40 resultados para Macrófagos Teses


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A cromoblastomicose (CBM) uma doena fngica crnica que acomete a pele, caracterizada pelo desenvolvimento de leses polimrficas, que apresentam infiltrado inflamatrio granulomatoso na presena de clulas esclerticas, patognomnicas desta doena. Um dos objetivos deste estudo foi avaliar a induo de clulas esclerticas por meios naturais, com biomassas de Bactris gasipaes e de Theobroma grandiflorum, cujas respectivas espcies induziram in vitro clulas esclerticas similares quelas encontradas nos tecidos de leses humanas, em 10 e 2 dias, respectivamente, o que viabilizou a produo de um meio indutor em p, j disponibilizado a outros grupos que estudam a CBM. Outro objetivo foi avaliar a imunopatologia da CBM nos pacientes, antes e durante a utilizao de itraconazol (ITZ). Para isto, foi utilizada a tcnica de ELISA para as citocinas TNF-, IL-4 e IL-10 circulantes, e a imunohistoqumica de bipsias das leses em diferentes tempos de tratamento que permitiu analisar as alteraes quantitativas e qualitativas dos tipos celulares durante 12 meses do tratamento com ITZ na dose de 200 mg/dia com anticorpos anti-CD20, anti-CD8 e anti-CD68. Quanto as citocinas, a IL-10 circulante no mostrou nenhuma mudana significativa, enquanto IL-4 e TNF- apresentaram um aumento da titulao ao longo de 12 meses de tratamento. Em relao imunofenotipagem, houve uma diminuio significativa no processo inflamatrio e nos infiltrados celulares durante 3 e 6 meses do tratamento, enquanto que apenas aos 12 meses houve a regresso significativa do nmero de esclerticas. A Imunofenotipagem revelou que os macrófagos esto localizados principalmente nas reas centrais do granuloma, enquanto que as clulas TCD8+ esto na periferia e as clulas TCD20+ encontram-se homogeneamente distribudas, com um aumento significativo aps 6 meses do tratamento, retornando aos nveis iniciais aps um ano. Os macrófagos e linfcitos citotxicos so recrutados para o stio de infeco durante o tratamento, apresentando um aumento significativo aps 12 meses de tratamento com ITZ. Estes resultados demonstram que a formao do granuloma na CBM semelhante queles observados em outras doenas infecciosas granulomatosas, e que a presena de IL-4 e IL-10 podem estar relacionadas com a persistncia do fungo nas leses e com a dificuldade de cura observada nestes pacientes.

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Diversos estudos sugerem que a tetraciciclina semi-sinttica minociciclina e o transplante de clulas mononucleares da medula ssea (CMMOs) induzem neuroproteo em modelos experimentais de acidente vascular enceflico (AVENC). No entanto, poucos investigaram, comparativamente, os efeitos destas duas abordagens teraputicas aps AVENC induzido por microinjees de endotelina 1 (ET -1). Nesta dissertao, objetivou-se comparar os efeitos do bloqueio microglial com minociclina com os obtidos pelo transplante intraestriatal de CMMOs na fase aguda aps acidente vascular enceflico experimental, sobre a rea de leso, neuroproteo, apoptose de recuperao funcional. Ratos machos adultos, da raa Wistar, pesando entre 250 e 350g, foram distribudos em quatro grupos experimentais: controle (chamado de Salina) - isqumico tratado com salina (N=4), isqumico tratado com minociclina (N=4), isqumico tratado com CMMOs (N=3) e doador de CMMOs (N=2). Testes comportamentais foram realizados em 1, 3 e 7 dias ps-isquemia para avaliar a recuperao funcional entre os grupos. Animais tratados com minociclina receberam 2 doses dirias de 50mg/kg nos 2 primeiros dias, e 5 aplicaes nicas de 25mg/kg (i.p) nos dias subsequentes at o sexto dia aps a induo isqumica. 1x106 de CMMOs foram obtidas de ratos da mesma linhagem e transplantadas diretamente no estriato, 24h aps a leso isqumica. Todos os animais foram perfundidos 7 dias aps a induo isqumica. Seces coronais foram coradas por violeta de cresila para anlise histopatolgica geral, e por imunohistoqumica para a identificao de corpos neuronais (neuN), microglia/macrófagos ativados (ED1) e clulas apoptticas (Caspase-3). A anlise histopatolgica geral mostrou grande palor, perda tecidual e intensa ativao microglial/ macrofgica no estriato de animais tratados com soluo salina estril. O tratamento com CMMO foi mais eficaz do que a minociclina (P<0,05, ANOVA-Tukey) na reduo do nmero de microglia/macrófagos ativados (salina 276,3 9,3); CMMOs 133,8 6,8) e minociclina 244,6 7,1). CMMOs e minociclina reduziram a rea de leso, em 67,75% e 69,1%, respectivamente. Os dois tratamentos promoveram o mesmo nvel de preservao neuronal (p< 0,05) em relao ao controle, 61,3 1,5); 86,8 3,4) e 81 3,4). As CMMOs reduziram de forma mais eficaz (p<0,01) o nmero de clulas apoptticas em relao minociclina e grupo controle (26,5 1,6); 13,1 0,7) e 19,7 1,1). Ambas as abordagens teraputicas promoveram recuperao funcional dos animais isqumicos. Os resultados sugerem que o tratamento com CMMOs mais eficaz na modulao da resposta microglial e na diminuio da apoptose do que o tratamento com minociclina, apesar de ambos serem igualmente eficazes para induo da neuroproteo. Estudos futuros devem investigar se o tratamento com minociclina associado ao transplante de CMMOs produzem efeitos sinrgicos, o que poderia amplificar os nveis de neuroproteo observados.

