52 resultados para Molusco SãoFrancisco, Rio, Bacia


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O processamento dos dados aeromagnticos em imagens revelou-se como um bom mtodo de interpretao, que aqui denominamos de mtodo das imagens sombreadas. A aplicao deste mtodo foi feita em dados aeromagnticos de uma rea da Bacia do Paran, com o objetivo de realar os lineamentos que no so evidentes nos mapas de contorno. Para subsidiar os nossos estudos, utilizamos imagens de LANDSAT porque muitos lineamentos presentes na bacia no possuem resposta ao levantamento aeromagntico. Com a integrao destas duas imagens definimos duas direes dominantes para os lineamentos nos seguintes intervalos: N40 60W e N40 65E. Com a definio deste padro, obtivemos informaes do arcabouo estrutural e, consequentemente, uma idia da evoluo tectnica da bacia. A outra parte desenvolvida neste trabalho foi o clculo do vetor de magnetizao total nos principais lineamentos da bacia, e eles apresentaram um total de 5 inclinaes de magnetizao diferentes. Essas inclinaes foram explicadas pela superposio do efeito da magnetizao induzida, efeito de reverso do campo geomagntico, e o efeito da magnetizao anisotrpica causada pela desmagnetizao nos diques.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A Bacia do Solimes caracterizada por um padro magntico complexo, expresso ao longo de toda sua extenso, e produzido pela superposio de anomalias magnticas que se apresentam sob a forma de feies lineares. Tais feies refletem as diferentes atividades tectnicas que atuaram na Regio Amaznica atravs do Pr-Cambriano e Fanerozico. Neste trabalho, foi aplicado nos dados aeromagnticos da Bacia do Solimes um mtodo de processamento de imagens digitais de sombreamento do relevo magntico anmalo total que, dadas suas caractersticas metodolgicas, permitindo utiliz-lo como um filtro direcional, possibilitou a definio de aspectos relevantes no contexto das relaes entre os lineamentos magnticos E/W, NE/SW, e NW/SE. Nesse sentido, foram identificados padres de lineamentos magnticos que refletem a existncia de zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, orientadas preferencialmente na direo E/W. A interao entre os diversos segmentos transcorrentes promoveu o desenvolvimento de um regime predominantemente transpressivo, representado por falhas reversas associadas aos lineamentos magnticos E/W e NE/SW; e duplexes direcionais formando falhas em flor positivas e negativas associadas, respectivamente, aos lineamentos magnticos orientados na direo N70-80E e N70-80W. A anlise quantitativa permitiu explicar dois aspectos importantes em relao s feies lineares observadas nas imagens digitais. O primeiro mostra, atravs de modelamentos baseados na superposio de prismas bidimensionais, que estas feies lineares magnticas podem ser explicadas pela superposio de fontes profundas intraembasamento altamente magnticas, e fontes rasas de alta frequncia, sendo estas associadas a falhas reversas ao longo dos nveis de diabsio, presentes em forma de intruses nos sedimentos paleozicos da Bacia do Solimes. O segundo aspecto, baseado na utilizao dos conceitos da cross-covarincia, constata a presena de 'offsets' dextrais, associados aos lineamentos magnticos NESW, ao longo da direo EW. Este fato mostra, quantitativamente, que o padro magntico desta regio pode ser explicado pela presena de zonas de cisalhamento transcorrestes dextrais, cujos processos tectnicos associados foram fortemente condicionados por zonas de fraquezas pr-existentes (Pr-Cambrianas, Paleozicas) durante o Mesozico e Cenozico.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Um inventrio estruturado de serpentes foi realizado na Base Operacional Gelogo Pedro de Moura (BOGPM), localizada na Bacia Petrolfera de Urucu, Municpio de Coari, Amazonas, nos anos de 2003, 2004 e 2007. Nas quatro expedies realizadas (51 dias de coleta) foram registradas 47 espcies de serpentes, pertencentes a sete famlias e 33 gneros. Foram utilizados quatro mtodos complementares de amostragem de serpentes: armadilha de interceptao e queda, encontros ocasionais, procura limitada por tempo a p e procura limitada por tempo de carro. Das 47 espcies coletadas, Liophis reginae (n= 14), Philodryas viridissima (n= 9), Philodryas boulengeri (n= 7) e Oxybelis fulgidus (n= 7) foram