208 resultados para Cultura organizacional - Estudos interculturais

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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Desde à muito, os temas, capital social e comportamento de cidadania organizacional (CCO) têm sido extensivamente pesquisado e estudados nos EUA, no entanto estes têm recebido pouca relevância a nível de outros contextos internacionais. Se por um lado, a sua importância e inferência na performance dentro do contexto empresarial têm sido crescente, caracterizando a necessidade de um entendimento cada vez maior por parte das empresas, por outro, o investimento das corporações de grande porte, caminham cada vez mais em direção dos países com crescimento exponencial sustentado, como são o BRIC, o que cna uma necessidade fomentada de pesquisa nesta área de pesquisa para estas regiões. Este estudo pretendeu investigar, avaliar e mapear a influência do capital e do CCO na satisfação de vida e desempenho no trabalho do funcionário de nível superior, no contexto empresarial brasileiro e português, com o objetivo de identificar quais as diferenças existentes nestes duas realidade, devido ao investimento crescente do segundo para com o primeiro. Genericamente, encontramos clara influência das dimensões do CCO tanto para o desempenho no trabalho como para a satisfação de vida do trabalhador, assim como presença também marcada das duas dimensões do capital Social. Mais especificamente, foi entendido pelo nosso estudo que a realidade empresarial brasileira necessita que as empresas criem mecanismos que fomentem os laços entre colegas, a conscienciosidade, altruísmo e virtude cívica dos seus funcionários, pois assim aumentará o desempenho. Já para o contexto português, apenas a conscienciosidade e a virtude apresentaram significativa relação. Desta forma, conclui-se que para o investimento das empresas português no Brasil, estas precisam ter atenção à dimensão estrutural - relação com colegas - promovendo-a e à necessidade patente que os brasileiros têm de ajudar os seus colegas - comportamento altruísta - para aumentar o desempenho no trabalho. No que se refere a satisfação de vida, que se mostrou estreitamente relacionada com o desempenho, o brasileiro apenas precisa notar confiança nos colegas, senti-se altruísta e consciencioso, ao passo que o português necessita criar fortes laços com os colegas, mas não fomentar o comportamento altruístico. Desta forma as empresas investidoras apenas precisam ter atenção mais uma vez a necessidade de prestar ajuda especifica que o brasileiro sente, promovendo workshops com os próprios funcionários, por forma a estes passarem o seu conhecimento, monitorias, estágios, entre outros. Estes resultados demonstraram que cada continente, país (possuidor ou não da mesma língua) e/ou cultura comporta diferenças significativas no contexto empresarial, assim tornase difícil implementar técnicas e comportamentos internacionais e esperar que os resultados sejam exatamente iguais. Este estudo espera dar alguns instrumentos de comparação para que as empresas portuguesas entendam, a este nível, a realidade brasileira.

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Este estudo aborda barreiras culturais na comunicação e na adaptação de expatriados na cultura brasileira, especialmente, na cultura do Rio de Janeiro (carioca). Realizamos uma revisão de literatura no intuito de compreender aspectos sobre o conceito de cultura, para que nos permitisse entender a cultura nacional do Brasil. Também, estudamos as expatriações como estratégias; a interação do indivíduo na sociedade; a comunicação intercultural para verificar a importância da linguagem, aspectos coloquiais, símbolos e expressões; e a adaptação intercultural para tratar as fases do choque cultural no ajustamento. Na procura por identificar quais são essas barreiras que dificultam a comunicação e adaptação na vida pessoal e profissional dos expatriados que moram e trabalham na cidade do Rio de Janeiro, o estudo se orientou através da pesquisa qualitativa, na qual realizamos 20 entrevistas com pessoas de varias nacionalidades, em 11 subsidiárias de empresas multinacionais, nacionais e internacionais estabelecidas no Rio de Janeiro. Os dados obtidos revelam que a língua portuguesa e a comunicação coloquial se apresentam como principais barreiras na comunicação. Enquanto a burocracia, informalidade e impontualidade são aspectos que continuam sendo complicados para os estrangeiros, como estudos prévios já os identificaram. Porém, identificamos que a educação sobre boas maneiras não equivalem a padrões mais elevados, sendo estes identificados por alguns expatriados de forma negativa. Também percebemos que a insatisfação na qualidade e prestação de bons serviços são outros problemas com os quais os expatriados mostraram maior desconforto, porque não estão sob o seu controle. Perante isso, percebemos que para alguns expatriados os aspectos da cultura brasileira, especialmente os da cultura carioca, lhes causam irritação, devido a que vêm de países onde as coisas funcionam melhor e são mais efetivas, mas o fato que para outros expatriados as coisas não funcionem bem ou sejam menos efetivas, como nos seus países, são vantagens que lhes servem para viver mais tranquilamente, já que lhes gera flexibilidade.

