216 resultados para pediatria
Resumo:
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Tem aumentado muito o emprego da anestesia subaracnóidea em crianças, principalmente neonatos com risco de desenvolver apnéia neonatal. O objetivo deste trabalho foi rever as diferenças anatômicas, fisiológicas e farmacológicas desta técnica em crianças. CONTEÚDO: A anestesia subaracnóidea em crianças, apesar de ter sido técnica empregada desde o início do século XX, teve sua popularidade diminuída com o advento dos anestésicos inalatórios e bloqueadores neuromusculares, para ser novamente resgatada em 1979. As características favoráveis desta técnica em pediatria são relativas à estabilidade cardiovascular, em crianças de até 8 anos de idade, à analgesia satisfatória e ao relaxamento muscular. Os anestésicos mais utilizados em crianças são a tetracaína e a bupivacaína, cujas doses são ajustadas tomando-se por base o peso corporal. Esta técnica é limitada pela duração relativamente curta, devendo ser utilizada para procedimentos cirúrgicos que não ultrapassem 90 minutos e também pela analgesia não abranger o pós-operatório. As complicações são as mesmas encontradas no paciente adulto, incluindo cefaléia por punção dural e irritação radicular transitória. As indicações são várias: cirurgias de abdômen inferior, genitália, membros inferiores, região perineal e, em alguns casos, até em cirurgias torácicas. Seu emprego tem particular interesse nos recém-nascidos prematuros, pelo risco de apresentarem a apnéia da prematuridade. CONCLUSÕES: A anestesia subaracnóidea em crianças é técnica relativamente segura, com poucas complicações e pode ser considerada como opção para anestesia geral, principalmente nos recém-nascidos prematuros com risco de apresentarem complicações respiratórias no pós-operatório.
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Objectives: To assess cardiac morphology and function by means of echocardiograms of children with obstructad breathing while asleep.Methods: the study enrolled 40 children of both sexes, aged from 3 to 11 years; 30 of them had obstructed breathing during sleep (group I) and 10 children were healthy controls (group II). The two groups were similar in terms of sex, age, weight and height. The 40 children underwent echocardiogram, viewing all four chambers during systole and diastole, paying special attention to the right ventricle (RV). These data were compared by means of Student's t test (p < 0.05).Results: In group I, increased diameter and area of the right ventricle were observed during both systole and diastole. There was less variation in RV area between systole and diastole. Reduced left ventricle (LV) diastolic diameter was also observed, together with reduced ejection fraction and reduced contraction.Conclusions: the morphological and functional cardiac abnormalities observed in the RV and LV suggest that, in children, obstructed breathing during sleep can lead to cardiovascular repercussions. These abnormalities may expose these children to increased anesthetic and surgical risks.
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Objective: To test whether ascorbic acid supplementation has any cytoprotective effect on a model of secondary biliary cirrhosis in young rats.Methods: We studied 40 Wistar rats weaned at the 21st postnatal day. Each group of 10 was subjected to one of the following four treatments, until 49th postnatal day, when they suffered euthanasia: 1) LC-double ligature and resection of the common bile duct and daily administration of ascorbic acid [100 mg/g of body weight (bw)]; 2) LA-double ligature and resection of the common bile duct and daily administration of aqueous vehicle (1 mL/g bw); 3) SC-sham operation and daily administration of ascorbic acid (100 mg/g bw); 4) SA-double ligature and resection of the common bile duct and daily administration of aqueous vehicle (1 mL/g bw). The rats were weighed daily. on the 27th day after the operation they received an intra-peritoneal injection of 1.5 mg/g bw of sodium pentobarbital, and the pentobarbital sleeping time was measured. Blood was collected for serum alanine aminotransferase and aspartate aminotransferase activity measurements, serum albumin and globulin concentrations, and the liver was assessed for liver water and fat content. Data were submitted to two-way ANOVA and paired comparisons between groups were tested using the SNK method. Significance level was set at 0.05.Results: Ascorbic acid supplementation attenuated the effects of cholestasis: decreased the pentobarbital sleeping time, serum globulin, and the liver fat content.Conclusions: Our results corroborate the hypothesis that ascorbic acid supplementation has a cytoprotective effect in secondary biliary cirrhosis.