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O acidente vascular enceflico (AVE) pode ocorrer em qual regio do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo o crtex cerebral uma das regies mais frequentemente afetadas por essa desordem neural aguda, embora inexistam investigaes que tenham comparado o padro lesivo em diferentes regies corticais aps isquemia focal de mesma intensidade. O objetivo desta investigao foi avaliar o padro degenerativo de diferentes reas corticais aps leso isqumica focal. Para isso, induziu-se isquemia focal por microinjees estereotxicas de endotelina-1 (ET-1) nos crtices somestsico, motor e de associao de ratos adultos (N=45). Nos animais controle injetou-se o mesmo volume de soluo salina estril (N=27). Os animais foram perfundidos 1, 3, e 7 dias aps o evento isqumico. O encfalo foi removido, ps-fixado, crioprotegido e seccionado em criostato. A histopatologia geral foi avaliada em seces de 50 coradas pela violeta de cresila. Seces de 20m foram submetidas imunoistoqumica para marcao de astrcitos (anti-GFAP), micrglia/macrófagos ativados (anti-ED1) e microglia em geral (anti-Iba1). Avaliou-se os padres lesivos qualitativamente (por inspeo em microscpio ptico) e quantitativamente (pela contagem do nmero de clulas nos lados ipsi e contralateral leso), pela estatstica descritiva e comparaes intra e intergrupos com anlise de varincia com correo a posteriori de Tukey. Os animais isqumicos apresentaram conspcua perda tecidual, ativao microglial e astrocitose entre 3 e 7 dias aps a induo isqumica, o que no foi observado nos animais controle. A perda tecidual e a ativao de clulas gliais foram mais intensas no crtex somestsico, depois no crtex motor, com intensidade reduzida na rea de associao, o que foi confirmado por anlise quantitativa. Os resultados sugerem que uma leso isqumica de mesma intensidade induz um padro diferencial de perda tecidual e neuroinflamao, dependendo da rea cortical, e que as reas sensoriais primrias e motoras so mais susceptveis ao processo isqumico do que reas de associao.

