15 resultados para amphibole olivine

em Universidade Federal do Pará


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O mapeamento geolgico realizado na rea de Nova Canad, poro sul do Domnio Carajs, Provncia Carajs, possibilitou a individualizao de duas unidades de carter mfico e intrusivas nos granitoides do Complexo Xingu e, mais restritamente, na sequncia greenstone belt do Grupo Sapucaia. So representadas por diques de diabsio isotrpicos e por extensos corpos de anfibolito, com os ltimos descrevendo texturas nematoblstica e granoblstica, de ocorrncia restrita poro SW da rea. Ambos apresentam assinatura de basaltos subalcalinos de afinidade toletica, sendo que os diques de diabsio so constitudos por trs variedades petrogrficas: hornblenda gabronorito, gabronorito e norito, sendo essas diferenas restritas apenas quanto proporo modal de anfiblio, orto- e clinopiroxnio, j que texturalmente, as mesmas no apresentam diferenas significativas. So formados por plagioclsio, piroxnio (orto- e clinopiroxnio), anfiblio, minerais xidos de Fe-Ti e olivina, apresentam um padro ETR moderadamente fracionado, discreta anomalia negativa de Eu, ambiente geotectnico correspondente a intraplaca continental, e assinaturas dos tipos OIB e E-MORB. J os anfibolitos so constitudos por plagioclsio, anfiblio, minerais opacos, titanita e biotita, mostram um padro ETR horizontalizado, com anomalia de Eu ausente, sendo classificados como toletos de arco de ilha e com assinatura semelhante aos N-MORB. Os dados de qumica mineral obtidos nessas unidades mostram que, nos diques de diabsio, o plagioclsio no apresenta variaes composicionais significativas entre ncleo e borda, sendo classificados como labradorita, com raras andesina e bytownita; o anfiblio mostra uma gradao composicional de Fe-hornblenda para actinolita, com o aumento de slica. Nos anfibolitos, o plagioclsio mostra uma grande variao composicional, de oligoclsio bytownita nas rochas foliadas, sendo que nas menos deformadas, sua classificao restrita andesina sdica. O piroxnio, presente apenas nos diabsios, exibe considervel variao em sua composio, revelando um aumento no teor de magnsio nos ncleos, e de ferro e clcio, nas bordas, permitindo classific-los em augita, pigeonita (clinopiroxnio) e enstatita (ortopiroxnio). Os diabsios apresentam titanomagnetita, magnetita e ilmenita como os principais xidos de Fe-Ti, permitindo reconhecer cinco formas distintas de ilmenita nessas rochas: ilmenita trelia, ilmenita sanduche, ilmenita composta interna/externa, ilmenita em manchas e ilmenita individual. Feies texturais e composicionais sugerem que a titanomagnetita e os cristais de ilmenita composta externa e individual foram originados durante o estgio precoce de cristalizao. Durante o estgio subsolidus, a titanomagnetita foi afetada pelo processo de oxi-exsoluo, dando origem a intercrescimentos de magnetita pobre em titnio com ilmenita (ilmenitas trelia, em mancha, sanduche e composta interna). Os anfibolitos possuem a ilmenita como nico mineral xido de Fe e Ti ocorrendo, portanto, sob a forma de ilmenita individual, onde encontra-se sempre associada ao anfiblio e titanita. Os valores mais elevados de suscetibilidade magntica (SM) esto relacionados aos gabronoritos e noritos, os quais exibem maiores contedos modais de minerais opacos e apresentam titanomagnetita magmtica em sua paragnese. A variedade hornblenda gabronorito define as amostras com valores intermedirios de SM. Os menores valores de SM so atribudos aos anfibolitos, que so desprovidos de magnetita. A correlao negativa entre valores de SM com os contedos modais de minerais ferromagnesianos indica que os minerais paramagnticos (anfiblio e piroxnio) no possuem influncia significativa no comportamento magntico dos diabsios, enquanto nos anfibolitos a tendncia de correlao positiva entre estas variveis pode sugerir que estas fases so as principais responsveis pelos seus valores de SM. Dados geotermobaromtricos obtidos a partir do par titanomagnetita-ilmenita nos diabsios indicam que estes se formaram em condies de temperatura (1112C) e Fo<sub>2</sub> (-8,85) prximas daquelas do tampo NNO.

