5 resultados para Arte moderna Séc XXI

em Universidade Federal do Pará


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Este trabalho consiste num exerccio de leitura da narrativa literria do escritor brasileiro Joo Gilberto Noll, promovendo uma aproximao de sua obra ao conceito de imagem-tempo, do filsofo Gilles Deleuze, no tocante a aspectos narrativos e tendncia ao esvaziamento discursivo, ao silncio, enquanto elemento significativo na produo artstica e tendncia na arte moderna. O conceito imagem-tempo foi engendrado pelo filsofo francs para pensar o cinema moderno, que se perfaz num regime de imagens que rompe com a narratividade clssica, com a percepo baseada no esquema sensrio-motor. Neste trabalho, no entanto, o conceito pensado em relao obra literria de Joo Gilberto Noll, que guarda forte relao com o cinema moderno e se nos apresenta em fragmentada tessitura imagtica, tendendo ao esvaziamento discursivo. Assim, tendo como ponto de reflexo a obra de Noll, buscamos discutir como a imagem-tempo e o silncio compem a obra do escritor. Aps apresentao e discusso do conceito de imagem-tempo e de silncio, procedemos a uma leitura de pontos significativos da obra ficcional de Noll, ensaiando uma relao entre cinema, literatura e outras artes no que concerne basicamente produo de imagens numa determinada forma narrativa, bem como s implicaes dessas formas para o pensamento. Por uma questo de economia estratgica, para a formao de um recorte de expresso significativa da produo do escritor, suas obras diretamente consideradas neste trabalho so Hotel Atlntico (1989) e O quieto animal da esquina (1991). Pretende-se com essa relao (1) propor alguns caminhos interpretativos para a obra de Noll e (2) investigar como a produo narrativa moderna, sobretudo a que se aproxima do conceito de imagem-tempo, constituda de forte apelo visual, que se perfaz na produo de imagens ambguas, de narrativas descontnuas, de protagonistas errantes, tende a esse esvaziamento discursivo, ao silncio.

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Esta dissertao tem como objetivo analisar o romance Cinzas do Norte (2005), de Milton Hatoum, verificando quais so as relaes das categorias estticas de melancolia e resistncia com o contexto histrico da Ditadura Militar, de 1964, no Brasil. Partindo da ideia de que a teoria com a qual estamos lidando marcada pela melancolia segundo Walter Benjamin. Nesse sentido, examinamos como a arte, que parte de composio da narrativa e, tambm as referncias memorialsticas, utilizadas como estratgias ficcionais de resistncia ao regime de represso, em particular, ao autoritarismo, servem de base para problematizar os regimes de imposio instaurados naquele perodo. Com base em algumas abordagens tericas, relacionadas resistncia, melancolia e memria. Mediante essas abordagens verificamos quais consequncias esto ligadas ao perodo ditatorial, e como elas fazem parte da compreenso do sujeito melanclico. Para dar conta da teoria relacionada melancolia utilizamos os textos de autores como: Sigmund Freud (1976), Maria Rita Kehl (2009), Julia Kristeva (1989), Walter Benjamin (1985), Susan Sontag (1976), Suzana Lages (2007). Para os estudos relacionados resistncia e a memria, utilizaremos os textos de Alfredo Bosi (2002), Jacques Le Goff (2003), Paul Ricoeur (2007) e Aleida Assmann (2011), serviro de base para nossas reflexes.

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A vinda da famlia real para o Brasil, em 1808, trouxe grandes mudanas e entre elas a primeira manifestao peridica o Correio Brasiliense, editado em Londres. No incio do século XX, sobretudo, com a Semana de Arte Moderna em 1922, surgem revistas como: Klaxon, Esttica, Festa e outras. A partir delas editam-se outras que constituram importantes documentos da sociedade brasileira e registram a nova tendncia do pblico leitor. O Par no ficou ausente desses acontecimentos e teve a Imprensa como seu principal veculo de divulgao. Algumas revistas e alguns jornais surgiram nessa poca na capital do Estado, entre as quais se destacou a revista A Semana, que circulou por vinte e cinco anos. Esse semanrio mantinha correspondncia com outras regies do Brasil: So Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Maranho. Nessas regies havia colaboradores da revista, o que permitia a troca de informaes do que acontecia no mundo literrio e no mundo cultural. Dos peridicos compilados foram selecionados quatro exemplares do ano de 1939 para serem estudados, neste trabalho. Neles foram feitos levantamentos da capa, das publicaes literrias, do gnero a que essas produes pertenciam e de seus respectivos autores. Pelo quadro-resumo feito dessas edies, percebeu-se que os editores procuravam seguir um padro divulgando textos de cunho literrio, como contos, poemas, trechos de romances, ensaios, entre outros. Em algumas dessas produes ficaram evidentes que nem todas absorveram a nova tendncia esttica que veio com A Semana de Arte Moderna, pois havia escritores que oscilavam entre as estticas Romntica, Simbolista e Parnasiana. Por outro lado existiam aqueles que se destacavam, incorporando esse novo tempo literrio. Em meio a essas produes despontava a figura feminina, num lugar de destaque, que alm de ilustrarem a capa do peridico ainda apareciam nas pginas subseqentes. Todas essas informaes divulgadas no peridico deram mais credibilidade Revista e permitiu que a Literatura Paraense fizesse parte desse novo momento da Literatura Brasileira.

