274 resultados para Ephrata (Pa.). Bauman
Resumo:
O presente trabalho discute a construo/marcao de mltiplas identidades urbanas no contexto da cidade de Belm (PA), tendo em vista os trajetos de diferentes sujeitos sociais que se realizam atravs do Porto da Palha, localizado na poro sul da orla fluvial dessa cidade. Considera-se a identidade urbana como um processo contnuo em que so construdas mltiplas experincias de pertencimento urbe, que ocorre ao lado da marcao de uma diferena material e simblica na produo de uma imagem especfica de cidade. O Porto da Palha se torna um locus expressivo para mltiplas construes identitrias e um espaço atravs do qual se torna possvel visualizar uma imagem marginal de Belm. So enfatizados os aspectos territoriais e comunitrios deste processo, pois o mesmo sustentado por uma dinmica subalternizada, responsvel por envolver um conjunto de networks voltadas para o abastecimento de um consumo local, produtoras de um territrio precarizado. Alm disso, as interaes e trocas de experincias desenvolvidas entre diferentes grupos sociais como feirantes, moradores do porto, quilombolas e ribeirinhos configuram nesse espaço uma espcie de comunidade de sobrevivncia. Desses laos territoriais e comunitrios, assim como do uso material e simblico do rio realizados com base nos trajetos urbanos definidos por estes grupos sociais, desponta uma outra imagem de cidade, uma cidade ribeirinha margem.
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Este trabalho analisa as relaes sociais, polticas e culturais de um grupo rural auto-definido e identificado como quilombola. O objetivo entender como esses agentes sociais elaboram suas prticas cotidianas e desenvolvem formas associativas no povoado de Santo Antonio, no municpio de Concrdia no estado do Par. Com esta anlise da atuao de homens e mulheres nesse processo o interesse tambm de compreender as interaes entre parentesco, gnero e identidade como constitutivas desse sistema social.
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Este estudo mostra como se conforma a religio em So Caetano de Odivelas-PA, a partir do elemento que l definido como cura, procurando entend-la no mbito das prticas xamnicas. Nessa compreenso, esta cura o espaço em que se concretizam variadas relaes que partem do curador para com o pesquisador; seus adeptos; os ajudantes, referidos como serventes; familiares e dos curadores para com o mundo sobrenatural. Estas relaes foram o primeiro elemento, isto , os vnculos pessoais e sobrenaturais, que tm origem no curador, que me chamaram a ateno. O modo de constru-los e sustent-los acabam por funcionar como um aspecto que influencia os curadores a querer se diferenciar entre si, considerando especificamente os vrios discursos que constroem para tal. Dentre estas alocues parte do ttulo do trabalho, e que a fala constante dos curadores que convivi, aqui, a cura de verdade j procura expressar o carter das diferenciaes que estes agentes procuram manifestar.
