156 resultados para Poder aquisitivo
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo mostrar que o “quebra-cabeça” é na verdade um artefato estatístico, produzido pelo fato de que a taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo não é constante, mas varia ao longo do tempo. A abordagem que será usada para demonstrar este fato concilia a pesquisa acadêmica preocupada em testar a hipótese da paridade de poder de compra com a pesquisa orientada para a política econômica que procura estimar a taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo.4 Uma conseqüência desta abordagem é que ela não implica que a não rejeição da hipótese de raiz unitária para a taxa de câmbio real seja equivalente à rejeição da hipótese de paridade do poder de compra, pois a taxa de câmbio real pode ser uma variável não estacionária e co-integrada com a taxa de câmbio real de longo prazo.5 O trabalho está organizado do seguinte modo: a Seção 2 apresenta uma resenha sucinta de alguns modelos largamente usados na literatura de macroeconomia aberta que especificam as variáveis que afetam a taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo; a Seção 3 calcula o viés do estimador de mínimos quadrados ordinário da regressão (1) quando a taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo não é constante; a Seção 4 analisa várias hipóteses quanto ao processo estocástico da taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo e deduz o processo correspondente à taxa de câmbio real de curto prazo; a Seção 5 conclui o trabalho.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a hipótese da paridade de poder de compra em sua forma absoluta no Brasil entre 1980 e 2006. Para testar a paridade de poder de compra (PPC) em sua forma absoluta foram realizados, inicialmente, os tradicionais testes de raiz unitária. As alterações nas condições macroeconômicas das séries brasileiras podem ter alterado as propriedades estocásticas das séries de câmbio e de nível de preços, o que pode ter viesado os resultados dos testes ADF do segundo capítulo. Os testes de raiz unitária com quebra estrutural foram realizados para reavaliar os resultados dos testes sem quebra estrutural e as conclusões acerca da validade da PPC absoluta no Brasil. Os resultados dos testes de raiz unitária sobre a taxa de câmbio real indicaram a presença de uma raiz unitária quando o câmbio real foi calculado através de índices de preços ao atacado, IPA –DI para o Brasil e PPI para os EUA. Quando foram utilizados índices de preços ao consumidor, IPC – FIPE para o Brasil e CPI para os EUA, a taxa de câmbio real tornou-se estacionária. Esse é um resultado contra-intuitivo pois a paridade de poder de compra absoluta deveria ser válida justamente quando no cálculo da taxa de câmbio real são utilizados índices de preços ao atacado dado que a maioria dos bens que compõe a cesta desses índices tem seus preços determinados pelo comércio internacional. Em seguida, no mesmo capítulo, foi realizada análise de cointegração conforme o procedimento de Johansen e Juselius (1988) para determinar se existe uma relação de longo prazo entre taxa de câmbio nominal, índice de preço externo e interno. Os resultados para a amostra completa (1980:2006) foram desfavoráveis à aceitação da paridade de poder de compra absoluta e também na sub-amostra de 1994 a 2006. Nesse sub-período foi possível notar que a taxa de câmbio estava desalinhada em relação ao comportamento do diferencial de preços externo e interno. No capítulo três foram realizados testes sobre a PPC utilizando procedimentos que levam em conta a presença de quebras estruturais. Primeiramente, foram realizados testes de raízes unitárias utilizando-se o teste de Perron e Vogelsang (1998). O ano de 1998 foi o que apresentou com maior freqüência a menor estatística t, mas para nenhum dos modelos desenvolvidos por Perron e Vogelsang (1998) foi possível encontrar indícios da validade da PPC absoluta. Finalmente, foram realizados testes de cointegração com quebra estrutural utilizandose a metodologia de Gregory e Hansen (1996). O teste desenvolvido por esses autores utiliza como base o teste de cointegração de Engle e Granger (1987) para determinar a menor estatística t para uma determinada amostra. Os anos de 1983 e 2003 foram os que apresentaram com maior freqüência a menor estatística t para os modelos desenvolvidos por Gregory e Hansen (1996), mas em nenhum dos casos foi possível aceitar a hipótese de validade da PPC absoluta. A paridade de poder de compra absoluta foi testada de diversas formas ao longo do trabalho, mas na maioria dos casos, como foi dito acima, não foi possível aceitar sua validade.