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O Acidente vascular enceflico (AVE) considerado uma das mais importantes causas de morte e perda funcional no mundo. Poucas condies neurolgicas so to complexas e devastadoras, provocando dficits neurolgicos incapacitantes ou bito nos sobreviventes. As regies corticais so comumente afetadas por AVE, o que resulta em perda sensorial e motora. O estabelecimento dos padres neuropatolgicos em regies corticais, incluindo a rea somestsica, fundamental para a investigao de possveis intervenes teraputicas. No presente estudo, investigamos os padres de perda neuronal, microgliose, astrocitose, neurognese e os dficits funcionais no crtex somestsico primrio de ratos adultos, submetidos leses isqumicas focais, induzidas por microinjees de 40p Moles de endotelina-1 (ET-1). Foram utilizados 30 ratos (Rattus Norvegicus) da linhagem Wistar, adultos jovens, pesando entre 250-280g. Os animais foram divididos em grupos isqumicos (N= 21) e controle (N=9). Os mesmos foram perfundidos nos tempos de sobrevida de 1, 3 e 7 dias. Os animais do grupo de 7 dias foram submetidos testes comportamentais para avaliar a perda de funo sensrio-motora. Seces foram coradas pela violeta de cresila, citocromo oxidase e imunomarcadas para identificao neurnios (anti-NeuN), microglia ativada e no ativada (Iba-1), macrófagos/microglia ativados (ED-1), astrcitos (GFAP) e neuroblastos (DCX). As comparaes estatsticas entre os grupos foram feitas por anlise de varincia (ANOVA), um critrio com correo a posteriore de Tukey. Os animais isqumicos apresentaram dficits sensrio-motores revelados pela Escala Neurolgica de Bederson, Teste de Colocao da Pata Anterior e Teste do Canto. Microinjees de ET-1 induziram leso isqumica focal na rea somestsica primria com perda neuronal, astrocitose e microgliose progressivas principalmente nos tempos mais tardios. A colorao para citocromo oxidase revelou o campo de barris, mas, inesperadamente, marcou uma populao de clulas inflamatrias com caractersticas de macrófagos na regio isqumica. Houve aumento do nmero de neuroblastos, principalmente ao stimo dia, na zona subventricular do hemisfrio isqumico, em relao ao hemisfrio contralateral e animais controle. No houve migrao significativa de neuroblastos no crtex somestsico isqumico. Os resultados mostram que microinjees de ET-1 so um mtodo eficaz para induo de perda tecidual e dficits sensoriais no crtex somestsico primrio de ratos adultos. Tambm se evidencia que a zona subventricular influenciada por eventos isqumicos distantes e que populaes macrofgicas parecem aumentar o padro de expresso de citocromo oxidase. O referido modelo experimental pode ser utilizado em estudos futuros onde agentes neuroprotetores em potencial podem ser utilizados para minimizar as alteraes neuropatolgicas descritas.

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A resposta inflamatria pode exacerbar o processo lesivo aps desordens neurais agudas. O dimorfismo sexual gerado pelas diferentes presenas hormonais existentes entre macho e fmea tm demonstrado habilidades neuroprotetoras endgenas opostas, apresentando uma melhor preservao da integridade do tecido nervoso na fmea, putativamente, devido presena dos hormnios gingenos. No existem investigaes comparando como essa diferena pode afetar a resposta inflamatria durante o AVE. No presente estudo, investigaram-se as diferenas nos processos inflamatrios agudos do dimorfismo sexual de ratos adultos, de ambos os sexos, submetidos leso isqumica aguda induzida por Endotelina (ET1) no corpo estriado. Seis grupos experimentais foram delineados: Animais machos de 24 horas de sobrevida (n= 8); machos de 72 horas de sobrevida de (n=8); machos de 7 dias de sobrevida (n=8); e fmeas de 24 horas de sobrevida (n= 8); fmeas de 72 horas de sobrevida de(n=8); fmeas de 7 dias de sobrevida. A anlise histopatolgica geral foi realizada em seces coradas pela violeta de cresila. Macrófagos, astrcitos e neurnios foram identificados por imuno-histoqumica com anticorpos especficos para estas clulas inflamatrias (ED1, anti-GFAP e Anti-NeuN, respectivamente). Realizou-se contagem de micrglia/macrófagos ativados e corpos neuronais nos grupos experimentais mencionados. No se notou diferena quantitativa entre os diferentes sexos, contudo houve uma aparente queda na quantidade de macrófagos/micrglia em 3 dias, tanto para os machos quanto para as fmeas, apresentando alguma diferena na ativao astrocitria mais forte em machos. Os resultados sugerem que as diferenas sexuais na linhagem Lister Hooded, no so suficientes para causar diferenas significativas na preservao do tecido nervoso e em alguns aspectos da resposta inflamatria aps a induo de isquemia cerebral por meio de ET1.

