274 resultados para Ephrata (Pa.). Bauman


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Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo das relaes inter-firmas estabelecidas entre empresas mnero-metalrgicas localizadas no distrito industrial do municpio de Barcarena, no estado do Par, a partir da anlise das interaes entre uma empresa central e sua rede de fornecedores e subcontratados, que operacionalizam o beneficiamento e a exportao do mineral conhecido como caulim. Segundo as abordagens tericas que defendem a ocorrncia e a disseminao de inovaes tecnolgicas como base para o desenvolvimento econmico, realizou-se um estudo sobre a forma como os arranjos produtivos so capazes de gerar e manter vantagens competitivas a partir de sistemas de inovao baseados em redes cooperativas integradas por um grupo especfico de agentes pblicos e privados. Os resultados da pesquisa mostram que, em que pese a existncia de inovaes nos processos produtivos, em funo das exigncias tcnicas apresentadas por seus contratantes, as empresas subcontratadas, via de regra, no conseguem estabelecer relaes de cooperao capazes de promover a disseminao destas inovaes, assim como tambm geralmente no dispem de recursos gerenciais e tecnolgicos capazes de gerar inovaes de produtos ou de transformar as inovaes de processos em significativos ganhos de produtividade. A ausncia de cooperao entre as empresas estende-se aos relacionamentos com os outros agentes, tais como instituies de ensino e pesquisa, de treinamento e capacitao tcnica, rgos de fomento e crdito, associaes, cooperativas e sindicatos. Conseqentemente, a rede de subcontratao desperdia o potencial de ganhos sinrgicos capazes de elevar os patamares de competitividade local. Abordam-se tambm as implicaes do estudo para a pesquisa, para o desenvolvimento local e para o planejamento e as polticas pblicas.

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A bacia do Rio Aur est situada na regio metropolitana de Belm, entre os municpios de Belm e Ananindeua, onde a taxa populacional tem aumentado sem qualquer medida de controle social ou ambiental. A regio intensamente explorada, sendo que os principais problemas ambientais so o desmatamento, eroso, inundao, poluio e contaminao das guas, especialmente por metais pesados e compostos orgnicos. O comportamento geoqumico dos elementos Al, Fe, Mn, Cr, Ni e Cu e os teores de compostos orgnicos foram avaliados em 30 pontos de amostragem no perodo entre 2008 e 2010 nos sedimentos fluviais. O aterro sanitrio no controlado localizado nas proximidades da bacia do Rio Aur responsvel, em parte, pela contaminao dos sedimentos. O estresse ambiental resultado das atividades antrpicas locais, que contribuem no transporte de material clstico contendo metais para o rio. As variveis estudadas foram classificadas segundo mecanismos de transporte e fonte (autctone ou alctone). Os resultados demonstraram que a principal contribuio de ons Al e Fe foi o aterro sanitrio; Mn e Ni vieram principalmente dos solos adjacentes; Cr foi modificado (III/VI) por processo alobioqumico e Cu por processo bioinduzido.

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Esta dissertao se construiu a partir do dilogo entre a Antropologia e a Arqueologia, na busca de compreender os usos e significados que o patrimnio arqueolgico assume no mbito das relaes sociais contemporneas, em especfico, aqueles construdos segundo a lgica de povos e comunidades tradicionais. Entendido como categoria etnogrfica, o patrimnio permite vislumbrar significados que os quilombolas pertencentes s comunidades Taperinha, Nova Ipixuna, Sau- Mirim, Benevides e Alegre Vamos, no municpio de So Domingos do Capim (PA), elaboram em torno do stio arqueolgico Aproaga. Na luta pela titulao definitiva do seu territrio os quilombolas se autodefinem Povos do Aproaga, nesse contexto, a conscincia cultural possibilita a construo da identidade coletiva. Em torno das runas histricas do engenho colonial, a memria social quando os Pretos dantes foram escravos restitui e fortalece no presente as referncias culturais e fronteiras tnicas em consonncia ao sentimento de pertencimento ao Aproaga. Assim, a arqueologia pblica e etnogrfica possibilita compreender as dinmicas e relaes sociais do presente e suas fruies com o passado, os significados da cultura material, bem como, as dimenses tnicas que o patrimnio pode vir a assumir no contexto de direitos territoriais de comunidades descendentes e/ou de origem. Porquanto, a territorialidade quilombola construda pelos Povos do Aproaga implica pensar de maneira crtica sobre as polticas do patrimnio na Amaznia, e mais amplamente a reflexividade da pesquisa tendo em vista uma prxis descolonial da cincia.

