7 resultados para Consumer culture

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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Apesar de o campo da cultura de consumo ter abordado o papel do ritual no consumo, definindo e descrevendo este constructo e explicando suas dimensões, significados culturais, elementos, componentes e práticas, assim como revelando a diferenciação nas práticas dos consumidores, nenhuma pesquisa ainda identificou como os consumidores, por meio de práticas de ritual, estabelecem e manipulam suas próprias diferenciações em relação a outros consumidores durante o rito de passagem deles de uma categoria cultural de pessoa para outra. Tendo como base conceitos-chaves da teoria sobre ritual, minha pesquisa aborda o papel do ritual no consume de apreciação. Conduzindo um estudo etnográfico sobre consumo de apreciação de cafés especiais, eu realizei uma imersão no campo, visitando e observando consumidores em cafeterias independentes de destaque na América do Norte – Toronto, Montreal, Seattle e Nova York – de agosto de 2013 a julho de 2014. Eu também realizei uma imersão no contexto de cafés especiais no Brasil em Belo Horizonte e São Paulo, de agosto de 2014 a janeiro de 2015, para comparar e contrastar as culturas de consume de cafés especiais de Brasil, Estados Unidos e Canadá. Eu usei entrevistas longas, observação participante, netnografia, introspecção e análise histórica de artigos de jornais para coletar os dados, que foram interpretados utilizando a abordagem hermenêutica, comparando os consumidores em diferentes estágios durante o rito de passagem de apreciação. Para estender meu entendimento sobre o consumo de apreciação, eu também coletei dados sobre o contexto de consumo de vinho. Nesta tese, eu introduzo a ideia de ritual de transformação do gosto, teorizando sobre o processo do rito de passagem de apreciação, que converte consumidores regulares em consumidores apreciadores. Minha pesquisa revela que consumidores apreciadores são amadores em diferentes estágios do rito de passagem de apreciação. Eles se transformam pelo estabelecimento e reforço de oposições entre o consume de massa e de apreciação. O ritual de transformação do gosto envolve os seguintes elementos: (1) variação nas escolhas de produtos de alta qualidade, (2) o lugar para realizar a degustação, (3) o momento da degustação, (4) o ato de degustar, (5) investimento de tempo e dinheiro, (6) aumento do capital subcultural e social, (7) perseverança no rito de passagem. Os consumidores apreciadores participam da comunidade de consumo de apreciação. Essa comunidade heterogênea é composta por profissionais excelentes, apreciadores e consumidores regulares. As forças que direcionam a comunidade, de acordo com o que foi identificado no estudo, são a produção de capital social e subcultural, emulação do profissional e das práticas de ritual de consumo, tensões de performance entre os membros da comunidade, amizade comercial e jogo de status. Eu desenvolvo uma ampla consideração teórica que desenvolve e estende um número de conceitos em relação a ritual e consumo, gosto, comunidade heterogênea e consumidores apreciadores.

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This study aims at disclosing the roots of contemporary consumer culture. By emphasizing the relationship between consumption and cultural and political dimensions of social life, this analysis focuses on some processes that took place in Europe since the end of Middle Ages throughout the XVIII century - e.g. the rise of absolutism, the development of royal courts and of a new life-style among them (they are the social group in which the first modern consumption features came to light), the upcoming of present (and no longer past) as the main reference frame for action, a new balance between tradition and novelty, the emergence of individualism - which are crucial to understand the genesis of present consumer standards and values.

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The admiration of people for automobiles has been known and revealed for many years all over the world. Being through academic studies, proprietor declaration and admirers, the automobile is an object of desire, admiration, love, passion, dream, pride and accomplishment which, with all of this, promotes various types of feelings with the identification, discrimination, expression and the projection of identity. This research was based on the theories about consumers¿ behaviors, self-concept and extended self. It'll be approached in a qualitative and exploratory way the personal behavior of the consumers who personalizes their automobile, the consumer Tuning. The Objective of this project is to explore how the ¿Tuners¿ use a personalized car to construct their social identity. Supplementary, was explored which factors commence and initiated the extension process of self-automobile and also, how they connect with their object and why this relationship is establish this way. Seven people were interviewed of the male sex between 19 and 33 years old, living in the stated of Rio de Janeiro and São Paulo, during the period of September and October of the year 2007. The results observed were that the cars, like objects, can literally broaden its owner¿s personality. The creation process, sustentation and nutrition of the ¿Self¿ through the car can be observed in the personalization of their own cars, with this, using like the middle and end. It was also observed that the begin of the personalization phenomenon of automobiles in Brazil is began, mainly, in the 21 century with the diffuser of the culture, the cinema, evince even more, processes that already existent in the extension of the personalized cars. Observing that a personalized automobile tents to be in a free way, like a distance, when possible, from intransigence of models or imposition of the ways to be accomplished. Definitively, stories like: ¿My car is just a useful way to travel which I use only when necessary¿ will not be found in this research.