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Depsitos albianos da bacia de So Lus-Graja, antigamente conhecidos apenas em subsuperfcie como Unidade Indiferenciada do Grupo Itapecuru, foram recentemente encontrados ao longo do rio Itapecuru, na parte leste desta bacia. So argilitos avermelhados, esverdeados a cinzas, arenitos estratificados e macios e subordinadamente calcrios, interpretados como depsitos de delta progradante para ENE/E e ESE e conectado a uma plataforma restrita. Para determinar a provenincia de arenitos albianos, foram coletadas 18 amostras para estudos de minerais pesados (frao 0,062-0,125 mm) usando-se microscpio petrogrfico convencional e microscpio eletrnico de varredura. Os arenitos foram classificados como quartzo-arenito moderadamente a bem selecionado, cimentado por dolomita, cujos principais minerais pesados so zirco (4-70%), granada (12-74%), turmalina (3-20%), estaurolita (1-9%), rutilo (1-8%) e barita (0-55%), enquanto cianita, anatsio (autignico), anfiblio (hornblenda), andaluzita, sillimanita, espinlio e ilmenita ocorrem raramente. A maioria dos gros irregular angulosa, mas gros bem arredondados, particularmente de turmalina e zirco, tambm esto presentes. Texturas superficiais incluem fraturas conchoidais, marcas de percusso em V e pequenos buracos, estes ltimos em gros arredondados de turmalina e zirco, enquanto feies de corroso esto principalmente presentes em barita (cavidades rmbicas), cianita, estaurolita (superfcie mamilar) e granada (facetas bem formadas por dissoluo). Gros de zirco, com texturas de zoneamento oscilatrio e razes U/Th 0,5 e Zr/Hf mdia de 29, indicam provenincia de granitos e migmatitos, enquanto os tipos de turmalina, determinados como dravita e shorlita, so oriundos, principalmente, de metapelitos e metapsamitos aluminosos e/ou pobres em Al, com menor contribuio de granitos e rochas meta-ultramficas. As granadas, por sua vez, so ricas em almandina e tm baixos teores dos componentes de espessartita, grossulria e piropo. Suas fontes potenciais so rochas metamrficas de baixo a mdio grau e granitos. Com base em anlises de minerais pesados e progradao do sistema deltaico para ENE/E e ESE, as reas mais provveis como fontes potenciais de arenitos albianos so o crton So Lus, os cintures neoproterozicos Araguaia e Gurupi, bem como a bacia paleozica do Parnaba, esta fornecendo sedimentos de gros arredondados.

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Foram realizadas medidas em laboratrio da condutividade eltrica complexa de 28 amostras de testemunhos de sondagem de trs furos da rea MM1-Alvo 1, Distrito dos Carajs, com o objetivo de auxiliar na interpretao de dados geofsicos de campo, obtidos com os mtodos polarizao induzida/resistividade e eletromagntico/AFMAG, aplicados na rea. As medidas foram tomadas no intervalo de frequncias de 10<sup>-3</sup>Hz a 10<sup>4</sup>Hz, medindo-se a amplitude e a fase da condutncia. O mtodo empregado foi o de medida direta de impedncia, utilizando-se um osciloscpio com memria, um gerador de sinais e dois pr-amplificadores diferenciais com alta impedncia de entrada. O sistema de eletrodos escolhido para realizar as medidas foi o de 2 eletrodos de platina-platinizada em virtude de sua resposta de frequncia ser plana no intervalo utilizado. Todas as medidas foram realizadas temperatura constante de 24C 1C. Para interpretar as medidas de condutividade foi realizado estudo petrogrfico das amostras, utilizando-se lminas delgadas, sees polidas e difrao de Raios-X. Foi determinado o teor de cobre, sob a forma de sulfeto, nas amostras utilizando-se o mtodo de absoro atmica. Os resultados petrogrficos permitiram classificar as amostras em cinco grupos distintos: granito, biotita-xisto, anfibolito, anfiblio-xisto e quartzito ferruginoso-formao ferrfera. O teor de cobre foi varivel nos cinco grupos, havendo teores desde 50ppm at 6000ppm. Nas medidas de condutividade observou-se que, dentre os cinco grupos, as amostras da formao ferrfera apresentaram as maiores variaes com a frequncia. As amostras de granito tiveram espectro mais plano que as dos xistos e anfibolito. A concluso a que se chegou que as anomalias eletromagnticas e de polarizao induzida/resistividade observadas no campo prximo aos trs furos (F<sub>1</sub>, F<sub>2</sub>, F<sub>3</sub>) so devidas principalmgnte a formao ferrfera magnetitica, a secundariamente mineralizao de baixo teor de calcopirita associada.