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A cultura é um conceito amplo e que traz consigo contextos históricos, valores e percepções partilhadas que, no âmbito social, influenciam as interações coletivas e institucionais. Desta forma, operações de fusão e aquisição, por mais que tenham particularmente uma essência econômica em sua origem, são diretamente impactadas por questões culturais, tendo em vista que estas são realizadas por pessoas, que aprendem a interagir e se expressar através de suas culturas. Este trabalho se propõe a fazer um levantamento teórico de como os autores entendem a influência da cultura nas operações de fusões e aquisições, de acordo com as bases teóricas da psicologia, antropologia e sociologia, propiciando ou limitando o alcance dos resultados desejados. Para compreender o cenário em que o conceito de cultura é investigado, também fizemos um levantamento das principais diferenças culturais levantadas em operações de fusão e aquisição, e que foram analisadas à luz dos conceitos de cultura abordados neste trabalho. Constatamos que, por não haver uma preocupação em se definir corretamente o objeto de pesquisa de cultura, os resultados acerca desta influência permanecem confusos e contraditórios. Com isso, torna-se difícil endereçar corretamente as perspectivas de ação no campo individual e coletivo.

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Trabalhar embarcado no mesmo navio, pode representar um desafio para os tripulantes estrangeiros e brasileiros da empresa Alfa Navegações, devido às diferenças de valores e crenças dessas culturas manifestas no dia a dia desta tripulação marítima. O principal objetivo nesta dissertação é sinalizar impactos na socialização do convívio a bordo entre tripulação mista. Esta pesquisa investigou a construção de um cotidiano intercultural a partir da convivência entre brasileiros e estrangeiros na filial brasileira da empresa Alfa Navegações. O marco teórico foi construído por meio de fundamentos sobre cultura organizacional, relações interculturais e cultura brasileira para compreensão e análise do cotidiano. A metodologia de pesquisa adotada neste trabalho foi o estudo de caso, com ênfase qualitativa. Foi utilizada a entrevista semiestruturada como instrumento principal de coleta de dados. Concluiu-se que as barreiras culturais na comunicação e na adaptação dos tripulantes no convívio intercultural recaem no idioma. Isto reforça os conceitos expostos no marco teórico sobre a necessidade do treinamento intercultural e aprendizagem de outro idioma para auxiliar o convívio entre culturas diferentes. Com isso, notou-se a necessidade de aprender a lidar com outras culturas, tendo em vista o novo cenário internacional, devido ao aumento do trânsito de pessoas e de ideias de fontes culturais diferentes, e que nas relações sociais a questão intercultural tornou-se crucial. Isto ocorre não somente com aqueles que aceitam o desafio de viver ou trabalhar no exterior, mas também com aqueles que recebem estes profissionais e com eles convivem no cotidiano.

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Although cross-cultural leadership research has thrived in international business literature, little attention has been devoted to understanding the effectiveness of non-western theories beyond their original contexts. The purpose of this study is to examine the cross-cultural endorsement of paternalistic leadership, an emerging non-western leadership theory, using data from GLOBE project. Using multigroup confirmatory factor analyses we found measurement equivalence of a scale derived from GLOBE’s data, which enabled us to compare the endorsement of paternalistic leadership dimensions across 10 cultural clusters and 55 societies. Our study revealed that there are significant differences in the importance societies give to each dimension, suggesting that paternalism as leadership style is not universally nor homogeneously endorsed. Furthermore, results suggest that different patterns of endorsement of each of these dimensions give rise to idiosyncratic shades of paternalistic leadership across societies. Implications for theory and future research on international business are discussed.

