis Aubl foram isoladas quatro isoflavonas identificadas como, 5,3',-diidroxi-4'-metoxi-2",2"-dimetilpirano-(5",6":8,7)-isoflavona ( 1: ), 5,7-diidroxi-3',4'-metilenodioxi-8-prenil-isoflavona ( 2: ) e 5,3'-diidroxi-4'-metoxi-7-O--glicopiranosdeo-8-prenil-isoflavona ( 3: ) e derrona ( 4: ), juntamente com cinco triterpenos identificados em mistura de lupeol, -amirina, -amirina, germanicol e cido betulnico. As substncias 1: 3: so novos produtos naturais, porm 1: e 2: j foram citados como produtos de sntese. No entanto, todas essas substncias so relatadas pela primeira vez para essa espcie. Suas estruturas qumicas foram elucidadas com base nos seus dados de ressonncia magntica nuclear (RMN) 1D e 2D e por espectrometria de massas de alta resoluo. O extrato etanlico das folhas e os compostos 1-3: foram avaliados quanto ao seu potencial sequestrador do radical DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e os resultados mostram que o extrato apresentou alta atividade (CI<sub>50</sub> = 6,2 0,4 g mL<sup>-1</sup>), enquanto as substncias testadas apresentaram baixo poder antioxidante (CI<sub>50</sub> 29,5 2,5 g mL<sup>-1</sup>) quando comparadas com TROLOX (CI<sub>50</sub> = 4,5 0,4 g mL<sup>-1</sup>).
Resumo:
A malria ainda um dos mais srios problemas de sade pblica e a principal causa de mortalidade e morbidade nas regies endmicas. O Brasil est entre os 30 pases com maior incidncia de malria e a maior parte dos casos ocorre na Amaznia Legal. Novos agentes teraputicos so necessrios para o tratamento da malria. Muitas espcies vegetais so utilizadas na medicina tradicional de vrios pases endmicos mas relativamente reduzido o nmero daquelas que j foram investigadas quanto sua atividade antimalrica. Menor ainda o nmero de espcies das quais foram isoladas substncias ativas e tiveram sua toxidade determinada. Esta rea de pesquisa , portanto, de alta relevncia. Um projeto de descoberta de produtos naturais antimalricos a partir de plantas de uso tradicional deve incluir ensaios in vitro e in vivo bem como o isolamento biomonitorado de substncias ativas. Os produtos finais sero substncias naturais antimalricas, potenciais frmacos ou prottipos para o desenvolvimento de novos frmacos, e/ou extratos padronizados, com atividade antimalrica, os quais so necessrios para estudos pr-clnicos e clnicos quando o objetivo o desenvolvimento de fitoterpicos (fitomedicamentos) eficazes e seguros. A presente reviso discute estas duas abordagens, apresenta resumidamente as metodologias de bioensaios para avaliao de atividade antimalrica e focaliza a atividade de alcalides pertencentes a diferentes classes estruturais bem como sua importncia como frmacos ou prottipos e como marcadores qumicos de fitoterpicos.
Resumo:
A estratgia do uso mltiplo dos recursos naturais da vrzea no Baixo Amazonas tem sofrido constante ameaa principalmente nos ltimos 70 anos, devido a presses resultantes das mudanas no mercado regional, como os cultivos comerciais, da intensificao da pesca comercial e da expanso da criao extensiva de gado e bfalo. Frente a esta problemtica, a tese objetivou analisar as respostas de adaptao dos camponeses ao ambiente de vrzea de acordo ao acesso ao fator de produo terra, s influncias do ambiente e da paisagem, e a sua insero ao mercado, na vrzea do Baixo Amazonas, Santarm, no perodo de 1941 a 2002. Conhecer as respostas de adaptao das comunidades camponesas nos momentos de tenso de extrema importncia para o ecossistema da vrzea, detectar alteraes na estratgia do uso mltiplo dos recursos naturais. Os dados foram coletados em duas comunidades camponesas na vrzea pertencentes a sub-regio do Urucurituba, mesoregio do Baixo Amazonas, microregio de Santarm na regio oeste do estado do Par. As comunidades de Piracoera de Cima e Piracoera de Baixo foram selecionadas por possuirem uma alta restinga; estarem relativamente prximas ao centro urbano de Santarm, e produzirem culturas anuais em sistema intensivo, evidenciado em pesquisa anterior. Foram constitudos dois grupos de famlias camponesas de acordo com o acesso a terra, as No- Arrendatrias e os Arrendatrias. A amostra composta de 57 famlias, correspondeu a 36% do total da populao das duas comunidades. De acordo com este processo, a amostra foi constituda por 31 famlias No-Arrendatrios, e 26 Arrendatrias. Para aprofundar a anlise procedeu-se a estratificar das famlias por sistemas de produo. Foram denominados sistemas de produo A, B e C, as quais apresentavam as seguintes caractersticas: O Sistema de Produo A prioriza a criao animal, mdios e grandes animais, dentre o uso mltiplo dos recursos; o Sistema de Produo B: prioriza a agricultura, dentre o uso mltiplo. Neste sistema considera as famlias que criam, ou no, o gado bovino, e o Sistema de Produo C que prioriza a pesca, e a agricultura em menor proporo.Embasado no mtodo participativo, as entrevistas as famlias foram realizadas com o auxlio de um questionrio previamente estruturado e testado pelo IPAM/Santarm, com adaptaes propostas por Costa (1995) para reconstituir historicamente a agricultura, a pesca, a criao de grandes animais, e o pomar caseiro. Aps analisar as informaes obtidas procedeu-se a Anlise da Intensificao Agrcola, da eficincia Agrcola e a da eficincia dos sistemas de produo A, B e C nos dois grupos de camponeses conclumos que: A restrio ao fator de produo terra no condicionou a que os camponeses usassem mais intensivamente a terra. As famlias que arrendam terra no possuem sistemas agrcolas mais intensivos. A intensificao agrcola no influenciou negativamente na produtividade agrcola ao longo do tempo, no influenciou na eficincia dos sistemas de produo, nem to pouco no uso mltiplo dos recursos. A intensificao da agricultura no influenciou o uso mltiplo dos recursos, porm, houve um redirecionamento da fora de trabalho, entre a pesca e agricultura, principais atividades produtivas, para manter a unidade produtiva em funcionamento. Uma atividade libera mo-de-obra como uma forma de investimento a outra atividade. Os recursos financeiros obtidos na pesca ajudam na aquisio dos elementos de capital necessrios para a atividade agrcola, e a adquirir os produtos industrializados no mercado para a famlia. Por outro lado, a renda proveniente da agricultura financia a pesca no vero e no inverno com a aquisio de gelo, alimentos para as viagens na pesca. At iniciar a produo agrcola, a pesca mantm a famlia com a aquisio de produtos para serem consumidos, e a adquirir os elementos de capital. Em sntese, conclumos que os campesinos da vrzea do Baixo Amazonas seguem a lgica do lucro, ao mesmo tempo se resguardando de fracassos por meio do uso mltiplo dos recursos atravs da diversificao de atividades e produtos.