as mais abundantes em toda regio. O maior nmero de espcies e espcimes foi registrado pela procura limitada por tempo de carro (52,8%). Estudos anteriores indicam que as localidades ao sul do Rio Amazonas (como regio Leste do Par, Usina Hidreltrica de Tucuru, Estado do Par, e de Samuel, Estado de Rondnia) apresentam maior riqueza quando comparadas s regies ao norte do Amazonas (como Municpio de Manaus, Reserva do INPA-WWF e Usina Hidreltrica de Balbina, Estado do Amazonas). Desta forma, possvel inferir que o levantamento das serpentes da regio de Urucu ainda no esteja completo, sendo necessrio um maior esforo de coleta para que novos registros sejam adicionados para a rea.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

ABSTRACT: We present here a methodology for the rapid interpretation of aeromagnetic data in three dimensions. An estimation of the x, y and z coordinates of prismatic elements is obtained through the application of "Euler's Homogeneous equation" to the data. In this application, it is necessary to have only the total magnetic field and its derivatives. These components can be measured or calculated from the total field data. In the use of Euler's Homogeneous equation, the structural index, the coordinates of the corners of the prism and the depth to the top of the prism are unknown vectors. Inversion of the data by classical least-squares methods renders the problem ill-conditioned. However, the inverse problem can be stabilized by the introduction of both a priori information within the parameter vector together with a weighting matrix. The algorithm was tested with synthetic and real data in a low magnetic latitude region and the results were satisfactory. The applicability of the theorem and its ambiguity caused by the lack of information about the direction of total magnetization, inherent in all automatic methods, is also discussed. As an application, an area within the Solimes basin was chosen to test the method. Since 1977, the Solimes basin has become a center of exploration activity, motivated by the first discovery of gas bearing sandstones within the Monte Alegre formation. Since then, seismic investigations and drilling have been carried on in the region. A knowledge of basement structures is of great importance in the location of oil traps and understanding the tectonic history of this region. Through the application of this method a preliminary estimate of the areal distribution and depth of interbasement and sedimentary magnetic sources was obtained.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

H. zebra uma espcie de peixe da famlia Loricariidae, subfamlia Ancistrinae, endmica do rio Xingu, com distribuio desde Belo Monte at a confluncia dos rios Xingu e Iriri. Por ser uma espcie com grande valor no mercado aquariofilista ornamental, sua captura tornou-se desenfreada, tornando-o uma espcie ameaada de extino. Apesar da forte presso exercida sobre H. zebra, ainda so escassos os estudos sobre a espcie. Assim, perante a escassez de informaes bsicas e as constantes ameaas, conhecer aspectos da biologia e ecologia de H. zebra, agregando aos resultados das pesquisas cientficas, tambm o conhecimento ecolgico local dos pescadores ornamentais sobre esta espcie torna-se uma ferramenta fundamental para a conservao da espcie. A distribuio de H. zebra restrita a um pequeno trecho do rio Xingu, entre Gorgulho da Rita e Itaubinha, e no ocorre de forma homognea, dependendo da presena de blocos rochosos. Um total de 283 indivduos de H. zebra foi visualizado nos afloramentos rochosos da rea estudada, dos quais 232 foram capturados. A menor abundncia mdia foi em Gorgulho da Rita, em oposio ao sitio Jerico com a maior abundncia. Entre os perodos, verificou-se uma maior abundncia na seca do rio e menor valor para o perodo de enchente. Os fatores ambientais no apresentaram influncias significativas sobre a abundncia de H. zebra. H. zebra uma espcie generalista, alimentando-se principalmente de algas perifticas, detritos, restos vegetais e esponjas, enquanto que nematdeos e miripodes foram considerados itens ocasionais. No houve diferenas significativas na composio e abundncia da dieta de H. zebra, quanto aos stios de coleta, perodos do ano e ontogenia. Considerando a composio e abundncia da dieta, H. zebra pode ser considerada uma espcie ilifaga-onvora, e com possibilidades de adaptao as mudanas na disponibilidade de alimento com a construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte. Os pescadores ornamentais zebra evidenciam conhecimento especializado quanto distribuio e abundncia, hbitat, alimentao, predao e reproduo da espcie, o qual pode ser aproveitado para otimizar trabalhos futuros e para facilitar medidas de manejo.