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O Granito So Joo (GSJ) um batlito anorognico de formato circular, com aproximadamente 160 km<sup></sup> de rea, que secciona unidades arqueanas pertencentes ao Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, sudeste do Crton Amaznico. constitudo dominantemente por quatro fcies petrogrficas distintas: biotita-anfiblio monzogranito (BAMG), biotita-anfiblio sienogranito (BASG), anfiblio-biotita monzogranito a sienogranito (ABMSG) e biotita monzogranito a sienogranito (BMSG). O GSJ possui natureza metaluminosa a fracamente peraluminosa, razes FeOt/(FeOt+MgO) entre 0,94 e 0,99 e K<sub>2</sub>O/Na<sub>2</sub>O entre 1 e 2, mostra afinidades geoqumicas com granitos intraplaca do tipo A, subtipo A<sub>2</sub> e granitos ferrosos, sugerindo uma fonte crustal para sua origem. O GSJ possui contedos de ETRL mais elevados que os ETRP e um padro sub-horizontalizado para esses ltimos, alm de anomalias negativas de Eu crescentes no sentido das rochas menos evoludas para as mais evoludas (BAMG BASG ABMSG BMSG). Os dados de suscetibilidade permitiram identificar seis populaes com diferentes caractersticas magnticas, onde os valores mais elevados de SM relacionam-se s fcies menos evoludas e os mais baixos s mais evoludas. O estudo comparativo entre o GSJ e as sutes granticas da Provncia Carajs mostra que ele apresenta maiores semelhanas geolgicas, petrogrficas, geoqumicas e de SM com os granitos que formam a Sute Serra dos Carajs, podendo ser enquadrado na mesma.

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Os estudos geolgicos desenvolvidos na poro leste do Subdomnio de Transio, Provncia Carajs, a sul da cidade de Cana dos Carajs e a norte de Sapucaia, permitiram a identificao, individualizao e caracterizao de uma diversidade de unidades arqueanas, anteriormente englobadas no Complexo Xingu. A unidade mais antiga da rea compreende anfiblio tonalitos correlacionados ao Tonalito So Carlos (~2,92 Ga), com foliao orientada segundo NW-SE a E-W, ou, por vezes, aspecto homogneo. Geoquimicamente, diferem das tpicas associaes tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) arqueanas por apresentarem enriquecimento em TiO<sub>2</sub>, MgO e CaO, baixos teores de Sr e similares de Rb para amostras com menores teores de slica, que se refletem em razes Rb/Sr mais elevadas e Sr/Ba mais baixas. Os padres dos ETR mostram baixo a moderado fracionamento de ETR pesados em relao aos leves, e anomalias negativas de Eu discretas ou moderadas. Seguindo na estratigrafia, e tambm como a unidade de maior expresso na rea, ocorrem rochas de afinidade TTG correspondentes ao Trodhjemito Colorado (~2,87 Ga), intensamente deformadas, com foliaes NW-SE a E-W. Intrusivos nesta unidade, ao sul da rea, aflora um corpo de aproximadamente 40 km<sup>2</sup>, de rochas de composio leucogranodiortica porfirtica denominados de Leucogranodiorito Pantanal, e seccionado em sua poro oeste por leucogranitos deformados de composio monzograntica. O Leucogranodiorito Pantanal tm afinidade clcio-alcalina peraluminosa, enriquecimento em Ba e Sr, e padres de ETR sem anomalias expressivas de Eu e com acentuado fracionamento de ETRP, que refletem em altas razes La/Yb semelhante com a Sute Guarant (~2,87 Ga) do Domnio Rio Maria. Os leucogranitos revelam assinatura geoqumica de granitos tipo-A reduzidos, possivelmente, originados a partir da fuso desidratada de rochas clcico-alcalinas peraluminosas durante o Neoarqueano. Alm dessas unidades, na poro leste do Leucogranodiorito Pantanal, hornblenda-biotita granito neoarquenos tipo-A oxidados da Sute Vila Jussara. Ainda correlacionveis ao magmatismo subalcalino neoarqueano, na poro norte, ocorrem dois stocks graniticos. So tonalitos a granodioritos com assinatura geoqumica de granitos tipo-A oxidados similares a Sute Vila Jussara, e monzogranitos com assinatura de granitos tipo-A reduzidos que se assemelham a Sute Planalto. Ao norte da rea ocorre uma associao mfico-enderbitica composta de hornblendanoritos, piroxnio-hornblenda-gabros, piroxnio-hornblenda-monzonito, hornblenda-gabros, anfibolitos e enderbitos. Essas rochas esto intensamente deformadas e recristalizadas, provavelmente por retrometamorfismo na presena de gua de rochas de srie norticavii charnocktica de origem gnea associada com outras variedades de rochas no necessariamente cogenticas. Seu comportamento geoqumico sugere que os hornblendanorito, hornblenda-gabros e anfibolitos so toleticos subalcalinos, enquanto que os enderbitos, piroxnio-hornblenda-gabro e piroxnio-hornblenda-monzonito tm assinatura clcico-alcalina. As baixas razes La/Yb das rochas mficas indicam baixo grau de fracionamento, enquanto que as altas razes La/Yb dos enderbitos indicativo de fracionamento expressivo dos ETR pesados durante a formao ou diferenciao dos seus magmas, e a concavidade no padro de ETR pesados, indica provvel influncia de fracionamento de anfiblio durante sua evoluo. Na poro central e centro-norte da rea ocorrem biotita-monzogranitos peraluminosos, de assinatura clcio-alcalina, que podem ser desdobrados em dois grupos geoqumicos distindo. Um tem altas razes Sr/Y e (La/Yb)n, mostram possvel afinidade com o Granito Bom Jesus da rea de Cana dos Carajs. O outro tem mais baixa razo (La/Yb)n se aproxima mais do Granito Serra Dourada e do Granito Cruzado tambm da rea de Cana dos Carajs. Essa comparao dever ser aprofundada com dados geocronolgicos e maior nmero de amostras.

