25 resultados para Romance português - História e crítica


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Trata-se nesta dissertação de estabelecer, partindo do pensamento contemporâneo francês da linha deleuziana e guattariana, sobretudo, uma analítica do desejo capaz de reconfigurar o romance de Nelson Rodrigues, Asfalto selvagem: Engraçadinha, seus amores e seus pecados, desterritorializá-lo em relação à tradição crítica e estética, fundada no paradigma realista-naturalista enraizado no pensamento literário brasileiro, especificamente no século XX. Movemo-nos por discussões sobre o autor e sobre o romance, empreendidas por Rolnik, interlocutora de Guattari, o qual está ligado aos novos paradigmas estéticos, à questão da produção de subjetividades, à micropolítica, às multiplicidades e às minorias. Buscamos contribuir para esse redimensionamento, colocando-nos na perspectiva cartográfica e rizomática para surpreender, em Asfalto, seus processos de subjetivação, incidindo sobre as singularidades selvagens, considerando os conceitos de Foucault, aplicados à construção literária enquanto espaço heterotópico, configurando a experiência do fora, como princípios estéticos. Veremos que as personagens, com foco em Engraçadinha, funcionam, como pequenas máquinas desejantes, Corpos sem Órgãos, moléculas desestabilizando as formações molares. Destarte, Nelson Rodrigues, na perspectiva da produção autoral, torna-se o pornógrafo, o literato iterador, como agenciador de uma palavra perversa, para além dos dogmas, da cena romantizada, originando, em sua poética, a revelação da obs-cena, a obscenidade, como crítica às instituições falidas. Trazemos, nesse sentido, referências de Bataille, quanto ao que na atividade estética se relaciona com o excedente da visão, relacionados ao espaço tático-ótico, concepção deleuziana referentes ao corpo-linguagem, pornografia, pornógrafo, narrativas abomináveis. Acompanhamo-nos, pois, dos conceitos da problemática da diferença e da alteridade, repercutindo na larvaridade, nas afecções, que abrem vias comunicantes com fenômenos extremos, atuantes em torno do mesmo e do outro, trazendo a rizomaticidade do mal e da monstruosidade para a construção estética de Asfalto selvagem, vistos sob a ótica de Bataille, Deleuze, Baudrillard, em ensaios que rompem o olhar estrutural em torno da obra e oferecem subsídios para a construção de uma cartografia outra, o território do ficcional, habitado por um povo por vir, na perspectiva tratada por Deleuze e por Blanchot

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Esta tesis trata de cómo se desarrolla en la obra de la escritora contemporánea Nélida Piñon una especie de pensamiento cartográfico, presente desde su primer romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado en 1961. Para que se interprete el universo literario nelidiano, formulamos nuestro trabajo estableciendo un confronto con el texto del mito iluminado por las reflexiones de Eliade (2007; 2007b; 2008) y Meletínski (2002); con el discurso filosófico pos-estructuralista, representado principalmente por las contribuciones de Deleuze y Guattari (1995; 1996; 1997) a respecto de una geografía del nomadismo; y de Foucault (1996; 2006) sobre el orden del discurso, o nacimiento de la literatura y el ser del lenguaje. Examinadas por la lectura crítica y comparativista de esta investigación, las cartografías mito-póeticas de Piñon son presentadas al lector asociándose a una geografía de los sentimientos y al que Maffesoli (2001) denomina deseo de errância y de perdición, particularmente en las obras Tebas do Meu Coração, A República dos Sonhos, O Presumível Coração da América e Fundador. Esa última novela, publicada en 1969, por lo tanto anterior a los otros textos mencionados, servirá como corpus principal de nuestro análisis, que objetiva demostrar como la narrativa de Piñon se conecta a un linaje literario estructurado a partir de las acciones de un determinado tipo de personaje conocido como inaugurador de ciudades o héroe civilizador o cultural. En la reedición de ese arquetipo de personaje, la autora instaura el elemento de la seducción, en un juego que se establece entre los sujetos masculino y femenino y que pone de manifiesto cuestiones relacionadas al erotismo, a la transgresión y al sagrado, abordadas en nuestro discurso por las consideraciones de Baudrillard (2008) y Bataille (1987). Para que se explicite la constitución de esos puntos, realizaremos un viaje de las visiones del mundo arcaico al contemporáneo por las páginas de Fundador, apuntando de qué manera la escritora brasileña retoma las imágenes del mito cosmogónico, del mito del eterno retorno y del paraíso terreal, que se inscriben como fundamento do su texto literario