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Objetivos: avaliar a evolução ultra-sonográfica de cistos subependimários (CSE) do ângulo externo dos ventrículos laterais, e a evolução clínica dos pacientes. Comparar os pacientes com CSE isolados e os com CSE associados a outras lesões. Métodos: foram diagnosticados um a vários cistos no ângulo externo de um ou de ambos os ventrículos laterais, por meio de ultra-som transfontanelar (US) de rotina, realizado nos primeiros dias de vida, caracterizando os CSE. Durante o período de 1981-2000, 66 recém-nascidos tiveram CSE evidenciados na UTI neonatal do Hospital de Port-Royal. Foram constituídos dois grupos: G-I, com CSE isolados (n=21), e G-II, com CSE associados a outras lesões (n=45). Resultados: os recém-nascidos do GI apresentaram maior maturidade, melhores condições de nascimento e menor morbidade respiratória em relação a GII. A incidência de malformações congênitas foi elevada em ambos os grupos. Houve baixa taxa de infecção bacteriana e ausência de infecção congênita. Os CSE foram uni ou bilaterais, únicos ou múltiplos (colar de pérolas), sem diferença entre os grupos estudados, e predominaram à esquerda. US seriados foram realizados em 49/66 pacientes (74%), mostrando aumento no tamanho do cisto em 21/49 (45%), no primeiro mês de vida, enquanto 12 CSE (24%) desapareceram. O óbito ocorreu em dez recém-nascidos com lesões neurológica graves (quatro leucomalácias periventriculares, cinco hemorragias peri e intraventriculares), e somente um com hérnia diafragmática não apresentava outras lesões ao US transfontanelar. Conclusões: as características dos CSE não diferiram quando esses estavam associados a outras lesões. O nítido predomínio no lado esquerdo sugere uma etiologia vascular. Foi encontrada uma alta taxa de malformações associadas, alertando para a possibilidade de uma etiologia malformativa. Ambas hipóteses sugerem um desvio de desenvolvimento, e não de uma fetopatia viral.
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OBJETIVO: investigar os conhecimentos e as atitudes práticas de pediatras em relação à comunicação oral de crianças. MÉTODOS: foram entrevistados 79 pediatras por meio de questionário específico. O conteúdo do questionário buscava informações sobre o profissional, conhecimento das etapas do desenvolvimento da comunicação infantil, sua conduta frente a alguma queixa de suspeita de alterações da comunicação, encaminhamentos profissionais e o método utilizado como avaliação destas crianças. Os questionários foram entregues pessoalmente e respondidos manualmente pelos médicos. RESULTADOS: a maioria dos pediatras entrevistados tem conhecimento, embora básico, das alterações da comunicação infantil e o desenvolvimento da linguagem. Porém, muitos pediatras desconhecem a real atuação do fonoaudiólogo. Além disso, embora haja uma preocupação com a idade da criança falar corretamente, os médicos não realizam o encaminhamento no período adequado. CONCLUSÃO: este estudo mostra a importância da divulgação do trabalho fonoaudiológico em outros meios que não os restritos a ambientes acadêmico, científico ou clínico apenas frequentado por fonoaudiólogos, mas também por profissionais da área médica.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Objective: To study the trends and patterns of exclusive breastfeeding (EBF) for under-6-month-old infants in the city of Bauru, southeastern Brazil.Methods: We compared data from three cross-sectional surveys, using similar methodologies, which were part of a project for monitoring breastfeeding indicators in the state of São Paulo, Brazil. The sample included infants aged 0 to 6 months who attended one of the two rounds of the nationwide infant vaccination campaign in 1999, 2003 and 2006 (respectively: 496, 674 and 509 infants). Descriptive statistics were used to compare the prevalence of EBF according to age (in months) and group of children under 6 months of age. Differences in prevalence were expressed as percentage-points and submitted to statistical analysis (Pearson's chi-square and tendency), and the level of significance was set at p < 0.05. Factors associated with EBF interruption in 2006 were evaluated by univariate and multivariate analyses.Results: An increase in the prevalence of EBF was observed in under-6-month-old infants: 1999-2003, increase of 9.1 percentage-points; 2003-2006, increase of 6.6 percentage-points, resulting in an annual increase rate of 2.3 percentage-points for the first period and 2.2 percentage-points for the second period. Significant inverse association was observed between EBF and the use of pacifiers (prevalence ratio = 2.03; 95% confidence interval 1.44-2.84).Conclusion: EBF prevalence in under-6-month-old infants in the city of Bauru, southeastern Brazil, increased almost threefold over the period studied, from 8.5% in 1999 to 24.2% in 2006, a total increase of 184.7%. The use of pacifiers was the only factor strongly associated with the interruption of EBF.
