29 resultados para Língua brasileira de sinais Estudo e ensino

em Universidade Federal do Pará


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Esta pesquisa teve como objetivo investigar o processo de institucionalizao da disciplina de Libras no currculo oficial da Secretaria Municipal de Educao de Castanhal-Pa.O municpio inseriu como disciplina obrigatria, da Educao Infantil, Ensino Fundamental Regular e Educao de Jovens e Adultos, a disciplina de Libras, para todos os alunos. A partir deste dado, buscamos fazer um estudo de caso, na referida secretaria, para estudarmos o processo de institucionalizao da Libras no currculo. Iniciamos com o levantamento bibliogrfico, acerca das seguintes temticas: Educao Especial, Educao Inclusiva, Educao de Surdos e Currculo. Alm disso, realizamos tambm, o levantamento documental das legislaes nacionais e internacionais que norteiam a educao especial e a inclusiva, mais ainda as especficas da rea da surdez. Buscamos tambm, em Castanhal os documentos referentes a insero da disciplina. Para a coleta de dados, utilizamos a entrevista semi-estruturada com dois tcnicos da secretaria e o Secretrio de Educao, por estarem ligados diretamente com a insero da disciplina. E, a partir dos dados, observamos que a Libras foi inserida, pela equipe tcnica da secretaria, juntamente com o Secretrio de Educao (no envolvendo a comunidade escolar), justificando tal insero, tanto pela barreira comunicativa do surdo, quanto pela necessidade de uma poltica inclusiva. Legalmente, a disciplina foi fundamentada no direito educao, proposto tanto pela Constituio de 1988, quanto pela LDB n9394/96, alm do direito outorgado ao surdo, de ter acesso Libras, conforme afirma a Lei 10.098/00 e o Decreto n5626/05 e, no municpio, a disciplina inserida, na Parte Diversificada do currculo, por meio do Regimento Unificado da Rede Municipal de Ensino de Castanhal. Para viabilizar a oferta da disciplina, o municpio: oferece formao para os professores; intrprete de Libras, em algumas escolas; instrutor na equipe tcnica, para dar suporte e formao; material didtico, produzido pelos professores, com o apoio da equipe tcnica e do Secretrio, na busca de materiais especficos em Libras, para subsidiar a prtica de sala de aula. O municpio, prope-se a realizar uma educao bilnge, no entanto, permite a comunicao total, alm disso, o currculo permeado de contradies pois, de um lado incentiva a eliminao de barreiras atitudinais, mas, por outro, ainda reflete um modelo mdico clnico de surdez, atravs de contedos que ressaltam a deficincia. Alm dessa questo, a oferta da disciplina para surdos e ouvintes, exige o tratamento da mesma como primeira e como segunda língua, o que no contemplado nos cursos de formao. Por fim, percebemos que apesar de ser louvvel esta iniciativa, ainda h lacunas, que devem ser problematizadas nesse processo, a fim de construir uma disciplina que respeite o status lingustico e cultural da Libras.

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A pesquisa tem como premissa fundamental analisar situaes de ensino de matemtica com o contedo de problemas multiplicativos classificados com base em Huete e Bravo (2006) mediante a prtica docente de professores (surdos e ouvintes) com alunos surdos, buscando indicativos de obstculos metodolgicos que podem estar presentes no processo de comunicao matemtica em situaes de ensino envolvendo estes sujeitos. Como eixo norteador da pesquisa, buscamos um referencial terico que embasa o processo de ensino e aprendizagem para surdos com nfase na especificidade do ensino de matemtica que tem como veculo propulsionador a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), procuramos suscitar reflexes acerca de quais condies devem sustentar este ensino. A pesquisa de natureza exploratria descritiva e foi realizada em uma Unidade Especializada na educao de surdos. Os registros foram feitos atravs de filmagens. Os dados foram analisados a partir da perspectiva dos elementos didticos e pedaggicos, presentes nas aes dos sujeitos de pesquisa e que contriburam para a obstaculizao ou sucesso do ensino e aprendizagem do contedo envolvido. A partir de nossas anlises podemos considerar que o ensino de matemtica para surdos exige do profissional envolvido competncias que passam por um amplo domnio de LIBRAS, Matemtica, Língua Portuguesa e estratgias de ensino especficas.