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A abordagem da visão da literatura nacional dentro do contexto cultural brasileiro da segunda metade do século XIX e do posicionamento crítico de José de Alencar fez, de sua produção romanesca, especialmente a indianista, representada aqui por sua obra Iracema, um símbolo do conjunto de intenções nacionalistas que invadiu a alma e o coração de todo o povo, no que diz respeito ao sentimento de brasilidade , condizente com a estética romântica da qual faz parte seu autor. Seu posicionamento, quer seja crítico ou artístico, faz de Alencar o maior polemista em defesa da liberdade cultural e literária do Brasil, enquanto alguém bem consciente de sua função social, e por que não dizer, crítica, identificando a metalinguagem como um diferencial fomentador de uma teorização de poética na defesa de sua ficção, abrindo caminho, assim, para a pesquisa da poética explícita na sua produção artística. A referida análise buscará, a partir de uma análise estrutural das partes formais que o compõem esteticamente, como também de uma compreensão temática dos ditos e interditos utilizados pelo narrador alencariano na composição de seu discurso, identificar Iracema enquanto um romance que disputa o título de obra fundacional do Brasil. Para isso se faz necessário empreender uma abordagem do como e do quanto os elementos da Natureza, num romance romântico que tem a Natureza enquanto uma de suas temáticas mais significativas, podem constituir e interferir na percepção e construção de um personagem, que é todo Natureza, e no meio natural em que ele vive; até mesmo ser, por causa disso, o elemento mais representativo dessa nação que se deseja criar, trazendo para o cenário cultural brasileiro do século XIX uma versão de instituição baseada no revigoramento da memória da cultura selvagem. Faz-se lícito também animar forças da natureza e da terra-paisagem que poderiam ser tidas, apenas, como exóticas, mas que na obra em questão funcionam como protagonistas, mesmo fantasmas, de um pacto social e político que, mesmo quando rompe, recusa-se em deixar romper, mergulhando no espaço romanesco da magnitude das águas ou na frieza tumular da terra. Tomar-se-á, também, como ponto de estudo, a análise da fusão da experiência histórica com a experiência ficcional, observando o imbricamento de um discurso no outro, como também as fronteiras que se estabelecem a partir dessa tentativa; tomando o erotismo e a alegoria como pontos de convergência na obra em questão. Por meio da verificação de uma relação que se constrói a partir da solidão, da memória e do esquecimento em que acabam por mergulhar todos os seus personagens, que são, por vezes, tragados em algum dilúvio bíblico da purificação, dentro de um projeto audacioso de invenção de uma nação, que se quer de identidade cultural, e também política, mas que termina condenado ao silêncio, não gozando de liberdade em relação ao espaço a que pertence e, no entanto representa, só cabendo a eles regressarem para dentro da terra-mãe, ou se submeterem a um ritual de profunda aculturação, verificar-se-á, através desse discurso historicamente construído, o ideário de uma nação que se almejava projetar. O conflito de Iracema, personagem protagonista de sua obra homônima, a negação e a perda de si mesma, de tudo aquilo que poderia representar a sua identidade social e cultural, e, conseqüentemente, a morte e a vida dessa mãe genti(o)l, simbolizam a vida e a arte de um povo que, passando pelos embates da colonização, através de seus artistas rebeldes e românticos da Independência, que ilustraram, em grande síntese, a visão através da qual o homem do Novo Mundo foi vislumbrado, rabiscou a imagem da americanidade pelo discurso da História

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In 1956, Luís da Câmara Cascudo published his book Geografia do Brasil Holandês. In this book, he studied and described a space - the Dutch Brazil - from a geographical and historical perspective. To do this, he articulated both perspectives from the point of view of his own reading of the History of Nordeste , establishing a dialogue with the historiographical tradition of the study of the Dutch Brazil in Pernambuco. When portraying the Dutch presence in Nordeste, Cascudo articulated a drama in which the Dutch would have their history described as a typically tragic plot, portrayed as if they were already condemned to failure in advance. To this tragedy he opposed a predominantly comic Portuguese plot, as if the Portuguese victory over the Dutch was as desirable as inevitable for the space of Nordeste . When narrating the clash between the Dutch and the Portuguese for the space of Nordeste , however, Cascudo ended up delineating his own place of speech, as a spokesperson for the identity of the potiguar space in opposition to the pernabucano space described by Freyre and Gonsalves de Mello. In this way, the space of Rio Grande do Norte would have its own identity, constructed from de Dutch absence and constituted from the Portuguese legacy contrarily to the space of Pernambuco, narrated from an articulation and a conciliation of the Flemish and Lusitan legacy, even though highlighting the latter. While the Dutch would had been a constant presence in the history of Pernambuco for Freyre and Gonsalves de Mello, they wouldn t have gone beyond legend in the space of Rio Grande do Norte, removed from its geography and erased from its history. When describing de geography of the potiguar space, therefore, Cascudo articulates the inexistence of the History of a time dominated by the Fleming with the search of a Portuguese space, trough the narration of its origins and constitution, as well as the registry of the characteristics of its legacy

