92 resultados para Crime sexual contra as crianças Brasil 1990-2011


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O objetivo foi identificar os determinantes da sade ruim em populaes ribeirinhas menores de dois anos, residentes no Par, Brasil. Foram avaliadas 202 crianças, considerando-se sade ruim como varivel desfecho, sendo composta pela combinao do estado nutricional, desenvolvimento fsico-motor e intercorrncias no ltimo ms. Utilizou-se modelo multinvel de anlise hierrquica, considerando-se como preditoras da sade ruim variveis com p < 0,05 aps ajuste. A razo de chance bruta apontou que o estado de sade ruim maior para as crianças de famlias que tm casa prpria, so de maior idade e tm probabilidade de aleitamento materno exclusivo aos dois, trs, quatro e cinco meses. Aps ajuste, observa-se que crianças provenientes de famlias com casa prpria tm 2,76 vezes mais chance de ter sade ruim; esta tambm aumenta com a idade, chegando a ser 5,04 vezes maior entre as crianças de 18 a 23 meses, comparativamente s menores de 7 meses. Ter casa prpria e mais idade representam, nessas comunidades, mais tempo de exposio ao risco de sade ruim.

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A infeco do trato urinrio (ITU) uma das doenas mais comuns na infncia e em 80 a 90% dos casos causada por bactrias da famlia Enterobacteriaceae, especialmente Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae, as quais no mundo inteiro tm emergido como produtoras de ESBL, um dos principais mecanismos de resistncia bacteriana a cefalosporinas de espectro-estendido e monobactans. A prevalncia da ITU em crianças, bem como as variveis, sexo, idade, febre, bactria mais frequente, presena de refluxo vesico-ureteral (RVU), presena de cicatrizes renais foram avaliadas no perodo de janeiro de 2006 a maro de 2009, em hospital pblico de belm, regio norte do Brasil e no perodo de abril a agosto de 2009, isolados de cepas de E. coli e K. pneumoniae foram obtidos de urina de crianças menores de 16 anos e avaliados fenotipicamente atravs do mtodo automatizado de caracterizao de ESBL, Vitek2, juntamente com a PCR para determinar se os genes<sup> bla</sup>TEM, <sup> bla</sup>SHV e <sup> bla</sup>CTX-M1 estavam presentes em cada organismo. Foram confirmados 199 casos de ITU no perodo estudado, 54,2% eram do sexo feminino, 46,2% eram menores de 02 anos de idade, febre ocorreu em 37,3% dos casos, RVU foi identificado em 38,6% das crianças com ITU e cicatriz renal em 38%, a bactria mais frequente foi a E. coli (60%). Foram isoladas 43 amostras ( E. coli e K. pneumoniae, 74,4% e 25,6%, respectivamente), 95% foi resistente a ampicilina e sulfametoxazol-trimetroprim; 23,2% apresentaram fentipo ESBL. O gene<sup> bla</sup>CTX-M1 foi o mais prevalente, encontrado em 19 cepas, seguido do gene <sup> bla</sup>TEM (18 cepas) e <sup> bla</sup>SHV (8 cepas). Esse estudo mostrou que bactrias com perfil de resistncia ESBLcirculam no ambiente hospitalar em Belm e que os genes <sup> bla</sup>CTX-M1 e <sup> bla</sup>TEM e <sup> bla</sup>SHV esto presentes em cepas de E. coli e K. pneumoniae causadoras de ITU em crianças na regio norte do Brasil.