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Nos quelnios, as caractersticas do ambiente de nidificao tm forte influncia sobre a temperatura de incubao dos ovos e, consequentemente, sobre o sucesso reprodutivo. Foram investigados o efeito do ambiente de nidificao sobre a taxa de ecloso, a durao de incubao e a determinao sexual dos filhotes de Podocnemis expansa, Podocnemis unifilis e Podocnemis sextuberculata no Tabuleiro do Embaubal, rio Xingu, estado do Par, Brasil, em 2007, 2008 e 2010. As praias foram monitoradas entre setembro e janeiro, com o acompanhamento dos ninhos marcados desde o dia de postura, em cada ciclo reprodutivo. As seguintes variveis foram mensuradas: dia da desova, a profundidade final, a altura do ninho em relao ao nvel da gua no dia da desova a granulometria e a temperatura de incubao. A taxa de ecloso diferiu entre os anos para as trs espcies. A durao de incubao variou entre anos apenas para P. sextuberculata. A razo sexual de P. expansa em 2007 foi 0.08 e em 2008 e 2010 todos os filhotes produzidos foram fmeas. Para P. sextuberculata a razo sexual em 2007 foi 0.34, e em 2008 e 2010 foi 0.06. A razo sexual de P. unifilis em 2007 foi de 0.41, 0.65 em 2008 e 0.02 em 2010. Todas estas diferenas foram estatisticamente significativas. A altura do ninho com relao ao nvel do rio apresentou correlao positiva com a taxa de ecloso das trs espcies em 2008 e uma relao negativa com a taxa de ecloso de P. sextuberculata em 2010. O nmero de dias aps o incio das desovas influenciou a durao de incubao de P. sextuberculata e P. unifilis em 2008. A temperatura mdia, o nmero de horas/grau acima de 32C e o tamanho do sedimento influenciou a razo sexual de P. expansa. Os resultados atestam para a variao no sucesso de ecloso, no desenvolvimento embrionrio e na proporo sexual produzida entre os anos. Ainda, observou-se que a influncia de variveis microclimticas dos stios selecionados para desova, embora influenciem nas caractersticas trmicas e nas variveis de interesse, podem variar de ano para outro. Recomenda-se o monitoramento continuado dos referidos parmetros nas principais reas onde se investe na proteo de stios reprodutivos de quelnios.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A presente pesquisa tem a finalidade de contribuir para o conhecimento da biologia e ecologia trfica da espcie H. unimaculatus no rio Araguari, na rea de influncia da UHE Coaracy Nunes, Amap, Brasil. A regio de estudo corresponde a uma poro da bacia do rio Araguari. As coletas foram realizadas bimestralmente entre Maio de 2009 Julho de 2010. Foram utilizadas baterias de redes de malhas (2; 2,5; 3; 4; 5; 6; cm entre ns opostos com 10 m de comprimento x 1,5 m de altura) e tarrafa (15 e 20 mm). As malhadeiras ficaram expostas por 17 h, com revistas a cada 3h. Os exemplares capturados foram conservados no gelo e fixados em formalina 10%. Os mesmos foram pesados (PT) e medidos (CT). O sexo foi identificado a partir da anlise macroscpica das gnadas, onde foram pesadas e fixadas em formol 10%. Os estmagos foram pesados e conservados em lcool 70%. O ambiente foi caracterizado atravs de anlises multivariadas. A estrutura em comprimento da populao, relao peso-comprimento, proporo sexual, abundncia e biomassa relativa foram avaliados. O local e perodo de reproduo, tamanho de primeira maturao e tipo de desova, tambm foram estudados. A ecologia trfica foi avaliada pela atividade alimentar, e contedo com matria orgnica. Os itens alimentares foram analisados pelos mtodos de frequncia de ocorrncia (Fi), grau de preferncia alimentar (GPA) e ndice alimentar (IAi). Os resultados obtidos mostraram que na rea a jusante da represa e na rea lacustre houve maior transparncia da gua, no reservatrio predominou a profundidade e na montante houve valores maiores de pH. O comprimento mdio foi 193.74 mm (80-258 mm 22.71 mm) e o peso mdio foi de 70.90 g (10-160 