30 resultados para Linguagem e línguas Estilo

em Universidade Federal do Pará


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Esta dissertao teve o objetivo de verificar se os alunos da EJA consideram que o uso de uma variedade lingustica pouco valorizada tem efeito sobre a aprendizagem da matemtica e refletir sobre a importncia do respeito variedade lingustica do aluno da EJA, que pode servir de meio para se chegar variedade estabelecida no espao escolar, assim como para a aquisio da linguagem matemtica. A discriminao lingustica que se tem dentro do contexto escolar pode distanciar ou at mesmo negar o acesso aos conhecimentos escolares pelo fato de se retirar as referncias de mundo que o aluno possui. O aprendizado da matemtica no meio escolar est distante das variedades existentes e principalmente daquelas oriundas dos meios mais carentes economicamente. Analisa-se a possibilidade de uma ponte entre os conhecimentos matemticos populares e os escolares, a partir do respeito variedade usada pelos educandos. A pesquisa foi realizada em uma escola pblica com uma turma da terceira etapa da EJA. A anlise permitiu constatar que muitos dos problemas encontrados no aprendizado da matemtica esto relacionados com aspectos referentes discriminao da variedade lingustica e dos conhecimentos matemticos das classes populares no meio escolar. Como se vive numa sociedade altamente tecnolgica, que formatada por modelos prescritos pela classe dominante, a partir da linguagem matemtica, ento esse conhecimento imprescindvel para a compreenso e para uma possvel transformao social. Contudo, a escola segue comportamentos determinados, com o objetivo de reproduzir e manter tal mentalidade dominante ao negar o acesso linguagem matemtica. A pesquisa aponta para um caminho que prev um ensino/aprendizagem da matemtica que se emancipe desse ideal de sociedade, pois assim poder contribuir para uma melhor educao aos alunos da EJA e para uma possvel transformao social.

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Este trabalho se inscreve no campo das investigaes acerca do papel da linguagem em atividades de trabalho e fundamenta-se nos pressupostos terico-metodolgicos do interacionismosociodiscursivo (BRONCKART, 2009), cujos estudos se voltam, de forma especial, para a anlise da materialidade do texto e, consequentemente, para a atividade de textualizao. Com base no pressuposto de que todo texto emprico traz marcas das representaes dos agentes verbais acerca da situao de ao particular em que se encontram inseridos (BRONCKART, 2009), estabeleceu-se, como objetivo geral deste trabalho, investigar, na materialidade do texto escrito, as unidades lingusticas modalizadoras como um indcio das representaes do enunciador frente aos parmetros de sua situao de interlocuo. De forma particular, o objetivo estabelecido foi o de, por meio de uma metodologia descendente de anlise, investigar, no gnero de texto e-mail produzido em situao de trabalho, se ocorre ou no a modalizao e que tipos so mais utilizados pelo enunciador (se lgicas, denticas, apreciativas ou pragmticas), tentando-se inferir o porqu de sua ocorrncia, ou no ocorrncia, assim como de seu tipo, com base nas possveis representaes do agente-produtor acerca dos parmetros de interlocuo relativos: ao papel social que ele mesmo desempenha no ato interlocutivo; ao papel social do seu destinatrio; ao lugar social que ambos ocupam no ambiente de trabalho e ao contedo temtico veiculado no texto. A hiptese aqui levantada a de que a modalizao, estando relacionada a essas representaes do enunciador, esteja mais presente nas produes textuais que percorrem, no fluxo hierrquico da empresa, o caminho vertical ascendente (de subordinado para a chefia), e menos presente, ou, at mesmo, ausente, nas produes textuais que percorrem o caminho vertical descendente (de chefia para subordinado).