Resumo:
A regio da Calha Norte, localizada no Baixo Amazonas do Estado do Par, sofre historicamente com vrios tipos de ameaas naturais, como cheias, enchentes, alagamentos, eroso, estiagem, enxurrada, fortes chuvas e secas, todas registradas pela Defesa Civil. Todos os anos, seja no perodo da chuva ou no perodo da seca, a populao fica vulnervel a tais eventos. A presente dissertao consiste em adaptar uma iniciativa metodolgica que permita a incorporao da temtica de gesto de riscos naturais no Zoneamento Ecolgico Econmico (ZEE) do Brasil, tendo como estudo de caso o ZEE da Calha Norte do Par, proporcionando instrumentos para a gesto e melhorias das aes do poder pblico. A anlise das ameaas naturais baseou-se em estudo metodolgico que agregou dados histricos, mapa geomorfolgico, mapa geolgico, mapa hipsomtrico, mapa de declividade, identificando as trs classes de anlises: (i) rea de alta suscetibilidade; (ii) rea de moderada suscetibilidade e (iii) rea de baixa suscetibilidade, gerando assim os mapas das ameaas de inundao, de eroses e das secas. A construo da vulnerabilidade social ocorreu a partir da aplicao do ndice de Vulnerabilidade Social (IVS) e do ndice de Unidades de Resposta (IUR), oriundos dos dados do Censo 2010 e do Cadastro Nacional de Endereo para Fins Estatsticos (CNEFE), ambos do IBGE. Aps a aplicao de tais ndices verificou-se que, do total de 397 setores censitrios da rea de estudo, 365 setores apresentam alta vulnerabilidade e os demais, moderada e baixa vulnerabilidade, o que retrata grande preocupao com tal rea. Na anlise de risco, os dados de vulnerabilidade e ameaas foram integrados e novamente classificados em trs nveis: (i) alto risco, onde h pouca concentrao de unidades de respostas e so reas de alta ameaa, podendo provocar danos sociais e econmicos quando e se ocorrerem as ameaas naturais; (ii) mdio nvel de risco, resultado gerado do cruzamento de reas de altas ameaas x baixas ameaas e (iii) baixo nvel de risco, resultando em dois produtos cartogrficos: o mapa de risco de inundao e o mapa de risco de eroso. O ZEE da Calha Norte do Par foi analisado com alguns questionamentos a fim de verificar a incluso da temtica de ameaa, vulnerabilidade e risco no documento, concluindo-se pela falta desta no documento tcnico. Alm disto, os resultados obtidos com a pesquisa so de elevada importncia no sentido de subsidiar o ordenamento territorial e tambm para a criao de polticas pblicas para a regio.
Resumo:
So raros os estudos envolvendo o uso mltiplo de recursos naturais por populaes amaznicas. Este trabalho apresenta um panorama de como os ndios Deni, habitantes da regio de interflvio entre dois dos maiores afluentes de gua branca da bacia amaznica, os rios Juru e Purus, utilizam dos recursos disponveis em seu territrio. Os Deni so, atualmente, ndios que vivem da explorao de recursos da terra firme e de regies alagadas. So um misto de horticultores e caadores/coletores, que utilizam toda a sua rea para a obteno de recursos para subsistncia. Como regra, deslocam periodicamente seus assentamentos, evitando o esgotamento local de recursos, e provocando a modificao local do ambiente. Esta alterao aumenta temporariamente a disponibilidade de alimento. reas com aldeias, pomares e roados abandonados, por sua vez, tornam-se locais onde se concentram inmeros recursos da flora e da fauna, posteriormente explorados. O impacto provocado por este sistema aparentemente mnimo. Os Deni esto contextualizados na periferia de um sistema capitalista, onde a nica fonte de renda para adquirir bens que so hoje considerados pelos ndios como indispensveis para sua sobrevivncia so os recursos naturais. Estes so e continuaro sendo explorados de maneira a produzir um excedente a ser comercializado para a obteno de uma srie de produtos industrializados, independentemente das opinies externas. sobre este patamar que devemos avaliar a sustentabilidade do atual manejo da rea.