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Este trabalho investiga as alteraes neuropatolgicas e do comportamento em tarefas hipocampo-dependentes induzidas pela encefalite experimental aguda associada ao vrus Piry. Trs janelas temporais (3, 7 e 10 dias aps a inoculao) foram avaliadas e dois ambientes testados de forma a avaliar se o enriquecimento ambiental influencia as alteraes associadas infeco. Camundongos fmeas de dois meses de idade foram mantidos em ambientes empobrecido (IE) ou enriquecido (EE) durante seis meses e foram testados para as atividades de burrowing, de campo aberto e de discriminao olfatria. Aps esse perodo os animais foram inoculados por via intranasal com 5l de homogenado de crebro normal (NBH) ou homogenado de crebro infectado pelo vrus Piry (PY) e ento reorganizados nos seguintes grupos: IENBH, IEPY, EENBH e EEPY, com sete animais cada. Trs, sete e dez dias aps a inoculao (dpi), os animais de cada janela temporal foram perfundidos com fixador aldedico. Os encfalos foram removidos, seccionados e as seces foram processadas para imunohistoqumica para anti-Piry e para anti-Iba-1 para marcao dos antgenos virais e de macrófagos/micrglias, respectivamente. Quantificaes estereolgicas foram feitas em cada camada celular de CA3 usando o mtodo do fracionador ptico. Estimativas do fracionador ptico mostraram que no houve alterao da estimativa do nmero total de micrglias em CA3 nos grupos analisados, indicando que a infeco no alterou o nmero de clulas, mas a morfologia das micrglias, que se mostraram mais ativadas no grupo IEPY do que no grupo EEPY. Os resultados revelaram a presena de antgenos virais no bulbo olfatrio, crtex piriforme, estriado e fimbria, ao longo da via olfatria. A atividade de burrowing no grupo IEPY diminuiu na primeira janela temporal e permaneceu baixa at a ltima janela, enquanto que no grupo EEPY no houve alterao neste teste. Na atividade de campo aberto, o grupo IEPY aumentou o tempo imvel j na primeira janela e continuou aumentando at a ltima; reduziu o nmero de linhas cruzadas na segunda janela e permaneceu reduzido na ltima; e diminuiu o tempo na zona central na segunda e ltima janela. J o grupo EEPY, aumentou o tempo imvel e reduziu o nmero de linhas cruzadas na segunda janela. No teste de discriminao olfatria, o principal grupo afetado foi o grupo IEPY, que no discriminou os dois odores na ltima janela, enquanto que o grupo EEPY no teve alterao na discriminao.

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O artigo discute os desafios colocados s teorias sociais modernas gerados pela crise nas teorias do planejamento do desenvolvimento, diante da conformao de uma sociedade de risco _ individual, social e ambiental. Neste sentido as teses formuladas no mbito das teorias desenvolvimentistas, que prometiam realizar a felicidade da humanidade, transformaram-se em um projeto normativo e terico de modernizao-racionalizao, pela via da certeza de seus resultados atravs do planejamento. No entanto, contrariamente a esta perspectiva concebida no seio da filosofia iluminista, acaba por constituir a idia de progresso paralelamente a uma situao iminente de riscos sociais, que ento, contra-argumenta as teorias sociais modernas e sua perspectiva de anlise globalizante.

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Este estudo busca contribuir para o estado do conhecimento da veiculao da violncia escolar na mdia impressa e dos sentidos que lhe so atribudos. O levantamento bibliogrfico de trabalhos tais como teses e dissertaes, artigos e publicaes em peridicos e eventos, obtidos em bases de dados diversas, permitiu perceber, sobretudo, a negligncia do campo da educao na produo de conhecimento a respeito do tema em questo, dada a carncia de investigaes, o que, do contrrio, possibilitaria uma melhor compreenso do tipo de influncia que a mdia exerce sobre a sociedade e a comunidade escolar, ao propor sua percepo do fenmeno da violncia e deste em relao escola.