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Este estudo analisa a parceria pblico-privada celebrada entre a Prefeitura Municipal de Santarm PA e o Instituto Ayrton Senna, que por meio da Rede Vencer tem implantado programas de gerenciamento na rea educacional nesse municpio. Dentre estes programas enfocamos o Programa Gesto Nota 10 (PGN10), por causa do nosso interesse em estudar as alteraes que ocorreram com a implantao dessa ferramenta de gesto na Secretaria de Educao, com rebatimento nas escolas da rede municipal de ensino. Para tanto desenvolvemos uma ampla pesquisa em que analisamos documentos sobre a legislao educacional, relatrios de gesto, relatrios sobre a organizao da rede municipal de ensino, documentos da parceria pblico-privada, etc. e tambm fizemos pesquisa in loco durante a pesquisa onde tivemos a oportunidade de realizar 21 (vinte e um) entrevistas semiestruturadas com professores, membros de conselho de controle social, pedagogos, diretores e coordenadores que atuam no setor educacional do municpio. Os dados encontrados na pesquisa foram tratados utilizando a anlise de contedo, pois ela oferece a possibilidade de depreenso da fala dos entrevistados nas formas de comunicao oral e escrita, isso no a descarta, porm, como ferramenta para a anlise de outros meios de comunicao como o escrito nos documentos oficiais da parceria IAS-PMS. Isto porque entendemos que toda comunicao que traga consigo um conjunto de significaes, de um emissor para um receptor, pode, em princpio, ser traduzida pelas tcnicas de anlise de contedo, interpretadas luz do mtodo materialista dialtico. A anlise desses dados, no nos permitiu classificar a ocorrncia da gesto democrtica, como demonstra a discusso empreendida no corpo do trabalho. J em relao implantao do modelo gerencial, percebemos que ela no pode ser completada, pois ainda existem elementos de gesto tradicional no municpio, alm do mais o modelo da nucleao, onde a maioria das escolas sequer possui corpo administrativo, contribui para delongar o xito na implantao da gesto gerencial. Percebemos tambm que, alm de introduzir conceitos de mercado no setor pblico educacional, estimulando a concorrncia entre turmas e escolas, essa parceria serve tambm para alimentar esses setores privados com dinheiro pblico em troca da aplicao de algumas tcnicas de gesto gerencial no setor educacional. Ademais, h uma intensificao em cima do trabalho do professor que passa a ser responsabilizado pelos resultados a serem alcanados, o que cria uma situao em que no permitido o descumprimento das metas sob a pecha da incompetncia ou, mesmo que velada, sob a advertncia de passar por alguma medida administrativa, caso verificado que o problema foi o professor. Isso ocasiona uma prtica de alteamento dos indicadores que nem sempre expressam a situao real em que se encontra a educao. Por fim, nosso estudo demonstrou que, enquanto permanecer essa prtica, a possibilidade de uma formao para a cidadania nas escolas fica diminuda, pois parece haver mais espaço para o amestramento de um esprito competitivo do que espaço para o desenvolvimento crtico visando favorecer a criao de um ambiente capaz de proporcionar a percepo de toda essa problemtica que se encontra envolta pela ideologia de mercado no setor educacional.

