15 resultados para INOVAÇÃO SOCIAL

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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Esta investigação inserida no mestrado em Ciências da Educação- Inovação Pedagógica tem como objetivo conhecer a cultura escolar, designadamente, as práticas pedagógicas no âmbito do programa, Plano Integrado de Educação e Formação (PIEF), num estabelecimento de ensino do Funchal. A procura de uma eventual mudança de paradigma, assim como, de inovação pedagógica, poderá comprovar e reforçar a necessidade de alterar os trilhos que levam a Escola atual a afastar-se do lugar-comum. Nesta perspetiva, o rumo a seguir passará pela Mudança, podendo o foco da mesma estar numa pequena comunidade (cultura) ou num programa, cujo estudo particular permitirá conhecer como atuam os seus agentes de aprendizagem. O desafio central da investigação emana da seguinte questão: Será o PIEF um meio de inclusão e, em simultâneo, de inovação pedagógica? Com vista a evidenciar a pertinência desta questão, foram desenvolvidos conceitos temas e abordadas teorias de aprendizagem contemporâneas que ao se concretizarem como suporte teórico de fundamentação, contextualizam o estudo e constituem a base de orientação para o trabalho de investigação no campo. A metodologia de investigação privilegiada apresenta um carácter etnográfico, uma vez que particulariza o conhecimento dos fenómenos sociais, a microanálise e a visão holística sobre a comunidade local. A definição do seu foco associado a um programa e a sua delimitação no tempo e no espaço classifica-o de estudo de caso etnográfico. O objetivo final será compreender e analisar a cultura da Escola Vila Mar através da observação participante e das narrativas dos seus intervenientes, de modo a aferir da veracidade ou logro da questão basilar. A necessidade de implementação do programa PIEF nesta escola foi a resposta encontrada face à inadequação do currículo nacional, no entanto, não se verificou no seu estudo o ímpeto suficiente para criar a metamorfose necessária.

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Ao falarmos de cidadania, pensamos num projecto de convivência, de pertença e participação plena numa comunidade humana, o que pressupõe uma dimensão social e política e acentua as capacidades de pensamento crítico e de agir consciente e intencional que permita salvaguardar o indivíduo na sua identidade e diversidade. Neste contexto, a Educação para a Cidadania é considerada um aspecto fundamental na educação integral de todos os alunos e está relacionada essencialmente com o desenvolvimento de competências de vida, pelo que as escolas e os professores de todas as áreas deverão assumi-la com significativo empenho, mantendo o propósito de assegurar que todos os conteúdos sejam efectivamente promovidos numa abordagem transdisciplinar, com implicações directas nas metodologias, no trabalho cooperativo, no planeamento curricular, nas práticas pedagógicas e na avaliação. Neste aspecto, o PCT permite que estas abordagens sejam efectivas e eficazes constituindo um óptimo auxiliador do trabalho docente. Foi com esta clara convicção que desenvolvemos o nosso estudo. O objecto em análise sugeriu a aplicação de metodologias de investigação de carácter qualitativo com uma posterior complementação mais quantitativa. Os processos aplicados na recolha de dados incluíram, numa primeira fase, a análise de alguns PCT no âmbito da educação para a cidadania no 1.º CEB e, posteriormente, a utilização de entrevistas semiestruturadas dirigidas aos docentes titulares de turma que colaboraram connosco neste trabalho. Os resultados da investigação permitiram-nos concluir que ainda existem muitos professores que têm dificuldade em operacionalizar a educação para a cidadania no PCT como área transversal, dificuldades que são extensivas à elaboração e concretização do referido documento. No entanto, os docentes são de opinião que o PCT constitui um óptimo recurso para o desenvolvimento de uma prática mais dinâmica e inovadora. A análise dos resultados sugere ainda maior aposta na formação de professores com vista ao esclarecimento e preparação destes profissionais na aplicação correcta dos novos documentos que vão surgindo a nível curricular, de forma a que as suas práticas possam constituir momentos de verdadeira inovação pedagógica condizentes com as pretensões de um novo paradigma educativo.