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Tem sido proposto que o envelhecimento est associado alterao inflamatria no sistema nervoso central de roedores, mas no se sabe se as mudanas microgliais induzidas pelo envelhecimento so afetadas pelo ambiente ps-natal associado ao tamanho da ninhada. Por outro lado a camada molecular do giro denteado tem sido reconhecida como o alvo principal do input da via perfurante cuja integridade sinptica essencial para formao de memria da identidade e da localizao espacial de objetos. No presente trabalho investigamos se as mudanas morfolgicas microgliais induzidas pelo envelhecimento so influenciadas por mudanas no tamanho da ninhada no incio da vida. Para avaliar essas questes, ratos da variedade Wistar amamentados em ninhadas de 6 ou 12 filhotes por nutriz foram mantidos sedentrios em grupos de 2-3 do 21o dia ps-natal em diante. Aos 4 (adulto) ou aos 23 (velho) meses de idade, os animais foram submetidos a testes de memria espacial e de reconhecimento da forma de objetos, sacrificados, perfundidos com fixador aldedico e tiveram seus crebros processados para imunomarcao seletiva para microglias/macrófagos com anticorpo anti Iba-1. A seguir uma frao representativa das clulas imunomarcadas da camada molecular do giro denteado foi reconstruda em trs dimenses usando o programa Neurolucida e as caractersticas morfolgicas de cada clula foram quantificadas com o software Neuroexplorer. Foi encontrado que os animais mantidos em gaiolas padro de laboratrio durante toda a vida apresentaram dficits de memria espacial independente da idade e no importando o tamanho da ninhada. Por outro lado todos os indivduos idosos no importando o tamanho da ninhada tiveram sua memria de reconhecimento de objeto prejudicada. A anlise da morfologia microglial revelou que a rea e o permetro do corpo celular e o volume dos ramos parecem ser afetados mais intensamente pelo envelhecimento e que essa alterao mais acentuada nos animais de ninhada grande. Alm disso, observou-se retrao e espessamento dos ramos nos animais velhos em maior proporo nos animais de ninhadas grandes. Tomados em conjunto os resultados sugerem que a memria espacial parece ser mais suscetvel ao processo de envelhecimento do que a memria de reconhecimento de objeto e que essas mudanas esto associadas a efeitos distintos sobre o soma e o padro de ramificao das microglias da camada molecular dos animais maduros e idosos.

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A cromoblastomicose e uma infeccao subcutanea cronica, granulomatosa, causada pela implantacao traumatica de diversas especies de fungos demaceos, sendo Fonsecaea pedrosoi o principal agente etiologico. O Brasil possui a segunda maior prevalencia mundial da doenca, sendo o estado do Para a maior area endemica. Histologicamente, a cromomicose e caracterizada pela presenca de celulas gigantes, onde podem ser observadas celulas escleroticas fagocitadas por macrofagos. O objetivo do presente estudo foi analisar os diferentes aspectos da interacao de macrofagos peritoneais de camundongos BALB/c e C57/BL6 com conidios ou celulas escleroticas de F. pedrosoi, determinando os indices de infeccao, fagocitose e fusao celular. Os resultados mostraram indices de fagocitose e infeccao maiores em conidios do que em celulas escleroticas para BALB/c (p<0.05), ocorrendo efeito inverso no indice de fusao, com a formacao de celulas gigantes do tipo Langhans na interacao com celulas escleroticas e celulas gigantes do tipo corpo estranho na interacao com conidios. Os macrofagos de BALB/c em interacao com conidios produziram mais TNF- que o controle nos tempos de 3 a 72h; e mais IL-10 apos 3h. Macrofagos interagindo com celulas escleroticas produziram mais TNF- que o controle nos tempos de 1h e 3h; e a quantidade de IL- 10 foi maior apos 72h de interacao. No co-cultivo de macrofagos de C57/BL6 com conidios observou-se a presenca de vacuolos aumentados apos 24h, enquanto na interacao com celulas escleroticas, os macrofagos se desprenderam da laminula nos tempos posteriores a 24 h. A quantidade de TNF- e maior na interacao de conidios comparado ao controle em 1 e 72 h; e a quantidade de IL-10, no tempo de 48h. Ja na interacao com celulas escleroticas, apenas a quantidade de IL-10 diferiu do controle, sendo maior nos tempos de 1 a 48h. Estes dados sugerem que a resposta e macrofagos ao fungo e diferente entre os camundongos de BALB/c e C57/BL6, diferindo tambem a resposta de um mesmo tipo de macrofago para cada forma fungica, sendo as celulas escleroticas aparentemente mais imunogenicas que os conidios.

