6 resultados para Acolhimento
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
Os hábitos de leitura devem ser criados e fortalecidos desde a primeira infância. Acreditamos que estes continuam a ser significativos para o desenvolvimento intelectual, social, cultural e emocional de todas as crianças e devem ser estimulados pelos vários mediadores de leitura, seja em contexto escolar ou não escolar. Para além da escola, a família também tem um papel fulcral no incentivo e fomentação destes hábitos. No entanto, nem sempre todos podem contar com este apoio. Exemplo disso são as crianças institucionalizadas que, por vários motivos, estão afastadas do seu contexto familiar. Em alguns casos, as instituições de acolhimento são os principais agentes de socialização destas crianças e transmissores de educação, competências e valores. Deste modo, é nosso propósito refletir sobre o papel das instituições na criação e promoção de hábitos de leitura. Assim, convictos da importância que esta prática cultural pode representar para esta população, realizámos um estudo de caso que teve como objetivos principais aferir os hábitos de leitura das crianças acolhidas e implementar um projeto de promoção de leitura. Este estudo foi realizado no Abrigo infantil da Nossa Senhora da Conceição e na Fundação Patronato de São Filipe, da Região Autónoma da Madeira e contou com a participação de doze crianças, em processo de promoção e proteção, com idades compreendidas entre os oito e os doze anos. Tratando-se de uma abordagem qualitativa, recorremos à observação participante, a entrevistas e questionários como fontes de recolha de dados. A análise dos resultados obtidos permitiu-nos constatar que estas crianças possuem hábitos reduzidos de leitura. Verificámos, no entanto, que a participação em atividades de promoção da leitura infantil, torna as crianças mais motivadas para desenvolverem esta prática.
Resumo:
A Ilha da Madeira, rodeada pelo Oceano Atlântico, foi sempre um ponto estratégico de passagem de barcos, de diversos países, pelos mais variados motivos. O contacto com os tripulantes originou um crescente desejo de emigrar, de conhecer o que estava para além do vasto mar. Começaram a circular notícias sobre as facilidades de emprego noutros países que se estavam a desenvolver, como Brasil, Curaçau, África do Sul, Venezuela, bem como noutras partes do mundo. O trabalho na Ilha era árduo. O madeirense, cansado de trabalhar em terrenos de difícil cultivo e de transportar mercadoria às costas por caminhos íngremes e perigosos, deixou-se incentivar por estas notícias, que eram realçadas pelos engajadores. O ilhéu começou a olhar para a emigração como uma possibilidade de melhorar as condições de vida e de trabalho. As novidades do sucesso de outros conterrâneos na Venezuela motivaram os madeirenses. Depois de obterem a documentação necessária, nomeadamente a autorização consular (permisso) e o termo de responsabilidade ou carta de chamada, partiam para este país com o desejo de lucro. Começando, muitas vezes, a trabalhar por conta de outrem, os madeirenses, por serem empreendedores, rapidamente tornavam-se comerciantes. Dominaram e enriqueceram nas mais diversas actividades: padarias, snacks de sandes e sumos (fuentes de soda), mercearias (abastos), restaurantes, construção civil, agências de viagens, transportes colectivos, entre outras. A par da documentação histórica, há que considerar o tratamento literário da emigração para a Venezuela: a criação da imagem do país de acolhimento, do “outro”, o venezuelano, e do “eu” emigrante, o português, que se depara com uma situação existencial de diferença. A literatura recorre a aspectos relacionados com o ambiente sócio-cultural e com a época em questão: o casamento por procuração, a partida do homem que deixa a noiva ou a mulher em terra natal, as remessas enviadas pelos emigrados, a viagem no transatlântico Santa Maria, um dos mais prestigiosos navios da Companhia Colonial de Navegação, entre outros assuntos. Em suma, a literatura funciona como um espelho da realidade da história da emigração.
Resumo:
O presente relatório de estágio tem como foco principal a ação educativa, e este foi realizado em contexto de Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. A sua execução permitirá a obtenção do grau de mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. Deste relatório constam duas partes distintas que versam sobre a educação de crianças em contexto escolar. Numa primeira fase apresentam-se alegações teóricas que se mostraram fundamentais para o desenvolvimento da minha prática pedagógica. Evidenciam-se algumas considerações da formação da identidade profissional docente como uma construção constante e progressiva, a importância do ato de refletir no processo pedagógico, a Investigação-ação como sugestão da edificação do saber profissional docente e as metodologias que suportaram o desenvolvimento do estágio. Numa segunda fase, constam as intervenções educativas, consequentes do estágio concretizado no Externato Adventista do Funchal. São ainda elementos componentes deste relatório, o ambiente educativo e as particularidades dos alunos com os quais tive o gozo de trabalhar. O levantamento dos dados foi efetuado por meio da aplicação de vários instrumentos, que incidiram maioritariamente, na observação participante, na compilação de trabalhos, no estudo documental e nas notas de campo. A intervenção realizada compreendeu várias fases, todas elas fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem. Iniciou-se com a planificação e o desenvolvimento da práxis, tendo por base uma ótica ativa da aprendizagem, respeitando sempre as particularidades da turma. Seguiu-se a eleição da metodologia de Investigação-ação, que se apresenta como o centro de toda a ação educativa assente numa postura reflexiva diante da práxis. Por fim, analisou-se a intervenção promovida com a comunidade educativa e a apreciação do impacto do propósito educativo. Entende-se que uma postura reflexiva é o âmago de toda a ação pedagógica e que o acolhimento de práticas ativas e significantes produz resultados positivos no crescimento dos alunos e no êxito das suas aprendizagens.
