27 resultados para Portugal História Revolução, 1974 Narrativas pessoais
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
A memria militar sobre o perodo de ditadura experimentado pelo Brasil e as condies que propiciaram a abertura poltica e a restaurao de um regime de representao parlamentar pelo voto universal.
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A proposta deste trabalho discutir as caractersticas e as possibilidades de uso, para a pesquisa histrica, do dirio da sra. Deffontaines e da autobiografia de Pierre Deffontaines, bem como dos depoimentos orais concedidos por seus descendentes. A idia bsica analisar os pontos de convergncia e os conflitos de memria apresentados nesses trs tipos de fontes, e seus significados para a compreenso da trajetria intelectual de Deffontaines. A hiptese central que norteia a anlise a de que as trs fontes revelam memrias divergentes, na medida em que as trs modalidades de relato tinham objetivos diversos, foram produzidas em momentos distintos e por pessoas de geraes tambm diferentes: Deffontaines, sua mulher, sua filha e seu neto. Nosso objetivo ser exatamente mostrar como e por que se delinearam essas memrias diferenciadas.
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H um consenso histrico de que houve srios problemas disciplinares com as praas das Foras Armadas na dcada de 1960. Diversos historiadores e autoridades militares consideram a questo como uma das principais causas da tomada do poder pelo Exrcito Brasileiro. As anlises, no entanto, no costumam levar em considerao aspectos particulares de cada Fora. No Exrcito, em funo do grande nmero de levantes ocorridos na dcada de 1930, foi adotada uma estrutura de doutrinao nos moldes do que Michel Foucault chama de docilizao dos corpos. As transformaes implementadas durante os anos 40 e 50 permitiram o atingimento de um elevado padro disciplinar, que evitou que seus sargentos participassem mais ativamente daquele cenrio poltico problemtico. Este trabalho pretende demonstrar que a adoo dessa sistemtica contribuiu significativamente para que os sargentos do Exrcito obedecessem a cadeia hierrquica, seguindo as determinaes de seus chefes. Os sargentos foram, na verdade, muito mais colaboradores do que opositores do golpe de estado. A disciplina venceu a poltica.
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Esta tese investiga a trajetria da regio geopoltica conhecida como Norte, durante o Governo Provisrio varguista (1930-1934). Ela comeou a ser gestada no imediato ps- 30 e, nos anos seguintes, tornou-se uma das foras polticas mais ativas de todo o perodo. O Norte era formado pelo ento territrio federal do Acre e os estado do Amazonas, Par, Maranho, Piau, Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Esprito Santo. Nesta conjuntura, as principais posies polticas e militares nesses estados passaram a ser ocupadas pelos que adotaram a autodesignao de revolucionrios nortistas. A inveno e consolidao dessa identidade poltica tinha como elemento agregador o reconhecimento de Juarez Tvora como grande lder e representante dos interesses da regio junto ao Governo Provisrio. Chamado ironicamente, por seus opositores, de Vice-rei do Norte, Tvora liderou esse grupo durante todo o perodo, construindo uma importante aliana entre essa regio geopoltica e o Governo Provisrio. Desse modo, o Norte, seus revolucionrios e seu lder foram os principais apoiadores de Vargas na defesa do projeto de centralizao poltica, em oposio a outras correntes, sobretudo as que pregavam o retorno ao regime constitucional. Dessa forma, o Norte participou decisivamente do processo de radicalizao que desembocou na guerra civil de 1932, enviando milhares de soldados para os campos de batalha e combatendo, dentro da regio, os possveis aliados do movimento rebelde liderado por So Paulo. Com o fim da guerra e confirmado o retorno do pas ao regime constitucional, apesar da tentativa de permanecer como um grande bloco poltico, a regio se fragmenta e os antigos laos que definiam a identidade dos revolucionrios nortistas se dissolvem, assim como a liderana indiscutvel de seu lder e heri, Juarez Tvora.
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O presente trabalho pretendeu analisar de que forma se originou a construo da chamada natureza turstica da cidade de Petrpolis, atravs de uma perspectiva histrica. Como objetivo especfico, pretendi descrever como se deu a organizao da atividade turstica no municpio, destacando as suas origens, buscando compreender e identificar as principais narrativas e imagens que sustentam essa construo cultural, destacando as suas origens entre os anos de 1900 e 1930. Com este fim, o trabalho apresenta as origens e evoluo da cidade de Petrpolis desde os antecedentes de sua fundao no sculo XIX. Em seguida, trabalhei no sentido de desvendar as transformaes sociais no ato de viajar, na perspectiva de compreender as origens e consolidao da atividade turstica organizada no municpio. Finalmente, analisei algumas narrativas e imagens que representam a construo cultural da natureza turstica de Petrpolis, tendo como referncia as primeiras dcadas do Sculo XX. O estudo foi realizado atravs de recurso a literatura tcnico-cientfica existente e tambm de pesquisa documental e iconogrfica que retratasse narrativas e imagens do turismo em Petrpolis no incio de sua organizao. Para isso, foram selecionados guias e revistas publicados entre os anos de 1900 e 1930.
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The work with oral history consists of recording interviews which have historical and documental proprieties, with actors/actresses or witnesses of events, conjunctures, movements, institutions and ways of living along the contemporary history. One of its basic foundations is the narrative. An event or a situation lived by the interviewee can not be transmitted to any other person without being narrated. That means that it frames itself (meaning that it does become something) at the very moment of the interview. By telling his/her life experiences, the interviewee transforms what has been lived into language, selecting and organizing facts according to some determined meanings. This work of language in crystallising images (images which refer to, and mean again, life experience) is common in all narratives - and we do know that sometimes it is much more successful than others (just the way some oral history interviews are certainly more successful than others). However, perhaps we have not given yet all the attention needed to this work of language in the oral sources.
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O processo de transio democrtica, ocorrido no Brasil a partir de meados dos anos 1970, tem sido um dos temas mais estudados pela produo acadmica.1 certo que, apesar das interpretaes divergentes, h convergncia sobre o papel importante que algumas instituies da sociedade civil tiveram para o rumo e o ritmo da abertura poltica no pas. Este artigo tem como objetivo refletir sobre a atuao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) neste processo, enfatizando as possibilidades e os limites que a desenharam e definiram.
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O Centro de Pesquisa e Documentao de História Contempornea do Brasil (CPDOC) da Fundao Getulio Vargas foi criado em 1973 e tem como principais atividades a pesquisa histrica e a constituio, preservao e divulgao de um expressivo patrimnio de arquivos pessoais e de depoimentos orais de pessoas que atuaram na história brasileira posterior a 1930.
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Analisa a metodologia de organizao e descrio de arquivos pessoais do Centro de Pesquisa e História Contempornea do Brasil (CPDOC) da Fundao Getlio Vargas (FGV), fazendo um histrico da instituio e uma anlise das diferentes verses da metodologia do CPDOC, avaliando a importncia que tiveram na evoluo da organizao e descrio deste tipo de arquivo no Brasil, relacionando-a com o debate terico e com as normas de descrio arquivstica ISAD(G), NOBRADE e ISAAR(CPF).
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The capitalist revolution was such a major economic, social and political transformation that that we can see history divided into two phases: ancient and modern times or pre-capitalism and capitalism. While ancient societies change slowly, modern societies change fast as they, for the first time, experience economic development. Taking the more developed countries as reference, capitalism itself may be seen as divided in three phases: commercial capitalism that marked the transition, classical or bourgeois capitalism, and professionals or knowledge capitalism. The later, that is dominant since the beginning of the 20th century, may be divided in two phases: the fordist one and the 30 neoliberal years of capitalism (1979-2008).