3 resultados para Crime contra a humanidade, Armênia (1915)

em Universidade Federal do Pará


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Este trabalho um diagnstico das atividades de controle interno do Departamento de Polcia Federal do Par. Os dados analisados compreendem o perodo de 2007 a 2011 e tm por objeto os casos de m conduta policial mais frequentes, o contexto em que so cometidos, o perfil dos denunciantes, dos denunciados e dos corregedores, alm de analisar os procedimentos adotados quando as denncias chegam corregedoria e o resultado final de tais procedimentos. Analisa tambm a percepo dos policiais federais dos diversos cargos e do principal corregedor do perodo estudado a respeito da atuao, na prtica, da Corregedoria da Polcia Federal do estado do Par, comparando tais percepes com os resultados formais do setor. O objetivo foi refletir a respeito dos parmetros que norteiam o funcionamento do controle interno da instituio. A pesquisa evidenciou que as limitaes e dificuldades enfrentadas pela Corregedoria de Polcia Federal do Par so as mesmas verificadas nas vrias instituies policiais brasileiras, apesar de restar evidente um esforo constante da Corregedoria em aprimorar seus mecanismos de controle interno. A relevncia dessa abordagem decorre da escassez de pesquisas sobre a Polcia Federal brasileira e a inexistncia de trabalhos sobre a corregedoria dessa instituio na regio norte do Brasil.

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Para dar voz e rosto aos sujeitos, considerando-os protagonistas de suas histrias, preciso ouvi-los em escuta ativa: dialogar com suas histrias de vida. As falas coletados na pesquisa emprica oportunizaram a construo da categoria heurstica como filhas, da qual abstraio, ao longo deste estudo, algumas possibilidades hermenuticas. Os instrumentais interpretativos acolhidos neste trabalho sinalizam para algumas possibilidades de compreenso acerca da prtica de explorao de meninas nos servios domsticos. Esta prtica, hoje ilegal no Brasil podendo importar em crime contra a organizao do trabalho, pela vigncia do Decreto-Lei n. 6.481, de 12 de junho de 2008, que regulamenta os arts. 3., alnea d, e 4. da Conveno n. 182 da OIT , proibida para menores de 18 anos. Contudo, as normativas legais e as polticas institucionais de enfrentamento no so bices formulao de novos discursos para velhas sociabilidades excludentes e estigmatizantes da mulher negra, principal mo-de-obra explorada nos servios domsticos. Rediscutindo categorias, problematizando nomenclaturas e articulando a interlocuo entre os atores envolvidos nesta prtica, empreendo a tarefa de dar-lhes visibilidade social.

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Esta dissertao teve como objetivo analisar a forma como abordado o acontecimento homicdio contra jovens no caderno Polcia do Dirio do Par, jornal impresso de grande circulao no estado. O Dirio do Par, como um veculo de comunicao de massa, produz saberes, faz circular certos valores, institui regimes de verdade e forja subjetividades, que coadunam com o projeto poltico e econmico do (neo)liberalismo. Desta forma, empreendemos uma breve anlise cartogrfica das foras polticas e econmicas contemporneas que regulamentam as parcelas juvenis e outros segmentos populacionais que, em nossa anlise, fundamentam as racionalidades do Dirio do Par na produo de notcias sobre o homicdio juvenil. luz do mtodo arquegenealgico, damos visibilidade a rede de enunciados e prticas no-discursivas deste jornal, que projetam o lugar da juventude, especialmente a pobre e no-escolarizada, aos territrios da violncia e da criminalidade. Notamos que, nas matrias jornalsticas analisadas, a morte dos jovens produzida como um acontecimento, ao mesmo tempo, impactante, em virtude dos recursos sensacionalistas utilizados na construo da notcia, e justificvel por ser objetivada como resultado de uma trajetria juvenil que insistiu em desviar do modelo do bom cidado (dcil e produtivo), ao enveredar pelos caminhos da criminalidade e dos vcios. As prticas jornalsticas lanam um feixe de luz sobre a vida dos jovens considerados infames, ao buscar informaes minuciosas sobre o que denominam de vida pregressa da vtima e acionam o dispositivo de periculosidade, que associa pobreza a violncia. Conclumos, ainda, que as prticas deste jornal conectam-se a obsesso securitria que tem investido todo o corpo social e o tem organizado a partir da demanda por lei e ordem.