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ABSTRACT: The eastern border of the Transition Subdomain of the Carajs Province is constituteddominantly of Archean tonalite-trondhjemite-granodiorite (TTG). Deformed monzogranites, similar to the Planalto granite suite, and metagabbros inserted in association mafic-enderbitic also occur. Paleoproterozoic isotropic granites and mafic dykes devoid of significant deformation crosscut the Archean lithologies. The TTGs are exposed as blocks or as flat outcrops in areas of low relief and commonly include quartz-diorite enclaves. The TTG rocks display gray colour and are generally medium-grained, showing compositional banding or, sometimes, homogeneous aspect. They show commonly a NW-SW to E-W trending foliation with vertical to subvertical dips and were submitted to NE-SW stress. Locally, it was identified a NE-SW foliation transposed to E-W along shear zones. In some instances, they exhibit mylonitic to protomilonitics features, registered in the oval form of plagioclase porphyroclasts or boudinated leucogranitics veins. Two petrographic varieties are recognized for this association: biotite-trondjhemite and subordinate biotite-granodiorites, both have similar mineralogical and textural aspects and are characterized by a poorly preserved igneous texture, partially overwritten by an intense recrystallization. EDS analyses revealed that the plagioclase is a calcic oligoclase (An27-19), with Or ranging from 0.6 - 2.3%. The biotites are ferromagnesian, with dominance of Fe over Mg (Fe / [Fe + Mg] ranging from 0.54 to 0.59) and the analyzed epidote presents pistacite contents ranging from 23 to 27.6 % and plot mostly in the range of magmatic epidotes. The trondhjemite shows all typical characteristics of Archean TTG suites. They have high La/Yb and Sr/Y ratios, suggesting they were derived from the partial melting of garnet amphibolite sources at high pressures (ca. 1.5 GPa) or, at least, that their magmatic evolution was controlled by the fractionation of garnet and possibly amphibole, without significant influence of plagioclase. The studied TTGs show similarities with Mariazinha tonalite and Mogno trondjemite, of the Rio Maria Domain, Colorado trondhjemite and, in at a lesser degree, to the Rio Verde trondhjemite, of the Carajs Domain. The granodiorites display a calc-alkaline signature and shows LILE enrichment, specifically K<sup>2</sup>O, Rb and Ba, when compared to the trondhjemites, but still preserving some geochemical features of the TTG. The geochemical data indicate that the trondhjemite and granodiorite are not related by fractional crystallization. An origin of the granodiorite by partial melting of the TTG rocks is also discarded. The granodiorite could, however, result of contamination of TTG magmas by lithosphere metasomatism or assimilation of sediments from subducted oceanic crust along trondhjemite liquid genesis. In the eastern portion of the mapped area, it was identified a small, E-W trending granite stock clearly controlled by shear zones. The rocks have mylonitic textures, characterized by ovoid-shaped feldspar porphyroclasts, wrapped by recrystallized quartz and mica. These granitic rocks have geochemical signatures of reduced A-type granites and are similar to the Planalto granite suite. Boulders of mafic rocks crop out locally in the northern portion of the area. These rocks show a dominant granoblastic texture, and are mainly composed of amphibole and plagioclase, with subordinate biotite and quartz. In the northern part of the mapped area, it was identified a body of isotropic granite without significant deformation and showing locally rapakivi textures. This granitic pluton was correlated to the Paleoproterozoic A-type granites, represented in the Carajs Domain by the Serra dos Carajs suite and Rio Branco Granite. These granites were not studied in detail. The geological and geochemical aspects shown by the Archean granitoids identified in the eastern part of the Transition Subdomain implies in the existence of significant TTG rocks in the Transition Subdomain. This reinforces the hypothesis that the Transition Subdomain could represent an extension of the Rio Maria Domain, but affected by crustal reworking events in the Neoarchean.

