36 resultados para Booklet Viver é Lutar

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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Eco-villages are considered models of intentional communities or sustainable communities and have been incorporated by the United Nations in the Sustainable Communities Development Programme (SCDP) as a human scale settlement. They are characterized by human activities being integrated in a non-damaging way into the natural world in such a way as to give support to healthy human development so as to be able to continue indefinitely into the future. This text assesses the extent to which a project to create the Eco-village for Simple Living in Itamonte - Minas Gerais" is successful, based on the concepts of sustainability and local development succeeds, by examining the indicators and attributes that are able to be measured in the planning phase, describing the stages and discussions of the project, as well as assessing the members 'perception of "the concepts of the Eco-village", "sustainability" and "local development". Subsequent analysis of the degree of sustainability (ecological, social, economic, spacial and cultural / spiritual) and local development, based on the social economy, demonstrated the presence of a number of aspects used to support, guide, discuss, plan and implement actions in the creation of the Eco-village being studied. This work could be used as a guide to Eco-villages during the planning phase, indicating the importance of the concepts studied, especially for some communities which are self-proclaimed "Eco-villages" but which in fact do not show even the slightest structural aspects which would describe them as such, like solidarity in the relations between participants, or construction oriented with a view to the precepts of environmental preservation. "

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O processo de modernizao da cacauicultura desenvolvido na Microrregio Cacaueira da Bahia teve suas bases assentadas na dcada de 1930, consolidando-se na dcada de 1970, fazendo parte das estratgias de penetrao do capitalismo no campo, para fortalecimento do modelo econmico brasileiro. Apesar dos seus limites, trouxe grandes repercusses econmicas, polticas e sociais para aquela sociedade regional. Baseando-se em critrios de racionalidade tcnica e econmica, o processo caracterizou-se por um forte vis ideolgico. Preconizava o aumento da renda da terra, pela substituio de tcnicas de trabalho "atrasadas" na cacauicultura e pela elevao do nvel de conhecimento dos agricultores, que levaria ao desenvolvimento de novos hbitos e atitudes e criao de uma mentalidade comprometida com a modernizao. Nessa perspectiva, a educao desempenha um papel importante no processo de modernizao e na elaborao das representaes sociais das classes populares rurais, que so o objeto de estudo desse trabalho. As prticas educativas sao consideradas como repercusso do processo de modernizao e as representaes sociais so caracterizadas pela dependncia, conformismo e submisso, mas tambm como manifestaes de conscincia social, ainda que dissociadas de uma prtica social mais concreta.

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Este um estudo sobre meninos e meninas que vivem e morrem nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada com aproximadamente setenta crianas e adolescentes, compondo dois grupos separados, e teve como objetivo primordial a busca de um conhecimento compreensivel sobre a vida e a viso de mundo que este segmento marginalizado da populao constri, tendo como referencial scio-cultural condies de misria, adversidade e excludncia. Para compor e dar sentido a essa viso, foram discutidas as diversas teorias sobre marginalidade. O quadro legalista e as solues clssicas que so repetidamente apresentadas por setores da sociedade (internamentos em instituies totais: sub-escolarizao e subemprego). Diante do testemunho do fracasso dessas solues, fica a pergunta: por que se insiste na adoo dessas medidas? Concluimos pela existncia de uma violncia multifacetada praticada pela sociedade e pelo Estado contra o segmento infantil que se convencionou rotular de meninos e meninas de rua: a violncia fsica, policialesca e paramilitar: a violncia econmica, manifesta pela impossibilidade de acesso aos bens materiais e culturais conquistados pelo conjunto da sociedade brasileira: e a violncia imposta por uma ideologia autoritria, discriminatria e segregacionista, que exclui igualmente essas crianas do acesso aos mais elementares direitos da pessoa humana. Com esse estudo, pretendemos contribuir para a consolidao de uma viso terica comprometida com a transformao dessa realidade, na busca de justia social e da construo de uma sociedade plural, na qual possam se expressar de forma livre e criativa, os segmentos da populao no-pertencentes s classes econmico e culturalmente hegemnicas do pas.