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Esta dissertao objetiva pensar os desdobramentos que as tradues da poesia de Rainer Maria Rilke alcanaram no cenrio do Suplemento Literrio da Folha do Norte - SL/FN e em outros peridicos das dcadas de 1940 e 1950, em que foram publicadas. Consideramos que estas tradues foram um indcio de intensificao da abertura universalizante das letras paraenses s novidades modernistas iniciadas na Semana de Arte Moderna de 1922. Tais tradues foram cruciais para a formao do Grupo dos Novos, composto principalmente de nomes como Benedito Nunes, Mrio Faustino e Paulo Plinio Abreu, alm do antroplogo alemo Peter Paul Hilbert. O suporte terico-metodolgico ser a utilizao dos conceitos de Weltliteratur (Literatura universal) de Goethe e Reflexionsmedium (Mdium-de-reflexo) de Benjamin. Estas matrizes interligaro os campos da histria, da filosofia da linguagem e da traduo para refletirmos sobre o impacto dessas tradues na Amaznia brasileira da poca. Outro conceito importante nesta dissertao o de Bildung (formao), pensado a partir da leitura de Antoine Berman quando ele o relaciona traduo, incluindo vrios fenmenos que envolvem as relaes tradutrias entre culturas e lnguas. Ao final, por meio da reflexo tradutolgica de Haroldo de Campos, visamos observar possveis confluncias nas produes poticas e crticas de Mrio Faustino, Manuel Bandeira e Paulo Plnio Abreu, como resultante do processo relacional promovido por estas tradues.

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O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como ocorre a intertextualidade dos escritores T. S. Eliot, James Joyce, Robert Stock, Emily Dickinson, Walt Whitman e Ezra Pound, na obra de Mrio Faustino. De acordo com autores como Bosi (1994) e Benedito Nunes (1985), a poesia de Faustino resulta da soma de poetas que ele leu, em diferentes momentos, tais como: Mallarm, Yeats, Rilke, cummings, Joyce e Pound, deste ltimo se utilizou do lema repetir para aprender, criar para renovar. O lema de Pound remete direta ou indiretamente presena de outros autores em alguns poemas de Faustino. Mas este fato sempre foi tratado com poucas comprovaes prticas. Assim, estabelecemos alguns parmetros para escolher quais autores seriam analisados: utilizaremos somente autores anglfonos e, dentre eles, apenas autores que Faustino traduziu em suplementos literrios e em uma revista. Partindo desse princpio, os autores foram distribudos em dois momentos que definimos como ciclos: o ciclo-norte, o qual abrangeu o suplemento Arte-Literatura e a revista Norte; e o ciclo-sudeste, o qual abrangeu o suplemento Poesia-Experincia. Em ambos os ciclos, procuramos meios que nos permitissem mostrar que determinados autores esto presentes na obra de Faustino, seja por meio da criao de novos poemas com base em um poema de um autor anglfono ou por meio da incorporao de elementos caractersticos de determinado escritor tambm anglfono. Para esta pesquisa utilizamos alguns autores como: Chaves (1986) Kristeva (1974) e Bakhtin (2003; 2006), Santiago (1978), Nunes (1985; 1986; 1997; 2009) e Campos (1977; 1992). Percebemos, de acordo com Compagnon (2007), como ocorre o trabalho de reconstruo da escrita, neste caso na anlise entre as tradues realizadas por Mrio Faustino e os poemas dele, no qual cada etapa um liame de uma imensa trama que liga este texto a outros lidos e recortados, que manipulado por um indivduo, ao mesmo tempo, autor e leitor (Faustino). Assim, o autor/leitor, possuiu como prtica a tarefa de citar, ou seja, redizer o que j havia sido dito por outros.