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Foram analisadas nessa pesquisa as propostas de compreenso textual em manuais utilizados em cursos bsicos de Portugus como Lngua Estrangeira (PLE) em Belm-Pa. Foi investigado tambm como as propostas so desenvolvidas pelas professoras em sala de aula. Os objetos de estudo foram materiais instrucionais da Universidade Federal do Par (UFPA) e da School for International Training (SIT). Para os alunos de ambas as instituies, a habilidade de compreenso escrita na Lngua Estrangeira (LE) imprescindvel. Todos necessitam ler em portugus para participar ativamente da sociedade em que agora vivem. Entretanto, cada pblico tambm se vale da leitura para atividades especficas. Assim, esses alunos precisam ler diferentes textos em LE por diversas razes e em vrias situaes. Da a importncia de usar em sala de aula manuais que favoream o desenvolvimento da compreenso escrita dos alunos propondo textos, atividades e estratgias adequados ao pblico-alvo. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar as propostas de compreenso escrita nos manuais de PLE assim como sua operacionalizao nos cursos em questo e contribuir assim para o aperfeioamento das prticas de sala de aula, levando em conta ainda opinies de professores e alunos sobre o trabalho com essa habilidade. O estudo em questo foi realizado a partir de pesquisa bibliogrfica e de campo. A pesquisa bibliogrfica baseou-se em autores como Alliende e Condemarn (2005), Koch e Elias (2007), Farrell (2003), Henk et al (2000), Marcuschi (2008), e Nuttall (2005), entre outros. A pesquisa de campo se deu no curso de PLE das instituies mencionadas e teve como populao-amostra alunos e professoras que ministraram aula para o nvel bsico de cada uma das instituies no primeiro semestre de 2011. Foram utilizados dados de trs fontes nesta investigao: anlise dos manuais e do questionrio aplicado aos alunos e professoras, alm da observao de aulas usando o material. Ao final da pesquisa, constatamos que as propostas de ambos os manuais ainda esto longe de proporcionar oportunidades adequadas de desenvolvimento da habilidade de ler em uma LE e tambm que trabalhar com um manual produzido artesanalmente pode no ser a melhor opo, embora ainda seja muito forte a ideia de que no h LD que atenda as necessidades de determinado grupo de alunos.

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O presente trabalho trata do fenmeno da Haplologia na fala espontnea de cidados paraenses. O estudo refere-se mais especificamente ao que chamamos de Haplologia entre frases. Avaliam-se os contextos de frases compostas apenas por /d/ - /d/, /t/ - /d/,/t/ - /t/ e /d/ - /t/, exemplificados respectivamente por: la(du) di fora, per(tu) du, a gen(ti) tinha medu e tu(du) tinha. Os fatores avaliados dividem-se em dois grupos: lingusticos e extralingusticos com o objetivo de mostrar os contextos favorveis e desfavorveis aplicao do fenmeno em estudo. Os grupos de fatores lingusticos so: Relao entre palatalizao e haplologia; Qualidade das vogais; Classe de palavra da slaba elidida; Tonicidade das slabas confinantes; e Estrutura silbica. No que se refere aos fatores extralingusticos, analisamos: Sexo, Faixa etria e Escolaridade, seguindo a estratificao proposta no projeto Atlas Lingustico do Par (ALIPA). Os dados analisados integram o corpus de duas cidades paraenses: Belm, a capital do Estado do Par, e Itaituba, cidade paraense que fica a 891 km da capital mencionada. A coleta dos dados seguiu a orientao da Sociolingustica Variacionista. Os dados foram submetidos ao Programa de regra varivel VARBRUL. Os resultados apontaram a haplologia como regra varivel, entretanto, o fenmeno pouco produtivo entre os informantes das duas cidades. Nos pressupostos da Sociolingustica Variacionista (Labov, 2008) a palatalizao, o alteamento da vogal e a desconstruo do grupo consoantal podem ser considerados um processo de encaixamento, enquanto que, do ponto de vista fontico-fonolgico, seriam considerados regras alimentadoras da haplologia (BISOL, 1996).