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Os museus so organizaes que se encontram em crise e a museologia procura redefini-los a partir de sua funo social democratizante por meio da cultura. Eles deixam para trs a noo de templos e colees de objetos para assumirem um papel que modifica a sociedade e a prpria estrutura das cidades, sem uma teoria que contemple esse novo papel. Suplantar as contradies existentes o novo objetivo social dessas organizaes e sua forma de ser e agir a principal motivao deste ensaio que tem como objetivo final analisar como os museus contemporneos podem se constituir em um local privilegiado para a prxis libertadora por meio de seu carter pedaggico. Acreditamos que assim os museus contemporneos podem ser algum com quem a sociedade pode contar em seu processo emancipatrio. Para isso o papel dessas organizaes deve se transformar, assumindo um vis democrtico em lugar de privilegiar questes econmicas e se constituindo em espao privilegiado para educao libertadora. Para isso faz-se uma adaptao do mtodo pedaggico de Paulo Freire para os museus, destacando quatro momentos principais: desvelamento do conhecimento de si e da sua realidade pelas exposies e pesquisas; crtica acerca do conhecimento desvelado; transformao do objeto em sujeito / prxis; exposio da denncia ou do anncio de um mundo melhor. Acredita-se que esse processo, fortemente embasado na crtica e mediado pelo amor possa delimitar o museu em seu novo papel como espao privilegiado onde acontece parte do processo emancipatrio. No entanto, os museus contemporneos podem se constituir em um local privilegiado para a prxis libertadora por meio de seu potencial pedaggico se essas organizaes mais do que aplicarem um mtodo libertador se reformularem completamente.

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Este estudo investigou, na Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), como os funcionrios perceberam as mudanas ocorridas na empresa, as aes da alta administrao e o que ocorreu com os valores na organizao aps o processo de privatizao. O objetivo final da pesquisa foi verificar que valores norteiam as propostas administrativas da Vale aps a privatizao, e como se manifestam nas aes e na postura dos agentes na sede da empresa. O referencial terico incluiu mudana organizacional, teoria dos valores e responsabilidade das aes administrativas, para compreender o contexto atual da empresa aps a privatizao. A pesquisa de campo foi concebida sob o paradigma do construtivismo, em busca de percepes e sentimentos subjacentes e manifestos em entrevistas e questionrios a fim de explicitar os valores passados e presentes na organizao e possibilidades de uma nova realidade. Uma abordagem fenomenolgica complementar favoreceu a insero da autora no mundo da vida dessa organizao, facilitando a fluncia do dilogo para a apreenso de manifestaes e implicaes dos valores das pessoas no processo de transio. As reflexes finais indicam a necessidade de um trabalho organizacional que envolva funcionrios e alta administrao com o propsito comum de redescoberta do significado prprio da organizao. O Programa Vale Viver surge como uma tentativa nessa direo. Os valores "vestir a camisa", "valorizar a prata da casa" e "vencer desafios" acompanham o tempo de vida da cultura da Vale. O valor "vestir a camisa," cujo significado compartilhamento autntico, na atualidade mais uma expectativa a ser retomada do que uma vivncia. O valor "vencer desafios" est mais presente na rea operacional e o valor "valorizar a prata da casa" aparece mais relacionado a programas como o Banco de OpOliunidades, reavivado pelo Vale Viver. No significa que o Vale Viver seja a nica sada para a retomada da confiana, da elevao da auto-estima e de uma articulao empregados e nova administrao na construo de uma base comum de valores, mas a possibilidade mais visvel no momento em que a retomada do esprito da V ALE fundamental para essa nova etapa de sua vida.

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This study is an analysis of the nature of conflicts in highly qualified teams, searching for its causes and potential consequences for the teams performance. The hypothesis is that establishing a power principle is of utmost importance to provide the team members with parameters for action as well as with an effective coordination, which may lead to the desired outcome. The problem under analysis herein is centered on teamwork, having in mind the growing complexity of the competences necessary for the organizations success, in such a way that, if the human activities in these organizations are not cooperatively developed, the desired outcomes may be threatened. In this context it is perceived that many knowledge organizations lack adequate strategies and tools to promote adequate coordination of highly qualified workers, involved cooperatively in tasks of large intrinsic complexity. ABC Consulting is a particular instance of such problem, that may add to the understanding of the general problem of team work. This study takes into account the more general background of the Brazilian culture, which, in spite of broadening aspects such as social cordiality and the living in others (Holanda, 1995), does not lead naturally to quality teamwork. The research development is anchored in a methodology that combines both field and bibliographical work, with a qualitative approach in the scope of case study.

