40 resultados para Ensino fundamental Financiamento
Resumo:
Expe uma prtica de pesquisa-ao realizada em uma sala de aula de lngua portuguesa durante o ano de 2003. Ele traz tona produes textuais, geradas neste contexto, que nos servem para discutir mecanismos de escrita utilizados pelos sujeitos da pesquisa (alunos de 5a srie do ensino fundamental) em seus textos. Partimos do pressuposto bakhtiniano da compreenso responsiva ativa de que os educandos diante de uma atividade de produo textual escolar no so passivos e, em funo disso, respondem atividade utilizando a escrita para manifestarem os discursos constitudos em suas comunidades. Dado os problemas predominantes nas produes escritas escolares, desenvolveu-se um trabalho que pretendia valorizar prticas sociais de contar lendas presentes no repertrio cultural dos alunos que, na maioria das vezes, so bastante preteridas pela instituio escolar. Assim, pde-se gerar um corpus composto por lendas re-escritas pelos alunos que trazem espao para discutirmos questes pertinentes ao ensino de lngua portuguesa na escola, tais como retextualizao e intertextualidade, que perpassam, consciente ou inconscientemente, a produo escrita em sala de aula.
Resumo:
A pesquisa aqui apresentada situa-se na linha da formao de professores em relao prtica pedaggica voltada Educao Ambiental com olhar da transversalidade dos mltiplos saberes que envolvem essa temtica. Adoto pesquisa qualitativa, uma vez que tenho a interpretao da comunicao dos sujeitos como principal processo para compreender os modos e as razes de sua prtica docente em Educao Ambienta! Tenho como objetivo central: 'identificar modalidades de prticas educativas de educao ambiental na educao infantil e no ensino fundamental a partir das percepes dos professores sobre elas'. Com intuito de responder a pergunta norteadora da pesquisa que : Que modalidades de prticas de Educao Ambiental integram a prtica docente de professores da Educao Infantil e do Ensino Fundamental e como so por eles justificadas? Fao isso, utilizando as falas (manifestadas em respostas a questionrio) de cento e quinze professores atuantes na educao infantil e no ensino fundamental, em situao de formao continuada que cursaram o mdulo "Fundamentos da Educao Ambiental" do Projeto Piloto do Programa EDUCIMAT- Rede Nacional de Formao Continuada de Professores de Educao Bsica-, no ano de 2005. O referido mdulo foi ministrado em dois momentos, com durao de seis dias cada, desse modo, alm do questionrio utilizei tambm dirios de campo, a fim de obter registros descritivos e analticos como subsdios para melhor entender as respostas verbalizadas no questionrio pelos professores investigados. Organizo as modalidades identificadas nas prticas em educao ambiental dos professores investigados em quatro categorias (Pedagogia Dialgica, Pedagogia Normativa Ecopedagogia e Cidadania,) buscando recorrncias e singularidades entre os professores investigados com construes e desconstrues de percepes e saberes, em dilogo permanente com a literatura. Seguindo o paradigma da transversalidade ressalto, nesta pesquisa, o olhar multifacetrio da formao do educador ambiental com o propsito de contribuir para que outros professores reforcem seu papel como agentes de transformao social e tomem iniciativas de desenvolver saltos qualitativos que permitam a incluso, o desenvolvimento e a efetivao da educao ambiental de forma transversal e interdisciplinar em prol da melhoria da qualidade de vida do nosso planeta.
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Esta pesquisa tem como objetivo compreender os dizeres e as produes escritas no processo de interpretao das regras matemticas pelos alunos na resoluo de problemas individuais e em dades. Valorizando o dilogo, como fonte de proporcionar a comunicao entre os alunos e o texto. A comunicao exerce um importante papel na construo do conhecimento matemtico, pois por meio do jogo de linguagem, - teoria fundamentada por Ludwig Wittgenstein - que os sentidos so atribudos pelos alunos. Nesta direo, as regras matemticas evidenciam diferentes formas de vida no seu uso, associadas s diferentes experincias vivenciadas pelo aluno na leitura e na escrita. A comunicao surge, para que os alunos estabeleam os direcionamentos nas atividades de leitura e escrita nos problemas matemticos, como tambm na aplicao da regra matemtica. Nesta pesquisa participaram 8 alunos de 5 srie de uma escola pblica de Belm, onde executaram, individualmente e em dades, tarefas de resoluo de problemas de diviso de nmeros naturais. As respostas, dada pelos alunos nos encontros individuais e em dades, foram filmadas, e posteriormente analisadas. Com base na anlise dos dados, observei: (a) a lgica do aluno nem sempre est em conformidade com a regra matemtica; (b) a importncia da leitura do enunciado do problema destacada, pois os alunos se projetam nas possibilidades de interpretao das regras matemticas, e podem re-significar suas aes; (c) a importncia da comunicao na interpretao da regra matemtica, mediante a negociao de significados, podendo ainda, esclarecer por meio da fala, as aes dos alunos de como as regras esto sendo aplicadas. Neste sentido, a comunicao tem sido princpio bsico para se evitar mal-entendidos no processo de construo de conceitos matemticos, como tambm estabelece condies favorveis para a produo textual.
