2 resultados para EXCAVACIONES ARQUEOLOGICAS

em Universidade Federal do Pará


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Achados acidentais de instrumentos líticos em região de terra firme junto ao rio Curuá, no médio curso da Bacia do Xingu, sugere uma ocupação disseminada por caçador-coletores pré-cerâmicos na região, contrariamente a expectativas de que a floresta tropical teria recursos alimentares insuficientes para a ocupação humana longe da várzea. Os artefatos líticos incluem pontas de projétil de lascamento cuidadoso, possivelmente relacionados a alguns artefatos do Pleistoceno final encontrados na Caverna da Pedra Pintada, em Monte Alegre. Os resíduos alimentares encontrados com os artefatos de Monte Alegre eram de uma economia de coleta de ambientes rupestres e ribeirinhos. As pontas do Xingu foram recolhidas por garimpeiros nas reias e cascalhos no leito do rio Curuá. Os garimpeiros encontraram os artefatos enquanto escavavam e peneiravam sedimentos auríferos. Tais depósitos algumas vezes também contêm remanescentes de plantas e artefatos de madeira pré-históricos, fontes de informação potencial sobre antigos habitats, subsistência e tecnologia. O grupo de pesquisa do Projeto Baixo Amazonas viajou a diversos dos sítios submersos com os garimpeiros para preparar escavações para o futuro. Em um sítio, Curupité, onde os garimpeiros encontraram uma grande ponta com pedúnculo e um arpão de madeira inteiro em 1986, a equipe utilizou equipamento de mergulho para prospectar o leito do rio e os barrancos, e mapearam a topografa com um teodolito a laser.

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Esse artigo apresenta um estudo sobre bancos da fase marajoara da tradição Policrômica da Amazônia, realizado a partir de dados obtidos durante escavações e análises de laboratório. Informações etnohistóricas e etnográficas são usadas para construir hipóteses sobre os possíveis usos e significados dos prováveis assentos circulares de cerâmica encontrados na ilha de Marajó, mas raros em outros contextos etnográficos e arqueológicos. A ausência de bancos nos contextos funerários é tida como indicação de seu uso mundano, ainda que possam ter sido usados em contextos rituais que não o funerário. O exame da iconografia desses objetos, onde predominam os motivos incisos que parecem imitar esteiras produzidas com fibras trançadas, sugere seu uso como assento. Finalmente, uma descrição etnográfica de uma cerimônia de castração feminina é apresentada, mostrando, o uso, nesse contexto, de quatro objetos exóticos e raros, mas que fazem parte da cultura material da fase marajoara. A analogia etnográfica, neste caso, traz novas possibilidades para entender os possíveis usos para os bancos de cerâmica marajoara.