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A aprendizagem de um instrumento musical articula diferentes perspetivas tendo em conta convenções, técnicas, alunos, músicos, professores e escolas. A forma como a música é vista no contexto cultural e social, ainda representa um conjunto de múltiplas intersecções ancoradas a uma música ‘monocultural’. Nem as políticas nem as formações têm acompanhado as mudanças, originando um confronto paradigmático entre as tendências da tradição clássica romântica e as contemporâneas. Com objetivos em compreender e refletir sobre as práticas pedagógicas dos professores, esta investigação teve em consideração os seguintes pontos: a formação inicial dos professores e a sua influência no seu campo de ação; as tendências profissionais; a relação entre mestre e aluno; a cultura cultivada perante a popular; e um ensino da música como atividade extraescolar. O presente estudo foi realizado no Gabinete Coordenador de Educação Artística / Divisão de Expressões Artísticas, no Município do Funchal, partindo dos princípios etnográficos assentes na realização de entrevistas e observações no contexto da sala de aula. Por ser um estudo de caso, este trabalho não pretende fazer generalizações embora emerja do campo de análise, dados aos quais poderão constituir elemento de reflexão em outros trabalhos dentro deste campo musical. As convenções em articulação com as novas práticas emergentes resultam, numa aprendizagem híbrida, assente numa diversidade cultural e musical, num contexto extraescolar.

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Este estudo pretendeu descrever, compreender e interpretar a cultura emergente de uma turma de 5º Ano de Escolaridade com proposta de Percurso Curricular Alternativo (PCA) em que se procurou esclarecer, à luz do conceito de inovação de que forma o PCA se constitui um desafio à Inovação Pedagógica. Ao debruçar-se sobre os padrões culturais da turma procura conhecer e avaliar o impacto desta proposta alternativa, na vida dos alunos, através do conhecimento das representações de todos os envolvidos no projeto. Além de pretender situar as práticas pedagógicas em termos de inovação ou o contínuo de práticas tradicionais, procura compreender que ambientes são emergentes da utilização das TIC. A presente investigação insere-se numa abordagem metodológica de natureza qualitativa, de cariz etnográfico, justificada pela natureza do estudo. Desenvolve-se através da imersão da investigadora no ambiente natural dos sujeitos, com vista à descrição pormenorizada e facetada da vida do grupo e o acesso a formas de entendimento e compreensão da realidade estudada a partir dos padrões culturais e significados vividos no interior da turma. Foram utilizadas diversas formas de recolha de dados, com destaque para a observação participante e a entrevista, que constituíram os principais recursos da investigação empírica, ainda que complementada com registos de cariz etnográfico como notas de campo, conversas informais e dados de opinião, recolhidos durante a permanência no contexto do estudo. As conclusões desta investigação apontam para o reconhecimento do PCA como uma medida positiva para o aluno na construção do seu projeto de vida pessoal, valorização, integração social e profissional, plenas. A utilização da tecnologia permitiu instituir novos contextos de aprendizagem ao nível micro, da sala de aula e romper com princípios, crenças e atitudes estruturantes da escola tradicional, prefigurando um desafio à Inovação Pedagógica, ou seja, à mudança e transformação da escola.