Resumo:
A transição entre ciclos de ensino é descrita pela literatura como um acontecimento de vida que pode ser problemático e desencadear situações de tensão e de stress, provocando o insucesso escolar dos alunos. Neste contexto, a adaptação do aluno aos novos problemas e desafios vai depender em grande medida das experiências precedentes, assim como da qualidade das experiências vividas na escola de acolhimento. Por isso, professores e pais/encarregados de educação concordam que os momentos de transição devem ser muito bem pensados, de modo a se realizarem harmoniosamente (Bento, 2007). O presente estudo teve como propósito conhecer a problemática do processo de transição do 1.º para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, em cinco escolas da Região Autónoma da Madeira, percecionada pelos alunos, respetivos pais/encarregados de educação e professores. Para o efeito, a investigação foi conduzida em duas vertentes: “antes” e “depois” da transição dos alunos entre o 1.º e o 2.º ciclos, no final do ano letivo de 2011/2012. A partir de um estudo de caso, recorremos à aplicação do inquérito por questionário aos alunos do 4.º e 5.º anos de escolaridade e aos respetivos pais/ encarregados de educação, bem como à realização de entrevistas a oito docentes, quatro professores titulares de turma do 4.º ano e quatro diretores de turma do 5.º ano. Apontou-se para uma metodologia que, apesar de ter contado com indicadores quantitativos, assumiu forte preocupação interpretativa, com o intuito de atingir uma maior profundidade de análise dos processos de pensamento e de ação dos intervenientes na transição escolar. Dos resultados obtidos foi possível inferir que a transição do 4.º para o 5.º ano era preparada no interior de cada organização e que os alunos se sentiam, na generalidade, satisfeitos com a mesma, evidência confirmada pelas perceções dos pais e dos professores. Não obstante os docentes reconheceram que a articulação promove uma maior continuidade entre os ciclos de ensino e proporciona uma melhor adaptação às exigências impostas pela progressão na escolaridade, constatou-se que as práticas de articulação entre as escolas eram muito incipientes.
Resumo:
O presente relatório científico de estágio em educação física, que se realizou na Escola Secundária Jaime Moniz no ano letivo 2012/2013, visa refletir sobre todo o processo formativo de estágio, tendo por base uma fundamentação científica. Com este relatório pretendemos expor as experiencias vividas, as competências adquiridas, a gestão de todo o processo de ensino-aprendizagem, estratégias utilizadas e a reflexão, num processo de transformação tanto para os professores, como para os alunos. Ao longo do estágio, foram por nós desenvolvidas atividades em diferentes âmbitos, com diferentes intencionalidades, sendo estas curriculares, extracurriculares e também de cariz cientifico-pedagógico. Numa fase inicial, serão introduzidos assuntos como o enquadramento e a importância do estágio pedagógico, os objetivos e propósitos, seguida da caraterização da escola de acolhimento e as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo. Posteriormente iremos apresentar, analisar os processos utilizados em cada uma das atividades desenvolvidas no estágio, refletindo as vantagens e desvantagens dos mesmos, bem como as principais ilações e ensinamentos retirados a nível profissional e pessoal. Por fim, para concluir o presente relatório, serão expostas algumas considerações finais e sugestões futuras relativamente ao estágio, seguido das referências bibliográficas que fizeram parte do suporte científico deste trabalho.
Resumo:
Este Relatório, integrado no Mestrado em Ensino de Biologia e de Geologia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Secundário, descreve as atividades planeadas e desenvolvidas no âmbito do Estágio Pedagógico que decorreu no ano letivo de 2012/2013 na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco. As atividades estão organizadas segundo o delineado para o Estágio Pedagógico, interligam-se entre si e evidenciam uma intervenção abrangente do professor estagiário enquanto futuro professor de Biologia e Geologia. Assim, no primeiro capítulo consta a contextualização das atividades pedagógicas desenvolvidas, uma breve descrição dos intervenientes neste Estágio e ainda a caracterização da Escola de acolhimento, com vista a conhecê-la não só do ponto de vista estrutural e organizacional, como também compreender as orientações educativas definidas pela Escola, de modo a rentabilizar os espaços físicos e os materiais didáticos proporcionados pela instituição. No capítulo seguinte, referente à prática letiva, é abordada toda a ação pedagógica, a gestão do processo de aprendizagem, bem como a reflexão do professor sobre a sua progressão e aquisição de competências ao longo do Estágio. São ainda incluídas as atividades de integração no meio, com o intuito de conhecer as turmas que lecionávamos, as quais incluem a caracterização de uma das turmas lecionadas (9º ano) e a realização de um estudo de caso. Por último, são relatadas outras atividades realizadas no decorrer deste Estágio Pedagógico que tiveram uma expressão individual e coletiva, nomeadamente a atividade de intervenção na comunidade escolar e a atividade de natureza científico-pedagógica. A realização das várias atividades pedagógicas apresentadas, as vivências experienciadas, a partilha e o trabalho conjuntos, foram importantes para nos consciencializar de todo o processo de construção e desenvolvimento da nossa identidade profissional e das motivações pessoais e, claro, do modo como estas estão relacionadas com a nossa ação no contexto real.