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Doena de Jorge Lobo (DJL) ou lacaziose infeco crnica granulomatosa da pele e tecido subcutneo causada pelo fungo Lacazia loboi. As leses cutneas em geral so polimorfas, sendo mais comum o tipo nodular de aspecto queloidiano envolvendo principalmente pavilho auricular e membros. O exame histopatolgico constitui o padro ouro para o diagnstico. So escassos os estudos sobre correlao clinicopatolgica nesta doena. O presente trabalho apresenta como objetivo estudar casos diagnosticados como DJL pelo laboratrio de dermatopatologia do Servio de Dermatologia da Universidade Federal do Par, no perodo de 1967 a 2009. Foi realizada a reviso dos pronturios mdicos e estudadas as caractersticas demogrficas, histolgicas, clnicas e localizao das leses. 59 bipsias de 45 pacientes foram avaliadas. A amostra foi composta de 37 homens e oito mulheres, com mdia de idade de 50 anos. A maioria dos pacientes era lavrador (55%), dos quais 93% eram do sexo masculino. O aspecto queloidiano correspondeu a 59% das leses. Com menor freqncia foram observadas leses verruciformes (8%), placa (3%), gomosa (1%) e leso macular hipercrmica (1%). A maioria das leses estava localizada nos membros inferiores (56%). Histopatologicamente, a camada crnea encontrava-se hiperceratsica em 71% das bipsias, com paraceratose em 37% e ortoceratose em 50%. A eliminao transepidrmica (ETE) do parasitas foi observada em 36% dos casos e nestes, a hiperceratose estava presente em 95% (p = 0,0121) e a paraceratose em 90% (p< 0,0001). A epiderme apresentava aspecto hiperplsico em 58%, atrfica em 29%, normal em 12% e ulcerada em 8%. Nos casos em que houve ETE a epiderme apresentava-se hiperplsica em 86% (p = 0,0054). Observou-se presena de parasitas na epiderme em 30%, das quais 89% apresentavam ETE associada (p< 0,0001). No houve relao estatisticamente significante entre a ocorrncia de ETE e o aspecto clnico da leso (p = 0,4231). Linfcitos, macrófagos e clulas gigantes do tipo corpo estranho foram as clulas predominantes do infiltrado (100% dos casos). Plasmcitos foram observados em 35%, neutrfilos em 15% e eosinfilos em 11% dos casos. Houve relao estatisticamente significante entre a ocorrncia de ETE e presena de neutrfilos no infiltrado (p = 0,0016). Em 10% esteve presente reao exsudativa e 11% reas de necrose isoladas. Clulas gigantes do tipo Langhans foram observadas em 59% das bipsias, corpos asterides em 5%, clulas pseudo-Gaucher em 69% e fibrose em 96%. O infiltrado se estendia derme reticular em todos os casos e para a derme profunda em 88% (52/59). Em 10% (6/59) dos casos houve disseminao do infiltrado para a gordura subcutnea, com encontro do parasita em um caso. Quanto distribuio por idade, sexo e profisso dos pacientes, os dados foram superponveis aos da literatura. A anlise dos resultados, portanto, permitiu avaliar o perfil epidemiolgico, clnico e histopatolgico da doena, que diferiram, em alguns aspectos, dos achados classicamente descritos na literatura, especialmente em relao s caractersticas da epiderme, infiltrado inflamatrio e localizao das leses.

