506 resultados para Literatura brasileira - Séc. XX
Resumo:
A autora discute a presença quase insignificante da poesia no ensino fundamental, mostrando também que são inúmeros os equívocos didáticos quando se recorre ao gênero nas salas de aula. Ela ainda analisa as razões do predomínio de livros didáticos e paradidáticos com sustentação filosófica e teórica ultrapassada e que apresentam textos literários infantis geralmente de natureza narrativa. Para a pesquisadora, trata-se de uma espécie de desperdício, pois a poesia infantil teria mais possibilidades de contribuir na difícil tarefa de despertar nos estudantes o gosto pela leitura. Ela cita Bamberger, para quem a poesia é o único gênero capaz de despertar leitores em qualquer faixa etária ou fase de leitura. A pesquisa foi realizada com professores de três escolas de nível básico e teve dimensões pedagógicas, já que a autora levantou a formação geral desses professores e os reflexos dessa formação na prática pedagógica, especificamente no que tange a conteúdos e formas de ensino de literatura infantil. A autora também apresenta uma metodologia de leitura, mais produtiva e critica do que a normalmente empregada nas escolas, a qual parte da constatação de que os estímulos do mundo poético integram a vida da criança desde muito cedo, mas ainda têm de ser inseridos na escola.
Resumo:
O autor tenta mostrar que Ressurreição, romance publicado por Machado de Assis em 1872, não apenas diverge em parte do gosto literário vigente na época como instaura uma nova temática na tradição romanesca brasileira, que era, então, ainda bastante incipiente: a dúvida. Segundo o pesquisador, por meio de uma técnica que ao mesmo tempo explica os expedientes narrativos e conta a história do protagonista, o narrador consegue fazer confluir para o campo da incerteza tanto o ponto de vista quanto a perspectiva do herói. Há por isso, em Ressurreição, certa suspensão da realidade, que para o pesquisador afasta a obra das abordagens convencionais do romance urbano do romantismo brasileiro e a aproxima do romance mais moderno que se fazia na Europa. Ali, essa modalidade literária adquiriu status de gênero burguês por excelência, por expressar os valores, os costumes e os anseios dessa classe e ainda servir como vigoroso instrumento de análise da nova civilização do capital. Do mesmo modo, para o autor, o romance de Machado, ao redefinir seus próprios procedimentos estruturais e reelaborar sua temática, sofisticando a percepção da realidade, logra promover uma densa análise crítica dos indivíduos e de seus interesses subjacentes às interações sociais. É, neste sentido, um dos embriões dos grandes romances da fase madura do escritor carioca
Resumo:
A autora investiga o romance O selvagem da ópera, de Rubem Fonseca, publicado em 1994 e que se destaca por certa excepcionalidade dentro da obra do escritor, conhecido pelo uso da linguagem das ruas e pela ênfase nas situações de violência social - embora neste texto, publicado quatro anos após ter lançado Agosto, em que mesclava história e ficção para narrar os acontecimentos do mês em que Getúlio Vargas se suicidou, também volte a utilizar esses elementos. No livro, Fonseca debruça-se sobre a vida do compositor Carlos Gomes, famoso por sua ópera O Guarani, desde a sua partida de Campinas para o Rio de Janeiro de D. Pedro II, e depois para a Itália, onde encontraria a glória e o fracasso. O autor não se limita, porém, à simples narrativa histórica: investe também no hibridismo de gêneros, já que é contado para o leitor que o romance servirá de base para um filme de longa-metragem. Dessa forma, segundo a pesquisadora, Fonseca, empregando o recurso da metaficção, monta um jogo de simulacros e armadilhas, deixando o leitor indeciso se está diante de um material biográfico ou de um roteiro cinematográfico. Além da análise formal, o livro também discute as implicações trazidas pelo olhar inovador de Fonseca diante do cenário artístico e cultural da segunda metade do século 19
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A autora defende a hipótese de que o conceito de ponto de vista em Semiótica diluiu-se no corpo da teoria, porém ressurgiu sob outra roupagem a partir das reflexões sobre a tensividade. Utilizando como objeto de análise a novela A hora da estrela, de Clarice Lispector, ela procura estabelecer as origens desse conceito e seguir seus traços de permanência, verificando ainda como a noção de ponto de vista substituída pela noção de campo de presença opera em uma narrativa concreta. A escolha de A hora da estrela de modo algum foi aleatória. Para a autora, a novela fornece informações relevantes para o enfoque da pesquisa, por apresentar, por exemplo, uma construção enunciativa complexa, atravessada por diferentes pontos de vista. A fundamentação teórica empregada na análise é aquela preconizada pela Semiótica francesa em seus desdobramentos mais atuais, desenvolvidos principalmente por Claude Zilberberg e Jacques Fontanille. Muito devido ao trabalho deles, se em um primeiro momento a Semiótica focou-se nos conteúdos inteligíveis do discurso, atualmente aborda os seus conteúdos sensíveis, abrindo novas perspectivas para a disciplina
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This article proposes an analysis of the representation of the city in João Antônio's literature, having as main reference the book I, published in 1978. The city in João Antônio's writings seems to be composed by the particular language and focus of the narrator, who wants himself identified to the lower classes, emulating the talk of the excluded people by a linguistic treatment, with its syntactic, rhythmic and vocabulary implications, building a point of view apart from the representations of the upper classes. Thus, João Antônio tries to represent the city through the focus of those social classes, which results in the preference for unknown places, marginal from official images.
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Pós-graduação em História - FCHS
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Pós-graduação em História - FCHS
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
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Pós-graduação em Música - IA
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Pós-graduação em Música - IA
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Mais um lançamento da Coleção Propg Digital, por meio do selo Cultura Acadêmica, Mulheres recipientes se configura como uma obra de grande sensibilidade ao realizar a interseção entre a arte e os sentimentos femininos. Resultado da dissertação de mestrado de Flavia Leme de Almeida, é necessário destacar que este livro não se restringe às generalidades de “estudos de gênero”. A proposta aqui extrapola este conceito. A autora faz uma análise múltipla: como a mulher enxerga a vida e como ela se expressa? Como o feminino aparece na arte? A partir destas questões fundamentais ela vai até os povos ancestrais, desvelar as primeiras esculturas votivas de evocação à fertilidade. Em seguida, faz um estudo de artistas mulheres contemporâneas, evidenciando como cada uma exprime suas angústias e experiências através de suas obras, destacando Frida Khalo, Louise Bourgeois, Celeida Tostes, entre outras. Por fim, Flavia Leme faz uma autoavaliação do próprio trabalho como artista, exprimindo seu processo de criação. Mulheres recipientes realiza um estudo corajoso, que não hesita em revelar para o leitor as aflições, pensamentos e projeções do feminino. Ao analisar a arte, este livro toca no íntimo de muitas mulheres e descobre experiências que não poderiam ser conhecidas de outra forma
Resumo:
Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
Resumo:
Pós-graduação em Educação - IBRC