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O Batlito Cerro Por um corpo de aproximadamente 30 por 4 km de extenso, localizado na regio de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. Situa-se nos domnios do Terreno Rio Apa, poro sul do Crton Amaznico. Constitui-se pela Fcies sienograntica rosa e Fcies monzograntica cinza. A primeira caracterizada por textura equi a, essencialmente, inequigranular xenomrfica e pela presena constante de intercrescimentos grfico e granofric; constitui-se por feldspatos alcalinos, quartzo e plagioclsio, tendo biotita como nico mfico primrio. A Fcies monzograntica cinza apresenta textura porfirtica, com uma matriz de granulao fina grfica a granofrica e consiste de quartzo, plagioclsio, feldspatos alcalinos e agregados mficos (biotita e anfiblio). Ambas foram metamorfizadas na fcies xisto verde e a Fcies sienograntica rosa mostra-se milonitizada quando em zonas de cisalhamento. Foi identificado um evento deformacional dctil-rptil originado em regime compressivo, responsvel pela gerao de xistosidade e lineao de estiramento mineral. A Zona de Cisalhamento Esperana relaciona-se a esta fase e reflete a histria cinemtica convergente, reversa a de cavalgamento, com transporte de topo para NWW. Quimicamente, esses litotipos classificam-se como granitoides do tipo A2 da srie alcalina potssica saturada em slica. Determinao geocronolgica obtida pelo mtodo U-Pb (SHRIMP) em zirco, forneceu idade de 1749 45 Ma para sua cristalizao. Do ponto vista geotectnico, admite-se que o Granito Cerro Por corresponda a um magmatismo associado a um arco vulcnico desenvolvido no Estateriano e que sua colocao se deu no estgio tardi a ps-orognico.

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O Batlito Guapore um corpo de aproximadamente 240 km<sup>2</sup> alongado segundo a direo NW, localizado na regio de Vila Bela da Santssima Trindade, estado de Mato Grosso. Situa-se nos domnios da Provncia Rondoniana-San Igncio, no Terreno Paragu, na poro meridional do Crton Amaznico. formado por monzogranitos e, subordinadamente, granodioritos, quartzo-monzonitos e sienogranitos, caracterizados por granulao grossa e textura, em geral, porfirtica a porfiroclstica. Possui biotita como mineral mfico primrio, por vezes, associada a anfiblio, e encontra-se metamorfizado na fcies xisto verde, exibindo estrutura milontica, em estreitas zonas de cisalhamento. Evidncias geoqumicas indicam que essas rochas derivam de um magma clcio-alcalino de alto potssio a shoshontico, metaluminoso a levemente peraluminoso evoludo por cristalizao fracionada associada assimilao crustal, possivelmente gerado em ambiente de arco continental. Duas fases de deformao relacionadas Orogenia San Igncio, caracterizadas pelo estiramento e alinhamento mineral evidenciadas pelas foliaes S<sub>1</sub> e S<sub>2</sub>, foram identificadas nestas rochas. Foi obtida pelo mtodo de evaporao de Pb em zirco uma idade de 1.314 3 Ma, interpretada como idade de cristalizao do corpo grantico. Dados Sm-Nd em rocha total indicam idade modelo T<sub>DM</sub> em torno de 1,7 Ga e valor negativo para <sub>Nd (t = 1,3)</sub> (-14), corroborando a hiptese de envolvimento crustal na gnese do magma. Os resultados obtidos apontam semelhanas entre essas rochas e aquelas de regio adjacente em territrio boliviano, sugerindo que o Granito Guapore representa uma extenso do Complexo Granitoide Pensamiento.

