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Resumo:
As pesquisas participativas, que têm perspectivas sócio-históricas e,portanto, de superação da tradição empirista da pesquisa científica, vêm seconsolidando como metodologia em educação ambiental exigindoreflexões e avaliações. Este artigo apresenta as análises de dezenoveprojetos de iniciação científica com a pesquisa-ação-participativa emeducação ambiental orientados pela autora. As categorias de análiseapresentadas são: a mediação do educador no processo grupal; os temasambientais como geradores de um processo educativo; a participação; e,por último, as possibilidades e limites da pesquisa-ação-participativa emeducação ambiental com crianças. As análises têm como objetivocontribuir para a consolidação da pesquisa-ação-participativa em educaçãoambiental como forma metodológica de produzir conhecimentospedagógicos e, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades para que,na formação inicial dos educadores ambientais, a universidade realize umarelação intensa e competente com a comunidade, respondendo às suasnecessidades de formação humana.
Resumo:
Os trabalhos do Grupo de Discussão “Pesquisa e Ação” no IV Encontro dePesquisa em Educação Ambiental – EPEA, em julho de 2007, partiram dadiscussão de um texto-base sobre essa metodologia de pesquisa que tratava de suasquestões centrais. Essas discussões foram realizadas em dois encontros durante oevento e apontaram características, limites e perspectivas para essa metodologia depesquisa em EA. O Grupo problematizou a metodologia através da explicitação dedúvidas e discussão do conceito de EA, da compreensão da pesquisa em EA comopesquisa qualitativa e dos limites e possibilidades da pesquisa-ação comomodalidade de pesquisa em EA. Este artigo trata, portanto, dos temas debatidos,ampliando as reflexões a partir de questões referentes a essa metodologia colocadaspela prática e pela literatura na pesquisa em educação e em educação ambiental.
Resumo:
Este trabalho explora possibilidades abertas pelos campos teóricometodológicosde “conflito socioambiental” e “educação moral” para a constituiçãode uma proposta teórico-metodológica de formação continuada de professores.Trata-se de reflexão teórica aliada às análises de uma experiência de intervençãoanteriormente realizada e que se insere nas abordagens naturalístico-qualitativas depesquisa. As análises realizadas forneceram indícios de que subsídios daquelescampos podem apoiar a construção, pelos educadores, de entendimentos relevantesà nossa perspectiva de EA e podem subsidiá-los na criação autônoma de novaspráticas pedagógicas. Os trabalhos levaram à formulação de proposta teóricometodológicade formação em que se preparam os educadores, por meio dautilização de estudos de casos locais/regionais de conflito socioambiental e dosrecursos metodológicos (RMs) da educação moral, para a criação de atividades parasala de aula.
Resumo:
Este trabalho apresenta o resgate da memória ambiental de moradoresidosos da cidade de Botucatu (SP) através da metodologia da História Oral deVida. Seu objetivo é contribuir para o levantamento e valorização da históriada cidade, gerando conhecimentos para propostas de sensibilização e ações deEducação Ambiental nos espaços urbano e rural do município. Observaram-senos relatos a percepção da crescente separação homem-natureza e a adesão aprocessos insustentáveis de desenvolvimento, o que gerou sérios problemassocioambientais.
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A pesquisa teve por objetivo caracterizar as representações sobre ohomem, a natureza e as suas relações mútuas nas propostas ambientalistaselaboradas pela Campanha da Fraternidade de 2007, cujo tema foi“Fraternidade e Amazônia”. Para tal, procurou-se identificar as posições daIgreja durante o ano de 2007 a partir de fontes primárias, como obras deautores católicos, a revista Família Cristã e os endereços eletrônicos daConferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Campanha da Fraternidade,com os quais se elaboraram os corpora de pesquisa. Os dados mostraram que atemática ambiental não teve grande representatividade nos meios decomunicação católicos, correspondendo geralmente a menos de 10% dostextos examinados. Especificamente, a Campanha da Fraternidade direcionouseus esforços para problemas sociais das populações e, quando tratou dasquestões ambientais da Amazônia, usou um discurso romântico eantropocêntrico rico em metáforas. Concluiu-se que a temática ambientalserviu de caminho para atrair a atenção de diferentes setores da sociedade edos meios de comunicação para as injustiças e desigualdades sociais no Brasil,nos moldes das ações baseadas na Teologia da Libertação.