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Esta pesquisa investigou a construo de um cotidiano organizacional intercultural a partir da convivncia entre brasileiros e estrangeiros em trs organizaes multinacionais que possuem sedes administrativas em Curitiba-Pr. A interao entre profissionais cria um cotidiano intercultural que constitudo de aspectos estruturais como as relaes hierrquicas, o processo decisrio, a metodologia de trabalho e os indicadores de desempenho. Tambm formado por aspectos subjetivos e informais que englobam a percepo e o compartilhamento de valores e normas, os elementos do relacionamento inter e intrapessoal, a negociao e a gesto de conflitos, a motivao e o comprometimento. As referncias tericas foram formadas por uma base interdisciplinar que contou com contribuies da Psicologia Social, Sociologia, Antropologia e Histria para interpretao e anlise do cotidiano, alm dos fundamentos e pesquisas do campo dos Estudos Organizacionais, especificamente sobre a administrao intercultural. A pesquisa foi do tipo exploratrio e descritivo, de abordagem qualitativa e interpretativista. O mtodo empregado foi a etnometodologia, pois ela visa o conhecimento e interpretao de um grupo de indivduos acerca de suas interaes e atividades cotidianas. Foi utilizada a entrevista semi-estruturada como instrumento principal de coleta de dados. Ao todo, foram realizadas trinta e trs entrevistas com trs tipos de respondentes: a) gestores de mobilidade internacional; b) profissionais estrangeiros; e c) profissionais locais que convivem com estrangeiros no ambiente de trabalho. Tambm foram coletados documentos oficiais das trs organizaes que tratavam de suas diretrizes oficiais e suas polticas de mobilidade internacional. Foram encontradas representaes, estratgias e tticas comuns as trs organizaes, bem como alguns aspectos especficos de cada cotidiano organizacional. Concluiu-se que quanto mais o indivduo participa de ambientes multiculturais e de interaes interculturais, mas ele trata com desembarao as questes ligadas s rotinas de trabalho e a convivncia com chefias, subordinados e colegas de outras culturas. Isto refora o conceito de mobilidade como capital apresentado por Freitas (2009). Este tipo de interao demanda abertura e desprendimento, principalmente quando em misso internacional, na qual o indivduo precisa adaptar comportamentos e costumes. As misses internacionais auxiliam no processo de capacitao intercultural dos profissionais e no desenvolvimento de competncias culturais no que diz respeito melhoria da leitura do cenrio organizacional e de negcios; superao de preconceitos culturais e forma etnocntrica de ver o mundo, o trabalho e as pessoas; conduo de aes derivadas de estratgias globais; ao entendimento das capacidades e limitaes dos outros e as suas prprias; ao entendimento e aceitao das diferentes formas de perceber as tarefas cotidianas de trabalho. Isto ocorre no somente com aqueles que aceitam o desafio de viver no estrangeiro, mas tambm com aqueles que recebem estes profissionais e com eles convivem cotidianamente.

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A impossibilidade de se viver o lazer, ou seja, a busca de bem-estar, satisfao e prazer, a possibiblidade de auto-realizao e auto-estima, nas organizaes, cuja prtica legitimada por uma teoria organizacional de carter ideolgico