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The objective of this research is to present a reading of the novel Macau (1934), authoring of Aurélio Pinheiro, situated in the context of Brazilian literature produced in the 30s of the last century and analyze the settings of language that reveal individual and social conflicts related to tensions arising of the modernization of a city in the interior of Rio Grande do Norte, in view of the applicability of this knowledge in the educational context. The discussions on the teaching of literature led to an internship experience in the higher education, with the guiding literary reading of the novel Macau. In this sense, this research, bibliographic, analytical and empirical, is in discussions between literature and education that allow us, in addition to a critical reading about Macau romance, a look both in basic education and in teacher training, which justifies linking this thesis in the research line “Reading of the literary text and teaching”. The objectives were met from literary readings of the text, brief study of the author, analysis of the tensions expressed by language, literature defense as a universal right, panoramic review of research on the teaching of literature, reading official documents governing the Brazilian education, discussion of teacher training, training in higher education with application of a didactic sequence, receipt of that novel by teachers in training directed to the applicability in basic education. For this, the research was the theoretical framework primarily the studies of Antonio Candido (1976; 1995), Luís Bueno (2006), Walter Benjamin (1985), Mikhail Bakhtin (2010), Hans Robert Jauss (1994), Theodor Adorno (2006), Antoine Compagnon (2009), and Rildo Cosson (2009).

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In this work, we investigate the symbolic construction of a particular spatiality, starting from the theoretical assumption that spaces are subjective constructions guided by different cultures, feelings and rationales, but mostly spaces are human constructs driven by social relations, as a result of the material investment and symbol that reflects the needs of a particular society at a given time of historical development. Accordingly, we analyze the construction and symbolic imagery of the central region of Portugal, the Alentejo, from the literary production (1916 – 1930) the English poet Florbela Espanca D'Alma Conception Espanca. Thus, we propose to analyze the florbelian work not only from its internal relations, but also external, emphasizing the link between history, space and literature. Thus, we propose to inquire about the symbolic dimension – the meanings of images and representations – which prompted one of the most controversial Portuguese poets of the early twentieth to look into the poetic construction of space Alentejo century, questioning not only the senses brokered by speech literary Florbela Espanca to invent your Alentejo, adorned with memories, pain and longing, but investigate how the socio-cultural environment influenced your work, in your life and ways to feel and live the Alentejo. To better understand how the poet means the Alentejo spatiality, throughout this work we question three categories of space in the work of Florbela Espanca: the region, the countryside and the landscape of the Alentejo. Thus, this research falls within the field of cultural history in the medical we will work with the entire literary output Florbela Espanca, letters, diaries, photos and biographical and literary criticism, by establishing the time frame of 1916 – beginning of intellectual activity Florbela Spank – the 1930 – publication of Blossom Heath (posthumous) and the suicide of the poet. Therefore, a constant symbolic exercise of words crossed by more subjective feelings of the subject, all the time our work will be guided by the question of what would be the Alentejo for the poet, who senses and meanings across this spatiality that marked so sovereignly happiest memories and sad life Florbela Espanca.

