Condutividade elétrica complexa de rochas


Autoria(s): ROCHA, Brígida Ramati Pereira da
Contribuinte(s)

SAUCK, William August

Data(s)

20/08/2014

20/08/2014

1979

14/08/1979

Resumo

Foram realizadas medidas em laboratório da condutividade elétrica complexa de 28 amostras de testemunhos de sondagem de três furos da área MM1-Alvo 1, Distrito dos Carajás, com o objetivo de auxiliar na interpretação de dados geofísicos de campo, obtidos com os métodos polarização induzida/resistividade e eletromagnético/AFMAG, aplicados na área. As medidas foram tomadas no intervalo de frequências de 10<sup>-3</sup>Hz a 10<sup>4</sup>Hz, medindo-se a amplitude e a fase da condutância. O método empregado foi o de medida direta de impedância, utilizando-se um osciloscópio com memória, um gerador de sinais e dois pré-amplificadores diferenciais com alta impedância de entrada. O sistema de eletrodos escolhido para realizar as medidas foi o de 2 eletrodos de platina-platinizada em virtude de sua resposta de frequência ser plana no intervalo utilizado. Todas as medidas foram realizadas à temperatura constante de 24°C ± 1°C. Para interpretar as medidas de condutividade foi realizado estudo petrográfico das amostras, utilizando-se lâminas delgadas, seções polidas e difração de Raios-X. Foi determinado o teor de cobre, sob a forma de sulfeto, nas amostras utilizando-se o método de absorção atômica. Os resultados petrográficos permitiram classificar as amostras em cinco grupos distintos: granito, biotita-xisto, anfibolito, anfibólio-xisto e quartzito ferruginoso-formação ferrífera. O teor de cobre foi variável nos cinco grupos, havendo teores desde 50ppm até 6000ppm. Nas medidas de condutividade observou-se que, dentre os cinco grupos, as amostras da formação ferrífera apresentaram as maiores variações com a frequência. As amostras de granito tiveram espectro mais plano que as dos xistos e anfibolito. A conclusão a que se chegou é que as anomalias eletromagnéticas e de polarização induzida/resistividade observadas no campo próximo aos três furos (F<sub>1</sub>, F<sub>2</sub>, F<sub>3</sub>) são devidas principalmgnte a formação ferrífera magnetitica, a secundariamente à mineralização de baixo teor de calcopirita associada.

ABSTRACT: Laboratory measurements of complex conductivity were made on 28 drill-core samples from area MM1-Prospect 1 of the Carajás Mining District. The objective of this research was to help interpret field geophysical survey of the area using Induced Polarization and AFMAG methods. The laboratory measurements of amplitude and phase of conductance were taken in the frequency interval of 10<sup>-3</sup>Hz to 10<sup>4</sup>Hz. The method used was the direct measurement of impedance using a memory osciloscope, a signal generator, and two high input impedance differential preamplifiers. The electrode system chosen for the measurements was the 2 electrode platinized-platinum because its frequency response is flat in the frequency range used. AlI the measurements were made at a constant temperature of 24°C±1°C. A petrographic study of the samples was done, using thin sections, polished sections and X-ray diffraction. Copper content, in the form of sulfides, was determined using atomic absorption. As a result of the petrographic study, the samples were classified in five distinct groups: granite, biotite schist, amphibolite and magnetite quartzite-iron formation. The grade of Cu was variable in the five groups, ranging from 50 ppm to 6000 ppm. In the conductivity measurements it was observed that, among the five groups, the samples of iron formation gave the largest variations with frequency. The granite samples had spectra flatter than those of schist or amphibole. In conclusion, these measurements show that the field Induced Polarization and AFMAG anomalies near these three drill holes (F1, F2 and F3) are due primarily to the magnetic iron formation, and secondarily due to associated low-grade chalcopyrite mineralization.

Identificador

ROCHA, Brígida Ramati Pereira da. Condutividade elétrica complexa de rochas. 1979. 113 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências, Belém, 1979. Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas.

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5450

Idioma(s)

por

Direitos

Open Access

Palavras-Chave #Prospecção - Métodos geofísicos #Rochas #Serra dos Carajás - PA #Pará - Estado #Amazônia Brasileira
Tipo

masterThesis