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Este estudo apresenta diferentes metodologias aplicadas para compreender o funcionamento dos ambientes de um trecho do rio Xingu (PA), em relao comunidade de peixes que nele habitam. Atravs do uso da ictiofauna procurou-se confirmar alguns padres ambientais, visando constatar o estado atual de conservao de um trecho deste rio. A partir de levantamentos da ictiofauna local conforme a variao sazonal do rio, foram feitas diferentes anlises ao nvel espcies, populaes e guildas trficas. No nvel de organizao das populaes, o estudo de parmetros biolgicos tais como: taxa de crescimento corporal, tamanho corporal mximo, taxa de mortalidade e o tamanho mdio do incio da maturao sexual constituram uma boa aproximao para entender a histria de vida dos diferentes grupos de peixes. Foi evidenciada uma tendncia das comunidades de estarem conformadas por espcies tipo r-estrategistas e com menor tamanho corporal, em relao ao nmero de k-estrategistas de maior tamanho. Numa abordagem funcional, foi verificado que estruturar as comunidades em guildas constitui um bom indicador tanto dos padres de convergncia de uni ecossistema afim ao setor estudado do Xingu quanto do atual estado de conservao do mesmo. Um modelo de balano de massas construdo para o setor do mdio rio Xingu indicou que se trata de um sistema com grande instabilidade ambiental e, que por sua vez, se comporta como um sistema sazonalmente maduro. A aparente restrio sazonal na disponibilidade de recursos alimentares observada para o setor de rio estudado pode incidir numa mxima eficincia no uso e transferncia dos mesmos no ecossistema. Uma anlise biogeogrfica foi feita a partir da ocorrncia das espcies para contextualizar o setor do rio compreendido entre a confluncia dos rios Iriri e Xingu at as proximidades do povoado de Senador Jos Porfirio, na bacia do Xingu. Atravs desta anlise verificou-se que o mdio (a montante das cachoeiras) e baixo Xingu (a jusante) encontram-se inseridos em duas reas de endemismo. A baixa afinidade na composio de espcies, observada para estes dois setores, atribuda a uma variao geogrfica na paisagem. Assim, a ocorrncia do limite das cachoeiras nas proximidades do povoado de Belomonte e o efeito do rio Amazonas no setor do baixo Xingu podem ser os principais fatores que explicam as diferenas na composio ictiofaunstica e na abundncia das espcies em relao ao setor do mdio Xingu. Finalmente, ressalta-se a importncia da manuteno da conectividade hidrolgica como forma de manter os processos ecolgicos que ligam o sistema das cabeceiras foz, e discutem-se os eventuais impactos na dinmica ambiental e nas espcies de peixes do mdio rio Xingu que sero ocasionados com a construo do projeto hidreltrico de Belomonte.

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Na plancie alagvel do Baixo Tapajs, durante um perodo de dois anos, nove lagos foram estudados de modo a caracterizar a estrutura de comunidade de peixes em relao s caractersticas ambientais dos lagos (variao espacial) e ao avano da estao seca (efeito temporal) (Captulo I). As espcies capturadas foram documentadas fotograficamente e tiveram a sua abundncia e distribuio demonstradas atravs de grficos (Captulo II). A importncia de diferentes atividades econmicas para a subsistncia das famlias de moradores da vila de Alter do Cho, como a pesca e o turismo, foram investigados (Capitulo III).

