203 resultados para Brasil Relações Exteriores

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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Aula ministrada por Luiz Felipe Lampreia atravs do Centro de Estudos sobre Relações Internacionais CPDOC/FGV. Lampreia, ministro das Relações Exteriores de 1995 a 2000, serviu anteriormente como embaixador no Suriname, perante organismos internacionais em Genebra, e foi secretrio-geral do Itamaraty.

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Este trabalho busca identificar os fatores que concorrem para explicar a mudana no eixo entre a Argentina e o Brasil, no comeo da dcada de 1980, quando as duas diplomacias convergiram em um projeto de integrao inovador. O argumento apresentado defende que a aproximao entre os dois pases foi o legado, inesperado, do relacionamento bilateral ao longo da gesto do Presidente Geisel (1974-1979).

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Esta pesquisa analisa as relações entre a poltica domstica e a poltica internacional na questo do acesso a medicamentos para o tratamento de HIV/AIDS, focalizando o caso ptrio. Argumenta-se que h um descompasso na estratgia brasileira que, se por um lado, resultou em uma posio de liderana e significativas vitrias no plano externo, por outro lado, no refletiu a mesma preocupao na criao de capacidades internas para a efetiva implementao desses avanos.

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A monografia focaliza o processo decisrio de reconhecimento da independncia de Angola sob dois ngulos de anlise. No primeiro, a deciso examinada luz da lgica governamental de maximizao de resultados propositais, entendido o governo como uma entidade monoltica e racional. No segundo, a deciso apreciada como o resultado poltico da ao de diversos atores situados no in terior do aparelho do Estado, erltendido este como uma entld8de pluralista. A anlise propicia a comparao entre os tipos de i~ formao gerados por cada um dos modelos, e conclui pela sua compl~ mentaridade como instrumentos de investigao dos processos de deci so governamental.

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Este estudo tem como objetivo analisar a forma como o Brasil e o buscaram se inserir na sociedade internacional europeia nos moldes Inglesa de Relações Internacionais a define - no perodo que vai da a assinatura da Lei Eusbio de Queiroz do lado brasileiro e do tratado de Imprio Otomano, at a criao da Liga das Naes, em 1919. Estes so como imprios perifricos ao centro europeu, integrando o grupo que no eram nem colnias, nem potncias no perodo em tela. Assim, contrastar os esforos feitos por Brasil e Imprio Otomano em utilizar o internacional e a diplomacia formal e no-formal , e as formas de transformaes que empreenderam em suas capitais visando serem civilizados. Por outro lado, chama-se ateno para as conexes que se entre Brasil e Imprio Otomano justamente em funo dessa maior Europa. Estas conexes so analisadas ento em duas fases. Uma tentativas formais de relações diplomticas, chamada de relações envolveu inclusive viagens de D. Pedro II a domnios otomanos. A vinda de sditos otomanos gregos, armnios, judeus e rabes para o Brasil e de novas relações diplomticas travadas.

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Esse trabalho pretende apresentar uma proposta de anlise da influncia de idias sobre a formulao da poltica externa brasileira contempornea. Inicialmente, procuramos demonstrar, atravs de um balano bibliogrfico e historiogrfico, que a dimenso cognitiva do processo de formao de polticas vem sendo negligenciada na produo acadmica sobre poltica externa brasileira. Isso se deve, em grande parte, ao incipiente dilogo entre aquela e a literatura internacional sobre teoria das relações internacionais, que desde o fim dos anos 50 desenvolveu urna subrea de anlise de poltica externa. A seguir, argumentamos que a literatura acadmica internacional j vem h bastante tempo se voltando para a anlise de mecanismos cognitivos. Concentrada inicialmente sobre os estudos de misperception, essa literatura vem se deslocando, atualmente, para a anlise dos mecanismos causais que explicam a influncia de idias sobre a adoo de polticas. Nesse sentido, ela j desenvolveu uma srie de modelos de alcance terico parcial que podem se revelar teis para uma anlise da poltica externa brasileira contempornea. Tal anlise deve se pautar, primeiramente, pela reconstruo das crenas presentes no discurso diplomtico para, a seguir, desvendar os mecanismos causais que explicam a influncia daquelas crenas sobre a formulao de polticas. Por fim, nossa proposta sugere corno recorte emprico a atuao brasileira na Liga das Naes e na ONU, mais especificamente nos perodos em que o Brasil aspirou participar dos ncleos decisrios centrais desses organismos (Conselho Executivo da Liga e Conselho de Segurana da ONU), restritos s grandes potncias. Nossa hiptese, nesse caso, a de que tais aspiraes indicam a persistncia e a influncia de crenas seminais no comportamento diplomtico brasileiro.

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Palestra promovida pelo Centro de Relações Internacionais da FGV.