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Esta dissertao tem como objetivo principal apresentar uma anlise de dados da língua Temb (famlia Tup-Guaran) para fundamentar uma discusso preliminar sobre o estado atual da vitalidade dessa língua. A anlise se apia em orientaes tericas e metodolgicas construdas a partir de estudos realizados sobre línguas obsolescentes por DORIAN (1973, 1977, 1980) e CAMPBELL & MUNTZEL (1989), no modelo terico proposto por SASSE (1992) sobre morte de línguas, assim como nos princpios mais gerais da teoria das línguas em contato e nas abordagens terico-metodolgicas de questes mais estritamente relacionadas com as mudanas lingsticas em línguas ameaadas de extino, propostos por THOMASON (2001). Os resultados obtidos com a presente dissertao mostram, entre outras coisas, que, apesar das vrias mudanas j ocorridas e em processo na língua Temb, as quais a tm transformado em uma língua mais analtica e com padres sintticos mais simples do que as línguas mais conservadoras da famlia Tup-Guaran, O Temb continua a mostrar sinais de muita vitalidade, estando a sua continuidade dependente sobretudo de uma poltica que estimule o uso da língua nativa.

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Nesta dissertao de mestrado, objetivamos investigar a relao entre o professor e o livro didtico na 4 srie do ensino fundamental em seis escolas pblicas, localizadas na cidade de Belm. Para tanto, buscamos perceber quais critrios adotados na seleo, quais objetos de ensino evidenciados no livro e nas aulas de língua portuguesa, quais sees usadas e quais estratgias instauradas pelas professoras no momento em que usam o livro didtico. Neste estudo, adotamos uma pesquisa de carter etnogrfico, pois consideramos as vozes das professoras sobre o processo de seleo e a utilizao do livro em sala de aula. Fazemos uso tambm de idias de base scio-interacionista de Vygotsky (1984, 2003) e Bakhtin (1993, 1997, 1999) a respeito da linguagem, da interao, da construo do sujeito, dentre outras; e recorremos a alguns estudos referentes ao ensino de língua portuguesa e ao livro didtico. Na anlise, refletimos sobre as propostas dos livros didticos (publicados entre 2003 e 2005) atinentes compreenso e produo (oral e escrita) e sobre o objeto de ensino priorizado nesse material. Analisamos as entrevistas com seis professoras e as aulas de língua portuguesa, comparamos as propostas dos livros s das professoras e apresentamos algumas sugestes para um melhor aproveitamento do livro. Os resultados da pesquisa indicam que os livros didticos, adotados pelas escolas envolvidas neste estudo, parecem no desempenhar a funo de direcionadores do ensino nem assumir a funo das professoras, uma vez que eles so apenas utilizados para complementar as atividades, planejadas previamente por elas.