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Este estudo examinou a susceptibilidade do macrfago peritoneal (PM) dos primatas neotropicais: Callithrix jacchus, Callithrix penicillata, Saimiri sciureus, Aotus azarae infulatus e Callimico goeldii para a infeco ex vivo por Leishmania (L.) infantum chagasi, o agente etiolgico da leishmaniose visceral americana (LVA), como mtodo de triagem para avaliar o potencial desses primatas como modelo de estudo da LVA. A susceptibilidade do PM para a infeco foi investigada atravs do ndice de infeco do PM (PMI) a intervalos de 24, 72 horas e, ainda, pela mdia dessas taxas (FPMI), assim como, pelas respostas do TNF-, IL-2 (ELISA de captura) e xido ntrico (NO) (mtodo de Griess). s 24hs da infeco experimental, o PMI do primata A. azarae infulatus (128) foi maior que aqueles de C. penicillata (83), C. goeldii (78), S. sciureus (77) e C. jacchus (55). s 72hs, houve uma reduo significativa do PMI de quatro primatas: A. azarae infulatus (128/37), C. penicillata (83/38), S. sciureus (77/38) e C. jacchus (55/12), com exceo de C. goeldii (78/54). O FPMI dos primatas A. azarae infulatus (82.5) e C. goeldii (66) foi maior que do primata C. jacchus (33.5), porm, no foi maior que dos primatas C. penicillata (60.5) e S. sciureus (57.5). A resposta do TNF- foi mais regular nos quatro primatas que reduziram o PMI no intervalo de 24-72hs: C. jacchus (145/122 pg/L), C. penicillata (154/130 pg/L), S. sciureus (164/104 pg/L) e A. azarae infulatus (154/104 pg/L), com exceo de C. goeldii (38/83 pg/L). A resposta de IL-12 foi, principalmente, marcante nos primatas A. azarae infulatus e C. goeldii, os quais apresentaram as maiores taxas do FPMI, e a resposta do NO foi maior no primata C. goeldii, em especial no intervalo de 72hs. Estes achados sugerem, fortemente, que estes primatas neotropicais parecem ter desenvolvido mecanismos resistentes de resposta imune inata capaz de controlar o crescimento intracelular da infeco por L. (L.) i. chagasi no macrfago, o que no encoraja o uso destes primatas como modelo de estudo da LVA.

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A leishmaniose visceral canina (LVC) reconhecida pelas caractersticas clnicas da doena e altamente letal. A infeco, entretanto, pode ser totalmente assintomtica em alguns ces soropositivos, o que tem levantado questo polmica sobre a possibilidade desses animais, serem ou no uma fonte importante da infeco para o flebotomneo, Lutzomyia longipalpis, o principal vetor da leishmaniose visceral americana (LVA). Neste estudo foram examinados 51 ces com LVC aguda, provenientes de rea endmica de LVA no Estado do Par, Brasil, e a carga parasitria, formas amastigotas de, na pele, linfonodo poplteo e vsceras (fgado e bao) foi comparada com a de nove ces assintomticos soropositivos (IFAT-IgG). Fragmentos de bipsia desses tecidos obtidos post-mortem foram processados para anlise atravs de imunohistoqumica, usando um anticorpo policlonal contra Leishmania sp. Os testes do Qui-quadrado (X<sup>2</sup>) e Mann Whitney foram usados para avaliar as mdias da densidade de macrófagos infectados (p < 0,05). Os resultados mostraram que no houve diferena (p > 0,05) na densidade de macrófagos infectados da pele (10,7/mm<sup>2</sup> x 15,5/mm<sup>2</sup>) e do linfonodo (6,3/mm<sup>2</sup> x 8,3/mm<sup>2</sup>) entre ces assintomticos e sintomticos. Entretanto, a densidade de macrófagos infectados da vscera de ces sintomticos (5,3/mm<sup>2</sup>) foi maior (p < 0,05) que a de ces assintomticos (1,4/mm<sup>2</sup>). Estes resultados sugerem, fortemente, que ces naturalmente infectados por L. (L.) i. chagasi, assintomticos ou sintomticos, podem servir como fonte de infeco, principalmente, considerando-se que a densidade de macrófagos infectados da pele (10,7/mm<sup>2</sup> x 15,5/mm<sup>2</sup>), local onde o flebotomneo vetor Lu. longipalpis realiza a hematofagia, foi maior (p < 0,05) que as do linfonodo (6,3/mm<sup>2</sup> x 8.3/mm<sup>2</sup>) e vsceras (1,4/mm2x 5,3/mm2).