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O presente trabalho resultado de pesquisa realizada a respeito das leituras brasileiras sobre a Nova Ordem Internacional. A partir da investigao em fontes histricas depositadas no Centro de Pesquisa e Documentao em Histria Contempornea do Brasil (CPDOC/FGV), como os documentos textuais do Arquivo Marclio Marques Moreira e as entrevistas de Celso Amorim, Celso Lafer, Gelson Fonseca e Luiz Felipe Lampreia, procurouse analisar as principais ideias de trs personagens histricos diretamente envolvidos com a formulao da poltica externa brasileira no perodo da Nova Repblica, mais especificamente entre 1989 e 1994: Celso Lafer, Gelson Fonseca e Rubens Ricupero. Para tanto, buscou-se destacar as principais formas de interpretao do sistema internacional alterado pelo fim do conflito bipolar com o apoio da literatura mais recente produzida na rea, como os trabalhos de Odd Westad (2005), Andrew Hurrell (2001, 2007) e John Ikenberry (2005). Os dados coletados durante o processo de feitura da pesquisa permitem-nos afirmar que, no Brasil, os temas da autonomia e do desenvolvimento so resilientes. Os debates sobre autonomia e desenvolvimento, to caros ao discurso acadmico e poltico nacionalista desenvolvido nos anos 50, alm de terem permanecido como preocupao de fundo nas anlises dos formuladores de poltica externa, demonstra que, no Brasil, o discurso modernizante retomou as ideias bsicas do pensamento poltico nativo.

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A produo de etanol e a dominao da indstria, historicamente, tem sido uma fonte de discrdia para seus dois principais produtores. Os EUA com seu etanol de milho e o Brasil com sua etanol de cana, so os dois maiores produtores mundiais de etanol (1 EUA; 2 Brasil) e tem competido pela participao de mercado mundial h dcadas. A partir de Dezembro de 2011, os EUA levantaram as tarifas e os subsdios que foram instalados para proteger sua indstria de etanol, o que muda o campo de jogo da produo mundial de etanol para o futuro. Atualmente em todo o mundo, o etanol usado em uma proporo muito menor comparativamente a outros combustveis. Esta pesquisa analisa o nvel potencial de colaborao entre os EUA e o Brasil, facilitando um dilogo entre os stakeholders em etanol. A pesquisa consiste principalmente de conversas e entrevistas, com base em um conjunto de perguntas destinadas a inspirar conversas detalhadas e expansivas sobre os temas de relações Brasil-EUA e etanol. Esta pesquisa mostra que o etanol celulsico, que tambm conhecido como etanol de segunda gerao, oferece mais oportunidades de parceria entre os EUA e o Brasil, como h mais oportunidades para pesquisa e desenvolvimento em conjunto e transferncia de tecnologia nesta rea. Enquanto o etanol de cana no Brasil ainda uma indstria prspera e crescente, o milho e a cana so muito diferentes geneticamente para aplicar as mesmas inovaes exatas de um etanol de primeira gerao, por outro. As semelhanas entre os processos de fermentao e destilao entre as matrias-primas utilizadas nos EUA e no Brasil para o etanol de segunda gerao torna o investimento conjunto nesta rea mais sensvel. De segunda gerao uma resposta para a questo "alimentos versus combustveis". Esta pesquisa aplica o modelo de co-opetio como um quadro de parceria entre os EUA e o Brasil em etanol celulsico. A pesquisa mostra que enquanto o etanol pode no ser um forte concorrente com o petrleo no futuro imediato, ele tem melhores perspectivas de ser desenvolvido como um complemento ao petrleo, em vez de um substituto. Como os EUA e o Brasil tem culturas de misturar etanol com petrleo, algo da estrutura para isso j est em vigor, a relao de complementaridade seria fortalecido atravs de uma poltica de governo clara e de longo prazo. A pesquisa sugere que apenas atravs desta colaborao, com toda a partilha de conhecimentos tcnicos e estratgias econmicas e de desenvolvimento, o etanol celulsico ser um commodity negociado mundialmente e uma alternativa vivel a outros combustveis. As entrevistas com os interessados em que esta pesquisa se baseia foram feitas ao longo de 2012. Como a indstria de etanol muito dinmica, certos eventos podem ter ocorrido desde esse tempo para modificar ou melhorar alguns dos argumentos apresentados.

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Os primeiros anos da poltica nuclear brasileira, entre os anos de 1945 e 1956, o assunto tratado no presente trabalho. Aqui procuramos compreender as razes por trs da vitria de lvaro Alberto na CPI da Questo Nuclear de 1956, na qual as suas propostas para o setor foram valorizadas e restabelecidas, mesmo aps o Almirante ter sofrido derrotas durante o governo Caf Filho (1954-55), quando foi exonerado da presidncia do CNPq e teve a sua poltica atmica suspensa. O trabalho conclui que a vitria foi possvel graas ao fato de as suas diretrizes para a rea nuclear terem ressonncia junto a diversos setores da sociedade brasileira adeptos do monoplio estatal sobre os recursos naturais e de um desenvolvimento cientfico e tecnolgico em bases autnomas; alm de uma conjuntura poltica excepcional no incio do governo de Juscelino Kubitschek, marcado por forte polarizao poltica, na qual o assunto nuclear ganhou projeo nacional. Com a sua vitria na CPI de 1956, lvaro Alberto logrou definir os termos debate sobre a poltica a ser adotada na rea atmica pelos anos e dcadas seguintes.