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O Gnaisse Turvo, objeto deste trabalho, corresponde a um ortognaisse polideformado exposto na regio de Vila Bela da Santssima Trindade, sudoeste do estado de Mato Grosso. Do ponto de vista geotectnico, est inserido no Crton Amaznico e representa o embasamento paleoproterozoico do Terreno Paragu, um dos blocos crustais que formam a Provncia Rondoniana-San Igncio (1,55 - 1,3 Ga). Duas fcies foram identificadas a partir do estudo petrogrfico: granada-anfiblio-biotita gnaisse formada por granodioritos e anfiblio-biotita gnaisse, mais abundante, de composio granodiortica a sienograntica. A paragnese identificada caracteriza o metamorfismo responsvel por esses gnaisses como da fcies anfibolito. A anlise estrutural caracteriza duas fases de deformao em nvel crustal dctil. A mais antiga (F<sub>1</sub>) responsvel pelo desenvolvimento do bandamento gnissico, enquanto as estruturas da fase (F<sub>2</sub>), orientadas segundo a direo N30-60W, indicam esforos compressivos com transporte tectnico de SW para NE. A idade mnima de cristalizao do Gnaisse Turvo, definida pelo mtodo Pb-Pb em evaporao de zirco, corresponde a 1651 4 Ma, sendo interpretada como idade de colocao do protlito gneo. Os dados litogeoqumicos indicam que significativo magmatismo calcioalcalino de alto-K, metaluminoso a peraluminoso, associado evoluo de arcos magmticos em ambiente de subduco (Orogenia Lomas Manechis - 1,7 a 1,6 Ga), dominava o perodo estateriano no Terreno Paragu. A unidade ortognissica estudada foi posteriormente retrabalhada metamrfica e tectonicamente, durante a Orogenia San Igncio (1,4 a 1,3 Ga), que provavelmente corresponde fase de deformao F<sub>2</sub>.

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Ao longo do domnio de baixo grau metamrfico (poro centro-oeste) do Cinturo Araguaia, afloram dezenas de corpos mficos e/ou ultramficos de natureza ofioltica. Cita-se como exemplo a Sute Ofioltica Morro do Agostinho nos arredores da cidade de Araguacema (TO) que configura um pequeno corpo isolado que sustenta o Morro do Agostinho e encontra-se encaixado tectonicamente em metarenitos, ardsias e filitos da Formao Couto Magalhes (Grupo Tocantins). A Sute Ofioltica Morro do Agostinho constituda por peridotitos serpentinizados, basaltos e cherts ferrferos todos afetados por incipiente metamorfismo. A associao de basaltos caracterizada por um expressivo derrame submarino com estruturas em lavas almofadadas, sobrepostas aos peridotitos serpentinizados. Os basaltos foram classificados em tipos macios e hipovtreos com esferulitos. Os basaltos macios so homogneos, com textura intersertal definida, essencialmente, por finas ripas de plagioclsio, clinopiroxnio e raramente olivina, calcocita e calcopirita. Os basaltos hipovtreos apresentam feies texturais formadas por ultrarresfriamento de lavas apresentando esferulitos de plagioclsio, feixes de cristais aciculares e esqueletais de clinopiroxnio e plagioclsio, e cristais com terminaes tipo rabo-de-andorinha. Geoquimicamente, os basaltos revelaram natureza subalcalina toletica, compatveis com o tipo MORB. As razes (La/Yb)<sub>n</sub> < 1 e (La/Sm)<sub>n</sub> < 1 apontam, mais especificamente, para magmas do tipo N-MORB na evoluo dessas rochas relacionadas ao ambiente de fundo ocenico. Estas rochas revelaram que nos estgios iniciais da evoluo do Cinturo Araguaia houve uma fase importante de oceanizao da Bacia Araguaia, com exposio de peridotitos do manto litosfrico seguido de extravasamento de lavas e sedimentao de cherts e formaes ferrferas bandadas em ambiente ocenico profundo. Aps o preenchimento sedimentar da Formao Couto Magalhes (Grupo Tocantins), e o descolamento da litosfera ocenica, a fase tectnica principal propiciou a inverso tectnica que levou exumao dos corpos ofiolticos, principalmente ao longo de superfcies de cavalgamento, fragmentando-os e misturando-os tectonicamente s rochas supracrustais, acompanhado de metamorfismo regional em condies da fcies xisto verde baixo. A Sute Ofioltica Morro do Agostinho representa, assim, um pequeno fragmento alctone de um segmento litosfrico manto/crosta ocenica, bem preservado, do incio da evoluo da Bacia Araguaia, similar a outros no Cinturo Araguaia, que um importante registro da fase de oceanizao do Cinturo Araguaia, durante o Neoproterozoico.

