Do tempo dos pretos d’antes aos povos do Aproaga: patrimônio arqueológico e territorialidade quilombola no vale do rio Capim (PA)
Contribuinte(s) |
ALMEIDA, Marcia Bezerra de MARQUES, Fernando Luiz Tavares |
---|---|
Data(s) |
28/06/2013
28/06/2013
2012
01/10/2012
|
Resumo |
Esta dissertação se construiu a partir do diálogo entre a Antropologia e a Arqueologia, na busca de compreender os usos e significados que o patrimônio arqueológico assume no âmbito das relações sociais contemporâneas, em específico, aqueles construídos segundo a lógica de povos e comunidades tradicionais. Entendido como categoria etnográfica, o patrimônio permite vislumbrar significados que os quilombolas pertencentes às comunidades Taperinha, Nova Ipixuna, Sauá- Mirim, Benevides e Alegre Vamos, no município de São Domingos do Capim (PA), elaboram em torno do sítio arqueológico Aproaga. Na luta pela titulação definitiva do seu território os quilombolas se autodefinem Povos do Aproaga, nesse contexto, a consciência cultural possibilita a construção da identidade coletiva. Em torno das ruínas históricas do engenho colonial, a memória social quando os Pretos d’antes foram escravos restitui e fortalece no presente as referências culturais e fronteiras étnicas em consonância ao sentimento de pertencimento ao Aproaga. Assim, a arqueologia pública e etnográfica possibilita compreender as dinâmicas e relações sociais do presente e suas fruições com o passado, os significados da cultura material, bem como, as dimensões étnicas que o patrimônio pode vir a assumir no contexto de direitos territoriais de comunidades descendentes e/ou de origem. Porquanto, a territorialidade quilombola construída pelos Povos do Aproaga implica pensar de maneira crítica sobre as políticas do patrimônio na Amazônia, e mais amplamente a reflexividade da pesquisa tendo em vista uma práxis descolonial da ciência. ABSTRACT: This master's dissertation were built from the dialogue between anthropology and archeology, seeking to understand the uses and meanings that archaeological heritage plays in the field of contemporary social relations, specifically, those built according to the logic of traditional peoples and communities. Understood as an ethnographic category, heritage allows a glimpse on the meanings of quilombolas communities from Taperinha, Nova Ipixuna, Sauá-Mirim, Benevides and Alegre Vamos, in São Domingos do Capim (State of Pará), draw around the archaeological site Aproaga. In the struggle for definitive titration of its territory the quilombolas define themselves as Peoples of Aproaga, in this context, cultural awareness enables the construction of collective identity. Around the historic ruins of the Greathouse of Sugar Plantation from the colonial age, the social memory about the time when the Blacks were slaves restores and strengthens the present cultural references and ethnic boundaries in consonance to the feeling of belonging to Aproaga. Thus, public archeology and ethnography allows us to understand the dynamics and social relations of the present and its fruitions with the past, the meanings of material culture as well, the ethnic dimensions which heritage might take in the context of territorial rights of communities descendants and / or origin. Whereas, the territoriality quilombola built by the People of Aproaga imply a critical way of thinking about heritage policies in Amazon, and more broadly the reflexivity of the research towards a decolonial science praxis. |
Identificador |
MORAES, Irislane Pereira de. Do tempo dos pretos d’antes aos povos do Aproaga: patrimônio arqueológico e territorialidade quilombola no vale do rio Capim (PA). 2012. 237 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2012. Programa de Pós-Graduação em Antropologia. |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
Open Access |
Palavras-Chave | #Antropologia #Arqueologia #Sítio arqueológico #Quilombola #Rio Capim - PA #São Domingos do Capim - PA #Pará - Estado #Amazônia Brasileira #Patrimônio cultural |
Tipo |
masterThesis |