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O presente estudo investiga as prticas avaliativas em ingls como Língua Estrangeira para Crianas (LEC) no primeiro ano do ensino fundamental das escolas pblicas no municpio de Castanhal, PA. A pesquisa teve como objetivo analisar quais as orientaes contidas nos documentos oficiais municipais no que diz respeito ao ensino e avaliao em LEC, descrever as prticas avaliativas desenvolvidas pelos docentes nesse contexto, analisar a integrao dessas prticas com os objetivos de ensino e aprendizagem de LEC e indicar pistas que possam, terica e metodologicamente, tornar essas prticas mais eficazes. Para alcanar os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de carter documental, na qual foram analisados os documentos oficiais que norteiam o ensino e a avaliao em LEC no municpio, 220 relatrios de desenvolvimento, que so o instrumento de avaliao preconizado para esse nvel da escolaridade, alm de entrevistas e questionrios com 14 docentes que atuam nesse contexto. O referencial terico sustenta-se nas contribuies de Cameron (2001), Strecht-Ribeiro (2005) e Scott e Ytreberg (1990) sobre o ensino-aprendizagem de LEC, bem como na discusso de alguns aspectos da avaliao da aprendizagem (HADJI, 1994; 2007; BONNIOL e VIAL, 2001; FERNANDES, 2009; PERRENOUD, 1999) e da avaliao da aprendizagem em LEC (MCKAY, 2006; IOANNOU-GEORGIOU, 2011; SHAABAN, 2001). Para a anlise dos dados obtidos, foi utilizada a tcnica de Anlise de Contedo (ROSA, 2013). Os resultados da anlise indicam uma ausncia de coerncia entre as prticas avaliativas e os objetivos e princpios do ensino de LEC. Os dados revelam ainda a falta de formao para ensinar, avaliar e elaborar programas de LEC, aliada a uma j conhecida tendncia em se priorizar aspectos estruturais no ensino de línguas estrangeiras, em detrimento de atividades comunicativas. Por fim, este trabalho mostra a necessidade de promover outras pesquisas que investiguem as prticas avaliativas em LEC e, da urgncia em se definir diretrizes oficiais nacionais para o ensino e avaliao que levem em considerao as caractersticas e necessidades das crianas nesse contexto.

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Os estudos sobre a formao de classes ordinais tm apresentado diversos achados experimentais relevantes para a compreenso das relaes entre estmulos em seqncias. O objetivo deste trabalho foi o de replicar sistematicamente os resultados obtidos com crianas e adultos normais (Estudo 1) usando um procedimento de ensino por encadeamento e verificar se esses resultados se manteriam sob controle condicional (Estudo 2) com crianas surdas, usando apenas estmulos visuais, atravs de um ensino de encadeamento de respostas motoras. Participaram do Estudo 1 sete crianas com grau profundo de surdez, na fase de alfabetizao em língua de sinais. Foi programado um procedimento de encadeamento de respostas com trs conjuntos de estmulos: A nomes impressos dos nmeros, B numerais em língua brasileira de sinais (LIBRAS), C formas abstratas em quantidades diferentes. Para os trs tipos de estmulos os valores eram de 1 a 6. No Estudo 2 cinco outras crianas surdas foram submetidas ao mesmo procedimento de ensino, porm, o participante deveria responder na presena da cor vermelha na seqncia A1A2A3 A4A5A6 e na presena da cor verde na seqncia 6A5A4A3A2A1. Nos dois estudos, aps responder corretamente a cada seqncia, uma animao grfica era apresentada na tela, a experimentadora elogiava com as palavras muito bem, certo, legal em linguagem de sinais. Caso o participante emitisse qualquer outra resposta, a tela se embranquecia por um segundo e uma nova configurao dos estmulos era apresentada aleatoriamente. As sesses experimentais eram realizadas na sala de aula de uma instituio pblica especializada. Foi utilizado um Laptop e um software especialmente desenvolvido para coleta de dados comportamentais. Aps treino e reviso da linha de base com as trs seqncias de respostas, testes eram aplicados para avaliar transitividade e conectividade na emergncia de classes ordinais atravs da disposio de pares de estmulos no 14 adjacentes e de substitutabilidade de estmulos. Os resultados mostraram que os participantes responderam prontamente em ambos os estudos. Conclui-se que o procedimento eficiente na aquisio de comportamentos conceituais numricos e que a emergncia de classes de estmulos equivalentes tambm ocorre fora do formato de emparelhamento de acordo com o modelo, mesmo em crianas surdas.

