4 resultados para Authorial revenge

em Universidade Federal do Pará


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Este trabalho analisa como o professor é avaliado em reportagens das revistas Veja e Isto é publicadas no período compreendido entre os anos de 2006 a 2008. Aos textos jornalísticos é comumente atribuído um caráter imparcial e objetivo. Nesse sentido, a priori, a avaliação não seria um recurso produtivo de se analisar, de modo particular em reportagens, escritas para ser um relato fidedigno dos fatos. Porém, conforme é demonstrado neste trabalho, a dimensão avaliativa da linguagem desempenha um papel importante na criação do efeito retórico pretendido pela voz autoral. Nesta pesquisa, o referencial teórico é composto pelo sistema de avaliatividade proposto por Martin (1999) e Martin & White (2005), o qual tem sua origem na Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1989, 1994) e Halliday & Matthiessen (2004). Utilizando esse sistema é possível investigar as avaliações feitas por meio da língua, que podem estar explícitas ou implícitas nos textos. A avaliatividade refere-se, portanto, “... ao lado interpessoal na linguagem, à presença subjetiva dos escritores/falantes nos textos, na medida em que eles adotam posições com relação ao material que eles apresentam e àqueles com quem eles se comunicam” (Martin & White, 2005, p.1). As análises e reflexões desenvolvidas nesta pesquisa mostram que a apreciação é o recurso avaliativo mais utilizado nos textos analisados. Contudo, no que diz respeito aos comportamentos humanos sob avaliação, o professor é o participante sobre quem mais julgamentos são realizados. Em Veja a maioria desses julgamentos é negativa. Em Isto é há uma pequena diferença entre o número percentual de realizações positivas e negativas, havendo uma leve inclinação para o polo positivo. A catalogação das avaliações atitudinais afetivas e apreciativas mostra que o entorno do co-texto é também um ambiente negativo proporcionado pelas avaliações por meio do afeto e da apreciação.

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A comunicação a seguir resulta da pesquisa bibliográfica e de campo acerca das práticas de linchamento em Belém do Pará, neste aspecto a iniciativa primeira debruçou-se sobre a historiografia do ato, que forneceria suporte para posterior problematização do mesmo enquanto questão de cunho eminentemente social. Neste sentido, após todo o manancial de informações colhidas tanto dos livros como dos jornais populares, adentramos no campo minado dos linchamentos, ideamos nos lançar sem amarras no mundo das gentes, locais de onde advém as modalidades mais estarrecedoras do uso desenfreado da força bruta, visualizamos que os atores sociais neste universo elaboram suas próprias formas de enfrentamento do crime e ao mesmo tempo de manutenção de laços sociais comunitários e para tanto lançam mão tanto de artifícios legais como também cambam para a ilegalidade. A visualização de uma forma de sociabilidade gestada pelo medo e pela violência a que sempre foram submetidos corroboram para que as respostas a criminalidade violenta seja de igual modo utilizando-se da força bruta, a socialização entre os inúmeros indivíduos conhecidos ou não, vítimas ou mesmo expectadores de alguma forma de crime é capaz de impulsionar a decisão arbitrária de ceifar a vida de um criminoso contumaz ou eventual, o linchamento se ressignifica enquanto modalidade de vingança coletiva é assim uma forma avessa de aplicação popular da justiça, onde visualizamos a violência como último recurso ao alcance popular que fornece resposta imediata a uma transgressão perpetrada, o grau de pertencimento dos atores sociais autores destes crimes, as várias representações sociais envolvidas, a ausência de responsabilização de seus participantes, a crença de que reagiram a um acontecimento cruel. Assim, nossa intuição sociológica nos direcionou para a compreensão do mesmo tendo como ponto de partida os locais de onde os mesmos emanam e os atores sociais que fornecem aos linchamentos condições de existência e manutenção na atualidade.

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Esta pesquisa objetivou identificar e compreender as representações imaginárias sociais sobre relacionamento extraconjugal feminino, presentes no discurso de mulheres casadas que mantêm relacionamentos extraconjugais. A teoria de Cornelius Castoriadis deu suporte para a realização deste estudo. Foi utilizada a metodologia qualitativa e foram realizadas entrevistas semidirigidas para obtenção das informações junto as participantes. Foram entrevistadas 09 mulheres casadas, com idade entre 30 e 48 anos, da classe média urbana de Belém-PA, que disseram ter pelo menos uma relação extraconjugal. Os dados foram analisados por meio do Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS). A análise dos resultados demonstraram que as mulheres justificam suas traições devido à traição do marido, como uma vingança, ou pelo fato dos cônjuges não as satisfazerem afetiva e/ou sexualmente. Exploraram-se: os diversos significados que as entrevistadas atribuíram à infidelidade; o modo como essas mulheres vivenciam o sentimento de culpa gerado pelo conflito existente entre as regras sociais introjetadas e o desejo de viver uma relação extraconjugal. Dessa forma, a infidelidade conjugal remete a momentos de felicidade, vivências que fogem à rotina diária, propiciada pelos momentos de lazer. Conclui-se que a dimensão imaginária direciona a ação humana, assumindo um papel fundamental na materialização da infidelidade no que diz respeito ao desejo dessas mulheres de manter uma outra relação fora do casamento. Dessa forma, ressalto que somente o conhecimento das regras instituídas socialmente não são suficientes, apesar de imprescindíveis, para gerar ações e modos de pensar compatíveis com as normas e valores sociais.

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Este artigo apresenta um estudo de citações em escrita acadêmica na perspectiva da análise de citações e dos estudos de gêneros do discurso (Moravcsik & Murugesan, 1975; Swales, 1986, 1990, 2004; Bhatia, 2004). O estudo enfoca o uso de citações por membros expertos e membros novatos da comunidade acadêmica de Linguística e consistiu na análise e comparação de nove artigos acadêmicos e treze trabalhos finais de disciplina. Os resultados mostram que as escolhas linguísticas que orientam a escrita das citações são em grande parte compartilhadas pelos membros expertos (autores dos artigos acadêmicos) e pelos novatos (alunos de curso de pós-graduação, autores dos trabalhos finais de disciplina), haja vista que ambos fazem uso de citações confirmativas, em detrimento de negativas. Todavia, membros expertos, ao contrário dos novatos, utilizam a própria voz para confrontar outros autores. As implicações deste estudo reiteram a necessidade de os Cursos de Letras terem uma abordagem de ensino e aprendizagem de escrita acadêmica baseada em gêneros do discurso visando desenvolver a consciência retórica dos alunos em relação à escrita acadêmica e, consequentemente, ao uso de citações em textos escritos, de maneira a empoderar os alunos a construir um posicionamento autoral em sua comunidade discursiva.