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Aborda as propostas teóricas para o estudo da cultura, derivados da antropologia cultural, assim como, de que forma estas tem orientado análises organizacionais a partir de um ponto de vista cultural. Por outra parte, mostra a postura de Edgar Schein para o estudo da cultura organizacional como também as teorias sociodinâmica, de aprendizagem e liderança, que usa para explicar o fenômeno do surgimento da cultura. Há também uma análise de quais aspectos dos ramos da antropologia cultural ele inclue na sua abordagem. Sua proposta metodológica é utilizada para conduzir dois trabalhos de campo, um numa empresa privada e outro numa instituição pública

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Este projeto de pesquisa propõe a realização de um estudo exploratório de múltiplos casos em organizações brasileiras. O tema a ser explorado será o 'jeitinho brasileiro', e suas múltiplas interpretações e maneiras de operacionalização nestes contextos sociais. Adotar-se-á uma abordagem múltipla ao conceito de cultura, que inclui a ambigüidade cultural, dentro de uma visão interpretativa, que vai além da abordagem de integração comum à maioria dos estudos sobre o tema. Pretende-se com a pesquisa (1) aprofundar as críticas que podem ser feitas aos estudos sobre o tema e (2) avançar o desenvolvimento de nossa compreensão das organizações como sistemas de significados socialmente construídos, por meio de uma abordagem mais ampla e completa ao fenômeno estudado.

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Esta tese analisa a relação da cultura organizacional com a cultura regional brasileira. O nosso pressuposto de diferenciação regional está embasado em uma literatura que considera as distinções culturais no nível subnacional e sua influência na cultura das organizações. O interesse de nossa investigação parte de duas questões principais: 1) A cultura organizacional de uma filial, que atua em uma região cultural brasileira diferente de sua matriz, muda em relação a esta matriz e ainda em relação a outras filiais? Como a organização lida com isso? 2) Existe diferenciação nos valores e nas práticas entre a matriz e as filiais de outras regiões culturais brasileiras e ainda entre as filiais entre si em diferentes regiões? Como a organização lida com isso? Nesse sentido, o objetivo geral desta pesquisa é o de investigar uma organização empresarial brasileira e suas filiais em diferentes regiões do Brasil de forma a identificar: 1) As diferenças entre a cultura e as práticas organizacionais da matriz e das filiais e entre as filiais; 2) As diferenças no relacionamento da matriz com as filiais de outras regiões e como isso influencia nas práticas e políticas organizacionais. Para o alcance desses objetivos, nos apoiamos em uma pesquisa de epistemologia interpretativista, de natureza exploratória e de orientação qualitativa, que utilizou como estratégia de investigação o estudo de caso, com o uso de entrevista semi-estruturada para comparar a matriz e duas filiais de uma empresa do setor de alimentos, presente em diferentes regiões do país. A escolha de uma empresa tradicional com presença nacional poderia ilustrar a questão regional de nosso pressuposto, contudo os dados nos levam a outra direção. O momento que a empresa está vivendo, desde que operou uma mudança de foco estratégico, sinaliza a relevância de aspectos fundamentais da cultura organizacional em processo de transição que torna a questão regional tênue. Percebemos que a cultura antiga ainda não deu lugar a uma nova e que os dados apontam para uma fragmentação cultural, em decorrência: 1) Da diminuição da importância do fundador; 2) Da profissionalização da diretoria; 3) Da transferência progressiva do poder de Fortaleza para São Paulo; 4) Do redirecionamento para o mercado de consumo; 5) Do controle mais complexo e metas mais agressivas; 6) Da redução da autonomia das unidades.

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Reconstitui a bibliografia norte-americana, a partir de 1979, situando os tópicos que receberam maior destaque por parte de acadêmicos e consultores organizacionais. Agrupa sobre um mesmo título várias opiniões, indicando os diversos aspectos investigados em pesquisas empíricas. Batalha conceitos e cita exemplos de aplicação da cultura organizacional. Levanta algumas interrogações a respeito dos conteúdos ideológicos implícitos e questiona a neutralidade dos estudos citados.