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Este trabalho resulta de uma pesquisa sobre a compreensão da realidade a partir da fotografia tendo em vista a construção da aprendizagem e do pensamento crítico do aluno sob o prisma dos preceitos da inovação pedagógica. Inicia-se por buscar uma definição do conceito de inovação pedagógica engendrado nos processos de ruptura paradigmática do ensino tradicional e, por conseguinte, ancora-se na construção da aprendizagem multirreferenciada pela (re)produção interativa, cooperada e mediada por ferramentas autênticas. Considera a aprendizagem como um fenômeno social e intrinsecamente conectado com a cultura dos sujeitos situados numa comunidade de prática. Para realização deste trabalho, a fotografia foi considerada uma instância portadora de sentidos transversais, que nos possibilita inferir interpretações críticas e dialogadas com a realidade criada nas representações fotografadas e, portanto, um objeto de subjetividade e práxis. Tomamos aqui, como proposta metodológica, o estudo de caso etnográfico de inspiração hermenêutica e fenomenológica. Para o estudo, o trabalho de campo se deu com os alunos da AEC-TEA associação em Capim Grosso- Ba, através de observações participantes, entrevistas e análise de documentos, no período entre agosto de 2012 a maio de 2013, analisando a prática pedagógica desenvolvida no curso de fotografias no sentido da aproximação com as premissas da educação inovadora. Dessa vivência, foram coletados os dados que subsidiaram as conjeturas aqui apresentadas no tocante à compreensão da realidade, a identidade dos sujeitos, o sentimento de sujeito pertencido e a criticidade implicadas nas formas autônomas de aprender com o mínimo de ensino. Desse modo, foi possível compreender como se dá a autoridade do sujeito em produzir o conhecimento intercrítico acerca do mundo a que pertence. Assim, a fotografia se afirma aqui como um lugar de comunicação entre os sujeitos com o mundo criado e reproduzido pelos alunos e por eles compartilhado num claro desafio aos modelos ortodoxos do ensino.

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As reflexões trazidas neste documento é fruto de uma longa estada no povoado de Lençóis na Escola Chico Mendes em Una-Bahia-Brasil, visando compreender quais ações pedagógicas estão sendo utilizadas para organização do conhecimento científico e social, o qual valoriza a aprendizagem do sujeito do campo. Dessa forma, para alcançar os objetivos previstos realizou-se a pesquisa à luz da etnografia, dando flexibilidade ao trabalho, construindo os ajustes necessários durante a pesquisa no campo. Nesse contexto, para a realização das análises, optou-se pela observação participante, análise dos artefatos culturais, dos documentos oficiais, diário escolar, vídeos e registros fotográficos, além da análise do discurso construído pelos sujeitos sociais: alunos, professor e comunidade, estes assumiram grande significado para a pesquisa. Por isso, pretendeu-se com este estudo, compreender se a educação do campo favorece a materialização de prática pedagógica inovadora, permitindo a participação de todos, por meio da pedagogia da equidade, e de ações multissensorias. Os resultados permitem-nos afirmar que os atos produzidos nos diversos contextos da educação do campo desse povoado valorizam a relação desses sujeitos com a terra, a aprendizagem cultural, a sua expressividade, e a ação pedagógica conscientizada. Os referenciais aqui utilizados contribuíram significativamente para interpretar o fenômeno e sustentar as possibilidades de inovação pedagógica na escola.

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Na presente tese o Trabalho Prático (TP) foi analisado procurando-se discernir as suas potencialidades na criação de práticas pedagógicas heterodoxas onde o aluno seja socialmente participativo na construção de conhecimento. A investigação fundamentou-se na metodologia etnográfica, tendo a recolha de dados ocorrido durante o desenvolvimento de TP na disciplina de Biologia do 12ºAno de escolaridade. A análise reflexiva dos dados permitiu compreender as vivências culturais do grupo turma, possibilitando criticar as práticas pedagógicas desenvolvidas como continuidade ou rutura com o modelo tradicional de ensino. As conclusões apontam para a importância do TP na humanização da ciência e para a necessidade de conjugar diferentes modalidades de TP, vincando a dimensão social, enquanto meio para o desenvolvimento da Literacia Científica dos alunos. Esta implica que o conhecimento seja socialmente construído, envolvendo a partilha e negociação de uma rede comum de significados. Para tal, o trabalho de grupo aparece como matriz de desenvolvimento do TP potenciado pela democratização do acesso à informação possibilitada pelo uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Neste âmbito, a heterogeneidade cultural dos alunos da turma é uma mais valia na prática social e a customização da aprendizagem uma possibilidade, indiciando potencialidades do TP para a criação de práticas pedagógicas incomuns.