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Os granodioritos gua Azul (GrdAA) e gua Limpa (GrdAL) afloram no extremo sul do Domnio Carajs como dois corpos alongados segundo o trend regional E-W, anteriormente inseridos no Complexo Xingu. O GrdAL formado essencialmente por biotita-anfiblio granodioritos e muscovita-biotita granodioritos, alm de anfiblio-biotita tonalitos subordinados; no GrdAA, epdoto-anfiblio-biotita granodioritos so dominantes, epdoto-anfiblio-biotita tonalitos e (anfiblio)-epdoto-biotita monzogranitos, subordinados. Essas rochas mostram assinaturas geoqumicas afins dos sanukitoides arqueanos. O estudo de suscetibilidade magntica (SM) mostrou valores relativamente baixos para o GrdAL (mdia de 17,54 10<sup>-4</sup> SIv) e o GrdAA (mdia de 4,19 10<sup>-4</sup> SIv). Os estudos dos minerais opacos mostram que a magnetita e a hematita so as fases comuns e que a ilmenita est ausente nessas rochas. O GrdAL contm titanita associada magnetita, enquanto o GrdAA contm pirita, calcopirita e goethita. No GrdAL, a magnetita mais abundante e desenvolvida que no GrdAA, justificando, assim, sua SM mais elevada. A martitizao da magnetita e a oxidao dos sulfetos, gerando goethita, ocorreram a baixas temperaturas. A correlao positiva entre os valores de SM e os contedos modais de opacos, anfiblio, epdoto + allanita e quartzo + K-feldspato, assim como a correlao negativa de SM com biotita e mficos observadas nessas unidades, denunciam uma tendncia no aumento de SM no sentido anfiblio tonalitos/anfiblio granodioritos biotita granodioritos/biotita monzogranitos. Os dados geoqumicos corroboram esse comportamento, com correlao negativa entre os valores de SM e Fe<sub>2</sub>O<sub>3</sub>T, FeO e MgO, refletindo para as duas unidades uma tendncia de aumento nos valores de SM paralelamente diferenciao magmtica. As afinidades geoqumicas e mineralgicas entre essas rochas e os sanukitoides do Domnio Rio Maria sugerem condies de fugacidade de oxignio entre os tampes HM e FMQ para os granitoides estudados.

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Quatro tipos morfolgico-texturais de quartzo, informalmente denominados Qz1, Qz2, Qz3 e Qz4, foram identificados nas diferentes fcies do Granito Antnio Vicente, Provncia Carajs, por meio de imagens de microscopia eletrnica de varredura-catodoluminescncia (MEV-CL). Nas rochas menos evoludas, contendo anfiblio e biotita, dominam cristais andricos a subdricos bem desenvolvidos, luminescentes e intensamente fraturados (Qz1). Fluidos hidrotermais que percolaram o granito transformaram o quartzo magmtico (Qz1) em Qz2 e Qz3 por meio de processos de alterao, dissoluo e recristalizao, sendo essas transformaes muito mais evidentes nas rochas sienogranticas intensamente alteradas. O Qz4 forma cristais mdios a grossos, geralmente luminescentes e comparativamente pouco fraturados. Sua ocorrncia restrita s rochas sienogranticas fortemente hidrotermalizadas e aos corpos de greisens, sugerindo o incio do processo de greisenizao. Nos greisens, dominam cristais de quartzo eudricos mdios a grossos, zonados concentricamente e com feies tpicas de origem hidrotermal (Qz5). Finos cristais de cassiterita zonada ( 100 m) so comuns e preenchem cavidades nos tipos Qz4 e Qz5. Zirces dominantemente andricos, corrodos, com os mais elevados contedos de Hf e as mais baixas razes Zr/Hf, pertencem s rochas mais evoludas e alteradas hidrotermalmente e aos corpos de greisens associados, ambos portadores de mineralizaes de Sn. Tal fato sugere que a assinatura geoqumica do zirco, em especial a razo Zr/Hf, pode ser utilizada na avaliao preliminar do potencial metalogentico de granitos estanferos.

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As formaes Sobreiro e Santa Rosa so resultado de intensas atividades vulcnicas paleoproterozoicas na regio de So Flix do Xingu (PA), SE do Crton Amaznico. A Formao Sobreiro composta por rochas de fcies de fluxo de lava andestica, com dacito e riodacito subordinados, alm de rochas que compem a fcies vulcanoclstica, caracterizadas por tufo, lapilli-tufo e brecha polimtica macia. Essas rochas exibem fenocristais de clinopiroxnio, anfiblio e plagioclsio em uma matriz microltica ou traqutica. O clinopiroxnio classificado predominantemente como augita, com diopsdio subordinado, e apresenta caractersiticas geoqumicas de minerais gerados em rochas de arco magmtico. O anfiblio, representado pela magnesiohastingsita, foi formado sob condies oxidantes e apresenta texturas de desequilbrio, como bordas de oxidao vinculadas degaseificao por alvio de presso. As rochas da Formao Santa Rosa foram extravasadas em grandes fissuras crustais de direo NE-SW, tm caractersticas de evoluo polifsica e compem uma fcies de fluxo de lava rioltica e riodactica e uma fcies vulcanoclstica de ignimbritos, lapilli-tufos, tufos de cristais flsicos e brechas polimticas macias. Diques mtricos e stocks de prfiros granticos e granitoides equigranulares completam essa sute. Fenocristais de feldspato potssico, plagioclsio e quartzo dispersos em matriz de quartzo e feldspato potssico intercrescidos ocorrem nessas rochas. Por meio de anlises qumicas pontuais dos fenocristais em microssonda eletrnica, foram estimadas as condies de presso e temperatura de sua formao, sendo que o clinopiroxnio das rochas intermedirias da Formao Sobreiro indica profundidade de formao varivel entre 58 e 17,5 km (17,5 - 4,5 kbar), a temperaturas entre 1.294 e 1.082 C, enquanto o anfiblio cristalizou-se entre 28 e 15 km (7,8 - 4,1 kbar), o que sugere uma evoluo polibrica. Assim, prope-se um modelo de gerao de magma basltico hidratado com base na fuso parcial de cunha mantlica e no acmulo na crosta inferior em uma zona quente, a partir da qual os magmas andesticos e dacticos so formados pela assimilao de crosta continental e cristalizao fracionada.