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Tanto a motivao quanto seu oposto a desmotivao tm sido estudadas no mbito da aprendizagem de línguas estrangeiras. No entanto, poucos trabalhos investigam esses construtos do ponto de vista de sua dinamicidade. Esta pesquisa tem por objetivo compreender a motivao e a desmotivao em alunos de uma turma extensiva e uma turma intensiva de graduao em Letras Lngua Inglesa e as implicaes destas na aprendizagem da lngua alvo. Utilizando os pressupostos tericos estabelecidos por Drnyei e Ushioda (2011), Drnyei (2011, 2001), Ushioda (2008), Gardner (2007), Deci e Ryan (2000) entre outros, analisa-se os dados coletados por meio de um questionrio e dos histricos escolares dos alunos de ambas as turmas. A pesquisa em questo um estudo de caso que faz uso do mtodo comparativo. Participam dela 21 alunos de duas turmas de licenciatura em Letras Lngua Inglesa da Universidade Federal do Par, Campus Universitrio de Bragana: 11 alunos da turma extensiva e 10 da turma intensiva. Percebeu-se que, embora existam padres motivacionais que agrupam os alunos, a motivao individual e mutante, j que o processo motivacional no acontece da mesma forma e exerce influncias diversas em sujeitos diferentes e muda no decorrer do tempo em um mesmo indivduo. Os dados tambm mostram a complexidade do construto, pois o fato de haver motivao no significa que influncias negativas no possam ocorrer, bem como influncias negativas podem ser impulsos para um posterior aumento do nvel motivacional. Alm disso, constatou-se que a motivao percebida pelos alunos no garante bons resultados nas disciplinas cursadas. Esta pesquisa poder ajudar na compreenso do processo motivacional como um sistema dinmico e a entender que tanto os alunos de turmas extensivas quanto os de turmas intensivas podem ser motivados, j que a motivao uma condio individual.

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Este estudo pretende examinar a recepo crtica voltada para a anlise dos aspectos estilsticos e lingusticos da obra de Joo Guimares Rosa (1908-1967). Na dcada de 1950, durante seu auge, a teoria estilstica, principalmente a de origem espanhola, exerceu grande influncia sobre crtica literria brasileira. Este evento coincidiu com o impacto do lanamento de duas das mais importantes obras do ficcionista mineiro, Grande serto: veredas (1956) e Corpo de baile (1956), em grande parte devido linguagem, que um amlgama de popular e erudito e detentora de grande poder de sugesto. Como fruto deste acaso, no mesmo horizonte da obra, surgiram os estudos que formaram a primeira recepo e, entre estes, os que se dedicaram a analisar os diferentes recursos utilizados por Guimares Rosa para compor o seu serto-linguagem, o que justifica a adoo da Estilstica como mtodo. Inseridos nesta corrente crtica esto os trabalhos que nos serviro de objeto de anlise, a exemplo da crtica pioneira de Cavalcanti Proena (1905-1966), Trilhas no Grande Serto (1958), e de trabalhos de outros estudiosos, como Oswaldino Marques (1916-2003), sobre Sagarana e outras publicaes dispersas, e da professora norte-americana Mary L. Daniel (1936). Estes estudos, embora sejam discutveis do ponto de vista metodolgico, conforme ser observado, tornaram-se peas incontornveis dentro da fortuna crtica rosiana por sua contribuio elucidao da obra. Um indicativo disso a existncia de trabalhos mais recentes que ainda ventilam categorias consideradas pela Estilstica como o lxico, que surge em estudos de Nei Leandro de Castro e Nilce Sant'Anna Martins. Como mtodo utilizado nesta dissertao de Mestrado, lana-se mo da hermenutica literria formulada por Hans Robert Jauss (1921-1997) com o objetivo de analisar a recepo crtica de uma abordagem especfica, a Estilstica, e destacar sua relevncia para a compreenso da obra de Guimares Rosa no perodo imediato publicao, assim como propor uma confrontao desta recepo com estudos posteriores que se balizam no mesmo campo de anlise. Igualmente, objetiva-se evidenciar a importncia do leitor para a (res) significao do material ficcional, aqui representado pelo crtico literrio, um leitor diferenciado capaz de oferecer propostas interpretativas e guiar a leitura dos leitores comuns.