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Este estudo buscou analisar a Representação Social dos professores da prática do letramento na Educação Infantil; relacionar as representações sociais acerca do letramento da educação infantil e inovação pedagógica e identificar se essas representações orientam suas práticas em prol da construção do conhecimento da criança através da prática do letramento. O referencial orientador da investigação é a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. Assim como vários estudiosos do Letramento e Inovação Pedagógica, o objeto deste estudo foram tomados como referências no intuito de compreender a representação da relação entre a teoria e a prática bem como implicações para uma inovação pedagógica. No percurso metodológico, optou-se por uma abordagem qualitativa, por trazer uma descrição dos fenômenos apresentados no contexto, e que, de acordo Minayo (2001), nas Ciências Sociais, ocupa-se com um nível de realidade que não pode ser quantificado, por conseguinte trabalhando com o universo de significados, aspirações, motivos, valores, crenças e atitudes. O campo da pesquisa configurou-se em duas escolas da Rede Pública Municipal da cidade de Lagoa do Carro – Pernambuco/Brasil. Os participantes foram quarenta e quatro sujeitos entre eles trinta e cinco professores, quatro supervisores e cinco coordenadores pedagógicos. Os instrumentos utilizados para coleta e geração dos dados foram questionário, entrevista semi-estruturada e observação participante, os quais foram tratados pela análise de conteúdo proposto por Bardin (2010). Os resultados do estudo apontaram para a compreensão de uma prática que tem no letramento uma representação social de ser um processo de aquisição de leitura e escrita, tendo como inovação a utilização de métodos ou técnicas, revelando que o processo de formação não atingiu os aspectos necessários para caracterizar uma prática educativa inovadora em que o papel do professor seria de propor ambientes favoráveis a uma aprendizagem atuando como mediador e ao mesmo tempo de ser um aprendiz ao considerar a capacidade de reflexão apresentado pelas crianças, diferenciando de um paradigma fabril que persiste na organização tradicional das escolas.

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O presente estudo propõe-se a investigar as práticas pedagógicas desenvolvidas na Escola Municipal de Frevo do Recife, visando a identificar Inovação Pedagógica neste contexto escolar. O objetivo é compreender como a corporeidade se constitui enquanto processo que possibilita o desenvolvimento de ações pedagógicas inovadoras. Visando tal objeto a pesquisa fundamenta-se em estudos que abordam a relação educação e corporeidade. O estudo dividese em duas partes, uma epistemológica e a outra metodológica. A primeira parte fornece os fundamentos teóricos que sustentam o estudo, contextualizando a corporeidade enquanto elemento da linguagem educacional. Identifica o que os saberes científicos têm apontado sobre o corpo e sua relação com a área educacional, segundo os autores: Merleau-Ponty (1994), Alvin Toffler (1980), Seymour Papert (1994), Gimeno Sacristán (2002), Carlos Fino (2008), Jesus Maria Sousa (2005). A segunda parte contempla a abordagem etnográfica discutida por Georges Lapassade (2005), Roberto Macedo (2010), Laurence Bardin (1997). Participaram da pesquisa os professores e os estudantes adolescentes e jovens que frequentam a Escola de Frevo perquirida. Com base nas falas dos sujeitos investigados, obteve-se, como resultado, algumas categorias, as quais se podem destacar: A arte dançante enquanto espaço para a formação; valorização do frevo; a dança como expressão da emoção; a construção da identidade pernambucana a partir do frevo. Nesse sentido, os dados apontaram que a Escola de Frevo pesquisada apresenta práticas pedagógicas que possibilitam o desenvolvimento de aprendizagem significativa. Desse modo, pode-se inferir que as práticas pedagógicas propostas na Escola de Frevo, em estudo, possibilitaram práticas pedagógicas que incentivam e desenvolvem a formação humana, pois se observa, nos depoimentos dos estudantes investigados, a valorização e o reconhecimento social. Como fator inovador, constatou-se maior liberdade para se expressar, criar, ousar, num imbrincamento entre a tradição e a inovação. Com relação às práticas pedagógicas dançantes, destacou-se a compreensão numa visão de educação integral onde inventividade, ludicidade, sensualidade e energia pulsante, construíram aprendizagens próprias, mediante uma prática pedagógica singular que justifica esta ação investigadora contextualizada na Escola de Frevo investigada. Esta pesquisa possibilitou perceber que a intencionalidad pedagógica centrada no lúdico, na corporeidade, nas interações e nas inúmeras apresentações que reforçam as ações e podem levar à Inovação Pedagógica.

