9 resultados para Alzira
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Este texto tem por objeto o conjunto de entrevistas concedidas por Afonso Arinos de Mello Franco ao Programa de História Oral do CPDOC entre setembro de 1982 e outubro de 1983, com um total de 26h 40m de gravação. As entrevistas foram realizadas por Aspásia Camargo e Maria Clara Mariani e contaram com a participação especial de Pedro Nava (na entrevista de 27.9.1982) e dos jornalistas Carlos Castelo Branco, Fernando Pedreira e Otto Lara Resende (na mesa-redonda de 8.2.1983). O objetivo imediato desta série de entrevistas foi sua transformação em livro: ainda em 1983, o CPDOC publicava, em conjunto com o Senado Federal e a Editora Dom Quixote, o livro O intelectual e o político: encontros com Afonso Arinos, cuja primeira parte é o resultado do trabalho de edição das entrevistas gravadas.
Resumo:
Como todos os textos, este também tem uma história e, no caso, não é supérfluo por ela iniciar. Em meados do ano de 1991, coordenando o Setor de História Oral do Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas, fui surpreendida com a notícia que Alzira Vargas do Amaral Peixoto estava disposta a nos conceder uma entrevista. O fato não teria em si nada de especial, não fosse D. Alzira particularmente resistente à concessão de entrevistas, incluindo-se aí a própria gravação de um depoimento para compor o acervo histórico do CPDOC. Na verdade, ela já realizara, entre abril e maio de 1979, portanto fazia mais de dez anos, uma gravação que fora interrompida pelos afazeres de sua atribulada vida e nunca mais retomada.1 As evasivas sempre foram numerosas e verossímeis, mas uma certa experiência no trato com depoentes nos indicava - a mim e aos demais pesquisadores - , que havia razões mais profundas para que ela não se dipusesse a reiniciar os trabalhos.
Resumo:
Este trabalho pretende mostrar as funções exerci das pela Orientação Educacional junto ao Sistema de Ensino Brasileiro, a partir da análise de sua gênese e institucio nalização. Como prática oriunda das sociedades industriais vol tadas para a organização da vida social em torno da eficiên cia da produção, a Orientação Educacional - que surge como orientação Profissional - nasceu para atender à demanda das empresas capitalistas. Sua integração à ação escolar agora como Orientação Educacional e/ou Orientação Vocacional - tem objetivado a racionalização dos meios de asseg~ rar a adequação das estruturas de educação à estrutura so cial. Deixando de levar em conta, na discussão de sua problemática, a divisão social do trabalho, a dominação e exploração econômica, portanto, a Orientação Educacionalno Brasil vem produzindo um discurso ideológico calcado na "li berdade de escolha" do indivIduo, conforme suas potencialidades, aptidões e interesses. Na realidade, as funções da Orientação Educacional brasileira tem validado e reforçado os mecanismos de seleção e exclusão existentes ao longo do processo educacional, sempre em conexão com a posição de classe dos alunos. Constitui-se, portanto, um dos mecanismos de normalização de condutas, aspirações e expectativas do indivíduo, tendo em vista o seu ajustamento, sem confli tos, à ordem estabelecida.
Resumo:
No presente estudo são destacadas, a abrangência das atividades de um psicólogo numa empresa brasileira de médio porte e as consequências da sua intervenção para o desenvolvimento da organização como um todo. Os resultados da implantação de uma estrutura de Recursos Humanos sob a perspectiva da psicologia são apresenta dos, sempre que possível, através de dados mensuráveis. As conclusões nos encoraja a convidar profissionais da nossa área a se dedicarem com mais afinco à Psicologia Aplicada ao Trabalho oferecendo suas contribuições à vida das organizações, em especial, às organizações de caráter industrial – comercial, como é o caso da empresa onde se verificou o estudo do presente caso. Pensamos que a possível causa da esterilidade aparente do trabalho do psicólogo nas organizações formais, possa ser atribuída à posição hierárquica do órgão em que se desenvolvem seus serviços. Como solução, sugerimos que o órgão de Recursos Humanos funcione como uma assessoria às unidades de nível hierárquico superior da organização. No caso estudado se ria uma assessoria à Superintendência. .Paralelamente, são discutidos alguns aspectos das atitudes e conflitos éticos do Psicólogo no âmbito organizacional.
Resumo:
Os anos entre 1956 a 1961 foram pródigos para o desenvolvimento do Brasil. O governo JK consolidou a industrialização brasileira, criou Brasília e foi considerado um caso singular na política contemporânea, por ser o único governo civil que começou e terminou seu mandato segundo as regras constitucionais, até o período da ditadura militar. Através da rememoração, lembramos de fatos históricos, que através da narrativa da revista Manchete, contribuíram para a criação de uma imagem positiva de Juscelino Kubitschek e de seu governo. As edições constantes de sua imagem de grande estadista justificam a existência, na memória coletiva, do mito político. Sua trajetória foi caracterizada por sua simpatia, seu poder de persuasão e pela força de sua oratória durante o seu governo e posteriormente calada pela ditadura militar, implantada no Brasil em 1964. Manchete deu forma, através de suas fotorreportagens, aos acontecimentos de um país em acelerado processo de desenvolvimento, contribuindo desta maneira, com a criação do mito dos anos dourados.