g 23.99 g). Houve diferena significativa do comprimento em relao aos perodos do ano. O crescimento relativo da espcie foi alomtrico negativo (b = 2.34). A proporo sexual foi de 2:1 a favor das fmeas. A abundncia e biomassa relativa foram maiores no reservatrio e na rea lacustre. A desova ocorreu entre os meses de novembro 2009 e janeiro 2010; preferencialmente os indivduos desovam no reservatrio e no lago. O tipo de desova total e o tamanho de primeira maturao a partir de 157.5 mm. A espcie tem hbito alimentar ilifaga-detritvora com tendncia a onivoria. A estratgia alimentar generalista, mas dominante para os itens fitoplncton e detrito. A espcie H. unimaculatus, adaptou-se com sucesso ao represamento e sua dieta pode ter sofrido alterao frente s mudanas causadas pelo ambiente.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A presena de elementos no essenciais nas guas superficiais do rio Amazonas uma preocupao global, o objetivo da pesquisa foi estudar a distribuio dos elementos As, Al, Mn, e Pb na gua do esturio do rio Amazonas. As amostras foram coletadas em trs regies distintas: Canal Norte (AP), Canal Sul (PA) e rio Par (PA) em trs profundidades, com um total de 84 amostras. A espectrometria de emisso atmica com plasma indutivamente acoplado (ICPAES) foi utilizada para avaliar os teores de Al, Mn e Pb e a espectrofotometria de absoro atmica com gerao de hidretos (HGAAS) foi usada para a anlise do As. O As variou de <0,35 a 50,60 g/L, o Al de <1,88 a 3347,70 g/L, o Mn de 0,13 a 403,39 g/L e Pb de <0,18 a 57,78 g/L. Em mdia As (canal Sul), Al (todas as regies), Mn (canal Norte e Sul) e Pb (canal Norte e Sul) se encontraram em valores acima do permitido pela legislao brasileira. Os elementos podem ter origem antrpica originria de atividade de minerao e industrial e origem natural proveniente de decomposio de rochas gneas da bacia de drenagem do rio Amazonas que disponibilizam o elemento na forma ligada ao material particulado em suspenso.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Uma espcie nova de Serrasalmidae, Tometes camunani, descrita para as drenagens superiores da bacia do rio Trombetas, estado do Par, Brasil. A espcie nova distingue-se dos congneres pela presena de uma ligeira concavidade no neurocrnio na altura do frontal (vs. concavidade ausente, perfil dorsal do neurocrnio reto). Tambm pode ser adicionalmente distinguido dos seus congneres por possuir dentes com a cspide central mais alta e cume agudo (vs. cspide central mais baixa e com cume arredondado em T. trilobatus), a boca terminal (vs. boca orientada para cima em T. lebaili), e 12-26 espinhos pr-plvicos (vs. 0-9 em T. makue). A espcie nova estritamente reoflica, como as demais espcies de Tometes, e ocorre exclusivamente nas zonas encachoeiradas dos rios de escudo, bitopos complexos, frgeis e ameaados por aes antropognicas. Uma chave de identificao para as espcies do grupo Myleus apresentada.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O histrico de prospeco de hidrocarbonetos da Bacia Paleozoica do Parnaba, situada no norte-nordeste do Brasil, sempre foi considerado desfavorvel quando comparado aos super-reservatrios estimados do Pr-Sal das bacias da Margem Atlntica e at mesmo interiores, como a Bacia do Solimes. No entanto, a descoberta de gs natural em depsitos da superseqncia mesodevoniana-eocarbonfera do Grupo Canind, que incluem as formaes Pimenteiras, Cabeas e Long, impulsionou novas pesquisas no intuito de refinar a caracterizao paleoambiental, paleogeogrfica, bem como, entender o sistema petrolfero, os possveis plays e a potencialidade do reservatrio Cabeas. A avaliao faciolgica e estratigrfica com nfase no registro da tectnica glacial, em combinao com a geocronologia de zirco detrtico permitiu interpretar o paleoambiente e a provenincia do reservatrio Cabeas. Seis associaes de fcies agrupadas em sucesses aflorantes, com espessura mxima de at 60m registram a evoluo de um sistema deltaico Devoniano influenciado por processos glaciais principalmente no topo da unidade. 