Resumo:
O emergente campo da pesquisa em educação ambiental (EA) no Brasil traz anecessidade de uma sistematização dessa produção a fim de identificar econfigurar aspectos desse novo campo do conhecimento. O presente trabalhovisa contribuir nessa direção a partir da análise dos trabalhos apresentados nosEncontros de Pesquisa em Educação Ambiental (EPEAs). Os resultadosapontam a predominância de trabalhos de natureza empírica em relação aos denatureza teórica e reflexiva e de trabalhos relacionados a contextos educacionaisescolares em relação a contextos não escolares, sendo os níveis escolaresfundamental e médio os mais presentes. Em relação aos trabalhos de naturezateórica e reflexiva, há predominância dos fundamentos teóricos e metodológicosda EA como foco temático. Já entre os trabalhos de natureza empírica, oprincipal foco temático é o desenvolvimento de projetos, programas e práticas emcontextos escolares ou não escolares. Há ainda um número bastante significativode trabalhos com contextos educacionais não específicos, nos quais predominamcomo focos temáticos os processos formativos e as concepções de professores eeducadores. Aspectos referentes à avaliação dos trabalhos submetidos aos EPEAstambém são destacados neste artigo.
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Tem sido cada vez mais constante ficarmos perplexos com a baixaexpressividade da consciência das pessoas e as morosas mudanças nocomportamento ecológico. Tanto a Educação Ambiental quanto os movimentossociais, como campos de ação social, se propõem a transformar esse cenário.Entretanto, vemos que, apesar desses propósitos compartilhados, não raro atuamem espaços paralelos. Essa situação requer uma reflexão tanto das perguntascomo das respostas a essa problemática. Destacamos dois pontos debatidos emgrupo no V EPEA, em 2009, os quais, longe de serem exclusivos, nos auxiliamnessa reflexão tendo a Educação Ambiental e movimentos sociais como espaçosde luta socioambiental. O primeiro se refere aos aspectos de atuação da EA e dosMS na busca de respostas fortes, e o segundo é relativo ao papel da academia naaglutinação desses espaços para transcender a pura investigação de perguntasfortes e incluir respostas fortes.
Resumo:
Neste texto procura-se apresentar um breve histórico do Grupo de Pesquisa ATemática Ambiental e o Processo Educativo, enfatizando-se os referenciaisteórico-metodológicos que têm orientado as suas pesquisas e os objetivos maisgerais de suas investigações. O exercício de explicitar a forma como determinadasociedade “torna a natureza presente” é visto pelo grupo como de fundamentalimportância para compreendermos os modelos teóricos e as ações práticasrelacionadas com processos educativos e a temática ambiental. Para odesenvolvimento de suas pesquisas o grupo procura mapear as tendências teóricase metodológicas da educação ambiental em textos acadêmicos, em relatos depesquisa e em propostas e projetos educativos, bem como caracterizar os sentidosatribuídos à temática ambiental, à relação sociedade-natureza, à Educação e àEducação Ambiental explorando as dimensões consideradas fundamentais para oprocesso educativo, a saber, epistemológica, axiológica e política.
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Este artigo analisa os trabalhos apresentados nos I, II e III Encontrosde Pesquisa em Educação Ambiental (EPEAs). Tem como corpusdocumental 61 trabalhos, definidos através de uma amostragem aleatóriaestratificada a partir das edições dos eventos. Seus objetivos são: ainvestigação do entendimento dado à dimensão política da educaçãoambiental, a caracterização das concepções de educação ambiental e aidentificação das abordagens políticas dessas concepções. Trata-se de umaanálise documental de abordagem qualitativa. A análise foi realizadaatravés das categorias: concepção emancipatória de educação, concepçãotransformadora da relação sociedade-natureza (que configuram umaconcepção transformadora de EA), concepção conservadora de educaçãoe concepção conservadora da relação sociedade-natureza (que definemuma concepção conservadora de EA). Sessenta e quatro por cento dostrabalhos foram compreendidos como concepção transformadora e os36% restantes foram considerados portadores de uma concepçãoconservadora. Dos 61 trabalhos, 18 relacionam educação ambiental com adimensão política.
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Diante dos vários problemas ambientais da atualidade, consideramos imprescindível questionar os atuais valores que regem nossa relação com a natureza. Interessam-nos, de modo específico, os valores atribuídos aos animais não humanos, sobretudo no âmbito escolar. Dessa forma, realizamos uma pesquisa cujo objetivo foi verificar as valorações atribuídas aos animais por docentes dos primeiros anos do ensino fundamental ao trabalharem com a temática ambiental. Investigamos professoras envolvidas em um projeto extracurricular sobre o tema “fauna”, desenvolvido em uma escola de ensino fundamental em 2007. Neste trabalho apresentamos a análise realizada a partir dos materiais produzidos pelas professoras e seus alunos durante o desenvolvimento do projeto, ou seja, livros que para nós são a materialização dos valores atribuídos por elas aos animais. Essa análise revelou o uso de linguagens por nós denominadas científica, artística e mista. Possibilidades e limites do uso dessas linguagens são discutidos.