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No Brasil, estima-se que os rotavrus causem 3.352.053 episdios de diarreia, 655.853 ambulatoriais, 92.453 hospitalizaes e 850 mortes envolvendo crianças menores de 5 anos de idade. Os rotavrus pertencem famlia Reoviridae, gnero Rotavirus. A partcula viral constituda por trs camadas proteicas concntricas e pelo genoma viral reunindo 11 segmentos de RNA com dupla fita. Reconhecem-se 23 gentipos G e 31 gentipos P. Dentre os gentipos G detectados at o momento, o G2 atua como um dos mais importantes, estando geralmente associado ao gentipo P[4]. Nos ltimos trs anos se tem observado em larga escala global a reemergncia do gentipo G2, sendo um dos mais detectados nos anos que sucederam a implantao da vacina contra rotavrus, particularmente no Brasil. Este estudo teve como objetivo a caracterizao molecular de amostras do tipo G2 obtidas de crianças participantes de estudos em gastroenterites virais na regio amaznica, Brasil, no perodo de 1992 a 2008. Foram selecionadas 53 amostras positivas para rotavrus gentipo G2 que foram sequenciadas para VP7 e 38 para VP4. Inicialmente, as amostras foram genotipadas por RT-PCR e seus produtos purificados, quantificados e sequenciados. As amostras tambm foram testadas quanto ao perfil de migrao dos segmentos de RNA. As sequncias obtidas dos genes VP4 e VP7 foram alinhadas e editadas no programa Bioedit (v.6.05) e comparadas a outras sequncias de RV registradas no banco de genes utilizando o programa BLAST. A rvore filogentica foi feita utilizando o programa Mega 2.1. Do total de 53 amostras sequenciadas para o gene VP7, a anlise filogentica revelou a existncia de duas linhagens (II e III) e trs sublinhagens (IIa, IIc, IId) que circularam em perodos diferentes na populao. Amostras das sub-linhagem IIa e IIc apresentaram mutao na posio no aminocido da posio 96 (Asp/ Asn) . Essa modificao pode resultar em uma alterao conformacional dos eptopos reconhecidos por anticorpos neutralizantes. As linhagens de G2 que circularam em Belm foram idnticas quelas de outros Estados da regio amaznica envolvidos no estudo. O gene VP[4] foi sequenciado na regio da VP8*, sendo 36 pertencentes do gentipo P[4] e 3 ao P[6]. No gentipo P[4] foi identificada a circulao de duas linhagens, P[4]-4 ocorrendo nos anos de 1998-2000, e P[4]-5 que circulou nos perodos de 1993-1994 e 2006-2008. Nossos resultados reforam dados de ocorrncia continental que evidenciam a reemergncia do gentipo G2 com a variante gnica IIc, a qual se estabeleceu na populao em associao com o gentipo P[4]-5. A grande homologia entre as cepas de G2 que circularam entre os diferentes estados envolvidos no estudo sugere que as mutaes registradas ultrapassaram barreiras geogrficas e temporais.

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Os rotavrus (RVs) so a principal causa de gastrenterites virticas agudas tanto em seres humanos, como em animais jovens de vrias espcies, incluindo bezerros, equinos, sunos, caninos, felinos e aves. A diversidade gentica dos RVs est associada a diferentes mecanismos de evoluo. Nesse contexto registrem-se: mutao pontual, rearranjo genmico e reestruturao (reassortment). O objetivo do presente estudo foi realizar a caracterizao molecular dos genes que codificam para as protenas estruturais e no-estruturais em amostras no usuais de RVs. Os espcimes clnicos selecionados para este estudo foram oriundos de projetos de pesquisa em gastrenterites virais conduzidos no Instituto Evandro Chagas e provenientes de crianças e neonato com gastrenterite por RVs. Os espcimes fecais foram submetidos reao em cadeia mediada pela polimerase, para os genes estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e no estruturais (NSP1-NSP6), os quais foram sequenciados posteriormente. Oito amostras no usuais de RV oriundas de crianças e neonato com gastrenterite foram analisadas evidenciando a ocorrncia de eventos de rearranjos entre genes provenientes de origem animal em 5/8 (62,5%) das amostras analisadas. Desta forma, o presente estudo demonstra que apesar de ser rara a transmisso de RVs entre espcies (animais humanos), ela est ocorrendo na natureza, como o que possivelmente ocorreu nas amostras do presente estudo NB150, HSP034, HSP180, HST327 e RV10109. O estudo pioneiro na regio amaznica e refora dados descritos anteriormente que demonstram o estreito relacionamento existente entre genes provenientes de origem humana e animal que possam representar um desafio s vacinas ora em uso introduzidas em escala progressiva nos programas nacionais de imunizao.