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Esta dissertao tem como objetivo compreender o relacionamento do Movimento Negro e Estado brasileiro no processo de criao da Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial (SEPPIR). Pretendemos jogar luz sobre a relao entre Movimento Negro e Estado na constante luta pelo sentido e significado da desigualdade racial. Ser que a constituio de uma Secretaria, com status de Ministrio de Estado, capaz de promover mudanas na viso de desigualdade racial institucionalizada pelo Estado brasileiro? Nosso estudo busca entender como o conflito sobre o sentido da desigualdade racial incorporado s Polticas Pblicas. Utilizamos a categoria analtica Movimento Social para compreender o Movimento Negro, identificando alguns frames que orientam a sua ao. Evidenciamos que estes frames se relacionam na constituio do lugar (entendido como uma srie de ligaes, nas quais os sentidos das relaes sociais so construdos, onde h disputas de poder sobre esses sentidos) da SEPPIR. A ao do Movimento Negro coloca em conflito os sentidos institucionalizados pelo Estado, que se utiliza da cooptao para desmobilizar o Movimento. Ao discutirmos a relao entre Movimento e Estado, relacionamos os frames identificados com a naturalizao da desigualdade racial. Essa verso institucionalizada atribui principalmente ao nosso passado escravocrata a causa dessa desigualdade, no apontando para a compreenso do papel do racismo na manuteno dessa desigualdade. Sugerimos, assim, que a noo de justia, reposicionada pelo reconhecimento, e a discusso de direitos humanos podem ser um caminho, no apenas para lutar contra esta naturalizao, mas tambm para irmos alm da cooptao.

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Atravs da comparao entre dois diferentes modelos de cenrio, criados por dois diferentes arquitetos, para uma mesma rede de restaurantes, este estudo pde identificar como os mesmos contriburam para a formao do valor percebido da experincia de cada cliente. Embora haja quase um consenso entre os pesquisadores de que o cliente percebe o cenrio de forma holstica, a autora no encontrou nenhuma pesquisa focada em que sensaes so passadas pelos diferentes conjuntos de elementos (em geral, organizados conforme um tema). Este gap precisava ser suprido, uma vez que estas sensaes constituem benefcios emocionais que contribuem para o posicionamento e para o valor percebido do estabelecimento. Os benefcios emocionais so particularmente importantes para o setor de restaurantes, afinal, num restaurante o cliente no paga apenas para receber uma boa comida; paga tambm para viver bons momentos, ou experincias. A pesquisa usou uma metodologia qualitativa (grupos de discusso), apoiada na perspectiva fenomenolgica, para abordar um tema complexo, que mexe com percepes e sensaes. Dois complementos foram usados para auxiliar a construo do caso: entrevistas junto a profissionais do Rscal e anlise dos materiais impressos. O principal resultado apresentado foi a identificao das sensaes provocadas nos clientes por duas diferentes combinaes de elementos (ou temas). Como resultados secundrios, foram identificados: o principal fator moderador na percepo do cliente da experincia no restaurante, as reaes dos clientes antigos s novidades feitas em modelos de cenrio j existentes e o papel da logomarca e dos materiais de comunicao em sua composio.

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Esta pesquisa originou-se do pensador Gilles Deleuze (2006). Deleuze contrasta o pensamento sedentrio enquanto linear e reconhece o pensamento nmade como estriado, cheio de nervuras, em uma palavra morfognica, a germinar formas inusitadas. O sedentrio, no est altura de fazer frente a contextos ou ambientes onde predominam complexidade, incerteza e caos, no lida com diversidade. J o pensamento nmade movido pelo desejo de fazer do pensar um fluxo, um devir que se assemelhe realidade instvel, mutante, surpreendente, improvvel na qual vive. O sedentrio era rei nos tempos onde buscvamos a estabilidade, a repetio, os padres, as previses com as quais podamos regular o processo de pensar, gerir e viver. A vida til dos paradigmas vem sofrendo uma contrao temporal, dificultando o estabelecimento de plats de serenidade. Einstein (1930), em uma carta de dirigida a seu filho Eduard instrui: A vida como andar de bicicleta. Para manter o equilbrio, preciso se manter em movimento. No campo da Administrao emergem pesquisadores buscando entender neste novo contexto qual forma de pensar e agir mais eficaz: se deviramos mudar a percepo que temos do mundo ou obrar para alter-lo. Ao contrrio dos que retiram suas leis da imobilidade, da regularidade, da estabilidade, da repetio, frutos de uma abstrao, de uma tradio cartesiana equivocada, so os que interpretam e compreendem o mundo a partir de sua turbulncia das singularidades, do inusitado, do indito e que romperam com a representao clssica, liberando assim o pensar de sua funo recognitiva -- do uso de ferramentas analticas, de diagnsticos, de mtodos como o SWOT (Foras, Oportunidades, Debilidades e Ameaas) os que fazem do pensamento uma potncia criadora, a gerar as inovaes que alimentam o sucesso empresarial. possvel, ento, afirmar que o modelo mental predominante do executivo pode ser classificado, seja como nmade, seja como sedentrio -- usando as expresses cunhadas por Deleuze (2006)para avaliar sua adequao ao novo ecossistema empresarial. Nossa hiptese que o pensador nmade est mais bem preparado para lidar com o ambiente contemporneo. Na primeira parte desta dissertao desvelamos a teoria que sustenta a hiptese formulada. Na seguinte justificamos o porqu de formular uma boa pergunta, propor uma explicao, avanar baseado numa hiptese e enunciar uma lei pode ser to eficaz quanto uma pesquisa emprica para fazer avanar a compreenso dos fenmenos organizacionais, Na quarta e ltima parte detalhamos a hiptese ora proposta e sugerimos como continuidade num futuro prximo, um roteiro para uma pesquisa emprica.