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O estudo do comportamento dos consumidores  nomeadamente, os rituais de consumo associados ao consumo de café e os fatores envolvidos nesse processo  é importante para podermos compreender e comparar o comportamento dos consumidores cariocas e lisboetas no que tange ao consumo de café. Por outro lado, também é importante averiguar a influência da cultura e da sociedade nesses rituais de consumo, de forma a compreender a evolução do varejo de café pronto no Brasil. Os modelos que vêm sendo aplicados aqui se adaptam às características do público local, o que traz para a nossa discussão, a noção de cultura. Como em Portugal o uso do café expresso já é mais maduro que no Rio de Janeiro, a comparação entre as duas culturas pode ser interessante para ajudar o varejo brasileiro a se desenvolver. Para tal, neste estudo, foram entrevistados moradores das cidades do Rio de Janeiro e de Lisboa, a fim de descrevermos de que modo consomem café, os rituais associados a esse bem de consumo, assim como seus hábitos, motivações e justificativas para esse consumo, mostrando que não trata apenas de uma decisão de compra utilitária, mas também simbólica. Com esse objetivo, foram entrevistadas 69 e pessoas e os resultados dessas entrevistas avaliados de forma interpretativa. A conclusão foi a de que a bebida é consumida por uma parcela heterogênea dos entrevistados e que, geralmente, os consumidores associam o consumo de café a hábito, prazer, círculo de amizades, trabalho – como break –, colegas e família. Isso revela que o significado social da bebida está enraizado no âmbito doméstico, no trabalho ou no círculo de amizades e que esse significado está intrinsecamente associado aos hábitos e costumes das sociedades brasileira e portuguesa como fruto de suas culturas. Consequentemente, grande parte dos rituais de consumo dessa bebida está interligada ao seu significado social. Observou-se a necessidade de expansão desse mercado, particularmente, entre os jovens no Rio de Janeiro, e que muitas vezes o aroma é preferível ao sabor, pois mesmo aqueles que não apreciam muito a bebida, de uma forma geral, afirmaram gostar bastante do aroma. Assim, é fundamental para os gestores de estabelecimentos de varejo de café pronto conhecerem o cliente, serem inovadores e anteciparem as tendências, de modo a satisfazerem as necessidades deste. A preocupação não deve ser apenas com a qualidade do produto oferecido e com o conforto do cliente, mas também em agregar valor ao café e ao serviço prestado, proporcionando à clientela uma experiência única, a qual pode ser um diferencial importante, pois a conotação simbólica associada a esse bem de consumo é cada vez mais destacada.

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Nesta tese, falamos do corpo construído socialmente, vinculado à subjetividade e à identidade do indivíduo e que está impregnado por elementos sociais e culturais. Para Giddens (2009), o controle do corpo é fundamental para que o indivíduo preserve aquilo que o autor chama de segurança ontológica – ou seja, para que ele tenha um sentido pessoal para a vida e pontos de referência que o ajudem a seguir adiante no cotidiano. Na cultura de consumo, sua aparência tende a ser normatizada e o culto ao corpo, entre outros aspectos, tem o apelo de autoindulgência. Nosso objetivo principal é compreender, dentro de um contexto de normatividade estética, o discurso e as práticas de consumo dos indivíduos em relação ao próprio corpo, identificando de que modo isso se conecta à sua segurança ontológica. Para alcançar esse objetivo, procuramos: (a) entender o olhar o indivíduo em relação a seu próprio corpo, avaliando de que forma isso tem relação com sua segurança ontológica; (b) examinar a presença do mercado no tripé indivíduo-corpo-segurança ontológica; (c) identificar e analisar elementos discursivos relacionados à aparência física, procurando entender o papel do consumo nesse contexto e (d) investigar as motivações que levam o indivíduo a agir ou não em conformidade com a norma estética, analisando as práticas de consumo relacionadas ao corpo. A coleta de dados primários foi feita por meio de entrevistas qualitativas. Foram entrevistados homens e mulheres, de atividades profissionais variadas, de 18 a 50 anos, pertencentes às classes A, B e C (ABEP, 2012), todos eles residentes no Rio de Janeiro. Este campo aconteceu no período de outubro de 2012 a julho de 2013. Os dados foram analisados a partir da abordagem de análise do discurso, considerando-se sua linha francesa e, particularmente a visão pecheutiana. Esta pesquisa conclui, em linha com autores como Giddens (2002), Goffman (1978) e Schouten (1991), que o corpo é algo importante na noção do indivíduo sobre si mesmo e faz parte de sua construção identitária. Além disso, a maneira como o sujeito lida com a mensagem normativa do mercado traz indícios sobre sua segurança ontológica. O indivíduo ontologicamente seguro não é aquele que descarta o mercado e cujas práticas de consumo relativas ao corpo fogem à norma estética. O que o diferencia daquele cuja segurança ontológica é frágil é sua motivação para aderir a determinado estímulo e a forma como ele lida com essas escolhas de consumo. Depreendemos que o indivíduo com segurança ontológica tem menos ansiedade em suas opções relativas ao corpo e não tem o olhar do outro como uma sombra quando toma decisões sobre sua própria aparência. Diferentemente, os indivíduos sem segurança ontológica são mais ansiosos diante da mensagem do mercado. Há, em algum grau, sofrimento quando não atendem a norma estética e, portanto, a aparência do corpo ganha um espaço importante em suas vidas.