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O sculo XIX, mais do que qualquer outra poca, experimentou a gestao da maioria de nossos projetos de nao, estruturados a partir da emancipao poltica da nova ptria. Diversos intelectuais militaram nessa rdua tarefa de desenhar uma nova face de um Brasil com identidade prpria, embora calada sob um viso europeu. Entre esses gestores da nova identidade brasileira, um dos mais importantes foi o General Jos Vieira Couto de Magalhes (1837-1898), homem de Estado, poltico do Imprio e folclorista. Nesta dissertao, busco circunscrever a principal obra de Couto de Magalhes, O Selvagem (1876), nos cnones romntico e evolucionista de sua poca, dentro de um projeto de "civilizao" dos ndios da Amaznia e o conseqente momento de integrao cultural desses povos e seus descendentes populao brasileira. Por mais que a principal justificativa da obra fosse um estudo sobre a incorporao do indgena s atividades rentveis da economia nacional, o autor acabou por enfatizar a compreenso da lngua como estratgia fundamental para atrao pacfica das populaes tidas ento com "selvagens". Transitando entre o inventrio racial e a traduo cultural dos grupos indgenas brasileiro, Couto de Magalhes buscava valorizar esse arsenal lingstico como o mais verdadeiro e autntico representante da nacionalidade brasileira. A anlise feita no sentido de entender quais os limites da tentativa de traduo que o autor se props a fazer das lendas indgenas para o mundo dos brancos, no intuito de legitimar sua escolha do ndio como smbolo de nossa identidade.

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Este trabalho analisa a construo discursiva das identidades sociais em trs interaes com menores infratores sob o regime semiliberdade. O objetivo desta investigao correlacionar lngua e identidades. Para isto, o estudo comea por problematizar as idias sobre o sujeito e sua identificao com diferentes centros sociais numa sociedade moderna e plural. Destaca, tambm, a influncia das instituies na formao identitria do indivduo, especialmente das instituies reguladoras para menores infratores e do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). Assim, relaciona o estigma, socialmente construdo, s contingncias identitrias com os quais os menores se deparam nas interaes verbais. Deste modo, recorre a abordagens tericas que consideram a lngua em seu contexto social, como a Sociolingstica Interacional e as teorias da Enunciao, como tambm a outras reas do conhecimento, como os Estudos Culturais e a Psicologia Social. uma investigao de cunho interpretativista e etnogrfico que analisa a construo das identidades sociais por meio de diferentes alinhamentos e enquadres no discurso, e estuda a relao do discurso dos adolescentes com os discursos que circulam na unidade onde esto e na sociedade. Para tanto, entrevistas com funcionrios e pessoas que visitam o referido local foram realizadas, assim como notas de campo sobre a situao social dos participantes foram tomadas. O trabalho observa as identidades emergentes mais relevantes no discurso dos menores, tais como a identidade estigmatizada, a identidade religiosa, as familiares e a identidade da transformao, sempre formadas na sua necessria relao com o outro. A anlise revela o conflito entre a identidade do infrator e as identidades, consideradas socialmente como normais, o que demonstra a complexidade das identidades sociais e suscita novas problematizaes a serem consideradas em pesquisas futuras.