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O presente estudo se propôs a pesquisar sobre as práticas educativas interculturais, como inovação pedagógica na escola indígena, a partir de uma classe multisseriada da Escola Indígena Pedro Ferreira de Queiroz, localizada na Aldeia Kambiwá, município de Ibimirim/Pernambuco - Brasil. Instaura a percepção freireana de educação que, ambientada na concepção problematizadora e libertadora, se assenta numa tendência contestadora, que defende o reconhecimento e a prática educacional para a inserção social. Nesse contexto, delimitamos a abordagem qualitativa, sob inspiração da etnografia como possibilidade de investigar, descrever e analisar a problemática de pesquisa, definindo, ainda, um esquema de interpretação e de perspectivas do fenômeno estudado, o que possibilitou destacar, de forma aproximada, as intenções subjacentes ao mesmo. Os dados obtidos apontam que as estratégias pedagógicas utilizadas na escola, campo de estudo e, no entendimento da maioria dos/as entrevistados/as, defendem o princípio da interculturalidade, como inovação, no âmbito da prática pedagógica, visando a construção do conhecimento ou a valorização da cultura quando, o professor da turma investigada, o grupo gestor e liderança, incentivam os estudantes a se reconhecerem como índio, reafirmando sua identidade étnica, através de atividades culturais ambientadas no ritual doToré, praticado na abertura das aulas e no recreio; valorizam o artesanato indígena, a merenda de alimentos cultivados pela comunidade, ou apreciam o uso da história oral encorajando, assim, mudanças nas práticas consideradas tradicionais. Contudo, o estudo aponta para a instauração de um processo incipiente de inovação que rebate em ações mais efetivas de mudança no que se referem à formação acadêmica dos/as professores indígenas, a organização curricular dos conteúdos, do material didático, do calendário, da avaliação e da ação dos docentes quando, esses, tratam do conhecimento e das percepções na sala de aula, além dos entraves provocados pela burocracia e falta de preparação técnica/pedagógica do poder público em atender as especificidades.

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Esta tese resulta de uma investigação desenvolvida com um grupo de professores que adota o livro didático Química & Sociedade (Q&S) em uma escola pública de Ensino Médio em Brasília, no Distrito Federal, há mais de dez anos; com os estudantes e seus responsáveis. O objetivo principal foi identificar contribuições do uso desse livro na abordagem de temas sociocientíficos para a prática de inovação pedagógica dos professores de Química e a produção de uma Cultura Química junto aos estudantes. Explorou-se uma revisão de literatura partindo do ideário de educadores em Química, para oferecer subsídios teóricos, avanços conceituais ao tema. A lógica sócio-histórico-interacionista perpassou a mediação e incorporação da Cultura Química, construída com base no referencial e na avaliação dos dados coletados ao longo da pesquisa. Adotou-se como percurso metodológico um estudo qualitativo via observação participante e de caráter etnográfico, utilizando-se, como instrumentos: um diário de campo; dois questionários aplicados durante a observação; cinco entrevistas com professores; e aulas experimentais ministradas a estudantes do Ensino Médio. A análise buscou identificar por que, após anos de estudo na educação básica, os conhecimentos de Química não se constituem como parte da cultura de todos os cidadãos e cidadãs; e, ainda, se seria possível manter o ambiente de aculturação científica e continuar desconsiderando a ciência social e/ou popular que os estudantes já possuem antes de ir para as aulas. A pesquisa avança, em nível teórico, ao cunhar o conceito de Cultura Química a ser inicialmente desenvolvido durante a educação básica; em nível empírico, ao desenvolver uma Cultura Química aliando a inovadora práxis docente no uso do referido livro didático – com a abordagem sociocientífica de conteúdos químicos – aos conhecimentos primevos dos estudantes nas aulas práticas de Química, transformando-os em agentes de uma Cultura Química, pautada na educação humanística sustentável e articulada com uma educação cidadã.