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Os estudos sobre classes ordinais tm apresentado diversos achados experimentais para a compreenso das relaes entre estmulos em seqncias. O objetivo do presente trabalho foi investigar se esses resultados seriam obtidos em crianas com surdez. Um procedimento de treino por encadeamento envolveu trs classes de estmulos: A = nomes impressos dos nmeros, B = numerais em língua brasileira de sinais e, C = formas abstratas, com valores de 1 a 6. O participante deveria responder na presena da cor vermelha a seqncia A1A2A3 A4A5A6 e na presena da cor verde: A6A5 A4A3A2A1. Aps responder corretamente cada seqncia, uma animao grfica era apresentada na tela. Aps reviso da linha de base, testes eram aplicados para avaliar transitividade e conectividade na emergncia de classes ordinais. Os resultados mostraram que os participantes responderam prontamente. Conclui-se que o procedimento eficiente na formao de comportamentos conceituais numricos e que os estmulos eram funcionalmente equivalentes.

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No contexto educacional de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, seja ele na educao bsica ou no nvel superior, as atividades de escrita so geralmente negligenciadas em detrimento da grande ateno dada habilidade de oral. Professores se queixam com frequncia dos desafios e dificuldades que enfrentam para despertar em seus alunos o interesse em relao s atividades de escrita. Por outro lado, percebe-se que os alunos tambm reclamam do tratamento que dado escrita em sala de aula, mostrando-se desinteressados e desmotivados quando da produo dessas atividades. Diante disso, este trabalho tem o objetivo de discutir, refletir e analisar como essa habilidade vem sendo tratada ao longo dos anos e prope a abordagem baseada em gneros textuais com o intuito de motivar e fomentar a autonomia dos alunos de uma turma de graduao em Letras, habilitao em Língua Inglesa da Universidade Federal do Par, no campus de Bragana, a partir do uso de gneros virtuais dispostos no site de relacionamentos Orkut.

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Em vista de em minha trajetria acadmica ter tido um ensino tradicional, no qual era desestimulada a participar das aulas, no emitindo minhas idias e opinies, procurei como professora, construir um percurso de dilogo com meus alunos, valorizando os seus conhecimentos sobre o tema em foco e articulando-os aos veiculados na escola. Assim, norteada pela idia de resgatar/valorizar os conhecimentos que os alunos apreendem no seu meio familiar e cultural, delineei esta dissertao como um estudo sobre as representaes sociais de gua de alunos de 4 srie do ensino fundamental da Escola de Aplicao da Universidade Federal do Par, no ano de 2007. Utilizei como suporte terico metodolgico a teoria das Representaes Sociais formulada por Serge Moscovici articulada com a teoria do Ncleo Central de Jean-Claude Abric. A metodologia, caracterizada por uma abordagem qualitativa e quantitativa, teve como tcnicas de coleta de dados, o questionrio, a evocao livre a partir da palavra indutora gua, complementados pela entrevista. A pesquisa teve como sujeitos 110 estudantes da 4 srie, na faixa etria de nove a treze anos, sendo 60 do sexo feminino. A anlise dos resultados revelou aspectos importantes sobre os alunos e suas representaes e me possibilitou identificar que os contedos da representao social de gua esto relacionados aos seguintes significados e sentidos: 1) ao consumo de gua nos hbitos cotidianos de higiene e na alimentao; 2) a paisagem natural, formada de recursos hdricos; 3) aos fenmenos naturais, como a chuva e tsunami; 4) ao seu valor e a sua importncia, como fonte de vida e de sade; 5) as atitudes e aes concretas de tratamento da gua; 6) ao cuidado e conservao do patrimnio hdrico natural; 7) ao seu simbolismo: a gua como objeto de contemplao, beleza e de lazer e 8) as suas caractersticas. Quanto estrutura da representao social de gua, o ncleo central foi constitudo pelas categorias semnticas: banho, beber, vida, limpa, rio e chuva e o sistema perifrico, pelas categorias: economizar, poluio, lavar os alimentos, cachoeira, fazer comida, cristalina, diverso, mar, paz, tsunami, til, poo e gota. A compreenso das representaes dos alunos sobre a gua foi fundamental para minhas reflexes sobre esse tema e pela possibilidade de elaborao de novas prticas pedaggicas embasadas no desafio de formar alunos-cidados que reconheam a necessidade do uso responsvel da gua como bem finito que precisa ser conservado e preservado.