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O presente estudo visa determinar quais os fatores de sofrimento e os fatores de resilincia (de proteo) utilizados pelos trabalhadores de duas unidades industriais de um mesmo grupo multinacional, buscando compreender um pouco mais a relao entre o trabalho, seus sentidos e significados, e a sade fsica e mental das pessoas encarregadas de execut-lo, explorando o fato de que os indivduos, em geral, conseguem evitar a doena e o sofrimento apesar das presses que devem enfrentar em seu dia-a- dia. O problema fundamental da pesquisa era o de identificar, as causas mais freqentes de sofrimento entre os trabalhadores de uma empresa e os mecanismos ou fatores de suporte existentes que lhes garantissem obter, atravs das atividades desempenhadas, o senso de utilidade, conferindo-lhes assim dignidade e a possibilidade de auto-realizao. Procurava-se ainda definir, se possvel, aes capazes de alterar o destino de sofrimento dos mesmos e favorecer sua transformao, de modo a fortalecer a identidade dos indivduos, aumentando assim suas resistncias aos riscos de desestabilizao psquica e somtica. Os resultados indicaram que entre as principais causas de sofrimento nas organizaes encontram-se a presso e responsabilidade do trabalho, a incapacidade de aceitar prprias falhas, a culpa pela desinformao, a falta de tempo para a famlia, a falta de apoio de pares / superiores, a frustrao e a falta de domnio sobre o futuro, a falta de reconhecimento, o contedo significativo" do trabalho insuficiente (pouca liberdade de criao, autonomia das atividades, rotina), tarefas estafantes, repetitivas e pesadas e que demandem esforo fsico elevado, doena e suas conseqncias (discriminao, vergonha e sentimento de inutilidade), medo da perda do emprego, obrigao de ter que efetuar cortes, enxugamento ou reduo de pessoal e por fim, assdio Moral. Por ltimo, foi possvel identificar nas falas dos entrevistados os mesmos fatores de proteo encontrados na literatura clssica sobre sobreviventes de situaes traumticas, conhecidos como fatores de resilincia, isto : vontade de viver, auto-estima, amor-prprio, respeito prprio, esperana, crena, autonomia, iniciativa pessoal, autodeterminao, busca de significado para a vida, auto-afirmao, preservao da identidade, curiosidade e capacidade de estabelecer bons relacionamentos.