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Essa pesquisa explora a identidade do jovem da periferia paulistana retratada pelo movimento Funk Ostentação, que foi contextualizado e analisado sob a perspectiva teórica da Consumer Culture Theory (CCT), com foco nas teorias de identidade relacionadas ao consumo, como self estendido, self expandido, consumo aspiracional e consumo compensatório. Entrevistas e grupo de foco com jovens frequentadores de bailes funk (chamados funkeiros) somaram-se às transcrições de videoclipes de Funk Ostentação e programas com participação de MCs (cantores de funk) e foram analisados e codificados de forma livre, seguindo os preceitos de Strauss e Corbin (2008). Como resultado, foi desenvolvido um modelo teórico no qual os MCs expressam sua identidade por meio de marcas, objetos, lugares e pessoas (self estendido) e expandem aspectos de sua identidade para os funkeiros (self expandido), principalmente pelos videoclipes disponibilizados no YouTube. As relações de fama, admiração e inveja, encontradas nos videoclipes e reforçadas pelo discurso dos entrevistados, mostram aspectos da identidade dos MCs e funkeiros enquanto grupo. Enquanto para os MCs o consumo mostrado nos videoclipes é algo real, os funkeiros afirmam que consomem somente as roupas, acessórios e bebidas, sendo que automóveis, motos, joias e grandes casas fazem parte de suas aspirações de consumo. Foi encontrada diferença na expressão do self masculino e feminino, sendo que o consumo e exibição dos objetos de desejo estão relacionados à identidade masculina e as garotas apenas demonstram interesse em estar com rapazes que possuam os itens desejados, não em adquiri-los. Concluiu-se que o consumo e exibição dos objetos e marcas está relacionado ao consumo compensatório. Os jovens têm no consumo uma forma de preencher alguns aspectos frágeis de seu self e validar seu acesso a determinados locais que antes não se achavam aptos a frequentar, como shoppings centers. Nenhum deles mostrou interesse no consumo ou utilização de produtos não cantados pelo Funk Ostentação, ainda que relacionados ao entretenimento, como itens para prática de esportes e videogames, o que evidencia o consumo compensatório como substituto ao consumo de objetos não relacionados simbolicamente às fragilidades do self dos indivíduos. Também não demonstraram interesse em consumir outros itens que podem lhes trazer aumento de renda, como o investimento em educação, de forma que o consumo compensatório, que remedia os efeitos da exclusão social que sentem, parece substituir a real resolução do problema.

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The influence of the national culture on consumer decision-making styles is investigated using a sample of Americans, Brazilians, Chinese, and Japanese consumers who have purchased a cell phone in the past three years. To make the research possible, a survey was used as a method of data collection. It relates Hofstede’s cultural classification typology with Sproles and Kendall’s consumer style inventory (CSI). The multivariate analysis of variance (MANOVA) results indicate six decision-making styles together with other consumer behavioral characteristics that can be used to distinguish and profile consumers who purchase cell phones. Empirical findings reveal that among Americans, Brazilians, and Japanese; Americans are the most quality conscious, brand conscious, innovative, and hedonistic shoppers; Brazilians are the most loyal, and Japanese, the most confused by overchoice consumers. Conceptual contributions and managerial implications are discussed.