1) frente deltaica distal, composta por argilito macio, conglomerado macio, arenito com acamamento macio, laminao plana e estratificao cruzada sigmoidal 2) frente deltaica proximal, representada pelas fcies arenito macio, arenito com laminao plana, arenito com estratificao cruzada sigmoidal e conglomerado macio; 3) plancie deltaica, representada pelas fcies argilito laminado, arenito macio, arenito com estratificao cruzada acanalada e conglomerado macio; 4) shoreface glacial, composta pelas fcies arenito com marcas onduladas e arenito com estratificao cruzada hummocky; 5) depsitos subglaciais, que englobam as fcies diamictito macio, diamictito com pods de arenito e brecha intraformacional; e 6) frente deltaica de degelo, constituda pelas fcies arenito macio, arenito deformado, arenito com laminao plana, arenito com laminao cruzada cavalgante e arenito com estratificao cruzada sigmoidal. Durante o Fammeniano (374-359 Ma) uma frente deltaica dominada por processos fluviais progradava para NW (borda leste) e para NE (borda oeste) sobre uma plataforma influenciada por ondas de tempestade (Formao Pimenteiras). Na borda leste da bacia, o padro de paleocorrente e o espectro de idades U-Pb em zirco detrtico indicam que o delta Cabeas foi alimentado por reas fonte situadas a sudeste da Bacia do Parnaba, provavelmente da Provncia Borborema. Gros de zirco com idade mesoproterozica (~ 1.039 1.009 Ma) e neoproterozica (~ 654 Ma) so os mais populosos ao contrrio dos gros com idade arqueana (~ 2.508 2.678 Ma) e paleoproterozica (~ 2.054 1.992 Ma). O gro de zirco concordante mais novo forneceu idade <sup>206</sup>Pb/<sup>238</sup>U de 501,20 6,35 Ma (95% concordante) indicando idades de reas-fonte cambrianas. As principais fontes de sedimentos do delta Cabeas na borda leste so produto de rochas do Domnio Zona Transversal e de pltons Brasilianos encontrados no embasamento a sudeste da Bacia do Parnaba, com pequena contribuio de sedimentos oriundos de rochas do Domnio Cear Central e da poro ocidental do Domnio Rio Grande do Norte. No Famenniano, a movimentao do supercontinente Gondwana para o polo sul culminou na implantao de condies glaciais concomitantemente com o rebaixamento do nvel do mar e exposio da regio costeira. O avano das geleiras sobre o embasamento e depsitos deltaicos gerou eroso, deposio de diamictons com clastos exticos e facetados, alm de estruturas glaciotectnicas tais como plano de descolamento, foliao, boudins, dobras, duplex, falhas e fraturas que refletem um cisalhamento tangencial em regime rptil-dctil. O substrato apresentava-se inconsolidado e saturados em gua com temperatura levemente abaixo do ponto de fuso do gelo (permafrost quente). Corpos podiformes de arenito imersos em corpos lenticulares de diamicton foram formados pela ruptura de camadas pelo cisalhamento subglacial. Lentes de conglomerados espordicas (dump structures) nos depsitos de shoreface sugere queda de detritos ligados a icebergs em fases de recuo da geleira. A elevao da temperatura no final do Famenniano reflete a rotao destral do Gondwana e migrao do polo sul da poro ocidental da Amrica do Sul e para o oeste da frica. Esta nova configurao paleogeogrfica posicionou a Bacia do Parnaba em regies subtropicais iniciando o recuo de geleiras e a influncia do rebound isosttico. O alvio de presso indicado pela gerao de sills e diques clsticos, estruturas ball-and-pillow, rompimento de camadas e brechas. Falhas de cavalgamento associadas diamictitos com foliao na borda oeste da bacia sugerem que as geleiras migravam para NNE. O contnuo aumento do nvel do mar relativo propiciou a instalao de sedimentao deltaica durante o degelo e posteriormente a implantao de uma plataforma transgressiva (Formao Long). Diamictitos interdigitados com depsitos de frente deltaica na poro superior da Formao Cabeas correspondem a intervalos com baixo volume de poros e podem representar trapas estratigrficas secundrias no reservatrio. As anisotropias primrias subglaciais do topo da sucesso Cabeas, em ambas as bordas da Bacia do Parnaba, estende a influncia glacial e abre uma nova perspectiva sobre a potencialidade efetiva do reservatrio Cabeas do sistema petrolfero Mesodevoniano-Eocarbonfero da referida bacia.