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Embora o estudo do Meio Ambiente seja considerado essencial na formação de professores, pesquisas apontam que nas licenciaturas esse estudo ocorre de maneira incipiente. Neste artigo apresentamos uma investigação sobre a inclusão da dimensão ambiental no curso de Pedagogia da Unesp/Araraquara, confrontando o que é proposto com as recomendações da Política Nacional de Educação Ambiental. A partir da análise documental do Projeto Político-Pedagógico e dos Programas de Ensino das disciplinas do currículo do curso, verificamos que os temas de meio ambiente não aparecem entre os conteúdos, objetivos e ementas da maioria dessas disciplinas. Os resultados revelam uma discrepância entre o que é recomendado oficialmente e aquilo que está planejado para as disciplinas. Consideramos que a presença pouco efetiva da dimensão ambiental nos cursos de graduação acarreta a formação de profissionais despreparados para trabalhar adequadamente essa temática em sala de aula e que tal situação precisa ser modificada.
Resumo:
O artigo apresenta os resultados das atividades desenvolvidas no Grupo de Discussão de Pesquisa “Educação Ambiental no Contexto Escolar” durante o VI Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental (EPEA). As atividades foram propostas a partir de reflexões oriundas de pesquisadores que abordam a EA como campo de conhecimento. Seis textos apresentados no evento foram discutidos pelos participantes do GDP com base em questões norteadoras. Os resultados dão indícios da importância de se constituir um grupo de pesquisa que acompanhe esse GDP nas futuras edições do EPEA e que fomente políticas e diretrizes curriculares de EA.
Resumo:
Falar em Educação Ambiental é pensar numa complexidade de temas, objetivos e contextos. No ano de 2011, por ocasião do VI Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental (EPEA), ocorrido em Ribeirão Preto, SP, um grupo com representantes de boa parte do Brasil tomou para si a discussão da EA em diferentes contextos. Aqui apresentamos um recorte das reflexões ocorridas no Grupo de Discussão de Pesquisa, o qual inclui a problematização e alguns exemplos de atividades relativas ao processo de Educação Ambiental em contextos não escolares. O texto mostra que vivências com e na natureza podem contribuir afetiva e cognitivamente para que haja maior respeito e cuidado para com o ambiente.
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In a view to determining the outlines of the Freedom of Speech and to specify its contents, we face hate speech as an offensive and repulsive manifestation, particularly directed to minority groups in contemporary society. Thus, the study sought to promote, in the foreground, a study of the Freedom of Speech, in the liberal molds. Considered this way, Freedom of Speech will tend to accept hate speech as a legitimate manifestation, albeit at the injury of the victims. On the other hand, when we are dealing with the exhaustion of the liberal paradigm and the affirmation of the Welfare State, we note the recognition by the social state of the asymmetries and commitment to redistributive justice. The Freedom of Speech, warded by welfare state will tend to suffer major restrictions on its self-determination power, rejecting hate speech.
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Introduction: The stair-climbing test (SCT) is considered a submaximal test of simple implementation and easy access, which assesses the individual’s functional capacity. Although widely used in surgical patients, there is no standardization regarding the height of the stair and verbal stimulus. Objectives: It was determine if verbal stimulus changes the stair-climbing time (SCt) in individuals over 50 years-old. We compared oxygenation, blood pressure, pulse, respiratory rate and Borg scale between SCT performed with and without stimulation. Methods: We evaluated individuals with ages greater than 50 years-old that performed two STC (with and without verbal stimulation), in the stair with 44 steps, achieving 7.04 m in height and recording the time to climb the stair. The systolic blood pressure (SBP) and the diastolic blood pressure (DBP), respiratory rate (RR), pulse, oxygen saturation (SpO2 ) and Borg scale were evaluated before and after the tests. The time in the SCT with and without stimulation were compared using the Student test-t and the other variables were compared using the ANOVA test (p<0.05). Results: The average age was 59.75±6,40 years old in the 21 evaluated individuals. The time in the SCT without stimulus was significantly higher than the one with stimulus. The SBP, pulse, RR and Borg scale were significantly increased when compared to the SCT with and without stimulus. Oxygenation and DBP didn´t have significant differences at any time of the study. Conclusions: The time in the SCT was lower when performed with verbal stimulus. The SBP, pulse, RR and Borg scale changed significantly after the SCT with and without stimulus, remarking that this change was greater in the SCT with stimulus.