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Este estudo apresenta os dados de uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Par - UFPA, no ano de 2009, em uma turma do Curso de Especializao em Educao em Cincias e Matemticas para as Sries Iniciais. Durante o perodo em que se estudou o tema fraes, nesse curso de formao continuada, foram investigados os conhecimentos e dificuldades que emergem no fazer ensinar-aprender das professoras que ensinam matemtica nos anos iniciais do ensino fundamental. A fundamentao terica usada para dar suporte a este estudo est apoiada em trabalhos dos autores: Brousseau (2009, 2008, 1996), DAmore (2007), Pais (2006, 2005), Almouloud (2007), Igliori (2008), Bittencourt (1998). A pesquisa qualitativa na modalidade descritiva. De uma turma composta de 29 (vinte e nove) professoras que frequentavam o curso de formao, 5 (cinco) foram selecionadas, dentre as que possuam maior tempo de experincia em sala de aula, para serem os sujeitos investigados na pesquisa. Outras 10 (dez) professoras esto citadas, por terem dado valiosas contribuies para fundamentar as anlises. Os instrumentos de investigao usados foram o caderno de campo, questionrio, teste e registro produzido pelas professoras pesquisadas. Estes dados foram organizados e apresentados em forma de episdios. Os resultados apontam conhecimentos e dificuldades no fazer ensinar-aprender das professoras em relao ao tema fraes. Algumas dificuldades identificadas: 1) fazer comparaes entre fraes; 2) fazer a representao esquemtica de fraes. O conhecimento identificado: 1) a construo de equao linear como resultado da leitura e interpretao de problemas com aplicao de fraes; 2) a resoluo algbrica de problemas envolvendo fraes. Entretanto, essas professoras, conscientes de possurem tais dificuldades, mostraram-se motivadas a super-las. Essa motivao ficou evidenciada pelo comprometimento que apresentaram ao desenvolver as tarefas que foram propostas no referido curso.
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Este estudo apresenta a partir do ponto de vista dos gestores da educao estadual, como a poltica de municipalizao do ensino fundamental se (re) configurou no Par no perodo de 1996 a 2010. Tem como objetivos analisar como ocorreu ao longo dos Governos estaduais, o processo de (re) formulao; identificar quais foram os discursos orientadores utilizados na tomada de deciso dessa poltica e apresenta as repercusses mais significativas da poltica de municipalizao para a melhoria da qualidade do ensino fundamental no Par. O estudo utilizou a anlise de documentos e entrevistas semi-estruturadas com os gestores dos Governos estaduais que trabalharam na Secretaria de Estado de Educao do Par. O estudo concluiu que a poltica de municipalizao se configurou de diversas formas ao longo dos Governos do PSDB e do PT. No Governo do PSDB essa poltica se configura como condio imprescindvel para que a gesto da educao pblica alcance a qualidade desejada. No Governo do PT houve diversos tentativas de se reformular essa poltica, por meio de seminrios e fruns, porm a falta de clareza do Governo estadual sobre o que se desejava com essa poltica e a mudana de cinco Secretrios de Educao acarretou o surgimento de vrios discursos diferentes sobre essa poltica bem como a descontinuidade dos encaminhamentos que foram apresentados pelos respectivos Secretrios.