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Esta dissertao discute a participaço e alternativas de desenvolvimento na Transamaznica, a partir de estudo acerca da Organizao No-Governamental Associao Solidria e Econmica de Frutas da Amaznia (ASSEEFA) que a encarregada pelos Projetos de Desenvolvimento Sustentvel (PDSs), no municpio de Anapu, Transamaznica, Estado do Par. Objetiva-se, verificar as imagens construdas sobre a ASSEEFA e os PDSs e, assim, apontar o grau de participaço da sociedade civil de Anapu no processo de formulao e implementao de polticas alternativas de desenvolvimento para aquela regio. Objetiva-se, ainda, explicitar em que campo se construram as referncias ao meio ambiente, presentes nas lutas dos movimentos sociais locais. Tomando como referncia os conceitos apresentados por Ammann (1978) e Bordenave (1994), questionamos a existncia ou no de participaço social na criao da ASSEEFA e na implementao dos PDSs? Nesse sentido, as categorias participaço social, sociedade civil, desenvolvimento, meio ambiente e Amaznia, com reflexos latentes nessa regio, foram selecionadas como elementos centrais de anlise, o que realizado logo no primeiro captulo. Com o intento de oferecer respostas altura dos objetivos acima apontados, analisou-se, por meio de pesquisa bibliogrfica e de campo, primeiro momento, a trajetria de constituio da ASSEEFA e dos PDSs. Observou-se, assim, que, nas parcerias, disputas e negociaes da sociedade civil, existiam componentes relevantes que evidenciavam que aqueles movimentos possuem propostas voltadas para um tipo de desenvolvimento que valorize o meio ambiente e que, sobretudo, compromete-se com o resgate da cidadania. A anlise dos pontos de vista das instituies governamentais como Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) e representantes da associao de madeireiros, serviu como referncia para compreenso das diversas possibilidades, interesses e conflitos com que se apresentam as iniciativas da sociedade civil e a realizao do desenvolvimento na Transamaznica. Tomamos como hiptese principal a formulao de que a participaço social na ASSEEFA e nos PDSs de Anapu est ligada aos mais diversos interesses e que esta significa um rompimento com antigas prticas e vises sobre o desenvolvimento e a possibilidade desses agricultores de garantia de suas liberdades efetivas, como o direito a terra, ao trabalho, a educao e sade, em suma aos direitos fundamentais do ser humano.
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Atravs de pesquisa emprica junto ao conceito chave Organizao e a categoria Sistema de Aviamento, somados a outros conceitos que perpassaram as suas analises neste estudo (poder reciprocidade, jogos), esta dissertao analisa a substituio do contexto extrativista da borracha pelo da extrao e beneficiamento de madeira na rea de um antigo seringal localizado na Ilha do Mututi, Municpio de Breves/PA. Com o intuito de experimentar e comprovar a abrangncia dos resultados encontrados na Ilha, assim como, para garantir o distanciamento necessrio pesquisa social, a analise foi estendida a outras localidades s quais apresentavam semelhanas histricas em suas formaes sociais e econmicas. Neste sentido, buscou-se aferir no mbito das relaes comerciais entre patres e fregueses, substituies, permanncias ou transformaes, nesta segunda, da forma de organizao anterior. Assim como, os fatores que contribuiram para o surgimento e manuteno desses eventos e as atuais consequncias sociais e econmicas resultantes deste novo ou reelaborado modelo de organizao na vida dos seus membros.
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Este um estudo que aborda uma festa em homenagem a So Benedito em Ananindeua/PA, um ritual realizado por migrantes oriundos da cidade de Bragana, interior deste mesmo estado, onde acontece uma tradicional festa para So Benedito h mais de 200 anos. E durante 23 anos este grupo de migrantes reproduzem esta festa em Ananindeua, cidade pertencente regio metropolitana da capital do estado, Belm, aos moldes da que realizada em Bragana, celebrando o que ser interpretado como bragantinidade, ou seja, elementos simblicos eleitos para representar o pertencimento aos nascidos na cidade de Bragana com determinadas formas de faz-lo, traduzidas nesta condio de bragantinos. Ser assim, em torno da festa, que sero acionados os elementos que marcam esta celebrada identidade.