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A composio, abundncia e freqncia de ocorrncia das espcies de peixes demersais do esturio amaznico foram estudadas em trs reas delimitadas pelos estratos de profundidade de 5 10 m, 10 20 m e 20 50m. Os objetivos principais deste estudo foram de comparar a diversidade, abundncia e distribuio das espcies de peixes demersais, nestas trs reas, durante um ciclo hidrolgico, e avaliar a influncia dos fatores ambientais sobre a estrutura da comunidade. As amostragens foram feitas a bordo de dois navios da frota industrial piramutabeira, com uma rede de arrasto sem porta, em seis cruzeiros com durao de quinze dias cada, divididos entre os perodos seco (entre maro e abri1/97) e chuvoso (entre agosto e setembro/97). Foram capturadas 91 espcies em 237 amostragens, sendo que as famlias Sciaenidae e Ariidae foram as mais diversificadas, representando juntas 25% do nmero de espcies. Todas as espcies de arlideos com ocorrncia na regio foram muito abundantes. As espcies mais abundantes numericamente no inverno foram Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (56,2%) e Brachyplatystoma vaillantii (Pimelodidae) (13,6%), e no vero Macrodon ancylodon (31%) e Stellifr rastrifer (15,8) (Sciaenidae). Na rea delimitada pelas isbatas de 5 a 10 m (rea 1), Brachyplatystoma vaillantii (Pimelodidae) e Macrodon ancylodon (Sciaenidae) foram as mais abundantes em ambos os perodos. O mesmo aconteceu para Macrodon ancylodon e Stellifer rastrifer (Sciaenidae) na rea definida pelas isbatas de 10 a 20 m (rea 2), e para iviacrodon ancylodon (Sciaenidae) e Bagre bagre (Ariidae) na rea delimitada pelas isbatas de 20 a 50 m (rea 3). As espcies mais freqentes nas amostragens foram Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (40,9%) e Anchoa spinifer (Engraulididae) (35%) no inverno, e Ivlacrodon ancylodon (Sciaenidae) (45,6%) e Anus grandicassis (Ariidae) (38,4%) no vero. Na rea 1 Brachyplatystoma vaillantii e Brachypialystorna flavicans (Pimelodidae) tiveram maior freqncia de ocorrncia nas amostragens, para os dois perodos; o mesmo acontecendo para Macrodon ancylodon (Sciaenidae) e Bagre bagre (Ariidae), na rea 2; e para Macrodon ancylodon (Sciaenidae) e Anchoa spinifer (Engraulididae), na rea 3. As espcies dominantes foram: Macrodon ancylodon (Sciaenidae), no inverno (56% dos exemplares coletados); e Macrodon ancylodon, Stellifr rastrifer (Sciaenidae) e Anus quadriscutis (Afiidae) no vero, que representaram 61% das capturas. Na rea 1 dominaram Brachyplatystoma vaillantii (Pimelodidae) e Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (73%), no inverno e, no vero, as duas espcies j citadas mais Anus grandicassis (Ariidae) (53%). Na rea 2 foram dominantes apenas Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (64%) no inverno, e Macrodon ancylodon e Stellifr rastrifer (Sciaenidae) (53%) no vero e, na rea 3, apenas il/lacrodon ancylodon (Sciaenidae) (70% no inverno e 49% no vero). Os padres de distribuio foram principalmente influenciados pela salinidade. A rea 1 apresentou a maior diversidade e eqitabilidade em relao s outras. Na rea 2 a riqueza de espcies foi maior e, na rea 3, houve uma maior dominncia. Trs assemblias de peixes foram identificadas na regio: uma composta de espcies de guas continentais que exploram as reas rasas entre 5 a 20 m; outra composta de espcies resistentes ao gradiente salino, com ampla distribuio no esturio, principalmente na faixa dos 10 a 20 m; e a terceira composta de espcies marinhas que se distribuem pelas reas mais profundas do esturio, desde os 10 at a faixa dos 50 m.