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A presente pesquisa elegeu como objeto de anlise a participao das escolas pblicas de ensino fundamental localizadas na cidade de Breves-PA na rede de enfrentamento da explorao sexual de crianas e adolescentes. Neste sentido, props-se como problema a seguinte questo central: no perodo de 2005 a 2010, como aconteceu a participao das escolas pblicas de ensino fundamental localizadas na cidade de Breves-PA na rede de enfrentamento da explorao sexual de crianas e adolescentes? A pesquisa objetivou analisar as aes realizadas pelas escolas pblicas localizadas na cidade de Breves-PA que esto voltadas ao enfrentamento da explorao sexual de crianas e adolescentes a partir das propostas de enfrentamento apresentadas para a instituio escolar pela poltica pblica, discutindo categorias fundamentais como currculo e formao de professores. A metodologia utilizada consistiu nas pesquisas bibliogrfica e emprica, atravs do uso de entrevistas semiestruturadas devido ser o instrumento que permite o acesso a gestores escolares, coordenadores pedaggicos e professores para o conhecimento de suas aes e interaes no que tange temtica do enfrentamento da explorao sexual. De um universo de dezoito escolas de ensino fundamental localizadas na cidade, foram escolhidas duas, uma escola de 1 ao 5 ano e outra do 6 ao 9 ano, por apresentarem no perodo de 2006 a 2010 aes pedaggicas estratgicas que envolveram alunos em diferentes faixas etrias (dos 06 aos 14 anos aproximadamente), bem como toda a comunidade escolar na preveno da explorao sexual. A seleo dos entrevistados ocorreu mediante o contato com os sujeitos das escolas, a qual focalizou aqueles informantes com participao direta nos projetos de interveno. Por isso, selecionou-se 02 (dois) gestores das escolas, 02 (dois) coordenadores pedaggicos e 06 professores. A anlise do material obtido nas entrevistas foi feita mediante o instrumental terico-metodolgico possibilitado pela anlise de contedo, tendo como pano de fundo o arcabouo analtico proposto pelo materialismo histrico-dialtico. O referencial terico utilizado para anlise segue as pesquisas realizadas por Azambuja (2004), Brino e Willians (2003 e 2009), Brino (2006), Faleiros (2004), Fraga et al (2008), Franzoni (2006), Leal (2004), Librio (2005, 2006 e 2009), Rocha (2010), Sanderson (2005), Santos (2007), Silva (2007), Viodres Inoue & Ristum (2008) e outros pesquisadores que tratam de currculo, formao de professores e do enfrentamento da explorao sexual de crianas e adolescentes em redes de proteo, com destaque atuao da instituio escolar. Os resultados da pesquisa demonstram a participao das escolas de ensino fundamental no enfrentamento da violncia sexual (abuso), sem interferir significativamente nas situaes de explorao sexual. Os casos de abuso, quando identificados ou relatados pelas crianas, so comunicados ao Conselho Tutelar. Para as suspeitas de explorao sexual no feita a notificao a esse Conselho, mas to somente em algumas situaes conversa-se com a famlia, que geralmente nega a existncia das mesmas e se omite dos processos de resoluo. Os currculos das escolas contemplam as temticas do abuso e explorao sexual de forma disciplinar, atravs de planos de curso e de aula, bem como de forma interdisciplinar, atravs de projetos de ensino-aprendizagem. Estes projetos so realizados durante um perodo do ano, mas as escolas pesquisadas buscam imprimir um carter de realizao permanente. Por fim, a formao de professores para o enfrentamento da explorao sexual no tem chegado a todos os/as educadores/as, muito menos ao contexto escolar, englobando efetivamente uma parcela bem pequena destes, privilegiando mais diretores e coordenadores pedaggicos.