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O Mesozico foi marcado por mudanas geolgicas significativas, decorrentes de soerguimentos resultante da orogenia Gonduanide, que possibilitou a implantao de sistemas desrticos concomitantemente com expressivos eventos magmticos. Na Bacia do Parnaba, Nordeste do Brasil, estes eventos esto registrados nas unidades siliciclsticas do Trissico, os arenitos da Formao Sambaba, representadas pelos derrames baslticos e arenitos fluviais e elicos subordinados da Formao Mosquito e pelos arenitos flvio-elicos da Formao Corda. O estudo de fcies e estratigrfico realizado em afloramentos e testemunhos de sondagem na regio entre Formosa da Serra Negra e Montes Altos, Estado do Maranho, possibilitou reconstituir o paleoambiente do topo da Formao Mosquito e da Formao Corda, e inferir condies paleoclimticas para a poro centro-oeste da Bacia do Parnaba durante o Jurssico. Foram identificadas vinte fcies sedimentares agrupadas em cinco associaes de fcies (AF) representativas de uma plancie vulcnica com depsitos fluviais espordicos e arenitos elicos subordinados (AF1-Formao Mosquito), sucedida pela instalao de um sistema desrtico mido (AF2-AF5; Formao Corda). A plancie vulcnica (AF1) constitui derrames baslticos intercalados com arenitos finos a grossos (arenitos intertrap) compostos por gros arredondados a subangulosos de quartzo, feldspatos e fragmentos de vidro vulcnico. Os arenitos apresentam estratificaes plano-paralela e cruzada de baixo ngulo, preenchendo geometria de canal ou em corpos tabulares. Depsitos de canal fluvial entrelaado (AF2) consistem em conglomerados polimticos, com grnulos e seixos subarredondados a angulosos de basalto, e arenitos grossos com estratificao cruzada acanalada e acamamento macio. Os lenis arenosos (AF3) foram divididos em dois elementos arquiteturais (EA), o primeiro (EA1) consistem em arenitos finos a muitos com geometria tabular e estruturas de deformao, o segundo (EA2) composto por arenito fino a grosso com estratificao cruzada acanalada e laminao cruzada cavalgante, gutter cast de pequeno porte. O campo de dunas (AF4) foi subdividido em dois conjuntos de fcies (C), o primeiro (CI) caracterizado por arenitos com estratificaes cruzadas tabular e tangencial de pequeno a mdio porte, estratificao planoparalela e laminao cruzada cavalgante transladante subcrtica. O segundo (CII) consiste de arenitos finos a mdios, moderadamente selecionados, laminao ondulada e estruturas de adeso e gretas de contrao com rip-up clast, curled mud flakes, forma ciclos de raseamento centimtricos, com topo marcado por horizontes mosqueados, ricos em xido/hidrxido de ferro, bioturbaes e gretas de contrao, interpretados como depsitos de interdunas midas. Os lobos de suspenso (AF5) consistem em arenitos finos intercalados com pelitos e arenito/pelito com estratificao cruzada complexa. A abundncia de esmectita na AF4 aponta para condies de clima semirido. No Jurssico, a regio centro-oeste da Bacia do Parnaba, foi submetida a movimentos distensivos com recorrncia de derrames bsicos advindos de fissuras na crosta. Durante os intervalos de aquiescncia sedimentos de rios efmeros preenchiam depresses ou espraiavam-se na plancie vulcnica. O final da atividade magmtica foi sucedido pela implantao do desrto Corda com campo de dunas e canais fluviais efmeros (wadi) que retrabalharam parte da plancie vulcnica e esporadicamente invadiam os lenis arenosos. Comparado aos ergs do Permo-Trissico (Formao Sambaba), o deserto Jurssico da Formao Corda foi mais mido e menos extenso precedendo os sistemas fluviais e costeiros de clima mais ameno do Cretceo da Bacia do Parnaba.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O intervalo que compreende o final do Paleozico e incio do Mesozico foi marcado por mudanas globais paleogeogrficas e paleoclimticas, em parte atribudas a eventos catastrficos. A intensa continentalizao do supercontinente Pangia, com a implantao de extensos desertos, sucedeu os ambientes costeiros-plataformais do incio do Permiano. Os registros desses eventos no norte do Brasil so encontrados nas bacias intracratnicas, particularmente na Bacia do Parnaba, representados pela zona de contato entre as formaes Motuca e Sambaba. A Formao Motuca constituda predominantemente por pelitos vermelhos laminados com lentes de gipsita, calcita e marga. Na poro leste da Bacia do Parnaba, as fcies da Formao Motuca tornam-se mais arenosas com a ocorrncia expressiva de arenitos com estratificao cruzada sigmoidal. A Formao Sambaba consiste em arenitos de colorao creme alaranjada com estratificao plano-paralela e estratificao cruzada de mdio a grande porte. Em geral, o contato entre as