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Investigaes sobre a quiropterofauna da Amaznia revelam a ocorrncia de no mnimo 135 espcies regionais, de hbitos alimentares variados- insetvoras, frugvoras, polinvoras, carnvoras e hematfagas. Os morcegos contribuem ao equilbrio da biota amaznica por diferentes meios, por exemplo, controle populacional de insetos, disperso de sementes e polinizao. Potencialmente perigosos sade humana so os hematfagos portadores do vrus rbico. Os objetivos do estudo foram assim definidos: (a) levantamento das espcies da ordem Chiroptera presentes na Ilha de Cotijuba-PA; (b) descries do perodo de atividade, alimentao, reproduo e abrigos das diferentes espcies; (c) anlise de diagnstico de raiva dos quirpteros hematfagos coletados. Foram encontradas 31 espcies, duas delas necessitando ainda de estudos mais detalhados para a confirmao taxonmica. A maioria de espcies frugvoras, isto , dispersaras potenciais da flora local (por exemplo, Carollia spp, Artibeus spp, Uroderma spp). Duas espcies hematfagas foram observadas: Desmodus rotundus (cerca de 8% da amostra) e Diaemus youngi (menos de 1% da amostra). A pesquisa do vrus rbico foi negativa, mas ainda h registros de agresses de morcegos a ribeirinhos e animais domsticos, exigindo anlises laboratoriais de novas amostras, com finalidade de monitoramento sanitrio.

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Os quirpteros representam 25 % da mastofauna mundial. So os mamferos neotropicais mais diversificados e abundantes. A Amaznia brasileira apresenta cerca de 128 espcies de morcegos registradas. Eles possuem uma grande variabilidade morfolgica, a qual os permite ocupar diferentes nichos trficos no ecossistema. So muito importantes para a manuteno e regenerao dos ecossistemas em que vivem. So eficientes na disperso de sementes, polinizao e no controle biolgico de insetos e constituem timos bioindicadores do estado e das dinmicas sofridas por esses ecossistemas. O presente estudo objetivou caracterizar a quiropterofauna de uma regio da Floresta Nacional do Tapajs, Par, Brasil, em reas de floresta primria, capoeira e de um experimento de corte seletivo de madeira. O nvel de impacto sobre a comunidade de morcegos desse manejo e da rea de capoeira foi comparado aos testemunhos de mata primria em cada habitat e em seus micro-habitats, ou fisionomias: matrizes de sub-bosques, clareiras e ptios de armazenamento de madeira. A comparao se deu atravs de anlises de distribuio, diversidade, abundncia, nmero de espcies e densidade das guildas. Foram amostradas 55 espcies, a maioria frugvoras, representantes de seis famlias. Ao comparar o nmero de espcies e a diversidade, as reas de explorao exibem algum impacto, mas no to acentuado como as reas de capoeira. As amostras sugerem que a vegetao secundria proporciona uma maior densidade de quirpteros na comparao entre habitats. Mas poucas espcies so favorecidas por esta estrutura de vegetao. As guildas mais favorecidas nesta vegetao so de morcegos frugvoros/onvoros e insetvoros areos. A comparao entre fisionomias sugere que os quirpteros de sub-bosque evitam espaços abertos na vegetao. Os processos de sucesso aqui observados apresentam dinmicas que necessitam de acompanhamento peridico, para a formulao de um modelo mais prximo da realidade.

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Mamferos neotropicais de mdio e grande porte so ainda pouco estudados. Na Amaznia as lacunas no conhecimento cientfico sobre este grupo ocorrem principalmente pela dificuldade da realizao de estudos mais completos durante curtos perodos de tempo e recursos financeiros limitados. Para minimizar estes problemas, mtodos indiretos de estud-los tm sido utilizados como alternativa aos mtodos tradicionais e por isso foram aplicados neste trabalho. Com o intuito de se detectar como a comunidade local de mamferos de mdio e grande porte faz uso do hbitat, atravs da comparao da freqncia de uso de diferentes fitofisionomias obtida por meio da contabilizao de pegadas, pretende-se contribuir para a conservao e identificao de reas de alto valor biolgico para as espcies estudadas. A riqueza de espcies e a freqncia relativa de uso de hbitats foram analisadas de forma comparativa entre a Campina, a Savana Arbrea Aberta (Campo Cerrado), a Savana Arbrea Densa (Cerrado) e a Floresta Ombnifila atravs de trs visitas rea de estudo. Foram obtidos registros de 33 espcies, distribudas em 8 ordens, 18 famlias e 29 gneros. As formaes fitofisionmicas na rea de estudo no diferiram em termos da presena de espcies, com exceo da fauna de primatas, que particular de formaes florestais. Entretanto, com relao ao uso de hbitats, foram demonstradas tendncias distintas na freqncia de uso de cada formao fitofisionmica pelas diferentes espcies. A maioria das espcies registradas pelo mtodo de deteco de pegadas parece sofrer os efeitos da variao sazonal do regime de chuvas. Alm disso parecem depender mais das formaes fitofisionmicas florestais. Isto fica claro quando demonstrada uma maior diversidade e uso dos hbitats florestados pelas espcies estudadas. Entretanto, so versteis na ocupaço dos diferentes tipos de hbitat, com exceo de espcies arborcolas. Sendo assim, a Serra do Cachimbo apresenta uma fauna rica e diversificada talvez devido ao fato desta regio apresentar uma mesclagem de elementos fitofisionmicos distintos, o que favoreceria tanto espcies com preferncias por hbitats florestais quanto savanides.