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Em vista de em minha trajetria acadmica ter tido um ensino tradicional, no qual era desestimulada a participar das aulas, no emitindo minhas idias e opinies, procurei como professora, construir um percurso de dilogo com meus alunos, valorizando os seus conhecimentos sobre o tema em foco e articulando-os aos veiculados na escola. Assim, norteada pela idia de resgatar/valorizar os conhecimentos que os alunos apreendem no seu meio familiar e cultural, delineei esta dissertao como um estudo sobre as representaes sociais de gua de alunos de 4 srie do ensino fundamental da Escola de Aplicao da Universidade Federal do Par, no ano de 2007. Utilizei como suporte terico metodolgico a teoria das Representaes Sociais formulada por Serge Moscovici articulada com a teoria do Ncleo Central de Jean-Claude Abric. A metodologia, caracterizada por uma abordagem qualitativa e quantitativa, teve como tcnicas de coleta de dados, o questionrio, a evocao livre a partir da palavra indutora gua, complementados pela entrevista. A pesquisa teve como sujeitos 110 estudantes da 4 srie, na faixa etria de nove a treze anos, sendo 60 do sexo feminino. A anlise dos resultados revelou aspectos importantes sobre os alunos e suas representaes e me possibilitou identificar que os contedos da representao social de gua esto relacionados aos seguintes significados e sentidos: 1) ao consumo de gua nos hbitos cotidianos de higiene e na alimentao; 2) a paisagem natural, formada de recursos hdricos; 3) aos fenmenos naturais, como a chuva e tsunami; 4) ao seu valor e a sua importncia, como fonte de vida e de sade; 5) as atitudes e aes concretas de tratamento da gua; 6) ao cuidado e conservao do patrimnio hdrico natural; 7) ao seu simbolismo: a gua como objeto de contemplao, beleza e de lazer e 8) as suas caractersticas. Quanto estrutura da representao social de gua, o ncleo central foi constitudo pelas categorias semnticas: banho, beber, vida, limpa, rio e chuva e o sistema perifrico, pelas categorias: economizar, poluio, lavar os alimentos, cachoeira, fazer comida, cristalina, diverso, mar, paz, tsunami, til, poo e gota. A compreenso das representaes dos alunos sobre a gua foi fundamental para minhas reflexes sobre esse tema e pela possibilidade de elaborao de novas prticas pedaggicas embasadas no desafio de formar alunos-cidados que reconheam a necessidade do uso responsvel da gua como bem finito que precisa ser conservado e preservado.
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O presente trabalho versa sobre as prticas de ensino-aprendizagem da leitura em lngua materna, tendo o computador como uma das principais ferramentas didticas. Trata-se de uma pesquisa-ao fundamentada em pressupostos sociointeracionistas de lngua, linguagem e leitura. Portanto, faz-se referncia perspectiva dialgica, aos gneros discursivos - concepes tericas e como objeto de ensino - sequncia didtica, ao blog como suporte virtual e gnero relato de experincia em blog, assim como ao ensino da compreenso escrita em lngua materna e ai computador como ferramenta didtica. Esse aparato terico utilizado para analisar parte de uma sequncia didtica que priorizou o trabalho com a competncia de leitura e escrita (sendo a primeira o foco de nossos estudos) desenvolvida com uma turma do ensino fundamental II do Municpio de Benevides/PA. E tenta verificar em que medida essas prticas, ao se utilizar da ferramenta didtico-tecnolgica computador, contribuem para o aprimoramento da compreenso escrita dos aprendentes.
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A presente pesquisa apresenta um sucinto levantamento histrico sobre avaliao, obstculos - epistemolgicos e didticos - e erros, com o objetivo de fazer um estudo analtico do desempenho dos estudantes de 5 a 8 sries em Matemtica, utilizando as respostas dadas em avaliaes feitas por quatro grupos de estudantes de uma escola pblica de Ensino Fundamental em testes especficos de matemtica. A investigao foi desenvolvida em vrias fases: na primeira, as respostas foram agrupadas em categorias de questes (a) sem respostas, (b) incompletas, alm de (c) certas e (d) erradas, como sugere o tema. Na segunda fase, o objetivo foi (e) tentar desvendar as relaes entre conceitos contidos nos erros expressos pelos estudantes. Os resultados da pesquisa apontam para um grande percentual de erros relativos aos conceitos presentes em assuntos estudados em sries anteriores, mais acentuados do que os assuntos previstos para a srie em que se encontrava o aluno, evidenciando que um contedo que no tenha sido bem assimilado pode se constituir em um obstculo didtico de carter coletivo e que se propaga pelas sries posteriores. Deste resultado, possvel afirmar que um obstculo didtico coletivo, uma vez estabelecido, dificilmente ser superado pelos discentes sem uma interveno docente sistemtica que considere tal obstculo e sua possvel superao. Isso faz com que pese sobre os professores de matemtica a responsabilidade de assumirem e verem com um olhar diferenciado os erros dos estudantes como aprendizes, com a finalidade de discernir entre o erro eventual e o obstculo didtico (individual ou coletivo), favorecendo a superao das dificuldades advindas dos contedos passados burocraticamente que obstaculizam a aprendizagem dos assuntos e temas matemticos que so objeto de estudo nas sries do ensino fundamental.