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Este é um estudo de caso de natureza etnográfica sobre a prática discursiva desenvolvida no grupo dos Saraus Culturais da Associação Educativo-Cultural Tarcília Evangelista de Andrade, em Capim Grosso, - BA, e é estimulado pela reflexão sobre a necessidade de ruptura do paradigma tradicional que insiste em manter-se sobre as práticas pedagógicas, dentre elas as de produção discursiva, o que anuncia a urgência de inová-las, tornando-as suficientes à aprendizagem articulada com o contexto social dos sujeitos e pela qual estes são os principais responsáveis na negociação do conhecimento com o qual estão a lidar. Assim, procurou-se compreender o comportamento discursivo dos sujeitos no contexto das atividades do grupo pesquisado à luz dos pressupostos teóricos sobre Inovação Pedagógica defendidos pelo Centro de Investigação em Educação da Universidade da Madeira, os quais metodologicamente vinculam-se à pesquisa etnográfica, de forma que este estudo está associado à abordagem qualitativa pelos princípios metodológicos da etnografia, em especial a observação participante, a entrevista aberta e a análise de documentos. Buscou, ainda, no referencial teórico-metodológico da Análise do Discurso, em sua vertente francesa, embasamento para interpretar o funcionamento do discurso na produção dos sentidos e explicitar o mecanismo ideológico que o dá sustentação, o que contribuiu para revelar que a prática discursiva engendrada pelo grupo pesquisado movimenta os sujeitos na história em direção a um comportamento mais crítico. Os dados coletados, entre agosto de 2012 e maio de 2013, permitiram compreender que o referido comportamento é suficiente às premissas da aprendizagem socialmente situada e revela gestos que desmontam o invariante cultural instituído sobre a escola e, ainda, um discurso articulado como prática de movimentação de sujeitos e de sentidos. Considerando essas conclusões principais, o trabalho revela uma proposta comprometida com a Inovação Pedagógica e que pode colaborar na articulação de outras que priorizem os mesmos pressupostos.

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A pesquisa em pauta teve como seu principal objetivo investigar de forma compreensiva o portfólio como uma inovação pedagógica no contexto social e cultural do colégio da Policia Militar Diva Portela na cidade de Feira de Santana-BA. Ressalta os aspectos ligados à aprendizagem dos discentes diante deste dispositivo avaliativo portfólio e sua eficácia enquanto norteador do trabalho escolar. Procura ainda identificar as características do portfólio e sua característica enquanto elemento documental da trajetória dos estudantes ou das comunidades colaborativas no que tange à sua aprendizagem. Explicita também aspectos comuns às comunidades colaborativas, a partir do momento em que se estudou esta proposta de inovação pedagógica através do trabalho constante em pequenos grupos em processo de colaboração. Para tanto, dialogamos principalmente com os seguintes teóricos: Vygotsky, Piaget, Papert, Freire, Luckesi, Villas Boas, Fino, Sousa, Guber, Macedo e Demo. Optamos pela pesquisa qualitativa e pelo método etnográfico, onde utilizamos a observação, relatos, a entrevista semi-estruturada e não-estruturada. Ao desenvolver este trabalho com vistas a uma inovação pedagógica, espera-se ampliar as possibilidades de aprimorar a metodologia e o trabalho escolar, à medida que docente e discente participam ativamente da construção da sua construção do conhecimento e sua formação a partir de uma perspectiva processualista, característica fundante do portfólio.