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A violncia um problema de sade pblica e sua notificao fundamental para a vigilncia epidemiolgica e para a definio de polticas pblicas de preveno e promoo de sade. O estudo objetivou caracterizar a ocorrncia de violncia domstica, sexual e de outras, a partir das informaes do banco de dados do Sistema Informao de Agravos de Notificao (SINAN), das fichas de notificao de violncia da cidade de Belm (PA), no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. Foram sistematizadas 3.267 notificaes, representando um aumento de 240% de 2009 a 2011. Em relao ao sexo das vtimas, observou-se que, em mdia, 83,2% dos casos atingiram as mulheres, proporo esta semelhante nos trs anos analisados. A violncia sexual foi a mais presente com 41,8%; seguida da violncia psicolgica com 26,3% e da violncia fsica com 24,0%. Os resultados demonstram a importncia do conhecimento do perfil das violncias para interveno e elaborao de polticas pblicas intersetoriais que promovam a sade e a qualidade de vida nesta regio do Brasil.

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Este trabalho um diagnstico das atividades de controle interno do Departamento de Polcia Federal do Par. Os dados analisados compreendem o perodo de 2007 a 2011 e tm por objeto os casos de m conduta policial mais frequentes, o contexto em que so cometidos, o perfil dos denunciantes, dos denunciados e dos corregedores, alm de analisar os procedimentos adotados quando as denncias chegam corregedoria e o resultado final de tais procedimentos. Analisa tambm a percepo dos policiais federais dos diversos cargos e do principal corregedor do perodo estudado a respeito da atuao, na prtica, da Corregedoria da Polcia Federal do estado do Par, comparando tais percepes com os resultados formais do setor. O objetivo foi refletir a respeito dos parmetros que norteiam o funcionamento do controle interno da instituio. A pesquisa evidenciou que as limitaes e dificuldades enfrentadas pela Corregedoria de Polcia Federal do Par so as mesmas verificadas nas vrias instituies policiais brasileiras, apesar de restar evidente um esforo constante da Corregedoria em aprimorar seus mecanismos de controle interno. A relevncia dessa abordagem decorre da escassez de pesquisas sobre a Polcia Federal brasileira e a inexistncia de trabalhos sobre a corregedoria dessa instituio na regio norte do Brasil.

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A presente dissertao aborda a reestruturao produtiva nas fbricas da ALBRS e da ALUNORTE, localizadas no municpio de Barcarena/PA, e como o movimento operrio se contraps a este processo no perodo de 1990-2005. Atravs de um estudo da crise crnica da economia capitalista mundial, agravada pelos dois choques do petrleo, tenta-se explicar como foi possvel a instalao na Amaznia Oriental de duas fbricas modernas, com um contingente operrio altamente concentrado. Destaca-se o quanto o papel do Estado fundamental para que esse processo ocorra. Tambm analisamos como a partir do fenmeno da globalizao que nada mais do que uma fase superior do imperialismo , e dos novos processos de organizao do trabalho principalmente o modelo toyotista , o movimento operrio e suas organizaes foram colocados prova por conta da flexibilizao do trabalho, da precarizao, da terceirizao e subcontratao, que dificultaram na dcada de 90 as greves e aes da classe trabalhadora no Brasil e no mundo. Baseado em materiais bibliogrficos, folhetos e em entrevistas com operrios e dirigentes sindicais, o trabalho evidencia que a luta contra a reestruturao produtiva na ALBRAS foi mais intensa, inclusive com o mtodo da greve, do que na ALUNORTE, porque a ALBRAS tinha dez anos frente da ALUNORTE e foi o primeiro laboratrio da CVRD na cidade de Barcarena. Contraditoriamente, foi na ALBRAS onde aconteceu a maioria das demisses no perodo estudado, antes e depois da privatizao da CVRD. A dissertao procura mostrar o papel do Sindicato dos Metalrgicos e dos Qumicos nesse processo de luta contra a reestruturao produtiva nas fbricas da ALBRAS e da ALUNORTE.