Resumo:
Estudiosos apontam a escola como local estratgico para o fortalecimento da ao de enfrentamento ao abuso sexual de crianas e adolescentes. A partir de 2000, com a elaborao do Plano Nacional de Enfrentamento Violncia Sexual Contra Crianas e Adolescentes, a poltica pblica destinada ao tratamento desse problema ganhou maior visibilidade e organicidade no Brasil. O abuso sexual de crianas e adolescentes a principal ocorrncia registrada pelo Disque Direitos Humanos (2011) e pelos Conselhos Tutelares de Belm (2010). O bairro do Guam Belm/PA apresenta o maior ndice de denncias dessa natureza e as meninas so a maioria das vtimas. Esse contexto revela a relevncia social do problema. A presente tese tem como objeto de estudo da avaliao da implementao da poltica pblica de enfrentamento violncia sexual de crianas e adolescentes em escolas pblicas de ensino fundamental do Guam. Para conseguir imprimir uma anlise contextual a pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa apoiada nas tcnicas de anlise documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados de pesquisa so documentos relativos aos planos, programas e projetos governamentais que tem em seu escopo o enfrentamento a esse tipo de violncia e so voltados s escolas. Tambm foram realizadas entrevistas nas treze escolas pblicas de ensino fundamental do bairro com diretores ou funcionrios indicados por eles. A anlise do material se deu por meio da tcnica de anlise de contedo dividida nas etapas da pr-anlise, descrio analtica e a interpretao inferencial. A anlise dos dados apontaram que: 1) as polticas formuladas em mbito federal na rea da formao dos profissionais da educao e dos materiais didticos pedaggicos elaborados com a finalidade de subsidi-los na apropriao da temtica no chegaram s escolas pesquisadas; 2) planos/projetos que tm entre os seus objetivos o enfrentamento a esse tipo de violao devido a problemas de infraestrutura e de pessoal no foram executados como planejados; 3) nove entrevistados consideram que h a abordagem da temtica no currculo das escolas, porm, no como contedo especfico, mas como uma discusso pontual em meio a outras questes. Conclui-se dessa maneira, que pelas debilidades apresentadas a poltica pblica de enfrentamento violncia sexual contra crianas e adolescentes no foi implementada nas escolas pblicas de ensino fundamental do Guam Belm/PA. Crianas e adolescentes, em idade escolar obrigatria, so as principais vtimas de violncia sexual. Por isso, a importncia da insero efetiva da escola na rede de enfrentamento com condies para identificar e notificar casos dessa natureza. Mas, para isso, preciso fazer com que s polticas elaboradas com essa finalidade cheguem s unidades escolares, sobretudo a poltica de formao e que tenha interseco com a poltica educacional.
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Este estudo consiste na investigao das representaes sociais de alunas da 8 srie do ensino fundamental sobre o fenmeno bullying e suas implicaes no processo de escolarizao. O problema da pesquisa teve como foco as representaes sociais das alunas sobre o bullying. Os sujeitos so estudantes do sexo feminino, com idade entre 13 e 18 anos, regularmente matriculadas em trs turmas da 8 srie do ensino fundamental de uma escola da rede estadual de ensino. O lcus da pesquisa foi uma instituio de ensino fundamental e mdio da rede pblica estadual do municpio de Castanhal, localizado na regio nordeste do estado do Par. Os objetivos do estudo foram os seguintes: a) Identificar e caracterizar, a partir do pensamento consensual de jovens do ensino fundamental, as imagens e os significados que elas possuem sobre as intimidaes, agresses e /ou assdio, caracterizados como bullying; b) Verificar em que situaes o bullying ocorre e quais as formas utilizadas com maior frequncia entre as alunas; c) Destacar as causas que concorrem para a afirmao de prticas de bullying no ambiente escolar e suas consequncias; d) Destacar as percepes das alunas sobre as implicaes decorrentes do bullying no processo de escolarizao; e) Evidenciar as objetivaes e as ancoragens que compem o processo de construo das RS de jovens sobre o bullying. O estudo teve uma abordagem qualitativa e teve como referencial terico a Teoria das Representaes Sociais de Moscovici (1978) e jodelet (2001). Dentre os referenciais tericos utilizados constam: Abramavay, 2003; Beaudoin e Taylor (2006), Boneti e Priotto (2009) Constantine (2004) Fante (2005), Lopes Neto e Saavedra (2003) Nascimento (2006; 2011), Middelton-Moz e Zawadski (2007), e Silva (2010). Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados foram o questionrio semi-estruturado e a entrevista grupal. O tratamento dos dados pautou-se na anlise de contedo de acordo com a abordagem proposta por Franco (2003). Os resultados assinalaram que as representaes sociais das alunas sobre o bullying, constituram-se em maus tratos, cuja imagem se assenta em condutas de agresso verbal, psicolgica e fsica; Ameaa e invisibilidade, na qual a imagem se constitui pelos elementos, diferena, intolerncia, desrespeito, inveja, competio e rivalidade; Contradio que corresponde imagem da escola como um espao de aprendizagem que se fragiliza e se descaracteriza diante da disseminao da violncia e; Educao familiar e escolar que corresponde a imagem do papel da famlia e da escola como instncias que partilham a responsabilidade pela orientao e formao dos alunos. As implicaes escolares evidenciadas a partir das representaes sociais das estudantes sobre o bullying, relacionam-se uma srie de repercusses negativas no processo de escolarizao, dentre as quais: dificuldades de aprendizagem, queda do rendimento escolar, absentesmo e evaso escolar.