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Este trabalho prope-se a discutir sobre os instrumentos didticos utilizados em prticas de ensino de textos narrativos. Essa discusso consiste na descrio e anlise dos modos como o professor utiliza tais instrumentos para proporcionar aos alunos o encontro com o objeto de ensino, levando-os a apropriarem-se da capacidade de produo de textos narrativos, transformando, assim, o objeto de ensino em objeto efetivamente ensinado. Nesse contexto, o corpus de que nos ocupamos decorre de entrevistas, questionrios, gravaes em udio e vdeo e anotaes em dirio de campo sobre as aulas de lngua portuguesa observadas no segundo semestre do ano letivo de 2006. A coleta de dados aconteceu em uma turma de 4 etapa da Educao de Jovens e Adultos de uma escola pblica da periferia da cidade de Castanhal no Par. Do ponto de vista terico, buscamos as contribuies de Geraldi (2002) e Bakhtin (1929/1986) sobre a concepo interacionista de linguagem e as contribuies produzidas na rea da didtica das línguas pelo grupo de estudos de Genebra coordenado por Schneuwly, Dolz e colaboradores (2000, 2001, 2004, 2005), no que se refere ao trabalho do professor e os elementos que o compe (instrumentos e gestos didticos). Do ponto de vista metodolgico, apropriamo-nos das contribuies de Andr (2000, 2005) e Bogdan & Biklen (1999), para direcionarmos os procedimentos de constituio dos dados luz dos estudos da pesquisa etnogrfica. A anlise dos dados nos permitiu afirmar que os modos como o professor utiliza determinados instrumentos didticos direcionam sua prtica de ensino de Lngua Portuguesa de modo a promover a apropriao dos saberes sobre texto narrativo pelos alunos. Tais prticas mostram o carter heterogneo de seu trabalho ao apresentar caractersticas do ensino considerado tradicional, que leva em considerao a concepo representacionista de linguagem, e caractersticas do ensino de lngua baseado na lingstica textual que leva em considerao a lngua como forma de interao.

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Nos anos 80, a crise vivenciada pela escola pblica, materializada no aumento da repetncia e da evaso escolar, teve como conseqncia uma maior conscientizao por parte dos estudiosos da rea de educao em relao necessidade de melhorar o processo de ensino/aprendizagem. Na rea da avaliao escolar, essa crise, dentre outros problemas, fez com que os estudiosos dessa rea criticassem o tipo de avaliao exclusivamente somativa, predominante nas prticas avaliativas tradicionais, e valorizassem a avaliao de cunho mais formativo. Surgiram ento numerosas propostas de transformao das prticas avaliativas, dentre elas a avaliao autntica, a democrtica, a dialgica, a formativo-reguladora, a mediadora, a avaliao para conhecer e a participativa, geralmente pouco ou nada especficas no que tange ao ensino de línguas. A aparente multiplicidade de concepes avaliativas e as dificuldades que essa variedade suscita para o professor de portugus lngua materna por si s justificam que seja empreendido um estudo no sentido de oferecer a este profissional melhor clareza conceitual e condies para integrar reflexo em lngua e reflexes em avaliao. O objetivo deste trabalho contribuir para melhor conhecer as noes que envolvem a concepo formativa de avaliao com vistas integrao de concepes mais atuais de avaliao no processo de ensino/aprendizagem de portugus lngua materna, condio sine qua non para a renovao efetiva dessa rea. A hiptese centra-se na idia de que por trs dessas diferentes propostas, expostas nas modalidades de avaliao apresentadas pelas obras do corpus, h caractersticas que se interseccionam, ligando essas modalidades de avaliao entre si e concepo formativa de avaliao. Essa pesquisa fundamenta-se, por um lado, nas concepes formativa e formadora de avaliao da aprendizagem1 (NUNZIATI, 1990; ALLAL, BAIN & PERRENOUD, 1993; BONNIOL & VIAL, 2001), bem como nos estudos sobre autoavaliao e autorregulao da aprendizagem (ALLAL, 1993; PERRENOUD, 1993; PARIS & AYRES, 2000), e por outro, nas concepes que influenciam o ensino/aprendizagem do portugus, como as concepes de linguagem e as concepes de ensino/aprendizagem de línguas (GERALDI, 1984; BERTOCHINI & CONSTANZO, 1989; SOARES, 1998). Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliogrfica, tendo como corpus obras impressas e acessveis aos profissionais de educao brasileiros, as quais apresentam modalidades de avaliao que respondam ao critrio principal de se apresentarem como uma alternativa avaliao tradicional, favorecendo o processo de aprendizagem. Esta pesquisa aponta o desenvolvimento das competncias avaliativas como meio de ampliao das competncias discursivas e a avaliao formativa a servio da aprendizagem da lngua materna.