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Relatam-se 19 casos de criptococose em crianças, diagnosticados em Belm, PA. Em nove pacientes a variedade do agente etiolgico foi estudada e identificada como Cryptococcus neoformans var. gattii. A mdia de idade destes pacients foi 7,8 anos (variao, 5-13 anos). Havia 5 meninas e 4 meninos (razo, 1,25:1). Cinco foram a bito em trs meses apesar do tratamento com anfotericina B (associada com fluconazol 3 ou fluocitosina 1). So comentados a existncia de reas de alta endemia da infeco por var. gattii no Par e a gravidade da doena causada por essa variedade fngica.

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Esta dissertao trata dos impactos das reformas do Estado que vm se delineando no Brasil, desde a dcada de 1990, sobre a formao do profissional da educao. Discute, ainda, a formao e profissionalizao docente, no interior das polticas de reformulao da formao de professores, que, a partir de sua implementao, buscam veicular uma nova concepo de profissionalizao, atribuindo aos professores novas exigncias, imputando-lhes a responsabilidade pela melhoria da qualidade da educao, postulando uma nova concepo de profissionalizao. Nesse contexto, a educao apresenta-se como uma poltica pblica social que passa por reformas significativas, impondo mudanas substanciais aos cursos de formao de professores. A anlise que aqui se realiza parte da premissa de que a formulao de polticas pblicas educacionais sofre influncia dos organismos internacionais, que se verifica nos princpios orientadores do projeto de modernizao do Estado brasileiro. No entanto, dado as definies dessas polticas serem travadas no interior de embates sociais, surgem resistncias por parte dos movimentos de educadores frente s imposies externas visando efetivas polticas de profissionalizao docente. A fim de alcanar o objetivo de pesquisa proposto, buscou-se analisar as polticas de formao docente, verificando a concepo expressa pela retrica oficial acerca da profissionalizao docente, a partir de um novo paradigma de formao de professores. Por meio da anlise de documentos oficiais, pde-se verificar que a concepo sobre profissionalizao veiculada redefine conceitos e prticas, postulando que o novo paradigma de formao que deve ser partilhado por todos os educadores da educao bsica. Tais medidas, alm de visar atender uma grande demanda de professores, em virtude da expanso da escolaridade bsica, objetiva desenvolver um novo perfil profissional que atenda s exigncias produtivas e mercadolgicas, decorrentes das mudanas no mundo do trabalho. Nessa perspectiva, esta dissertao est estruturada de modo a permitir uma abordagem do contexto em que se d a implementao da Reforma do Estado brasileiro, a partir dos anos 1990, revisitando, posteriormente, a sociologia das profisses e os debates sobre profisso e profissionalizao, verificando os diferentes enfoques que orientam as reformas na formao de professores. Por fim, analisa documentos oficias que consolidam, no Brasil, as reformas educacionais e difundem a profissionalizao dos professores. Como resultados da investigao realizada, podemos destacar que: 1) as polticas de formao docente traduzem uma nova concepo de profissionalizao e implementam a formao de novos perfis profissionais, em que o Estado utiliza mecanismos diversos para implementar a lgica de regulao e controle da profisso; 2) a repercusso nas condies salariais, carreira e de condies de trabalho, evidenciando a degradao de condies reais para um exerccio profissional docente; 3) a grande insatisfao e resistncia por parte dos movimentos de educadores, no que se refere imposio dessas polticas, que assentados numa proposta contra-hegmnica, lutam em busca de uma poltica global de formao, que contemple a questo salarial e adequadas condies de trabalho, bem como o reconhecimento e a valorizao da profisso, por meio de polticas garantidas e efetivadas pelos poderes pblicos do Estado e profissionalizao da docncia.