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A criao da Usina Hidreltrica de Tucuru em 1985, inundou uma rea de 2.400 Km de floresta, originando centenas de ilhas de tamanhos diferentes, onde diversos organismos, dentre eles os cuxis (Chiropotes spp.), tiveram suas populaes fragmentadas. A rea de estudo, ilha de Gennoplasrna, possui 129 ha e abriga uma populao de Chiropotes utahickae, atualmente com 23 membros, j estudada por Santos (2002). O objetivo principal deste estudo foi descrever aspectos da ecologia do cuxi de Uta Hick e caracterizar a explorao alimentar de espcies arbreas. A metodologia utilizada foi baseada em oito dias de coleta mensal de dados, utilizando-se o mtodo de varredura instantnea de um minuto de durao e cinco de intervalo, aplicado paralelamente s amostragens de rvore-focal e fruto-focal, intercalando-se estes dois tipos. As principais categorias comportamentais foram alimentao, deslocamento, forrageio, repouso e interao social. Foram obtidos 11.277 registros de varredura, 259 de rvore-focal e 711 de fruto-focal durante o perodo de maro a agosto de 2004. Foram gastos 50,6% do tempo em deslocamento, 31,9% em alimentao, 10,6% em repouso, 5,4% em forrageio e 1,2% em interao social. A dieta foi composta principalmente de semente imatura (31,7%), mesocarpo imaturo (21,2%), fruto maduro (18,3%) e flores (14,4%). A comparao com o estudo de Santos (2002) sugere diferenas longitudinais e sazonais. Os frutos explorados variaram de 0,4 cm a 15,3 cm de comprimento e as sementes, de 0,1cm a 2,3 cm. Os cuxis foram considerados predadores para 74,2% das 31 espcies analisadas. No houve relao significativa entre o tamanho das sementes e o tipo de interao. Tambm no existiu relao significativa entre a distncia de deposio das sementes e o tamanho destas, sugerindo que o transporte de sementes pelos cuxis pode estar ligado a outros fatores (dimenso da copa, tamanho do subagrupamento). Aps vinte anos de isolamento, os cuxis pareceram apresentar um padro comportamental tpico do gnero Chiropotes. Esta tolerncia ao ambiente fragmentado, pareceu ser evidenciada nesse estudo, pelo intenso consumo do mesocarpo imaturo de ings (Inga spp.) e de flores de castanheira (Bertholletia excelsa). Flores parecem ser um recurso importante para os cuxis da rea de influncia do reservatrio de Tucuru (Santos, 2002; Silva, 2003). Este trabalho vem contribuir para o conhecimento da ecologia da espcie, ressaltando que o monitoramento das populaes nas reas do reservatrio de Tucuru, precisa ser continuado a fim de que se rena mais informaes a respeito da sua organizao social, dieta e interferncia na comunidade vegetal, necessrias para o planejamento de medidas de manejo e conservao.