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No mbito do ensino do Portugus, projetos sob forte influncia das teorias que levam em considerao o processo de interao, em particular as propostas construdas com base no dispositivo didtico da sequncia didtica, proposto por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), multiplicaram-se no Brasil. justamente o aumento no nmero desse tipo de projeto que chama a nossa ateno e justifica uma anlise da maneira como as propostas de interveno so conduzidas por pesquisadores/professores em contexto escolar, em contraponto com as propostas tericas nas quais declaram se fundamentar. O objetivo deste estudo verificar em que medida essas propostas de trabalho com os gneros textuais do relevncia dimenso formativa do procedimento sequncia didtica. Este estudo est baseado na hiptese de que a articulao das concepes de sequncia didtica e de avaliao formativa contribui para o ensino/aprendizagem de gneros em língua materna. Tal articulao favorece o desenvolvimento das competncias linguageiras dos aprendentes, alm de ativar os processos de autoavaliao e autorregulao, processos esses necessrios para a transformao do aprendente em sujeito autnomo e responsvel pela prpria aprendizagem. Para fundamentar teoricamente o trabalho, prope-se um estudo bibliogrfico apoiado em Bakhtin (para a noo de gneros textuais/discursivos), em Bronckart (para o Interacionismo Sociodiscursivo e a perspectiva acional), em Schneuwly et al. (para a didatizao dos gneros), em Bonniol e Vial (para o chamado "paradigma da regulao") e Fernandes (para uma avaliao formativa alternativa). Alm disso, realiza-se um estudo exploratrio para seleo e anlise do corpus, formado por oito documentos acadmicos (dissertaes e tese) abordando propostas de didatizao dos gneros por meio do procedimento sequncia didtica. Aps a anlise de cada um dos momentos das sequncias didticas apresentadas no corpus, chega-se concluso de que as que melhor xito tiveram so as que foram significativas ao mesmo tempo do ponto de vista discursivo, ao inserir os aprendentes em projetos de comunicao motivadores, e do ponto de vista da aprendizagem, ao valorizar a dimenso formativa do procedimento que lhes permitem atuar como sujeitos da aprendizagem no decorrer da sequncia.