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O Estatuto do Magistrio de Belm, que regulamenta a carreira e, portanto, a vida funcional dos profissionais da educao o tema desta pesquisa, que tem como objetivo analisar as polticas implementadas para a carreira docente e suas implicaes para o desenvolvimento do trabalho do docente, em Belm (estado do Par), nos anos de 1997 a 2004. Esse perodo considerado relevante, na pesquisa, porque a prefeitura de Belm esteve sob o comando de um governo que se autodenominou governo do povo, que, para as finalidades deste estudo, chamamos governo de frente popular. Este apresentou, entre outros, um programa que apontava para a valorizao dos profissionais da educao, com nfase nas garantias do Estatuto do Magistrio, ao mesmo tempo em que sofreu presses por parte desses profissionais pelo cumprimento de direitos contidos no referido Estatuto. Para analisar as polticas sobre a carreira docente emanadas desse tipo de governo, no perodo de referncia, buscamos compreender, de um lado, o macro contexto de uma realidade de crise do sistema capitalista, a insero do Brasil nessa realidade, e a realizao de contra-reformas no Estado brasileiro orientadas para auxiliar na superao dessas crises. De outro, compreender a concepo e o papel de um governo de frente popular, as influncias das citadas contra-reformas em suas polticas, a localizao poltica e econmica de tal gesto, construindo, assim, o entendimento dos efeitos da dinmica desses fatores sobre o trabalho docente, em Belm. Assim, os objetivos especficos que definimos para a investigao foram: 1) identificar as conseqncias da crise sistmica do capital e do papel do Estado no processo de trabalho docente; 2) analisar as contra-reformas do Estado brasileiro, a partir de 1990, e os seus efeitos sobre o trabalho docente; 3) identificar algumas caractersticas do governo de Frente Popular, em Belm, e suas perspectivas programticas para a valorizao dos profissionais da educao; 4) avaliar as polticas emanadas por tal governo e os efeitos de sua implementao para a carreira docente, em Belm. Partimos da anlise histrica do fenmeno estudado, fundamentando-nos nas elaboraes de Antunes (1995; 1999; 2004), Brzezinski (2007), Chesnais (1996), Engels (1977),Enguita (1991), Lnin (1986; 1986a), Marx (1980), Maus (2003; 2005; 2006), Moreno (2003; 2003a), Oliveira (2003), entre outros. Valemo-nos, ainda, de documentos jurdicos e governamentais, bem como de publicaes do movimento docente, como os da Confederao Nacional dos Trabalhadores da Educao (CNTE) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educao Pblica do Par (SINTEPP), que nos permitiram compreender as categorias de anlise carreira, remunerao, formao e condies fsicas do trabalho no espao educacional. Coletamos dados e informaes documentais e empricos, buscando algumas respostas que permitissem identificar, mesmo nas relaes contraditrias apresentadas, as polticas que envolveram a carreira docente, o governo de frente popular e o movimento docente. Por isso, os sujeitos das entrevistas semiestruturadas foram selecionados em funo de sua localizao funcional e poltica. Funcional, no caso dos sete profissionais da educao e de um representante do governo que exercia funo de coordenao, na Secretaria Municipal de Educao; e pela atuao poltica e sindical no movimento docente organizado no SINTEPP, em entrevista com dois de seus dirigentes. A partir do referencial bibliogrfico e dos procedimentos metodolgicos indicados, pudemos concluir que o cumprimento de direitos contidos no Estatuto do Magistrio de Belm possibilitaria o desenvolvimento e a valorizao da carreira docente, sobretudo quanto a salrio e condies fsicas de trabalho, ressaltando que o perodo analisado foi de efervescncia sindical e poltica sobre as demandas dos profissionais da educao que buscaram assegurar seus direitos na realidade de um governo considerado progressista.