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Este trabalho um estudo que trata de duas aldeias Munduruk, Praia do ndio e Praia do Mangue, que esto situadas na rea urbana de Itaituba PA, Brasil. O contato entre a sociedade indgena e a sociedade nacional fez surgir muitos problemas que prejudicam a prpria reproduo desse grupo social. Entretanto essas aldeias esforam-se para resgatar sua identidade Munduruk atravs do ensino de seu idioma nativo nas escolas indgenas de suas aldeias. Este estudo foi realizado durante o curso de mestrado em Antropologia, do Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais da Universidade Federal do Par, de maro de 2006 a maro de 2008. A pesquisa foi dividida em duas partes. Uma delas foi atravs de pesquisas de textos especficos de antropologia em bibliotecas, livrarias e internet. A segunda parte foi no trabalho de campo em Itaituba, onde se situam as aldeias. Fui duas vezes ao campo no intervalo das aulas (frias) do Programa. Porm eu estive por quatro meses em campo, antes do inicio do curso de Mestrado. Ocasio onde foram entrevistados membros de doze famlias de um total de duzentas e cinqenta e oito pessoas. O resultado da pesquisa mostrou que nestes grupos em situao urbana possvel perceber a adaptao das instituies tradicionais Munduruk. E que a interao e contato com a sociedade nacional fez surgir uma nova ordem social. Essa nova ordem social formada, guarda tanto elementos da sociedade nacional quanto caractersticas tradicionais Munduruk. E nesse contexto urbano verificamos que as instituies tradicionais Munduruk, apesar de tudo, continuam marcando bem os espaços sobretudo de poder que ainda so regulados pelo parentesco, pelos cls e pelo cacicado.
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O presente estudo, vinculado linha de pesquisa Gesto Urbana e Regional, aborda a crescente importncia do turismo, como estratgia de gesto para o desenvolvimento e as aes deliberadas no mbito do poder pblico, que resultam no incremento da atividade. Tendo como foco de anlise as polticas pblicas de desenvolvimento das atividades tursticas pensadas e implementadas no Municpio de Camet, considerado como expresso scio-espacial ribeirinha da Amaznia, o trabalho se remete a uma anlise geogrfica do turismo, procurando identificar as polticas que vm sendo planejadas por meio de um conjunto de medidas de fomento atividade, nas vrias esferas de poder, dando nfase, especialmente, s realizadas no mbito do Estado e do Municpio. Feita a organizao e sistematizao dos dados, das informaes coletadas nas pesquisas bibliogrfica e documental e nas entrevistas desenvolvidas junto aos turistas, s entidades ligadas ao turismo e s instituies responsveis pela elaborao e execuo das aes, buscou-se captar as polticas que direta ou indiretamente contriburam para o incremento do turismo em Camet, tendo em vista, as modalidades incentivadas, as intervenes espaciais e a relao das polticas pensadas com as particularidades scio-geogrficas locais. Os resultados revelaram que as polticas de turismo ainda so incipientes em suas aes prticas, havendo, em sua maioria, medidas pontuais, sendo visualizado um descompasso entre as aes planejadas e a realidade (potencial turstico) local.
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A atividade turstica, enquanto uma atividade scio-econmica e espacial, tem a possibilidade de criar e recriar espaços de acordo com interesses de agentes envolvidos nesse processo. Na esteira desse movimento, o Estado, entendido enquanto um agente fomentador do turismo cria mecanismos de controle e gerenciamento da atividade a fim de potencializ-la com o intuito de promover sua expanso econmica pelos espaços. Nesse sentido, um dos resultados dessa interveno espacial se constitui na formulao de polticas pblicas setoriais que objetivam, assim, a reestruturao espacial. Tais polticas refletem o jogo de interesses entre o Estado, agentes de mercado e agentes sociais de uma forma geral. A partir desse contexto, de acordo com uma perspectiva metodolgica da anlise de contedo, este trabalho tem como objetivo analisar as concepes e espacialidades veiculadas no Plano de Desenvolvimento de Turismo do Estado do Par PDT-PA. Leva-se em conta, ainda que o produto das polticas pblicas tem como pretenso a gerao de desenvolvimento, o que retoma, de uma forma mais complexa, a relao entre os agentes envolvidos na turistificao dos espaços.