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Ipomoea carnea subsp. fistulosa uma planta que contm swainsonina causando doena de depsito lisossomal em ruminantes, principalmente em caprinos na regio Nordeste do Brasil. Para o estudo das plantas txicas da Ilha de Maraj, foram visitadas sete propriedades rurais na Ilha de Maraj, seis localizadas no municpio de Cachoeira do Arari e uma no municpio de Soure. Em todas as propriedades visitadas as pastagens eram constitudas de campo nativo, tinham pouca disponibilidade de forragem e I. carnea subsp. fistulosa encontrava-se em grande quantidade. Nas trs propriedades onde eram criados caprinos foram observados animais com sinais nervosos, incluindo tremores de inteno, aumento da base de sustentao quando em estao, ataxia, hipermetria, nistagmo, paresia espstica ou debilidade, alteraes posturais, perda de equilbrio e quedas. Em duas fazendas a prevalncia foi de 32% (23/71) e 100% (32/32) e em outra havia um animal com sinais acentuados e o resto do rebanho, de 19 caprinos, no foi examinado clinicamente. Bovinos, ovinos e bubalinos no foram afetados. Foram eutanasiados e necropsiados seis caprinos que apresentavam sinais clnicos acentuados. Macroscopicamente no foram observadas alteraes. Na histologia observou-se vacuolizao do pericrio de neurnios e do citoplasma de clulas epiteliais da tireide, rim, fgado, pncreas e macrófagos de diversos rgos. No sistema nervoso central a vacuolizao era mais grave nos neurnios de Purkinje do cerebelo e nos neurnios dos ncleos cerebelares e do tronco enceflico. Observaram-se tambm degenerao walleriana dos axnios e gliose. A alta freqncia da intoxicao nas trs fazendas que criavam caprinos sugere que a intoxicao por I. carnea subsp. fistulosa muito importante para caprinos na Ilha de Maraj, onde h abundante quantidade da planta, que permanece verde durante todo o perodo seco.

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A Leishmaniose uma doena infecciosa causada por vrias espcies de parasitas do gnero Leishmania. A quimioterapia o nico tratamento efetivo para a doena, mas essas drogas so, em geral, txicas e requer um longo perodo de tratamento. Produtos naturais provenientes de plantas oferecem novas perspectivas e representam uma importante fonte de novos agentes leishmanicidas. Assim, de grande importncia avaliar os efeitos do extrato aquoso da raiz de Physalis angulata, planta amplamente utilizada pela medicina popular, em formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e sua ao sobre a clula hospedeira. As fisalinas D, E, F e G foram demonstradas pela primeira vez na raiz de P. angulata pela anlise cromatogrfica. Uma atividade antiproliferativa e uma inibio dose dependente de promastigotas 74,1% e 99,8 % (IC50 35,5 g/mL) e amastigotas 70,6% e 70,9% (IC50 32.0 g/mL) foram observadas quando os parasitas foram tratados com 50 e 100 g/mL do extrato, respectivamente. A anlise da atividade microbicida da clula hospedeira infectada com L. amazonensis mostrou que extrato foi capaz de reverter o efeito causado pelo parasito de inibir a produo de espcies reativas de oxignio. O tratamento com o extrato tambm induziu alteraes morfolgicas importantes em formas promastigotas avaliadas por microscopia ptica, microscopia eletrnica de transmisso e varredura. Foram observadas alteraes na morfologia, na diviso celular, principalmente na fase de citocinese, na membrana flagelar, na bolsa flagelar e alteraes em organelas importantes, como o cinetoplasto, onde ocorreu duplicao irregular e alterao do seu tamanho. J por citometria de fluxo foi possvel confirmar que o tratamento induziu uma exposio de fosfatidilserina e diminuio no volume celular de promastigotas tratadas. Com relao clula hospedeira, o extrato promoveu alteraes no citoesqueleto, o aumento nmero de projees citoplasmticas, do volume celular e de vacolos e da habilidade de espraiamento sem causar efeito citotxico ou alterao ultraestrutural em macrófagos tratados com o extrato. Assim, estes resultados demonstram que o extrato aquoso da raiz de P. angulata foi eficaz na ativao da clula hospedeira e na inibio do crescimento do protozorio, o que representa uma fonte alternativa e promissora de agente leishmanicida.