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O crescimento, a mortalidade, biometria e a reproduo do pargo Lutjanus purpureus foram estudadas a partir de amostras obtidas nos desembarques da frota comercial capturadas com pargueira na costa norte do Brasil no mbito do programa REVIZEE e do Projeto biologia e pesca do pargo no norte do Brasil do CEPNOR/IBAMA. Dados de comprimentos total e zoolgico de aproximadamente 500 indivduos foram coletados aleatoriamente e mensalmente nos desembarques dos municpios de Belm, Vigia e Bragana, no perodo de janeiro de 1999 a dezembro de 2000. E para realizar estudos de reproduo e biometria foram obtidas subamostras mensais de 150 indivduos em abril de 1998 a janeiro de 2000. No laboratrio do CEPNOR/IBAMA foram realizadas as biometrias, sexagem e identificados os estgios de maturao gonadal. As amostras totalizaram 16.733 indivduos com percentuais superiores a 50% de indivduos jovens. A amplitude de classe total variou de 13 a 112 cm de comprimento e as mdias de comprimentos foram de 45,72 cm e 51,91 cm, respectivamente para o ano de 1999 e 2000. As relaes morfomtricas e as relaes peso/comprimento apresentaram alometria positiva. E a relao peso/comprimento para macho e fmea diferem significativamente entre si, pelo teste de Student, bilateral, com alfa = 0,05. A reproduo foi estudada determinando a proporo sexual atravs do teste quiquadrado, o tamanho de primeira maturao e o perodo de desova, que foi analisado pela variao temporal das freqncias dos estgios gonadais e relao gonadossomtica. Para todo o perodo estudado foi verificada a predominncia de fmeas e nas anlises mensais apenas nos meses de abril de 1998, maio e junho de 1999 no apresentaram diferenas significativas entre os sexos. Na proporo sexual por classe de comprimento a predominncia de fmeas foi altamente significativa de 28 a 45 cm. A classe de comprimento total do tamanho de primeira maturao foi estimado 43 a 46 cm para fmeas pelo mtodo da extrapolao grfica e de 43,67 cm pelo ajuste da ogiva de Galton. E o perodo reprodutivo foi observado em dois picos, sendo um intenso no segundo trimestre, com maior amplitude no ms de maio/1998 e um mais reduzido no quarto trimestre. Os parmetros de crescimento foram estimados pelo sistema ELEFAN I, mtodo de Bhattacharya, Gulland & Holt e Appeldoorn no programa Fisat. O mtodo de Appeldoorn apresentou o melhor ajuste para a espcie com o valor de L= 115 cm K= 0,091ano-1 , que determinou a equao do crescimento de von Bertalanffy Lt = 115 (1-e 0,091tto). A mortalidade natural foi estimada em 0,25 ano-1 e 0,31 ano-1 pelas equaes de Pauly e Rikhter & Efanov respectivamente. A mortalidade total estimada pelos mtodos do comprimento convertido em curva de captura linearizada e Berverton & Holt atingiu valores de 0,59; 0,664 respectivamente. A mortalidade por pesca e a taxa de explotao tambm foram calculados. Os resultados foram F = 0,34 ano 1 e E = 0,57. A longevidade estimada pela frmula de Taylor foi de 33 anos. O pargo apresenta crescimento lento e vida longa com desova contnua e peridica. A pesca na costa norte do Brasil incide em percentuais elevados de jovens o que pode contribuir para um estado de sobrepesca de crescimento, comprometendo assim a sustentabilidade da espcie e da atividade pesqueira na regio norte. imprescindvel adotar medidas de ordenamento para a pesca do pargo, principalmente no que diz respeito ao tamanho mnimo de captura.