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Uma das tarefas da pesquisa em Arqueologia da Amaznia compreender as relaes entre as populaes humanas pretritas e a floresta tropical mida. muito importante definir as unidades de paisagem no contexto do processo de ocupaço humana e assim, integrar esses dados ao contexto dos stios arqueolgicos. Este estudo tem como objetivo definir a composio de unidades de paisagem atual do stio arqueolgico PA-BA-84: ALUNORTE, em termos taxonmicos, utilizando a abordagem geogrfica da Ecologia de Paisagem como uma eficiente ferramenta na poltica de preservao do patrimnio arqueolgico. Esta abordagem sistmica destaca a interdependncia mtua dos elementos da paisagem e as interaes entre estes, gerando duas unidades espaciais de anlise do stio arqueolgico: o micromeio e o macromeio. A classificao taxonmica das unidades de paisagem est relacionada com a aplicao de diferentes escalas espaciais, onde o geossistema refere-se s escalas de menor detalhe para a anlise do macromeio do stio, enquanto as unidades geofcies e getopo relacionam-se s escalas de maior detalhe referentes anlise do micromeio. O resgate das informaes ambientais passa pelo uso sensoriamento remoto e o geoprocessamento da imagem SPOT, como uma ferramenta eficaz para a definio das unidades de paisagem. A classificao da imagem foi otimizada com o classificador baseado em redes neurais, com trabalhos de campo e com dados do Programa de Arqueologia Preventiva na rea do Projeto Bauxita Paragominas/PA. Desta forma, a definio das unidades de paisagem do sitio Alunorte passa pela associao de classificao no supervisionada com classificao supervisionada. Os resultados mostraram que o geossistema do macromeio constitudo por oito geofcies, representadas por reas construdas, reas de cultivo agrcolas, rios, praias, vrzea, vegetao em reas alagadas, capoeira adulta e capoeira jovem. A delimitao espacial do geossistema obedece aos limites da bacia hidrogrfica do rio Murucupi. O micromeio definido a partir do sistema de nascente do rio Murucupi e apresenta cinco geofcies que so constitudas por reas construdas, rios, praias, vrzea, capoeira adulta e capoeira jovem. O stio est assentado sobre rampas de colvio, a qual constituda por rampas inferior, mdia e superior, o que est diretamente relacionado com os geotpos que cobrem o relevo do micromeio. Na rampa superior foi registrada a maior concentrao de vestgios arqueolgicos, o que representa, certamente, o local do assentamento humano pretrito, no processo de ocupaço pr-histrico, iniciado h mil anos, o que coincide com uma paleogeofcies de manguezal na praia de Itupanema. O geossistema caracterizado por um alto grau de antropizao representado a partir de ciclos cada vez mais curtos de regenerao da cobertura vegetal. Esta degradao afeta diretamente o patrimnio arqueolgico, por isso, os estudos que visam preservar esse patrimnio, preocupados com o resgate do processo de ocupaço da Amaznia, devem priorizar a preservao conjunta do mesmo com o geossistema em que est inserido.
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A microbacia hidrogrfica de Val-de-Ces, com 10,10Km<sup>2</sup>, situada na poro norte do Municpio de Belm, apresenta como caracterstica a densa ocupaço urbana, representada por ocupaçes clandestinas, conjuntos residenciais e por reas institucionais. O presente estudo analisa os impactos provenientes pelas principais formas de ocupaço e uso da microbacia de Val-de-Ces, utilizando como indicador a qualidade das guas superficiais do corpo hdrico. As anlises das guas foram realizadas em dois perodos, um chuvoso (fevereiro) e outro seco (agosto), sendo determinados os seguintes parmetros: turbidez, condutividade, cor, pH, Oxignio Dissolvido, temperatura, componentes nitrogenados, Demanda Bioqumica de Oxignio, metais, leos e graxas e coliformes totais e fecais. A gua do igarap revelou valores elevados na jusante do igarap, possivelmente pela influncia direta da baia do Guajar, para o pH, leos e graxas, coliformes e Demanda Bioqumica de Oxignio. Na nascente os parmetros de coliformes totais e Demanda Bioqumica de Oxignio apresentam valores que so considerados elevados em relao aos demais pontos de coleta, mas o local que apresenta considervel nmero de palafitas nas proximidades e pouca vegetao. A presena de efluentes domsticos e esgotos so retratados principalmente pela quantidade de coliformes, leos e graxas, turbidez e teor de fsforo nas amostras coletadas em ambos os perodos e pelo grande nmero de pontos de descargas que aumentam a cada dia.