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Esta tese tem como objetivo propor novos caminhos para a discussão sobre a cultura organizacional. Tradicionalmente, os debates sobre o tema no âmbito da teoria das organizações assimilam referenciais teóricos e metodológicos oriundos da antropologia; em especial, as premissas e conceitos que compõem os paradigmas funcionalista e interpretativo. Nesta interdisciplinaridade, as discussões sobre a mudança cultural nas organizações não assimilaram referenciais de análise que dessem conta das maneiras como os grupos sociais de fato mudam e evoluem. Na realidade, a matriz disciplinar da antropologia caracteriza-se pela oposição entre diacronia e sincronia – que assume a forma dos pares opostos sistema e evento, história e estrutura, estabilidade e mudança, entre outros. Com base nesta polarização, os antropólogos construíram tradições de estudos que destacam a continuidade em detrimento da mudança, ou ainda, a estrutura em detrimento da história. Mais recentemente, entretanto, as idéias de Sahlins, ou a antropologia histórico-estrutural, sugerem não haver razão para a polarização excludente entre história e estrutura, considerando-se a complexidade e especificidade dos fenômenos culturais. Ao sugerir a inseparabilidade entre continuidade e mudança, Sahlins propõe redefinições importantes nos conceitos clássicos de cultura, incorporando às discussões antropológicas uma série de questões desprestigiadas pelos paradigmas clássicos; em especial, a mudança cultural. Neste sentido, propõe-se que a incorporação das propostas da antropologia histórico-estrutural às discussões sobre a cultura organizacional tem o potencial de fazer avançar os debates acerca das maneiras como as organizações evoluem ao permitir a análise das continuidades e descontinuidades que caracterizam estes sistemas culturais. Ao problematizar os conceitos tradicionais de cultura organizacional, este movimento contribuiria sobremaneira à temática da mudança cultural nas organizações, por exemplo, ao viabilizar o desenvolvimento de uma perspectiva cultural à aprendizagem organizacional. A contribuição da antropologia histórico-estrutural é ilustrada por meio de um estudo de caso etnográfico realizado no núcleo de Albardão do CEDEJOR – Centro de Desenvolvimento do Jovem rural –, que reúne 30 jovens da comunidade do sétimo distrito rural do município de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. O CEDEJOR é uma ONG que atua na região Sul do Brasil, tendo como objetivos promover o empreendedorismo e o desenvolvimento do jovem rural através de processos educativos e participativos, buscando a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais, e tendo o jovem como protagonista. Com base nas idéias de Sahlins, a análise do caso sugere ser a cultura sistema e evento, ambigüidade e consenso, e estrutura e história, simultaneamente.

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A despeito do esforço despendido pelos pesquisadores e estudiosos organizacionais em compreender e acompanhar as mudanças e transformações ocorridas no cotidiano das organizações, sabe-se que ainda existem variáveis que a corrente racionalista positivista, hegemonicamente presente nos estudos realizados no século passado, ainda não conseguiram desvelar. Com o objetivo de avançar em estudos e pesquisas que admitam a subjetividade que permeia os integrantes das organizações, buscou-se identificar, sob a ótica da abordagem estética, como os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apreenderam as mudanças na cultura organizacional ocorridas na instituição a partir da década de 90 do século passado. A partir da perspectiva fenomenológica hermenêutica, realizou-se pesquisa tipo etnográfica e, como a pesquisadora pertence ao quadro de servidores da organização estudada, a pesquisa possui também caráter autoetnográfico. A pesquisa de campo foi realizada em quatro órgãos singulares e a coleta dos dados ocorreu por meio da observação participante e em 57 entrevistas. As anotações de campo e as entrevistas foram transcritas e submetidas à análise de conteúdo. As revelações do campo foram apresentadas em 11 categorias que representam os juízos estéticos dos servidores, pertencentes ao grupo pesquisado, acerca das mudanças ocorridas na cultura organizacional nas últimas décadas: o belo, o sagrado, o pitoresco, o gracioso, o sublime o cômico, o feio, a tristeza, o trágico o ritmo, o indizível. O estudo concluiu que o conhecimento adquirido pelos integrantes da organização, a partir de suas experiências sensoriais e seus juízos estéticos, tanto é influenciado quanto possui influência sobre sua cultura.