unidades brusco, representado pela passagem de arenitos finos com laminao cruzada cavalgante e acamamento flaser/wavy da Formao Motuca para arenitos mdios com falhas/microfalhas sinsedimentares e laminaes convolutas da Formao Sambaba. Foram individualizadas 14 fcies sedimentares, agrupadas em quatro associaes: AF1 Lacustre raso / Plancie de lama (mudflat), AF2 Panela salina (saline pan), AF3 Lenol de areia e AF4 Campo de dunas. A AF1 foi depositada dominantemente por processos de decantao em um extenso ambiente lacustre raso de baixa energia, influenciado por influxos espordicos de areias oriundos de rios efmeros. Este sistema lacustre foi, provavelmente, influenciado por perodos de contrao e expanso, devido s variaes das condies climticas predominantemente ridas. Os mais expressivos perodos de contrao ocorreram na poro oeste da Bacia do Parnaba, representados pelo desenvolvimento de plancies de lama (mudflats) associadas a lagoas efmeras saturadas em carbonatos e a panelas salinas (saline pans- AF2). Os lenis de areia (AF3) so plancies arenosas extensas, localmente com rea midas, intensamente retrabalhadas por processos elicos. A AF4 interpretada como parte de um erg composto por dunas/draas em zona saturada em areia, com interdunas secas subordinadas. Intervalos deformados lateralmente contnuos por centenas de quilmetros ocorrem na zona de contato entre as formaes Motuca e Sambaba. Pelitos com camadas contorcidas e brechadas (Formao Motuca) e arenitos com falhas/microfalhas sinsedimentares, laminao convoluta e diques de injeo preenchidos por argilitos (Formao Sambaba) so interpretados como sismitos induzidos por terremotos de alta magnitude (>8 na escala Ritcher). Anomalias geoqumicas de elementos traos como Mn, Cr, Co, Cu e Ni na zona de contato entre as formaes, juntamente com a presena de micropartculas de composio metlica na matriz argilosa dos sismitos, corroboram com impactos de meteoritos no limite c, possivelmente do astroblema Riacho.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Bentonitas so argilas que tem como seu principal constituinte argilominerais do grupo da esmectita, predominantemente montmorillonita. De acordo com o ction predominante no espao intercamada da esmectita, a bentonita pode ser classificada como sdica, clcica ou magnesiana. Essas argilas possuem vasta aplicao industrial, como fluidos de perfurao, pelotizao, moldes de fundio, dentre outros. Para algumas aplicaes mais especficas e que agregam maior valor ao produto final, como na sntese de nanocompsitos polmero/argila, faz-se necessrio intercalao de ons orgnicos na intercamada do argilomineral. No Brasil, a produo industrial de argilas organoflicas pequena e voltada para os mercados de tintas, graxas e resinas de polister. Empresas do setor de bentonitas, que ainda no esto produzindo esse tipo de material, vm mostrando crescente interesse nesta aplicao. Dentro desse contexto, este trabalho buscou avaliar o potencial da Bentonita Formosa, uma Mg-bentonita recentemente descrita e relativamente abundante no nordeste do Brasil, na produo de argilas organoflicas e sua aplicao em sntese de nanocompsitos polmero/argila. Para isso, foram realizadas snteses variando a concentrao dos ons surfactantes hexadeciltrimetilamnio (HDTMA<sup>+</sup>) e dodeciltrimetilamnio (DTMA<sup>+</sup>) em 0,7, 1,0 e 1,5 vezes o valor de CEC, com tempo de reao de 12 horas e variao de temperatura de 25 C e 80 C. A Mg-Bentonita in natura e ativada com carbonato de sdio foi utilizada como material de partida. Tanto o material de partida como as argilas organoflicas obtidas foram caracterizadas por DRX, DTA/TG e IV. As argilas que apresentaram melhores resultados de intercalao foram utilizadas nas propores de 1%, 3% e 10% para a sntese de nanocompsitos poli(metacrilato de metila) (PMMA)/argila. As anlises de DRX confirmaram a intercalao dos ons orgnicos no espao intercamada da Mg-esmectita com e sem ativao. Com os resultados de IV foi possvel observar que a razo de confrmeros gauche/trans diminui com o aumento do espaamento basal. Os resultados de DTA/TG confirmaram a estabilidade trmica das argilas organoflicas temperatura mxima de 200 C, o que possibilita a utilizao desse material em sntese de nanocompsitos polmero/argila obtidos por processo de fuso. A anlise de DRX confirmou a intercalao