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O Granito Seringa, com cerca de 2250 km<sup>2</sup> de superfcie afl orante, representa o maior batlito da Provncia Carajs. intrusivo em unidades arqueanas do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, sudeste do Crton Amaznico. constitudo por dois grandes conjuntos petrogrficos: a) rochas monzogranticas, representadas por bitotita-anfiblio monzogranito grosso (BAMGrG) e anfiblio-bitotita monzogranito grosso (ABMGrG); b) rochas sienogranticas, representadas por anfiblio-biotita sienogranito porfirtico (ABSGrP), leucosienogranito heterogranular (LSGrH), leucomicrosienogranito (LMSGr) e anfiblio-biotita sienogranito heterogranular (ABSGrH). Biotita e anfiblio so os minerais varietais e zirco, apatita, minerais opacos e allanita, os acessrios. O Granito Seringa mostra carter subalcalino, metaluminoso a fracamente peraluminoso e possui altas razes FeO<sub>t</sub>/FeO<sub>t</sub>+MgO (0,86 a 0,97) e K<sub>2</sub>O/Na<sub>2</sub>O (1 a 2). Os ETR mostram padro de fracionamento moderado para os ETRL e sub-horizontalizado para os ETRP. As anomalias negativas de Eu so fracas nas rochas monzogranticas e moderadas a acentuadas nas sienogranticas e leucomonzogranticas, respectivamente, com exceo dos ABSGrP. Mostra afinidades geoqumicas com granitos intraplacas ricos em ferro, do subtipo A<sub>2</sub> e do tipo A oxidados. As relaes de campo e os aspectos petrogrficos e geoqumicos no so coerentes com a evoluo das fcies do Granito Seringa a partir da cristalizao fracionada de um mesmo pulso magmtico. O Granito Seringa apresenta maiores semelhanas petrogrficas, geoqumicas e de suscetibilidade magntica com as rochas da Sute Serra dos Carajs, podendo ser enquadrado nesta importante sute granitoide.

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O depsito de ouro So Jorge, de idade paleoproterozica, est situado na Provncia Aurfera do Tapajs, Crton Amaznico. Ele est hospedado em um anfiblio-biotita-monzogranito constitudo por quartzo, feldspato potssico, plagioclsio, anfiblio, biotita, titanita e opacos. Quatro associaes minerais foram reconhecidas no depsito. A associao 1, formada durante o estgio magmtico, caracterizada pela presena de anfiblio e andesina-oligoclsio. A associao 2 mostra substituio total do anfiblio e intensa saussuritizao do plagioclsio primrio; o epidoto uma fase marcante e a biotita parcialmente cloritizada. As associaes 3 e 4 esto relacionadas aos processos hidrotermais que geraram a mineralizao de sulfeto e ouro. A assemblia 3 dominada por clorita e plagioclsio albtico, com quantidade subordinada de mica branca e, por vezes, biotita. A associao 4 dominada por mica branca, pirita e carbonatos sendo o resultado de uma alterao flica com carbonatao associada. O geotermmetro da clorita sugere temperaturas de 30040 C para as associaes 3 e 4. O geobarmetro do Al na hornblenda indica presses em torno de 1 kbar para a cristalizao dos granitos mineralizados. Condies oxidantes, acima do tampo NNO, prevaleceram durante a gnese dos depsitos. As associaes hidrotermais de So Jorge diferem daquelas descritas nos garimpos Joel e Davi e no so dominadas por epidoto, como sugerido em outras reas da Provncia Tapajs. Um modelo prfiro ou intrusion-related so melhor adaptados para o depsito So Jorge. Este ltimo tem similaridades com o depsito Serrinha da Provncia Juruena e Batalha, na Provncia Tapajs, e fortes analogias com o sistema hidrotermal Volta Grande no sul do Brasil.