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Em Belm, nos ltimos doze anos (1994-2006), o poder pblico passou a desenvolver iniciativas no sentido de criar projetos de interveno no centro histrico da cidade, dentre os quais se destacou os projetos da Praa Frei Caetano Brando e do Instituto Histrico e Geogrfico do Par, promovido pela Prefeitura Municipal, atravs do Programa Monumenta Belm, e do Complexo Feliz Lusitnia, executado pelo governo estadual, concentrados especificamente na rea que abrange o bairro da Cidade Velha. Neste contexto, buscou-se compreender a lgica que explica a recente preocupaço do poder pblico em intervir no Centro Histrico de Belm, buscando analisar suas implicaes no processo de reorganizao scio-espacial do bairro da Cidade Velha; compreender como tem se dado a dinmica de apropriao e reorganizao desse espaço e como as prticas espaciais engendradas na dinmica de produo/apropriao tm propiciado as diversas territorialidades dos agentes sociais que produzem o espaço urbano desse bairro, bem como identificar as possveis contradies/conflitos de territorialidades entre os diversos agentes sociais (Estado, comerciantes e moradores) envolvidos no processo de produo/reproduo espacial, gerados na dinmica scio-espacial desse bairro, devido essas intervenes. Percebeu-se que as aes do governo do estado, referente interveno do Complexo Feliz Lusitnia, pautaram-se na adoo do planejamento mercadfilo e na introduo de tcnicas de city marketing, justificado pela necessidade de recuperar a base econmica da cidade. Esse projeto fundamentou-se na concepo de revitalizao, alterando a forma e a funcionalidade do patrimnio onde foram realizadas as aes de interveno, com vistas a tornar a cidade mais competitiva na disputa por atrao turstica. Devido seu carter conservador, no se chegou a constatar a materializao dos conflitos de territorialidade entre os diversos agentes sociais, visto que os comerciantes e moradores no se constituram enquanto sujeitos partcipes no processo de elaborao e execuo do referido projeto. Em relao s intervenes promovidas pelo governo municipal, pautaram-se em um planejamento mais progressista, onde a participaço popular se fez um pouco mais presente. Tais projetos fundamentaram-se nos princpios da reabilitao urbana, que visam qualificar o espaço urbano e melhorar as condies de qualidade de vida e de infra-estrutura para os seus usurios. Apesar de se considerar de extrema relevncia o desenvolvimento de projetos com vistas a reabilitar o Centro Histrico de Belm, acredita-se que estes deveriam ser elaborados, a partir de uma anlise minuciosa da dinmica scio-espacial dos bairros que o compe e da cidade como um todo, e que estes projetos partam de aes mais integradas entre os rgos patrimoniais da esfera municipal, estadual e federal, de modo que seus resultados possam garantir uma maior eqidade e participaço dos diversos agentes produtores desse espaço urbano.