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Os vetores de febre amarela encontram-se distribudos, nas Amricas, nos gneros, Haemagogus e Sabethes. Os culicdeos hematfagos tm seu ritmo de atividade hematofgica influenciado por fatores endgenos e fatores exgenos, tais como a resposta aos elementos micro-climticos. O micro-clima e a estratificao dos hospedeiros so os principais determinantes para a ocupaço do nicho ecolgico de muitas espcies de culicdeos nas florestas tropicais. O estudo foi desenvolvido na torre de medio micrometeorolgica na Floresta Nacional de Caxiuan, Melgao, Par, objetivando analisar a distribuio vertical dos vetores de febre amarela silvestre em relao ao microclima da Floresta densa de terra firme, de julho de 2005 a abril de 2006, no solo em plataformas da torre a 8m, 16m e 30m durante 12 horas diurnas e 12 horas noturnas, utilizando atrativo humano. Em cada uma das alturas encontrava-se disponvel termo-higrmetro para a medio da temperatura e umidade relativa do ar e no topo da mesma estava um pluvimetro para a medio da precipitao pluviomtrica. Obteve-se 25.498 culicdeos, sendo 1028 pertencentes Haemagogus e 502 Sabethes, nas coletas diurnas. As espcies do gnero Sabethes e Haemagogus janthinomys mostraram-se acrodendrfilas, com preferncia realizao do repasto a 16m e 30m, enquanto que H. leucocelaenus foi coletado em maior quantidade ao nvel do solo. Os meses mais chuvosos apresentaram maior quantidade de vetores de febre amarela silvestre, porm essa influncia no foi estatisticamente significativa. Por outro lado houve relao significativa entre temperatura, umidade relativa do ar e nmero de vetores de febre amarela silvestre.

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A pesca na Amaznia se destaca entre as regies brasileiras pela riqueza de espcies exploradas, quantidade de pescado capturado e dependncia da populao a esta atividade. Este estudo descreve a pesca comercial dos tucunars Cichla spp. no Baixo Rio Tocantins-PA, norte do Brasil, na rea de influncia da UHE-Tucuru, com nfase no reservatrio. O estudo foi dividido em 2 captulos. O primeiro descreve a pesca em relao s artes de pesca, estratgia dos pescadores, ambientes explorados, sazonalidade e o manejo local segundo a percepo dos pescadores. Ainda neste captulo, foram analisados o conhecimento local dos pescadores, a classificao etnobiolgica dos tucunars, e aspectos scio-econmicos e ecolgicos envolvidos. Foram realizadas entrevistas com os pescadores e observaes diretas em campo. A pesca dos tucunars no lago da usina tem grande importncia na vida scio-econmica desses pescadores, e se caracteriza como principal fonte de renda. A pesca ocorre em locais especficos e utiliza mtodos e equipamentos rudimentares. Segundo os pescadores, a produo influenciada por variveis ambientais e pelo uso da rede de emalhar, a qual afasta os tucunars dos ambientes de pesca. O uso do espaço o principal conflito entre os pescadores. As relaes sociais no sistema de parceria e a presena do atravessador diminuem a rentabilidade da pesca para o pescador. Os pescadores possuem conhecimento consistente sobre a ecologia dos tucunars. O seu sistema de classificao reconhece trs etnoespcies, duas das quais, constituem uma nica espcie cientfica. No captulo II, so analisados dados de captura dos tucunars coletados pela ELETRONORTE de 1997 a 2003 e a unidade de esforo de pesca mais adequada para os dados. A captura foi analisada por porto, arte de pesca, tipo de embarcao, rea de pesca e ciclo de enchente do rio. Os dados demonstram que as frotas dos diferentes municpios possuem caractersticas prprias e exploram as reas de pesca mais prximas. Os maiores nveis de captura so encontrados nos perodos que o nvel do rio est subindo ou descendo, sendo a pesca com canio, responsvel pela maior parte da captura. As canoas so as embarcaes mais utilizadas. Os dados demonstram que a pesca dos tucunars mais importante nos municpios e reas de pesca localizados no lago da usina. A CPUE s apresenta comportamento estatstico adequado quando analisada por rea de pesca e as unidades de esforo mais adequadas so nmeros de pescadores e de dias de pesca aps sofrerem transformao logartmica.