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Objective: To determine chronological and corrected ages at acquisition of motor abilities up to independent walking in very low birth weight preterms and to determine up to what point it is necessary to use corrected age.Methods: This was a longitudinal study of preterms with birth weight < 1,500 g and gestational age <= 34 weeks, free from neurosensory sequelae, selected at the high-risk infants follow-up clinic at the Hospital das Clinicas, Faculdade de Medicine de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP) in Botucatu, Brazil, between 1998 to 2003, and assessed every 2 months until acquisition of independent walking.Results: Nine percent of the 155 preterms recruited were excluded from the study, leaving a total of 143 patients. The mean gestational age was 30 +/- 2 weeks, birth weight was 1,130 +/- 222 g, 59% were female and 44% were small for gestational age. Preterms achieved head control in their second month, could sit independent at 7 months and walked at 12.8 months' corrected age, corresponding to the 4th, 9th and 15th months of chronological age. There were significant differences between chronological age and corrected age for all motor abilities. Preterms who were small for their gestational age acquired motor abilities later, but still within expected limits.Conclusions: Very low birth weight preterms, free from neurosensory disorders, acquired their motor abilities within the ranges expected for their corrected ages. Corrected age should be used until independent walking is achieved.
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OBJETIVO: Apontar as possíveis alterações orofaciais decorrentes do sintoma obstrução nasal em pacientes portadores de doenças alérgicas de vias aéreas superiores, por meio de revisão de literatura. FONTES DE DADOS: Levantamento bibliográfico utilizando bancos de dados eletrônicos, como Medline, Ovid, SciELO e Lilacs, com as palavras-chave asthma, rhinitis e mouth breathing, abrangendo os 30 últimos anos. Foram incluídos artigos de revisão, estudos observacionais e ensaios clínicos. SÍNTESE DOS DADOS: A obstrução nasal é encontrada freqüentemente em doenças alérgicas de vias aéreas, como rinite e asma. A respiração bucal decorrente da obstrução nasal pode interferir de maneira direta no desenvolvimento infantil, com alterações no crescimento do crânio e orofacial, na fala, na alimentação, na postura corporal, na qualidade do sono e no desempenho escolar. CONCLUSÕES: Devido à variedade de alterações orofaciais encontradas na criança respiradora bucal decorrente de obstrução nasal por doenças alérgicas de vias aéreas, é necessário realizar diagnóstico e tratamento precoces por uma equipe multidisciplinar, composta por médico, ortodontista e fonoaudiólogo, contemplando a visão de uma via respiratória única, que traz conseqüências ao crescimento e desenvolvimento do sistema motor oral.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Objetivo: descrever caso clínico de um lactente com insuficiência renal crônica terminal, causada por hiperoxalúria primária.Método: após revisão da literatura, verifica-se a raridade da doença; na França, a prevalência é de 1,05/milhão, com taxa de incidência de 0,12/milhão/ano. Pesquisa abordando centros especializados mundiais detectou, em 1999, 78 casos em lactentes; destes, em 14% o quadro inicial foi de uremia. A gravidade e a raridade da doença sugerem o relato deste caso.Resultados: criança de sexo feminino, com quadro de vômitos e baixo ganho de peso desde os primeiros meses de vida, desenvolveu insuficiência renal terminal aos 6 meses de idade, sendo mantida em tratamento dialítico desde então. Aos 8 meses, foi encaminhada para esclarecimento diagnóstico, apresentando déficit pôndero-estatural grave e os seguintes exames laboratoriais: uréia= 69 mg/dl, creatinina=2,2 mg/dl e clearance de creatinina= 12,5 ml/min/1.73m²SC. O exame de urina foi normal, a ultra-sonografia renal revelou tamanho normal e hiperecogenicidade de ambos os rins. A dosagem de oxalato urinário foi de 9,2mg/kg/dia ou 0,55 mmol/1.73m²SC, e a relação oxalato:creatinina, de 0,42. A biópsia renal diagnosticou presença de grande quantidade de depósitos de cristais de oxalato de cálcio no parênquima renal. A radiografia de ossos longos evidenciou sinais sugestivos de osteopatia oxalótica, e a fundoscopia indireta, sinais de retinopatia por oxalato. A criança foi mantida em diálise peritoneal ambulatorial contínua, tendo sido iniciado tratamento com piridoxina.Conclusões: a hiperoxalúria primária deve ser considerada como um dos diagnósticos diferenciais de insuficiência renal crônica em lactentes, especialmente na ausência de história sugestiva de outras patologias.