Resumo:
A teoria da paridade do poder de compra (PPP) foi formalizada há quase um século por Gustav Cassel como um paradigma para explicar o comportamento das taxas de câmbio. Sua comprovação empírica é historicamente controversa, mas aos poucos, a literatura parece convergir para o consenso de que a PPP é válida, mas apenas no longo prazo. Ainda que a PPP não sirva para prever o comportamento da taxa de câmbio no curto prazo, seu uso é disseminado na macroeconomia aplicada como restrição de longo prazo para a taxa de câmbio. Como lembram Dornbusch e Krugman, “Sob a pele de qualquer economista internacional, está enraizada uma fé em alguma variante da teoria da PPP”. O presente estudo se propõe a avaliar as evidências para a PPP a partir de mais de cem anos de história das maiores economias da América Latina. Na literatura, a maior parte dos estudos da PPP no longo prazo utiliza dados de países desenvolvidos (em parte, por causa da disponibilidade dos dados). Taylor (2002) incluiu Argentina, Brasil e México na sua amostra de 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento. Há também alguns estudos que tratam especificamente de um ou outro país da região (por exemplo, Délano 1998, que testa a PPP com dados do Chile de 1835 a 1995). Seguindo os métodos usuais descritos na literatura – testes de raiz unitária para se avaliar a estacionariedade da taxa de câmbio real,de aplicação de mecanismos de correção de erro e testes de co-integração – chega-se à conclusão que a evidência obtida a partir dos dados da América Latina é favorável à tese de existência da PPP no longo prazo.
Resumo:
Este trabalho tem três objetivos básicos, tendo como base um banco de dados de taxas reais de câmbio entre Brasil e 21 parceiros comerciais no período de 1957 a 2010. O primeiro objetivo é o de verificar a validade da Paridade do Poder de Compra entre Brasil e seus parceiros comerciais através de três testes de raiz unitária (ADF, PP, KPSS). Para a maioria dos países, os testes de raiz unitária foram inconclusivos ou não rejeitaram raiz unitária quando foram utilizados dados mensais e modelos lineares. Já para dados de periodicidade anual, houve maior aceitação de estacionariedade, além de um número menor de resultados inconclusivos. O segundo objetivo é o de investigar a hipótese em Taylor (2001) de que a meia-vida é superestimada quando a amostra é formada a partir de um processo de agregação temporal pela média. Os resultados confirmam as conclusões de Taylor e superestimam a meia-vida em uma janela de 35% a 56% do que seria a meia-vida calculada a partir de dados de final de período. O terceiro objetivo do trabalho é o de verificar se a taxa real de câmbio possui uma reversão não-linear à média. Considerando dados mensais, foi verificado que na maioria dos testes rejeita-se a hipótese nula de raiz unitária contra a hipótese alternativa de globalmente estacionária, porém não-linear.
Resumo:
Este trabalho procurar analisar a validade da Paridade do Poder de Compra entre regiões metropolitanas do Brasil através do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). Para isso foram realizados testes de raiz unitária para modelos lineares e não lineares, sobre cinco grupos do IPCA: Índice Geral, Administrados, Bens Comercializáveis, Bens Não Comercializáveis e Alimentos no Domicílio. O banco de dados utilizado compreende o período de 1991 a 2013 e os testes foram realizados sobre 550 séries, comparando-se todos os pares possíveis de regiões. Sob o modelo linear, não foi possível validar a PPC para a maioria das séries através do teste de raiz unitária DF-GLS, o que é diferente do esperado, uma vez que a análise intranacional elimina os efeitos da taxa de câmbio e reduz a influência dos custos de transações sobre as condições de arbitragem. Já o resultado do modelo não linear, realizado através do teste de Kapetanios, confirmou a estacionariedade de 203 séries, de tal forma que podemos afirmar que a PPC é válida para praticamente todos os pares possíveis de regiões metropolitanas abrangidas pelo IPCA nos cinco grupos estudados. Além disso, é possível observar que as séries apresentam maiores desvios entre os anos de 1991 e 1994, período marcado por grande instabilidade macroeconômica no Brasil e de sucessivos planos econômicos que não funcionaram. Após o início do plano real, em 1994, a relação da variação de preços entre regiões apresenta menor volatilidade e uma convergência mais rápida.
Resumo:
Empirical evidence suggests that real exchange rate is characterized by the presence of near-unity and additive outliers. Recent studeis have found evidence on favor PPP reversion by using the quasi-differencing (Elliott et al., 1996) unit root tests (ERS), which is more efficient against local alternatives but is still based on least squares estimation. Unit root tests basead on least saquares method usually tend to bias inference towards stationarity when additive out liers are present. In this paper, we incorporate quasi-differencing into M-estimation to construct a unit root test that is robust not only against near-unity root but also against nonGaussian behavior provoked by assitive outliers. We re-visit the PPP hypothesis and found less evidemce in favor PPP reversion when non-Gaussian behavior in real exchange rates is taken into account.