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O presente texto apresentar um estudo realizado na escola Wandick Gutierrez em Vila do Conde, no municpio de Barcarena no estado do Par. O objetivo compreender de que forma se materializa as prticas de educao ambiental no contexto escolar a partir da insero do Programa Saberes e Prticas de Responsabilidade Social na escola Wandick Gutierrez: aes socioeducativas nos bairros do entorno do Porto de Vila do Conde PROSPRS realizado em parceria pela Universidade Federal do Par- UFPA, atravs do Grupo de Pesquisa em Educao, Cultura e Meio ambiente- GEAM e a Companhia Docas do Par CDP, no perodo de 2011 a 2012. O referencial terico metodolgico amparou-se no materialismo histrico dialtico em uma perspectiva da educao ambiental crtica; esta contou com a anlise de documentos relacionados ao programa, bem como documentos da escola e, reviso de literatura e vivncias no cotidiano da escola pesquisada. A pesquisa contou com entrevistas semiestruturadas direcionadas a direo da escola, professores e coordenao pedaggica; aplicao de questionrios, junto a alunos, responsveis de alunos, equipe do programa e a CDP. Alguns dos autores que nos auxiliaram para a compreenso do contexto estudado foram: Marx (1967, 1998) Frederico Loureiro (2005, 2007), Marilena Loureiro (2007), Saviani (2006), Paulo Freire (1996, 2000), Frigotto (2012) Oliveira (2005), dentre outros. A pesquisa oportunizou perceber que nos discursos dos sujeitos entrevistados e, na leitura dos relatrios do PROSPRS houve tentativas de relacionar as aes do programa a partir da realidade concreta da comunidade da Vila do Conde; as aes desenvolvidas pelo programa acabaram por desencadear vivncias/percepes ambientais nos sujeitos escolares ainda no vividas por estes, a exemplo a construo de hortas e compostagem no ambiente escolar, no entanto, compreendo que tais discursos ainda necessitam de conhecimentos mais aprofundados do prprio fazer ambiental. Contudo, as aes ambientais que se iniciaram no ambiente escolar Wandick Gutierrez so relevantes para uma discusso reflexiva crtica para todos os sujeitos envolvidos nesse processo.

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A Pesquisa Incluso no trabalho de pessoas com deficincia: Um estudo da APAE de Barcarena-PA, objetivo: Diagnosticar polticas pblicas de formao para incluso no trabalho das pessoas com deficincia, sujeitos: 2 gestores, 3 professores e 3 alunos=8. Pesquisa qualitativa, estudo de caso, coleta de dados: entrevistas, observatrio e registros iconogrficos. Abordagem terica: materialismo histrico dialtico, tcnica de anlise dos contedos: Bardin. Resultados: A instituio em estudo possui 3 programas de formao profissional mantidos por doaes da comunidade, funcionrios e empresas; um programa de formao em servio da empresa ALUBAR, no detectamos nenhuma poltica pblica governamental e aes do poder pblico para os programas de formao em estudo, alm da Lei 8213/91, outras Leis, Decretos e Resolues determinam a existncia de polticas pblicas de formao profissional para as pessoas com deficincia. Os programas atendem em parte a necessidade do trabalho formal do municpio, os alunos includos exercem atividades de servios gerais por possurem baixa escolaridade e nenhuma experincia no trabalho formal, os programas de formao possibilitam Incluso Social das pessoas com deficincia por meio do trabalho informal e formal. Concluso: Os programas de formao profissional em estudo funcionam com precariedade devido a insuficincia de recursos para sua execuo.