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Objective: To determine the number of colony-forming units (CFU) that best correlates with catheter-related infections (CRI) in newborns.Methods: This was a prospective study of semiquantitative cultures of catheter tips obtained from newborns in the neonatal unit at Faculdade de Medicina de Botucatu, state of São Paulo, Brazil. The microorganisms isolated from catheter and peripheral blood cultures were identified and submitted to a drug susceptibility test. The optimal cutoff point was determined by the receiver operating characteristic (ROC) curve.Results: A total of 85 catheters obtained from 63 newborns were studied. Staphylococcus epidermidis was the predominant species in the catheters (75%). Eight of 11 (72.7%) CRI episodes were associated with coagulase-negative staphylococci, six of which were of the S. epidermidis type. ROC curve analysis indicated that the optimal cutoff point for the diagnosis of CRI was 122 CFU.Conclusions: The cutoff point of 122 CFU correlated best with the diagnosis of CRI in newborns.
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Objectives: To study the behavior of procalcitonin and to verify whether it can be used to differentiate children with septic conditions.Methods: Children were enrolled prospectively from among those aged 28 days to 14 years, admitted between January 2004 and December 2005 to the pediatric intensive care unit at Universidade Estadual Paulista UNESP with sepsis or septic shock. The children were classified as belonging to one of two groups: the sepsis group (SG; n = 47) and the septic shock group (SSG; n = 43). Procalcitonin was measured at admission (TO) and again 12 hours later (T12h), and the results classed as: < 0.5 ng/mL = sepsis unlikely; >= 0.5 to < 2 = sepsis possible; >= 2 to < 10 = systemic inflammation and : 10 = septic shock.Results: At T0 there was a greater proportion of SSG patients than SG patients in the highest PCT class [SSG: 30 (69.7%) > SG: 14 (29.8%); p < 0.05]. The proportion of SSG patients in this highest PCT class was greater than in all other classes (>= 10 = 69.7%; >= 2 to < 10 = 18.6%; >= 0.5 to < 2 = 11.6%; < 0. 5 = 0.0%; p < 0.05). The behavior of procalcitonin at T12h was similar to at T0. The pediatric risk of mortality (PRISM) scores for the SSG patients in the highest procalcitonin class were more elevated than for children in the SG [SSG: 35.15 (40.5-28.7) vs. SG: 18.6 (21.4-10.2); p < 0.05].Conclusions: Procalcitonin allows sepsis to be differentiated from septic shock, can be of aid when diagnosing septic conditions in children and may be related to severity.
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Objective: To establish reference concentration intervals for salivary cortisol in healthy children, in the morning and in the afternoon, investigating factors that interfere with the concentration measured and the possibility that circadian rhythms are present.Methods: A controlled observational study was carried out with 91 children aged 45 days to 36 months, selected at random and living in Santo Andre, state of São Paulo, Brazil. Inclusion criteria were: healthy, well-nourished, free from fever and corticoid use, subdivided by age group (five subsets) at 6-month intervals. Saliva was collected during home visits in the morning and afternoon. Cortisol was radioimmunoassayed with cortisol 3-oxime-bovine albumin antiserum.Results: the five subsets exhibited higher cortisol concentration during the morning than in the afternoon (p < 0.001), and this difference passed 30% from 1 year of age onwards. Mean concentrations, in nmol/L, were 557.86 (morning) and 346.36 (afternoon). A negative linear correlation was observed between morning concentrations and hours' sleep and frequency of meals (p < 0,05), and in the afternoon with anthropometric measurements (p < 0.05).Conclusions: Reference values for normal salivary cortisol in healthy children were established. At:45 days it was possible to observe circadian rhythms, which reached maturity at 12 months of life. Sleep and food deprivation increased morning cortisol levels.