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O fenômeno da hibridização tem sido estudado em diversos campos do conhecimento, tais como a Economia, as Ciências Sociais, as Ciências Políticas e os Estudos Culturais. No campo dos Estudos Culturais, o hibridismo e a hibridização têm sido utilizados para analisar as culturas e as interações culturais. No campo dos Estudos Organizacionais, as pesquisas sobre hibridismo e hibridização tratam o tema de maneira ainda superficial. Este estudo teve como objetivo analisar a hibridização como fenômeno organizacional e cultural. Foi realizado um estudo de caso sobre o processo de integração pós-aquisição de uma escola de negócios a uma universidade, ambas no Brasil. Este estudo procurou compreender a origem da hibridização, as dimensões organizacionais e culturais nas quais a ela se manifestou, as dinâmicas que gerou, e os impactos para as análises organizacionais e culturais e para a prática gerencial. O estudo de caso conduzido teve caráter qualitativo e exploratório, e se fundamentou em 41 entrevistas com integrantes de ambas as instituições. Os resultados mostraram que: primeiro, as instituições estudadas assumiram formas organizacionais e culturais que variaram entre mais ou menos homogêneas ao longo de suas histórias e durante o processo de integração; segundo, que a condição híbrida pareceu ser um estado (organizacional e cultural) constante que, no entanto, variou de formas mais conflituosas a mais amigáveis no decorrer da interação; terceiro, que ocorreram dois tipos de hibridização, a dialética e a dialógica; e quarto, que a condição híbrida parece ser a possibilidade de superação das dicotomias que surgem.

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O presente trabalho teve o objetivo de identificar os elementos da cultura organizacional do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) à luz das contribuições de autores do pensamento social brasileiro - representados neste estudo por Sergio Buarque de Holanda, Raymundo Faoro, Darcy Ribeiro e Celso Furtado. O tema cultura tem recebido, nas últimas décadas, relativa atenção na área de estudos organizacionais. Apesar da atenção recebida, é possível perceber lacunas na produção acadêmica sobre o tema quanto à atenção dispensada ao contexto nacional e às instituições do setor público, especialmente no que se refere ao Poder Judiciário. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a produção acadêmica nacional sobre cultura organizacional brasileira nos últimos vinte anos e buscou identificar possibilidades de utilização dos autores do pensamento social brasileiro numa abordagem de cultura organizacional que considerasse o contexto nacional. Na etapa de coleta de dados, foram realizadas trinta e sete entrevistas semiestruturadas com servidores do TJBA, no período de fevereiro a julho de 2013. A análise do corpus de dados foi feita pelo método de análise de conteúdo, com auxilio do software ATLAS.ti. A análise dos dados apontou para possibilidades de utilização das ideias dos autores do pensamento social brasileiro no estudo da cultura organizacional, principalmente na identificação da influência dos traços culturais nos valores e práticas sociais dos servidores. A análise apontou também para uma ausência de elementos baseados em valores gerencialistas na cultura organizacional desta instituição, buscando provocar uma reflexão sobre o alcance e a adequação do modelo de reforma adotado no Judiciário. Como contribuição, esta tese buscou realizar um mapeamento da cultura organizacional do TJBA, gerando uma contribuição empírica para um aprofundamento do conhecimento do Poder Judiciário sob o aspecto de universo organizacional e para os estudos que utilizam o pensamento social brasileiro, que em sua maioria têm se tratado de ensaios teóricos.

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Este estudo é dedicado à compreensão dos fatores culturais e de confiança que dificultam o alinhamento por processos na área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações de uma empresa de economia mista. Visa compreender e traduzir o modo como a cultura dessa organização impacta nos resultados alcançados pelo modelo de gestão por processos vigente. Fazendo uso de referencial teórico das áreas de estudo de cultura organizacional, cultura nacional e confiança nas organizações, este estudo buscou alinhar estes conhecimentos por meio de um viés ainda pouco explorado no ambiente acadêmico. Aqui fizemos uso do conceito de cultura como um meio e não como um fim em si, associando classificação da cultura em dimensões, os traços da cultura brasileira e os estudos de “confiança” numa mescla ordenada de conceitos capaz de nos responder à questão de pesquisa. Esta pesquisa representa o resultado de um esforço de imersão nas rotinas da organização e descrição dos seus elementos culturais por meio de observação e entrevistas no ambiente estudado. Por fim, este trabalho se destina a contribuir ao aprimoramento dos processos para atingir melhores resultados na TIC.

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Edgar Schein é um dos mais conhecidos especialistas em análise organizacional. Começando no campo da psicologia organizacional é hoje principalmente conhecido pelo seus escritos sobre cultura organizacional. Schein acredita que esta ultima é composta de pressupostos básicos, valores e artefatos culturais. Os primeiros são considerados mais importantes porque estão na base dos demais. Os pressupostos básicos são inconsistentes e por essa razão a psicanálise é o caminho para tratá-los corretamente. A literatura freudiana é neste caso uma ferramenta preciosa.