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Esta pesquisa, que tem por pano de fundo a problemtica da incluso dos surdos na escola, volta-se mais especificamente para a avaliao da proficincia em leitura desses alunos no Ensino Fundamental maior, com o objetivo de identificar as habilidades de leitura que os alunos surdos melhor dominam e as dificuldades encontradas por eles no tocante apropriao da modalidade escrita da lngua portuguesa. Para essa pesquisa, foi realizado um estudo de caso com trs alunos surdos dos 6 e 9 anos da rede regular de ensino em uma escola municipal inclusiva de Castanhal (PA). Como instrumento de anlise de sua competncia leitora foi feito um recorte da prova do Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica. Para a coleta de dados o teste foi aplicado trs vezes: uma primeira vez sem nenhum tipo de interao com os alunos; uma segunda em que a pesquisadora pediu aos alunos que justificassem suas respostas para elucidar melhor suas estratgias de leitura. Na ltima aplicao, foram usados dois itens do teste traduzidos para LIBRAS, para verificar se, dessa forma, a compreenso do texto seria mais elevada. Pretendia-se, com isso, propor pistas para a realizao de uma avaliao diagnstica dos alunos surdos, contribuindo assim para uma melhor orientao dentro das escolas inclusivas que supostamente adotam a proposta bilngue. Porm os resultados obtidos evidenciaram uma realidade alarmante, na qual os alunos investigados apresentam um nvel de leitura abaixo do esperado para a srie na qual esto matriculados e no dominam nenhuma das capacidades identificadas nos oito descritores do teste. Na tentativa de ler, os alunos utilizam estratgias como caa-palavras, no relacionam o comando de questo com o texto e fazem poucas inferncias, entre outros problemas. Esses resultados mostram o quanto so nefastas as consequncias de uma incluso feita sem uma avaliao diagnstica da competncia linguageira efetiva dos surdos, tanto em LIBRAS quanto em lngua portuguesa. A reflexo fundamenta-se em estudos relativos educao do surdo, em particular no que diz respeito leitura da criana surda, ao acesso a LIBRAS e escola bilingue, com base em autores como Quadros (1997), Gesser (2009) Pereira (2009), Lopes (2004), Reily (2004), Salles (2004). Tambm so apresentados conceitos de leitura e modelos psicolingusticos da construo do sentido, com apoio em especialistas da leitura ou em ensino/aprendizagem de lngua, tais como Smith (1989), Kleiman (1985), Moita Lopes (1996), Soares (1998) e Rojo (1999). Finalmente, a reflexo sobre a avaliao da aprendizagem, com especial ateno para as competncias de leitura busca apoio em estudiosos como Perrenoud (1999), Luckesi (2006), Hoffmann (2009), Marcuschi (2004) e Suassuna (2007), entre outros.