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Este trabalho analisa como as atividades socioeconmicas cotidianas se desenvolvem no mbito do espaço vivido e do uso dado ao territrio pelos ilhus, objetivando identificar as interrelaes sociais desenvolvidas no interior da ilha de Cotijuba e entender como elas influenciam na construo e na reconstruo do lugar. Para que tal anlise se realize de forma satisfatria realizou-se uma pesquisa bibliogrfica sobre o conceito de lugar e comunidade, debate feito por gegrafos e socilogos. Neste trabalho pretende-se usar o conceito de lugar proposto por Carlos (1996), a qual entende que o lugar pode ser definido simplesmente como um subespaço em que se desenvolve a vida em todas as suas dimenses, ou seja, o lugar a base da reproduo da vida e pode ser analisado pela trade habitante-identidade-lugar. No decorrer das anlises sobre Cotijuba, discute-se o processo histrico de ocupaço da Ilha, desde o momento em que a mesma foi ocupada para nela ser construdo um espaço para o beneficiamento de arroz (rea da Fazendinha na comunidade do Poo), at sua insero no contexto do movimento cabano, quando esta serviu de base militar para o exrcito colonial at a inaugurao, o funcionamento e a decadncia da Colnia Reformatria de Cotijuba (CRC). Discute-se tambm as relaes e os fluxos estabelecidos existentes entre a ilha e o continente, antes e depois de 1994 quando ocorreu a implantao da linha fluvial pela Prefeitura Municipal de Belm. Este fato influenciou significativamente o processo de ocupaço e povoamento da ilha, processo que est intimamente relacionando com a histria de Cotijuba, e acima de tudo, com a reconfigurao territorial do lugar, ou seja, com a construo do lugar na ilha de Cotijuba pelos ilhus. Durante a pesquisa foi feito um esforo no sentido de descrever e analisar a infraestrutura existente na ilha. Infraestrutura produzida por atores locais, pblicos e privados, atores que influenciam na dinmica de vida dos ilhus, ou seja, influenciam nos costumes e hbitos cotidianos dos indivduos, nas interrelaes entre os mesmos dentro do grupo comunitrio e destes com a natureza. J na sua fase final esta pesquisa tem a inteno de analisar a forma de organizao das comunidades que atuam na ilha, levando em considerao o uso dado ao territrio por tais atores e tambm seus desdobramentos nos recursos naturais. Considerando o exposto at aqui, o objetivo principal deste trabalho consiste em fazer um estudo que leve em considerao uma anlise sobre a comunidade e a construo do lugar na ilha de Cotijuba (PA), buscando entender como as atividades, as representaes e as interrelaes cotidianas desta comunidade podem ser entendidas como condies para a construo do lugar.
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A problemtica da gua abarca duas questes capitais: de um lado temos a inerncia do uso mltiplo da gua no processo de reproduo e sobrevivncia da humanidade, e de outro, a intensificao da valorizao da natureza como mercadoria. Nas reas de maior concentrao populacional e de uso diversificado e intenso dos recursos hdricos, regies industriais dos países centrais e de países como o Brasil a escassez torna-se cada vez mais evidente. A distribuio irregular dos recursos hdricos acentua ainda mais a problemtica da gua. Em vistas a contribuir com o debate, tomamos como objeto de anlise a cidade de Tucuru, palco de profundas transformaes scio-espaciais, motivadas pela construo e ampliao da Usina Hidreltrica de Tucuru no perodo entre as dcadas de 1970 e 1990. Busca-se entender o papel da administrao municipal na estrutura poltica de gesto dos recursos hdricos, utilizando como exemplo a rede de abastecimento e a multiplicidade do uso da gua na cidade de Tucuru. Essa anlise se assentar no desempenhado pelo municpio para a gesto territorial a partir dos rebatimentos da 2 etapa de construo da UHE Tucuru.
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Estudo realizado no complexo de disposio final formal da Prefeitura Municipal de Belm e seu entorno, objetivando analisar a c de grupos sociais excludos, na condio de catadores de materiais reciclveis em Belm (PA) e as aes do poder pblico que permeiam o quadro atual, a partir da segregao socioeconmica no espaço urbano e sua relao com o lixo, passando pela cartografia da dinmica do lixo urbano de Belm (PA) e pela anlise dos movimentos sociais de catadores, suas potencialidades e fragilidades, propondo interferncia nesta territorialidade. Os dados coletados envolvem carga terica e insero prtica na dinmica em estudo e as concluses ratificam um cenrio de reproduo do sistema de produo vigente, em uma contextualizao de relaes de poder muito evidente na territorialidade estudada.