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Este trabalho visa analisar o uso da lngua materna nas aulas de lngua estrangeira. Para isso, primeiramente, aponta-se o espao ocupado pela lngua materna nas diversas metodologias de ensino-aprendizagem de línguas, levantam-se as causas de excluso da LM e as razes para sua incluso nas aulas de lngua estrangeira e finalmente prope-se uma categorizao das funes que a LM pode exercer no contexto de ensino-aprendizagem de LE. Uma pesquisa de campo envolvendo trs instituies de ensino de lngua inglesa no Par foi realizada para se observar concretamente se a LM, de fato se manifesta nesse contexto e, caso positivo, com que freqncia ela ocorre; que funes a LM exerce; quais as funes predominantes, para ento avaliar se o seu uso favorece ou no o ensino-aprendizagem de LE.

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Nos ltimos anos a questo cultural tem ganhado cada vez mais espao nas pesquisas da rea de ensino-aprendizagem de línguas. Uma vez que os materiais didticos esto entre os principais suportes no processo de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, as representaes de cultura que estes materiais apresentam podem influenciar nas crenas e atitudes dos aprendentes em relao lngua alvo e, consequentemente, em sua motivao para aprend-la. Compreende-se que cultura envolve uma gama de aspectos diferentes, entretanto, ao analisar o livro didtico de ingls como lngua estrangeira Touchstone, observamos que as amostras de cultura apresentadas nesse material referem-se basicamente a aspectos histrico-geogrficos e informaes tursticas. Observamos tambm que, em relao ao contato com a cultura da lngua alvo, os aprendentes da disciplina Culturas Anglfonas podem ter atitudes variadas. Assim, esta pesquisa apresenta reflexes acerca da considervel limitao da representao cultural no livro analisado, tendo como foco principal a maneira como esta afeta a motivao do aprendente. Alm disso, esta dissertao apresenta reflexes sobre como a cultura do outro pode ser abordada de maneira a enriquecer a percepo de sua prpria cultura.

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Neste trabalho, apoiamo-nos num corpus oriundo de uma pesquisa realizada em turmas de Francs Lngua Estrangeira (FLE) de Macap e num material terico construdo a partir da leitura de pesquisadores como Vygotsky, Bakhtin, Kramsch, Vion, Kerbrat-Orecchioni, Castellotti, Gajo, Grandcolas, Arditty, Vasseur, Mondada, Pekarek Doehler e Cicurel, com o objetivo de investigar a funo das interaes verbais no ensino-aprendizagem de uma competncia comunicativa oral nessas turmas. Mais especificamente, objetivamos a: 1) Descrever as metodologias de ensino da produo oral (PO) realizadas em turmas de FLE em Macap; 2) Analisar as interaes verbais que se realizam entre professor e aluno e dos alunos entre si, em turmas de FLE macapaenses; 3) Apresentar sugestes para uma prtica de ensino do discurso que valorize as interaes verbais e os contextos sociointeracionistas. Nossas investigaes visam a responder s seguintes perguntas de pesquisa: 1) Que lugar ocupa o ensino da PO nas turmas macapaenses de FLE?; 2) Qual o papel da lngua materna (LM) no processo de aquisio do discurso em lngua estrangeira (LE)?; 3) Em que medida uma metodologia fundamentada na Teoria Sociointeracionista do Ensino de Línguas poderia beneficiar o ensino da PO em turmas de FLE?; 4) Como criar um ambiente favorvel ao desenvolvimento de uma competncia de PO em turmas de FLE? A fim de identificarmos as causas das dificuldades conversacionais dos estudantes, entrevistamos alunos e professores e observamos, gravamos e transcrevemos aulas em trs escolas. Posteriormente, tratamos os dados orientando-nos principalmente pela abordagem sociointeracionista do ensino de línguas em contexto escolar (Vygotsky, Bakhtin) e pelo interacionismo discursivo apresentado por Kramsch (1991). Abordamos temas ligados ao ensino-aprendizagem de línguas, tais como as aquisies linguageiras mediadas pelas interaes sociais realizadas em sala de aula ou fora dela, o tratamento do erro, o papel da lngua materna no processo de apropriao discursiva e os dilogos dos manuais enquanto ferramentas para a construo de uma competncia conversacional. Ao final, propomos uma reflexo sobre a (auto) formao do ensinante interativo e, a partir das sugestes de Kramsch, uma tipologia de atividades discursivas, com o intuito de mostrar de forma mais concreta como favorecer a construo de uma competncia de PO em LE em turmas de FLE.