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This research is in the domains of materialism, consumer vulnerability and consumption indebtedness, concepts frequently approached in the literature on consumer behavior, macro-marketing and economic psychology. The influence of materialism on consumer indebtedness is investigated within a context that is characterized by poverty and by factors that cause vulnerability, such as high interest rates, limited access to credit and to quality affordable goods. The objectives of this research are: to produce a materialism scale that is well adapted to its environment, characterizing materialism adequately for the population studied; to compare results obtained with results of other studies; and to measure the relationship between materialism, socio-demographic variables, attitude to debt and consumption indebtedness. The primary data used in the analyses were collected from field research carried out in August, 2005 that relied on a probabilistic household sample of 450 low income individuals who live in poor regions of the city of Sao Paulo. The materialism scale, adapted and translated into Portuguese from Richins (2004), proved to be very successful and encourages new work in the area. It was noted that younger adults tend to be more materialistic than older ones; that illiterate adults tend to be less materialistic than those who did literacy courses when they were already adults; and that gender, income and race are not associated with the materialism construct. Among the other results, a logistic regression model was developed in order to distinguish those individuals who have an installment plan payment booklet from those who do not, based on materialism, socio-demographic variables and purchasing and consumer habits. The proposed model confirms materialism as a behavioral variable useful for forecasting the probability of an individual getting into debt in order to consume, in some cases almost doubling the chance of occurrence of this event. Findings confirm the thesis that it is not only adverse economic factors that lead people to get into debt; and that the study of demand for credit for consumption purposes must, of necessity, include variables of a psychological nature. It is suggested that the low income materialistic consumer experiences feelings of powerlessness and exclusion because of the gap that exists between their possessions and their desires. Lines of conduct to combat this marginalization from the consumer society are drawn targeting marketing professionals, public policy makers and vulnerability researchers. Finally, the possibility of new studies involving the materialism construct, which is central to literature on consumer behavior, albeit little used in empirical studies in Brazil, are discussed.

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Esta dissertao aborda um dos problemas da democracia representativa, a responsabilizao (accountability) dos representantes da sociedade, partindo da exigncia de que prestem contas de suas aes ao escrutnio pblico e que se submetam a possvel aplicao de sano, caso suas justificativas apresentadas no sejam consideradas satisfatrias. Apresentaremos alguns mecanismos existentes na democracia representativa, que podem ser ativados pela ao poltica da sociedade civil, obrigando os representantes a agir de forma mais transparente e comprometida com os resultados para a coletividade. Tais mecanismos vo alm dos incentivos eleitorais, podendo ser disponibilizados para que sejam acionados no decorrer dos mandatos. Frente o destaque que tem sido dado participao da sociedade civil nos assuntos pblicos, abordaremos como ela pode contribuir para a construo de um contexto poltico mais responsabilizvel. Para que ocorra, imprescindvel que a transparncia permeie todos as decises e aes que afetam a coletividade e que existam arenas e instrumentos de participao e contestao disposio dos cidados, alm de possibilidades de sanes para atos que forem considerados no representativos. Dada a impossibilidade da participao de todos os cidados nos assuntos pblicos (caso contrrio, poderamos viver em uma democracia direta), as demandas coletivas so, em grande parte, defendidas por grupos organizados, que compem a parcela da sociedade conhecida como sociedade civil organizada, composta por ONGs, movimentos sociais, fruns, etc. A atuao da sociedade civil organizada pode variar nas diversas reas de defesa de direitos, tornando muito difcil a realizao de uma anlise geral. Sendo assim, foi escolhida uma rea especfica para este estudo: a do combate violncia sexual contra crianas e adolescentes. O presente trabalho visa a analisar a atuao poltica da sociedade civil organizada, no sentido de: (1) influenciar a agenda pblica, incluindo temas e chamando a ateno para polticas antes negligenciadas pelo Estado e, dessa forma, aumentando o escopo da exigncia por prestao de contas; e (2) acionar, direta ou indiretamente, mecanismos de responsabilizao, sejam eles horizontais ou verticais. Atuando dessa forma, a sociedade civil organizada pode contribuir para a efetivao dos mecanismos de responsabilizao existentes ou propor a criao de novas formas. Podemos observar que a utilizao de mecanismos no institucionais (campanhas, mobilizao da mdia, etc.) predominam sobre os institucionais. A utilizao dos mecanismos no institucionais contribui fortemente para a educao para a cidadania, pois amplificam as demandas e/ou denncias de um determinado grupo, geralmente com o auxlio da mdia, atingindo boa parte da populao, conscientizando-a de seus direitos e incentivando-a a exigir que estes sejam cumpridos. No entanto, sua efetividade depende de mecanismos institucionais de responsabilizao exercendo controle horizontal. A anlise da atuao poltica da sociedade civil permite-nos observar que suas organizaes incorrem em alguns dos mesmos problemas da democracia representativa, como questes de representao e responsabilizao. No existem mecanismos que garantam que as organizaes da sociedade civil que controlam o governo, ou seja, que influenciam e monitoram suas decises e aes, sejam realmente representativas da populao, nem que sejam obrigadas a prestar de contas e sujeitar-se a eventuais sanes.