Resumo:
Looking closely at the PPP argument, it states that the currencies purchasing power should not change when comparing the same basket goods across countries, and these goods should all be tradable. Hence, if PPP is valid at all, it should be captured by the relative price indices that best Öts these two features. We ran a horse race among six di§erent price indices available from the IMF database to see which one would yield higher PPP evidence, and, therefore, better Öt the two features. We used RER proxies measured as the ratio of export unit values, wholesale prices, value added deáators, unit labor costs, normalized unit labor costs and consumer prices, for a sample of 16 industrial countries, with quarterly data from 1975 to 2002. PPP was tested using both the ADF and the DFGLS unit root test of the RER series. The RER measured as WPI ratios was the one for which PPP evidence was found for the larger number of countries: six out of sixteen when we use DF-GLS test with demeaned series. The worst measure of all was the RER based on the ratio of foreign CPIs and domestic WPI. No evidence of PPP at all was found for this measure.
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This paper the stastistical properties of the real exchange rates of G-5 countries for the Bretton-Woods peiod, and draw implications on the purchasing power parity (PPP) hypothesis. In contrast to most previous studies that consider only unit root and stationary process to describe the real exchange tae, this paper also considers two in-between processes, the locally persistent process ans the fractionally integrated process, to complement past studies. Seeking to be consistent with tha ample evidence of near unit in the real exchange rate movements very well. This finding implies that: 1) the real exchange movement is more persistent than the stationary case but less persistent than the unit root case; 2) the real exchange rate is non-stationary but the PPP reversion occurs and the PPP holds in the long run; 3) the real exchange rate does not exhibit the secular dependence of the fractional integration; 4) the real exchange rate evolves over time in a way that there is persistence over a range of time, but the effect of shocks will eventually disappear over time horizon longer than order O (nd), that is, at finite time horizon; 5) shocks dissipation is fasters than predicted by the fractional integracion, and the total sum of the effects of a unit innovation is finite, implying that a full PPP reversion occurs at finite horizons. These results may explain why pasrt empirical estudies could not provide a clear- conclusion on the real exchange rate processes and the PPP hypothesis.
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This study in International Economics has three main goals. First, to indicate, among seven price indices, the one with the highest purchasing power parity (PPP) evidence; second, to suggest that the international trade theory explains to satisfaction the real exchange rate parity among countries with similar relative-factor-endowment; and third, to study the impact of the Brazilian trade openness on labor demand elasticity.
Resumo:
Este artigo resume os resultados de duas recentes pesquisas desenvolvidas pelos autores no tema da educação e renda. Busca-se (i) estabelecer uma relação entre as distribuições da escolaridade e da renda e (ii) uma explicação para o fato de haver certa tendência à manutenção da desigualdade da renda nos países latino-americanos. O artigo apresenta evidências que sustentam as conclusões teóricas e discute as conseqüências da combinação dos resultados obtidos. Conclui-se que a má distribuição da escolaridade determina a desigualdade da renda, o que cria condições ao favorecimento das classes de maior poder aquisitivo na distribuição de subsídios educacionais. Constitui-se, pois, o que chamamos de “círculo vicioso da desigualdade”, em que a má distribuição de escolaridade de um país gera as condições suficientes à sua perpetuação, implicando a manutenção da desigualdade da renda.
Resumo:
Existe no Brasil um importante segmento de mercado representado pelos consumidores de baixa renda que, muitas vezes, é esquecido pelas grandes empresas. Estas tendem a focar as suas estratégias de negócios nos consumidores de maior poder aquisitivo. Frente ao cenário competitivo em que as empresas de diferentes setores estão inseridas, explorar, de forma diferenciada, novos segmentos e mercados, revela-se, uma alternativa para expandir ou até mesmo manter a sua participação de mercado. Este trabalho apresenta um estudo de caso de uma empresa multinacional de eletroeletrônicos no Brasil, com marca já consolidada no mercado, que optou por explorar o segmento de baixa renda.. Especificamente para o setor de eletroeletrônicos, o estudo de caso sugere a existência de um segmento de mercado potencial para empresas de eletroeletrônicos, no segmento de consumidores de baixa renda, para o qual a maioria das empresas de eletroeletrônicos atuais ainda não desenvolveu estratégias específicas. Diversos fundamentos teóricos foram utilizados na discussão e análise do caso, tais como: estratégias de marcas, análise de portafolio, características do consumidor de baixa renda e do mercado de eletroeletrônicos. Os resultados sugerem a possibilidade e alternativas, para que empresas com marcas consolidadas e estruturas até então focadas em mercados de maior poder aquisitivo possam explorar o mercado de baixa renda.