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Os Munduruk do Kwat-Laranjal esto includos na lista de comunidades indgenas que apresentam a língua num processo de perigo iminente. A língua, que recebe o mesmo nome da etnia munduruk, pertencente famlia munduruk, do tronco tupi, a qual, antigamente, era falada por povos munduruk que habitavam os estados do Mato Grosso, Par e Amazonas, entretanto, a concentrao maior de indivduos nos dois ltimos estados. O foco deste estudo est na comunidade indgena munduruk do Kwat-Laranjal, no Estado do Amazonas, pois indivduos desta comunidade j no falam mais a língua nativa e por esse motivo manifestam o interesse revitalizar e fortalecer sua identidade e cultura. Assim, o Projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), denominado Licenciatura Especfica para Formao de Professores Indgenas/Turma Munduruk (AM/PA), alm do objetivo de formao em nvel superior, pretende tambm ser instrumento da revitalizao da língua munduruk em aulas com disciplinas especficas da língua. nesse contexto, da licenciatura especfica para formao de professores indgenas, que nossa pesquisa est inserida; objetivando verificar as atitudes lingusticas em relao língua original da comunidade indgena munduruk do Amazonas dentro do processo de revitalizao. Dessa forma, a metodologia adotada de cunho quantitativo e o corpus da pesquisa foi coletado a partir da realizao de entrevistas sistematizada por questionrio. Tal instrumento de pesquisa visa comparar os comportamentos dos alunos diante das línguas, portuguesa e munduruk, com relao a: i) atitude cognitiva (conhecimento da língua); ii) atitude afetiva (preferncia por uma ou outra língua); iii) atitude comportamental (uso lingustico habitual e transmisso da língua). Atitude , segundo Fernndez (1998, p. 181), a manifestao de preferncias e convenes sociais acerca do status e prestgio de seus usurios. Esta manifestao de preferncia por uma língua ou variante lingustica de comunidades minoritrias condicionada pelos grupos sociais de maior prestgio (geralmente comunidades majoritrias). Aqueles que detm maior poder socioeconmico ditam a pauta das atitudes lingusticas das comunidades de fala minoritrias (AGUILERA, 2008). O interesse desta pesquisa centra-se na atitude que o povo munduruk do amazonas assume no uso da língua que aprenderam e na língua a que viro aprender como forma de resgate de sua identidade. Neste sentido, procurou-se entender como a atitude, positiva ou negativa; aceitao ou rejeio, e nos componentes cognitivos, afetivos e comportamentais pode determinar o futuro de um processo de revitalizao. Contudo, observa-se a contradio destes elementos na anlise das entrevistas, onde os informantes manifestam interesses diferentes de suas aes em relao língua que querem resgatar.

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A presente pesquisa investiga como os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem de Portugus no curso de formao de professores do Bacharelato emergencial em Cincias Naturais, ofertado em Timor-Leste pela cooperao brasileira no perodo entre outubro/2009 e dezembro/2010, traduzem / interpretam o discurso de (re)introduo da língua portuguesa nesse pas. A pesquisa baseia-se em dados produzidos ou reconstitudos a partir de minha experincia como professora do curso de formao de professores em língua portuguesa, atravs do Programa de Qualificao e ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste (PQLP), coordenado pela Fundao CAPES. Para proceder discusso, tomo como ferramentas terico-metodolgicas conceitos de Maingueneau (2008), especialmente os de interincompreenso e simulacro, como tambm os conceitos de estratgia e ttica de Michel de Certeau (2012), que compem seu modelo polemolgico das apropriaes culturais. As anlises apontam que a maneira como cursistas e formador se apropriam do discurso da poltica de (re)introduo da língua portuguesa em Timor determinada por formaes discursivas diferentes, e que a relao interdiscursiva estabelecida entre elas desencadeia o fenmeno da interincompreenso. Compreender como essas formaes discursivas se traduzem mutuamente na sala de aula, dentro das atividades que a princpio se destinariam ao ensino e a aprendizagem do portugus, contribui para que se possa (re)definir as intervenes didticas das aulas de Portugus na formao de professores, assim como a poltica de (re)introduo do portugus em Timor-Leste. Defendemos que o ensinoaprendizagem do portugus, no contexto de Timor-Leste, precisa ser compreendido no apenas do ponto de vista didtico, no que diz respeito construo e mediao de saberes entre alunos e professores, como tambm do ponto de vista ideolgico, uma vez que nesse pas as propostas de formao atuais representam um projeto que pode conflitar com valores e crenas existentes na sociedade a respeito do idioma portugus e da relao entre a escola e outras instituies.

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Investiga o efeito da instruo de estratgias de aprendizagem no desenvolvimento da habilidade de produo oral de uma turma de 3 nvel de língua inglesa do Curso de Letras da Universidade Federal do Par. Essa investigao busca contribuir para um melhor entendimento acerca das questes envolvidas na dificuldade de aprendizagem em relao produo oral dos aprendizes de língua estrangeira, ao sugerir que o ensino explcito de estratgias de aprendizagem pode proporcionar resultados mais satisfatrios neste sentido. Tendo isso em mente, oferece ao professor uma nova maneira de lidar com essa questo em sala de aula. Tambm, proporciona ao aprendiz novos caminhos para aprender a aprender. O quadro terico subjacente a este estudo encontra-se dentro da perspectiva das estratgias de aprendizagem que se fundamenta, principalmente, na teoria cognitivista.