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Nesta pesquisa toma-se o livro didtico de portugus como objeto de pesquisa em vista de uma indagao norteadora: O que faz de um livro, um livro didtico? Essa pergunta, que a princpio nos causou uma impresso de obviedade, pela opacidade de aspectos singulares constituio do material, acabou por nos revelar que o livro didtico um objeto multifacetado e complexo, que se situa num campo recente da pesquisa acadmica. Dentre tantas possibilidades de situar o livro didtico no contexto das inquietaes humanas, duas se apresentam nesta pesquisa como possibilidade de pens-lo a partir de um campo prprio de investigao: (i) a que parte da compreenso do livro didtico enquanto objeto portador de uma materialidade e uma visualidade, onde elementos como tipografia, espaos de diagramao, uso de cores, escolha de imagens, entre tantos outros, participam do processo de leitura tanto quanto o texto verbal linguisticamente constitudo, e (ii) a que toma o livro como objeto portador de uma materialidade textual-discursiva na qual ele responde a muitos lugares e interesses, muitas vezes contraditrios, na tentativa de satisfazer algumas expectativas que ele representa. Neste sentido, podemos pensar que a fabricao do material visa em princpio a um projeto didtico em razo do qual se criam representaes de leitura como tambm fazer dele importante produto de um mercado promissor e rentvel. Essa constatao nos faz pensar no livro como um objeto, atualmente, muito mais de consumo/distribuio do que material de apoio do ensino e da aprendizagem da lngua portuguesa. A pesquisa caminha sobre o cho da Anlise de Discurso de linha francesa, baseando-se nas ideias de autores como Pcheux, Maingueneau, Possenti, Authier-Revuz; da histria da leitura e do livro, com base em Chartier, Fairchild, Choppin, Freitag et al; Oliveira et al entre outros. O corpus da pesquisa constitui-se de uma coleo de livros didticos de portugus (sries finais do Ensino Fundamental) que foi a mais escolhida no ltimo PNLD/2011 pelas escolas urbanas do municpio de Camet/Par; caderno de campo com relato de experincias e questionrio de perguntas abertas sobre o processo de escolha do livro didtico de portuguesa naquelas escolas.
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O presente estudo investiga as prticas avaliativas em ingls como Lngua Estrangeira para Crianas (LEC) no primeiro ano do ensino fundamental das escolas pblicas no municpio de Castanhal, PA. A pesquisa teve como objetivo analisar quais as orientaes contidas nos documentos oficiais municipais no que diz respeito ao ensino e avaliao em LEC, descrever as prticas avaliativas desenvolvidas pelos docentes nesse contexto, analisar a integrao dessas prticas com os objetivos de ensino e aprendizagem de LEC e indicar pistas que possam, terica e metodologicamente, tornar essas prticas mais eficazes. Para alcanar os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de carter documental, na qual foram analisados os documentos oficiais que norteiam o ensino e a avaliao em LEC no municpio, 220 relatrios de desenvolvimento, que so o instrumento de avaliao preconizado para esse nvel da escolaridade, alm de entrevistas e questionrios com 14 docentes que atuam nesse contexto. O referencial terico sustenta-se nas contribuies de Cameron (2001), Strecht-Ribeiro (2005) e Scott e Ytreberg (1990) sobre o ensino-aprendizagem de LEC, bem como na discusso de alguns aspectos da avaliao da aprendizagem (HADJI, 1994; 2007; BONNIOL e VIAL, 2001; FERNANDES, 2009; PERRENOUD, 1999) e da avaliao da aprendizagem em LEC (MCKAY, 2006; IOANNOU-GEORGIOU, 2011; SHAABAN, 2001). Para a anlise dos dados obtidos, foi utilizada a tcnica de Anlise de Contedo (ROSA, 2013). Os resultados da anlise indicam uma ausncia de coerncia entre as prticas avaliativas e os objetivos e princpios do ensino de LEC. Os dados revelam ainda a falta de formao para ensinar, avaliar e elaborar programas de LEC, aliada a uma j conhecida tendncia em se priorizar aspectos estruturais no ensino de lnguas estrangeiras, em detrimento de atividades comunicativas. Por fim, este trabalho mostra a necessidade de promover outras pesquisas que investiguem as prticas avaliativas em LEC e, da urgncia em se definir diretrizes oficiais nacionais para o ensino e avaliao que levem em considerao as caractersticas e necessidades das crianas nesse contexto.
Resumo:
Este artigo aborda as formulaes que adolescentes, alunos do ensino fundamental, elaboram sobre cor e preconceito, a partir da relao que estabelecem com as msicas que consomem. Nesse sentido, o consumo visto como uma chave para a compreenso desse grupo etrio e de uma das dimenses de sua vida: a leitura que fazem da hierarquia da cor e a forma como se percebem nela. Importa-nos, portanto, perscrutar de que forma a preferncia manifestada por adolescentes que cursam o ensino fundamental permite entrever a relao que estabelecem com esse significante social brasileiro - a cor - e uma das relaes estabelecidas com ele - o preconceito.