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Os Pssaros Juninos ou Pssaros Melodrama-Fantasia representam um tipo de teatro musicado prprio do Par. Eles possuem como referenciais elementos de diversos gneros teatrais e de manifestaes regionais, trazendo tona fontes das culturas negra, branca e indgena, que desde a colonizao da regio se miscigenaram, resultando naquilo que hoje entendemos por cultura amaznica. Este trabalho pretende discutir o carter mestio que engendrou as circunstncias do surgimento dos Pssaros Juninos e, por conseguinte, explicitar que tal manifestao evoca distintas imagens que convergem na construo de narrativas amaznicas fantsticas expressas sob a forma de sociabilidades singulares ao contexto paraense.

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Esta pesquisa est direcionada anlise da situao sociolingstica de cinco aldeias nas Terras Indgenas Ua no municpio do Oiapoque no Estado do Amap: Esprito Santo, Tamin, Cutiti, Santa Isabel e Txipidon. Nesse contexto duas línguas esto presentes, quais sejam, lngua crioula e lngua portuguesa. O objetivo deste trabalho est centrado no reconhecimento da real situao sociolingstica desse espao de lingstico-geogrfico, vislumbrando a lngua materna da etnia, as comunidades, a situao dos sujeitos bilnges, os usos sociais das línguas e situao escolar em contexto bilnge. A anlise embasada na concepo de diglossia sem estabilidade e de bilingismo como fenmeno no estvel, situado, com definio de sujeito bilnge relacionado ao contexto em que as línguas se encontram. A situao escolar vista tendo por base os planejamentos lingsticos de Hamel. Os dados so analisados sob a tica da metodologia descritivo-interpretativa, com dados quantitativos auxiliando na descrio qualitativa da pesquisa. Moradores das cinco aldeias e professores ndios e no ndios fazem parte do corpus da pesquisa. Os resultados confirmam a lngua portuguesa como a mais representativa, no repertrio verbal das aldeias Santa Isabel e Txipidon e a lngua crioula como lngua materna de Esprito Santo, Tamin e Cutiti, aldeias de uma etnia em comum, a Karipuna.. Essas comunidades esto em conflito diglssico, com a lngua portuguesa ocupando espao da lngua crioula em alguns domnios lingsticos. Confirma-se o bilingismo apresentado pelos falantes como relativo ao contexto, com graus diferenciados de bilinguidade em cada aldeia, considerando-se as quatro habilidades lingstica: compreender, falar, ler e escreve. Essa a situao que deve ser considerada pela escola em seus planejamentos lingsticos e no somente as diferentes línguas maternas das comunidades.