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O presente estudo relativo s prticas docentes no ensino de cincias em uma Escola de Aplicao tida como escola diferenciada positivamente em termos da qualidade de suas prticas de ensino, das condies de trabalho de seus professores e pelo suposto interesse de atualizao permanente para assegurar aprendizagem significativa aos estudantes e prepar-los para exercer a cidadania. Meu objetivo foi identificar parmetros de diferenciao qualitativa do ensino na rea de Cincias, considerando justamente que a experimentao pedaggica foi uma das vertentes que dirigiu a criao de escolas de aplicao no Pas. Esta investigao se desenvolve em uma modalidade de pesquisa narrativa por meio da qual se objetiva evidenciar, a partir do relato dos estudantes sobre suas experincias no ensino de cincias, como se configuram as prticas de ensino, especialmente em termos de: a) seleo de contedos, b) abordagens terico-metodolgicas do ensino, c) interao professor aluno e aluno-aluno em classe e fora desta, bem como d) prticas, critrios e procedimentos de avaliao do ensino e da aprendizagem. Procurei investigar como os alunos percebem e que valores atribuem s prticas de ensino de Cincias, configuradas especialmente como boas aulas de cincias. Tendo como foco os relatos dos estudantes de 5 a 8 sries da escola pesquisada, sobre as prticas de ensino de cincias que vivenciam, assumo como premissa, que estes possuem idias, percepes e concepes acerca do processo de ensino e de aprendizagem. As anlises por mim procedidas apontam para uma prtica de ensino reprodutiva e memorativa, pouco diferente das prticas tradicionais usuais das escolas comuns. No tocante natureza das aulas e temtica dessas aulas, pouco se valoriza os conhecimentos prvios dos estudantes, predominando um tipo de aula em que os alunos passivamente se limitam a observar o trabalho docente, reproduzem ou repetem quando solicitados aspectos de contedos/conhecimento informativo de temas e assuntos das cincias fechados no programa a cumprir e descontextualizados, sem qualquer relao com a realidade, com o mundo em que os estudantes vivem. A guisa de concluso, considero que as possibilidades e os limites desse ensino obsoleto e ultrapassado de Cincias evidenciados pelos estudantes pem em questo o ensino atual da rea e colocam desafios para esta escola de aplicao e para seus professores, em funo principalmente das condies privilegiadas de uma escola de aplicao. Torna-se imprescindvel que se retome tais prticas de ensino para atualiz-las ao se buscar refletir coletivamente sobre os contedos que podem ser significativos para os estudantes, sua relao com o mundo de hoje, bem como sobre as metodologias para tratamento dos contedos das Cincias na perspectiva da efetiva construo da aprendizagem significativa dos estudantes, preparando-os de fato para a cidadania.

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O objetivo do estudo foi verificar o efeito de dois procedimentos de ensino sobre a composio e compreenso de sentenas em crianas. No Estudo 1, cinco crianas foram expostas ao ensino de relaes condicionais, testes de equivalncia, ensino por encadeamento de respostas, testes de produo de sentenas, testes de conectividade e testes de leitura com compreenso. No Estudo 2, quatro crianas foram expostas apenas ao ensino por encadeamento de respostas e testes subsequentes. Utilizou-se trs conjuntos de estmulos: desenhos, palavras maisculas e minsculas. Em ambos os estudos, todos os participantes construram as novas sentena, mas a leitura com compreenso s foi observada no Estudo 1. Esses resultados demonstraram a emergncia de novas sentenas. Conclui-se que os estmulos utilizados foram funcionalmente equivalentes.