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O aprendizado de conceitos econmicos e os comportamentos econmicos de crianças so objetos de estudo da Socializao Econmica, uma rea que tem atrado a ateno de pesquisadores, tanto da Psicologia do Desenvolvimento quanto da Psicologia Econmica. Os estudos tm aumentado significativamente nos ltimos anos em outros pases, mas no Brasil poucas pesquisas tm sido desenvolvidas. Este artigo objetiva apresentar a socializao econmica como uma rea de pesquisa promissora e em franco desenvolvimento, mediante a discusso de trs questes fundamentais inerentes rea: 1) As fases de desenvolvimento do pensamento econmico, 2) Variveis que interferem na socializao econmica e 3) Comportamentos econmicos de crianças. No decorrer do artigo so evidenciados os principais resultados que pretendem responder s questes citadas e so mencionadas as lacunas a preencher, como possibilidades de pesquisas a realizar. Finaliza-se com sugestes para uma agenda brasileira de pesquisas.

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Cognies parentais constituem importante componente do contexto sociocultural em que se d o desenvolvimento infantil, e a literatura brasileira sobre o tema ainda escassa. O objetivo deste estudo analisar a relao entre conhecimento sobre desenvolvimento infantil e variveis da me e do beb. Foi estudada uma amostra de 405 mes primparas, com filhos menores de um ano, distribuda por seis cidades em diferentes regies do Brasil. Utilizou-se o Inventrio do Conhecimento do Desenvolvimento Infantil (KIDI). Foram encontrados efeitos significativos de escolaridade materna e centro urbano. O efeito significativo de escolaridade materna foi verificado em todas as cidades, menos em Porto Alegre, possivelmente pelas polticas de ateno materno-infantil a implementadas. Estes resultados contribuem para o conhecimento de aspectos do contexto de desenvolvimento de crianças brasileiras, e tm implicaes para o planejamento de programas de interveno que visem promoo de sade.

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As pesquisas sobre infncia no Brasil tm apontado na direo de uma nova forma de olhar a infncia, trazendo a criana como um ator legtimo da pesquisa e no apenas um objeto de investigao. Ao viverem em um contexto de um movimento social como o MST, as crianças tm na sua vida as marcas da luta pela terra e reforma agrria, que influenciam seus modos de ser. Olhar para a criana do MST v-la como um ser que participa da organicidade do MST. Portanto, as crianças criam seus espaos de organizao e mobilizao. Neste sentido, questiono: Quais os sentidos e significados de infncia nas falas das crianças do assentamento mrtires de abril do MST? A pesquisa foi realizada no assentamento Mrtires de Abril do MST, localizado em Mosqueiro, um distrito da cidade de Belm. Para recolher os dados da pesquisa, utilizei oficinas e entrevistas em grupo com as crianças do assentamento. Das oficinas participaram ao todo 23 crianças, estas oficinas tinham como objetivo me aproximar das crianças e criar um clima de confiana para as entrevistas. Nas entrevistas participaram 13 crianças com idade entre 06 e 11 anos, denominadas pelo coletivo do movimento como Sem Terrinhas. A entrevista foi dividida em quatro sesses. As falas das entrevistas foram transcritas e organizadas em sete categorias temticas. Como referencial de anlise me apoio na noo de sentido e significado que se expressam por meio da linguagem e esto relacionados formao do eu numa perspectiva scio-histrica, fundamentado em Bakhtin. Os resultados da pesquisa apontam para os diversos olhares que as Crianças do Assentamento Mrtires de Abril tm sobre a infncia: elas vem a infncia como o tempo do brincar e que ser criana no MST vivenciar uma experincia ldica de participao em um movimento que luta pelos direitos dos excludos. Ao falarem de seus espaos estruturais as crianças do assentamento nos dizem em relao ao espao domstico que a relao com os adultos de sua famlia se constri com muito cuidado, mas tambm com a contradio do autoritarismo; em relao ao espao da produo que o trabalho assume outra dimenso no espao do assentamento, sendo um momento de aprendizagem e participao na vida da comunidade; e que em relao ao espao da cidadania a escola est distante de ser um lugar onde o direito a brincar respeitado. As culturas infantis so produzidas pelas crianças do assentamento nas suas relaes de pares atravs das brincadeiras, onde se ressalta que o espao importante para o enriquecimento dessa cultura ldica, seja nas praias, nos igaraps e nas rvores. As crianças do assentamento nos dizem ainda que a Televiso influencia suas vidas, seus horrios e seu modo de ser a agir. Finalizo o texto apontando caracterstica que fazem da brincadeira o meio atravs do qual as crianças podem agir sobre o mundo e exercer efetivamente o seu direito a participao.