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A disciplina de Biologia tem encontrado, ao longo de seu percurso, algumas resistências no que se refere ao aprendizado da mesma, particularmente quando se refere aos conteúdos da Genética. Temas complexos relacionados a inúmeras pesquisas genômicas geram polêmicas e levam a discussões, dentro e fora da sala de aula, sobre as sérias implicações de ordem social, ética e moral que advêm desse universo científico. Essa gama de conteúdos relacionados à pesquisa genômica, como organismos transgênicos, clonagem, e especialmente a utilização de células-tronco, leva a discussões sobre os riscos, benefícios e as implicações éticas, sociais e morais provenientes das biotecnologias geradas por essas pesquisas. Para acompanhar essa evolução gerada pelos avanços da ciência, é necessário preparar pessoas com senso crítico e capacidade para participarem dos debates contemporâneos e as implicações que surgem com os avanços científicos e tecnológicos. No entanto, no ensino da Biologia, em especial aquele voltado para a genética, normalmente não existe uma preocupação em familiarizar o aluno com os códigos da ciência, de forma que ele consiga contextualizá-los e relacioná-los com a vida prática e cotidiana, bem como com os aspectos subjetivos com os quais a ciência trata. Este contexto colabora para que o aluno sinta dificuldade em entender e assimilar os conhecimentos dessa pertinência e assim passe a engessar as estatísticas com elevado índice de reprovações na disciplina de Biologia, especialmente nas escolas da rede pública. Portanto, esta pesquisa se desenvolve no sentido de examinar as questões relacionadas à metodologia do ensino tradicional e a prática pedagógica que se utiliza de jogos como instrumentos facilitadores da aprendizagem, buscando, assim, analisar, investigar e verificar as razões das resistências no aprendizado de genética a partir do jogo como instrumento inovador de aprendizagem.

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O presente trabalho analisou as práticas pedagógico-culturais voluntárias no contexto social de crianças em situação de pobreza em Caruaru – PE – Brasil, organizadas por meio de uma abordagem qualitativa de natureza etnográfica. Foram objetivos específicos da pesquisa: explicitar os princípios e pressupostos predominantes destas práticas; analisar as atividades artístico-culturais como meio de construção do conhecimento; analisar se essas práticas pedagógico-culturais são inovadoras. Apoiamos a pesquisa nas perspectivas da interação sócio-cultural de Vygotsky (2007; 2009; 2004), da aprendizagem significativa de Ausubel (1979), da inovação pedagógica de Fino (2000; 2001; 2003; 2005; 2007; 2008; 2009; 2011), da crítica à escola atual de Toffler (1973) e dos novos contextos de ensino de Papert (2008). Participaram desta pesquisa três professoras do 1°, 2° e 3° ciclo e seus respectivos alunos. Como procedimentos de construção dos dados, adotamos o estudo de caso de acordo com Yin (2010) e Macedo (2006). E, como instrumentos, a análise documental de Bardin (2004), Macedo (2009), Lüdke e André (2004); a entrevista semiestruturada (Macedo, 2006; Marcuschi, 1999; Lapassade, 2005), a observação (Macedo, 2006) e a videografia (André, 2008; Macedo, 2006). No tratamento dos dados, utilizamos a análise de conteúdo (Bardin, 2004; Macedo, 2009) e a análise microgenética (Meira, 1994; Moraes, 1999). Os resultados demonstraram práticas pedagógicas inovadoras em que as atividades artístico-culturais humanizam e subsidiam a construção do conhecimento pelo aluno. Na análise documental apresenta-se uma prática diferenciada da escola formal. Na análise e interpretação das entrevistas, a docência mostrou-se engajada na afetividade, compromisso com os alunos, autoria compartilhada, reconhecimento como professora pesquisadora e o papel de mediadora na construção do conhecimento, construído com vínculo pessoal com os alunos e destes com a instituição.