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In this study, we focus on the relativization strategies, in diachronic corpus of Brazilian Portuguese (BP). Generally speaking, we aim to investigate the use of the relative in a historical perspective on BP, focusing on semantic-cognitive and discursive-pragmatic motivations involved and the correlation with the discursive traditions. The theoretical perspective underlying our study is the North-American Functional Linguistics, inspired by Talmy Givón, Sandra Thompson, Paul Hopper, Joan Bybee, Elizabeth Traugott, Mario Martelotta, Angelica Furtado da Cunha, among others, combined with contributions of Discursive Traditions, based on authors such as Kabatek, Koch and Oesterreicher. As for the methodology, our research is eminently qualitative, in the sense that it seeks to elucidate semantic-cognitive and discursive-pragmatic motivations related to the use of relativization strategies in BP; and it has quantitative support, with respect to measurable data aspect and characterization of the object of study and its frequency of use. For this investigation, we use the corpora of the project Para a História do Português Brasileiro (PHPB), more specifically, the particular, official, reader and redactor letters written between the eighteenth and twentieth centuries, from four states: Minas Gerais, Paraná, Pernambuco and Rio de Janeiro. The results of this research reveal the variation in relativization strategies, in view of the increase in the relativa cortadora (prepositional chopping strategy) percentage in the corpus of this investigation, even though the occurrence of this strategy is more restricted to private letters. In addition, we found factors of cognitive nature such as reduction in cognitive cost and economy related to the occurrence of that relative strategy, principally in private letters; aspects such as the need for expressiveness and clearness related to the use, even if infrequent, of the relativa copiadora (resumptive strategy), especially in official letters; and factors of communicative order such as the public sphere of circulation of the sample letters, as in the redactor and reader letters, and the gap between the parties most directly involved in the use of the standard relative of our sample.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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A tese trata de dois construtos sócio-históricos Administração e Administrador em face do capitalismo em sua fase flexível. Considerando as mudanças do capitalismo, o texto estabelece como objeto de estudo as concepções de Administração e Administrador, para o campo administrativo, na contemporaneidade. A tese é suportada por uma pesquisa de campo cujo objetivo foi compreender criticamente as concepções do campo administrativo sobre a Administração e o Administrador, em tempos de capitalismo flexível. Epistemologicamente, a pesquisa foi conduzida a partir da perspectiva crítica frankfurtiana, fundamentada em três pares categóricos dialéticos: (i) história versus naturalização; (ii) práxis social versus sistema; e (iii) alienação versus emancipação; privilegiando o pensamento crítico vinculado à primeira geração da Escola de Frankfurt. A literatura prevalente da área de Administração foi revisada mediada pelas duas questões ontológicas que suportam a tese: O que é Administração? e O que é Administrador? para autores como Taylor, Fayol, Drucker, Ohno, Deming, Champy e Mintzberg. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa integralmente qualitativa, com uso de três tipos de entrevistas: (i) entrevista narrativa com história de vida; (ii) entrevista com uso de elementos-estímulo; e (iii) entrevista narrativa ficcional. Para compreensão das narrativas, foi utilizada a técnica de análise hermenêutico-dialética. Os resultados indicam o predomínio da concepção pragmática-instrumental, no tocante à Administração, pela qual ela continua a ser pensada e discursada como uma ação tecnológica e teleológica, que utiliza saberes múltiplos e aprendizagens cambiantes como meios para alcance das finalidades do contexto organizacional mutante. Com relação ao Administrador, há a emergência da concepção estética para apresentá-lo, quando vinculado às organizações. Por esta concepção, há a migração do histórico estereótipo do Administrador controlador e vigilante para a representação do Administrador como um profissional performático. O segundo resultado, que se apresenta como o mais relevante em relação ao Administrador, é o da fuga da profissão. A partir dos pares categóricos dialéticos, esta tese propõe algumas sínteses provisórias críticas: (i) história-naturalização: os sujeitos tomam como naturais a organização empresarial e suas demandas, naturalizando as recentes mudanças que, entre outras coisas, reduzem os postos gerenciais; (ii) práxis social-sistema: pela concepção pragmática-instrumental, as experiências dos Administradores são concebidas a partir do confinamento funcionalista em uma organização-sistema; (iii) emancipação-alienação: tanto a forma naturalizada com que especificam as organizações e sua Administração quanto a práxis interrompida velada em uma experiência reificada mostram-se como fenômenos intrinsecamente e subjetivamente alienantes e contraemancipatórios. Por outro lado, através do movimento de fuga da profissão, os entrevistados parecem (re)significar o silêncio fundador da alienação associada à condição de Administrador: a de pensar como capital, e não se pensar como trabalho. Finalmente, o texto propõe que as possibilidades de emancipação deste profissional residem na tomada de consciência de sua condição como integrante da classe trabalhadora, mesmo em tempos de riscos e incertezas. Assumindo-se como trabalhador, o Administrador poderá lutar pelo seu trabalho, repensando-o em novos termos, em que as dimensões pragmáticas-instrumentais que envolvem sua profissão possam ser dosadas e sempre mediadas por conteúdos substantivos e emancipatórios