do PMMA no espao intercamada da Mg-esmectita em todos os nanocompsitos produzidos. Com as anlises de DSC foi possvel observar o aumento da temperatura de transio vtrea para todos os nanocompsitos, quando comparados com PMMA puro. Com isso, possvel concluir que a Mg-Bentonita pode ser intercalada com ons alquilamnio, sem a necessidade prvia de ativao sdica, formando argilas organoflicas, assim como sua utilizao em sntese de nanocompsitos. Essa possibilidade de utilizao da Mg-bentonita in natura pode representar uma importante diferena em termos de custos de processo, na comparao com as bentonitas clcicas existentes no Brasil, ou mesmo as importadas, que precisam ser ativadas durante o beneficiamento. Finalmente, acredita-se que a pesquisa deve avanar com a avaliao das propriedades mecnicas dos nanocompsitos produzidos neste trabalho, visando as diferentes possibilidades de aplicaes desses materiais.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O intervalo que compreende o final do Paleozoico e incio do Mesozoico foi marcado por mudanas globais paleogeogrficas e paleoclimticas, em parte atribudas a eventos catastrficos. A intensa continentalizao do supercontinente Pangeia, com a implantao de extensos desertos, sucedeu os ambientes costeiro-plataformais do incio do Permiano. Os registros desses eventos no norte do Brasil so encontrados nas bacias intracratnicas, particularmente na sucesso Permotrissica da Bacia do Parnaba. A anlise de fcies e estratigrfica de afloramentos desta sucesso permitiu a individualizao de 14 fcies sedimentares agrupadas em 4 associaes de fcies (AF): AF1 e AF2, relacionadas aos depsitos da Formao Motuca, e AF3 e AF4, representativas da base da Formao Sambaba. A AF1 - Lacustre raso/Mudflat consiste em pelitos vermelhos laminados com lentes de gipsita, calcita e marga, alm de lobos de arenitos sigmoidais. A AF2 - Saline pan constituda por corpos lenticulares de gipso laminado, gipso nodular e gipsarenito, sobrepostos por pelitos esverdeados com ndulos de dolomita e palygorskita. A AF3 - Lenol de areia e AF4 - Campo de dunas so formadas, respectivamente, por arenitos de colorao creme alaranjada com estratificao plano-paralela e estratificao cruzada de mdio a grande porte. Destaca-se o registro de intervalos deformados lateralmente contnuos por centenas de quilmetros na zona de contato entre as formaes Motuca e Sambaba. Nestes, ocorrem pelitos com camadas contorcidas e brechadas (Formao Motuca) e arenitos com falhas/microfalhas sinsedimentares, laminao convoluta e diques de injeo preenchidos por argilitos (Formao Sambaba), interpretados como sismitos induzidos por terremotos de alta magnitude (> 8 na escala Richter).

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Anlise faciolgica e estratigrfica realizada na regio de Filadlfia, TO, borda oeste da Bacia do Parnaba, permitiu redefinir o paleoambiente da parte superior da Formao Pedra de Fogo, de idade permiana. Os depsitos estudados constituem uma sucesso de aproximadamente 100 m de espessura, predominantemente siliciclstica, com carbonatos e evaporitos subordinados, onde foram definidas 21 fcies sedimentares agrupadas em seis associaes de fcies (AF): AF1) Lacustre com rios efmeros; AF2) Lago influenciado por ondas de tempestade; AF3) Sabkha continental; AF4) Lago central; AF5) Dunas elicas; e AF6) Lago/osis com inundito. Estas associaes indicam que durante o Permiano, um extenso sistema lacustre de clima rido, desenvolveu-se adjacente a campos de dunas elicas e sabkha continental, com contribuies de rios efmeros. Incurses fluviais nos lagos propiciavam a formao de lobos de suspenso e fluxos em lenol (AF1). Plancies de sabkha (AF3) formaram-se nas pores marginais do lago que, eventualmente eram influenciados por ondas de tempestades (AF2), enquanto zonas centrais eram stios de intensa deposio peltica (AF4). O baixo suprimento de areia elica neste sistema propiciou a formao de um campo de dunas restrito (AF5), com desenvolvimento de lagos de interdunas (osis), onde proliferavam ncleos de samambaias gigantes, inundados esporadicamente por rios efmeros (AF6). Os dados faciolgicos, corroborados pela paleogeografia da regio durante o Permiano Superior, indicam que a sedimentao da parte superior da Formao Pedra de Fogo ocorreu sob condies climticas quentes e ridas.