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A dissertao trata do sentido de corpo para crianças acolhidas em um abrigo. Primeiramente, apresentamos a fundamentao conceitual de corporeidade focada no existencialismo, desvelando sua dimenso educativa. A seguir, apresentamos a medida de acolhimento em abrigo institucional para crianças numa perspectiva historicizada, abordando-a como espao-tempo-vivido de cuidado e educao. Isto possibilita perspectivar a criana abrigada vivendo as dimenses de ser-corpo em um contexto de cuidado e educao institucional, pautado em normas e costumes diferentes daqueles familiares e que na atualidade tem se caracterizado como modelo disciplinar flexvel. Este trabalho uma pesquisa de campo com enfoque qualitativo, realizada com autorizao da FUNPAPA e da instituio locus da pesquisa. O universo investigado foram quatro crianças do sexo masculino, com idades entre oito e onze anos, acolhidas institucionalmente a mais de trs meses. Aplicamos formulrios para caracterizao dos sujeitos e da instituio; e para contemplar o fenmeno utilizamos a observao sistemtica, registrada em filmagens e dirio de campo. Os dados foram analisados com base no mtodo de interpretao fenomenolgico na perspectiva do Fenmeno Situado, que usa as Unidades de Significado para alcanar generalizaes sobre o fenmeno pesquisado. Nossos resultados indicaram que a instituio pesquisada embora nasa sob o sopro das mudanas vindas com o ECA, mantm elementos da pedagogia das antigas instituies, pois embora os infantes tenham certa flexibilidade para escolher o que, onde e com quem fazer atividades no tempo livre, isto no significa ausncia de controle sobre seus comportamentos e condutas. Falta liberdade de como fazer, que acaba afetando s demais possibilidades de escolhas (corpo-opo). O tempo livre tido como ocioso e ocorre dentro da instituio (corpo-recluso). A imaginao a frmula encontrada pelos infantes para escapar da monotonia (corpo-imaginao). O corpo experimentado como instrumento de poder (entre os coetneos e com os adultos); e tambm para demarcar propriedade (corpo-domnio). Todavia elo com o outro, pois possibilita ver e ser visto como existncia (corpo-presena), sendo experimentado como maneira de ser consigo e com o outro (corpo-identidade). Mas os infantes continuamente experimentam o corpo limitado pela coletividade (corpo-disciplina) e na busca por interaes afetuosas ou ante situaes frustrantes, o corpo extravasa sentimentos (corpo-aconchego). O corpo-criana objetivado pelo adulto (corpo-disciplina); e por isso destitudo de intencionalidade pelo ltimo (corpo-translcido). Mas no significa que o sujeito subjugado, j que se insurge de maneira velada ou explicita contra este controle (corpo-resistncia). O sentido de educao do abrigo no estimula a individualidade e a autonomia, incapaz de satisfazer demandas afetivas, emocionais e sociais. Esta pedagogia separa os sujeitos em corpo e mente e igualmente busca o controle do corpo para submisso da vontade. Ento, o corpo vivido no acolhimento subjetividade aprisionada no corpo-objeto, mas insurgente contra este modelo.