Resumo:
Esta dissertação estuda a relação entre o mercado de baixa renda e o setor de entretenimento com o objetivo de levantar subsídios para a suposição de que existe potencial de mercado de lazer junto ao público jovem de baixa renda. Está estruturada com base em dados e informações coletadas em trabalhos, artigos, publicações, entrevistas e apoiada em pesquisa de campo. A pesquisa visa mapear um quadro detalhado do padrão de consumo atual e aspiracional dos jovens de baixa renda frente às atividades de entretenimento, identificando os diferentes graus de atratividades para uma lista de atividades pesquisadas. O método empregado é o quantitativo e o tipo de pesquisa é o descritivo. O Universo se constituiu de jovens de baixo poder aquisitivo representados por residentes no distrito de Itaquera com idade entre 18 e 24 anos. Propõe-se, no final, sugestão para novos estudos nessa área.
Resumo:
O objetivo central desta dissertação consiste em avaliar as possibilidades para a validação da hipótese de paridade de poder de compra em sua versão absoluta no Brasil, no período que se estende desde 1980 a 2007. Este período se caracterizou por diversas alterações de política econômica bem como das condições macroeconômicas da economia brasileira, que acabam por gerar séries mais suscetíveis a quebras estruturais. Para a verificação da existência da hipótese da paridade de poder de compra, foram aplicados testes de raiz unitária e análises de co-integração para séries distintas de taxa de câmbio real. Os resultados obtidos mostram que tanto os testes de raiz unitária quanto a análise de co-integração não suportam a validade da hipótese da Paridade de Poder de Compra em sua versão absoluta.
Resumo:
Neste trabalho abordamos alguns “puzzles” da Paridade do Poder de Compra (PPC) ainda não resolvidos; durante esse processo propomos um novo modelo não-linear e estudamos o papel da agregação temporal e de bases de dados abrangendo apenas um pequeno período histórico. A hipótese de que não existe uma força de convergência agindo sobre o câmbio real ajustado (ARER) foi fortemente rejeitada estatisticamente, e a não-linearidade se mostrou um questão importante. As meia-vidas encontradas para o Brasil usando os modelos padrão parecem ser uma das menores já encontradas para um país, e chegamos à conclusão de que a velocidade de convergência em direção a PPC ainda não pode ser considerada um consenso. Pretendemos, em adição, dar contribuições através do levantamento e esclarecimento de alguns resultados e problemas potenciais concernentes ao estudo da PPC.
Resumo:
A classe média brasileira apresentou um grande crescimento nos últimos anos representando 52% da população do país. Justamente devido a este fenômeno, surgiu o interesse nesta pesquisa que está focada em mulheres residentes no Rio de Janeiro. Podem ser observadas pesquisas recentes na área de marketing acerca dos hábitos de consumo desta classe, principalmente devido ao aumento do seu poder aquisitivo, porém pouco foram exploradas as particularidades dos diversos grupos dentro desta grande massa e de como se comportam em universos antes originários e característico das elites sociais, como o dos bens de luxo. A presente pesquisa tem o objetivo de contribuir para uma exploração mais detalhada acerca desta população. A fim de se observar a produção de conhecimento e o processo de construção de identidade das mulheres pesquisadas, o tema abordado foi o consumo de objetos de luxo. Três categorias se apresentam relevantes: Luxo, Luxo no Dia a Dia e Sonho de Consumo, que trazem informações distintas e complementares para melhor compreensão do grupo analisado. Apesar das teorias tradicionais de luxo apresentarem o status social, a diferenciação e o hedonismo como principais motivos do consumo destes objetos, outros aspectos relevantes foram observados quanto a este tipo de consumo, sendo a família a grande arena onde a maior parte das relações sociais e econômicas acontecem. A pesquisa também mostra o desenvolvimento de um olhar peculiar para a moda por parte do grupo estudado sendo a chave para o entendimento do que é luxo. Os resultados deste estudo mostram a riqueza das práticas e significados de consumo dentro de um mesmo grupo e a importância de um olhar qualitativo para que acadêmicos e gestores da área de marketing possam realmente entender os fenômenos de consumo das sociedades modernas, especialmente sociedades em pleno desenvolvimento social e econômico como o Brasil.