104 resultados para Brasil. [Estatuto da criança e do adolescente (1990)]


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Ao longo dos ltimos 20 anos tem havido uma profuso de estudos que examinam, no mbito de empresas, a contribuio dos mecanismos de aprendizagem e da adoo de tcnicas de gesto para o processo de acumulao tecnolgica. No entanto, ainda so escassos os estudos que examinem, de maneira conjunta e sob uma perspectiva dinmica, o relacionamento entre a adoo de tcnicas de gesto, mecanismos de aprendizagem e trajetrias de acumulao de capacidades tecnolgicas. Mais que isto, faltam estudos que examinem o duplo papel das tcnicas de gesto, ora como parte do estoque de capacidades tecnolgicas, ora como um processo de aprendizagem tecnolgica em si. Esta dissertao objetiva oferecer uma contribuio para preencher esta lacuna neste campo de estudo. O enfoque desta dissertao deriva de observaes empricas, realizadas em empresas, e inspira-se no clssico estudo Innovation and Learning: the two faces of R&D, de Cohen e Levinthal (1989). Assim a dissertao baseia-se em um estudo de caso individual, realizado em uma empresa do setor siderrgico no Brasil, no perodo de 1984 a 2008, examinando estas questes luz de modelos analticos disponveis na literatura internacional. Neste sentido, adotou-se o entendimento de capacidade tecnolgica como o conjunto de recursos necessrios para gerar e gerir mudanas tecnolgicas, sendo construda e acumulada de forma gradual, a partir do engajamento em processos de aprendizagem e da coordenao de bases de conhecimentos acumulados em diferentes dimenses, simbioticamente relacionadas. As mtricas utilizadas identificam tipos e nveis de capacidade tecnolgica para diferentes funes e identifica quatro tipos de processos de aprendizagem tecnolgica e os avalia em termos de suas caractersticas-chave. Tomando-se por base evidncias empricas qualitativas e quantitativas, colhidas em primeira mo, a base de trabalho de campo, este estudo verificou que: 1. A empresa acumulou nveis inovativos de capacidades tecnolgicas em todas as funes examinadas, sendo o nvel Inovativo Intermedirio (Nvel 5) nas funes Engenharia de Projetos (de forma incompleta) e Equipamentos e o nvel Intermedirio Avanado (Nvel 6) nas funes Processos e Organizao da Produo e Produtos. 2. Os mecanismos de aprendizagem subjacentes acumulao destes nveis de capacidade tecnolgica apresentaram resultados relevantes em termos de suas caractersticas-chave, principalmente no que diz respeito variedade e intensidade: de 24 mecanismos em 1984 para um total de 59 em 2008, com uma variao de 145,8%, e com 56 dos 59 mecanismos (94,92%) utilizados atualmente de forma sistemtica. 3. O perodo compreendido entre os anos de 1990 e 2004, no qual foram implementadas as tcnicas de gesto estudadas, exceto o Plano de Sugestes, se caracteriza por apresentar a maior taxa de acumulao de capacidades tecnolgicas e por dar incio utilizao da quase totalidade dos 35 novos mecanismos de aprendizagem incorporados pela empresa aps o incio de suas operaes (1984). E que as tcnicas de gesto estudadas: 1. Colaboraram para o processo de aprendizagem tecnolgica da AMBJF, principalmente pela necessidade de se: (i) incorporar novos mecanismos de aprendizagem que lhe permitissem acumular, antecipadamente, a base de conhecimentos necessria implementao das tcnicas de gesto estudadas; (ii) coordenar um nmero maior de mecanismos que dessem o adequado suporte ao aumento da complexidade de seu Sistema de Gesto Integrada (SOl). 2. Ampliaram, por si, o estoque de capacidades tecnolgicas da empresa, maIS especificamente em sua dimenso organizacional, a partir da acumulao de conhecimento em procedimentos, instrues de trabalho, manuais, processos e fluxos de gesto e de produo, dentre outros. Desta forma, os resultados aqui encontrados confirmam que a adoo e a implementao das tcnicas de gesto estudadas contriburam com e influenciaram o processo de aprendizagem tecnolgica e a trajetria de acumulao tecnolgica da empresa, ao mesmo tempo, exercendo, portanto, um duplo papel na organizao. Esta concluso nos leva a um melhor entendimento do tema e pode contribuir para a compreenso de aes polticas e gerenciais que possam acelerar a acumulao de capacidades tecnolgicas, entendendo a relevncia das tcnicas de gesto menos em termos de sua "mera" adoo e mais do seu processo de implementao.

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Este trabalho busca avaliar o impacto de uma poltica pblica, no caso, a poltica de desenvolvimento de recursos humanos da reforma administrativa promovida pelo governo do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) em seu pblico-alvo - os funcionrios pblicos civis da Unio. Para tanto, resgatamos as experincias de reforma que o setor federal atravessou desde a proclamao da Repblica, descrevendo suas estratgias e limitaes, e utilizamos dois instrumentos de anlise prprios das Cincias Sociais, a Anlise de Contedo e a Anlise do Discurso, a fim de exercitar uma metodologia qualitativa de pesquisa para a cincia da Administrao.

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Este trabalho analisa o desenvolvimento de dynamic capabilities em um contexto de turbulncia institucional, diferente das condies em que esta perspectiva terica costuma ser estudada. feito um estudo de caso histrico e processual que analisa o surgimento das Dynamic Capabilities nos bancos brasileiros, a partir do desenvolvimento da tecnologia bancria que se deu entre os anos 1960 e 1990. Baseando-se nas proposies da Estratgia que analisam as vantagens competitivas das empresas atravs de seus recursos, conhecimentos e Dynamic Capabilities, construdo um framework com o qual so analisados diversos depoimentos dados ao livroTecnologia bancria no Brasil: uma histria de conquistas, uma viso de futuro(FONSECA; MEIRELLES; DINIZ, 2010) e em entrevistas feitas para este trabalho. Os depoimentos mostram que os bancos fizeram fortes investimentos em tecnologia a partir da reforma financeira de 1964, poca em que se iniciou uma sequncia de perodos com caractersticas prprias do ponto de vista institucional. Conforme as condies mudavam a cada perodo, os bancos tambm mudavam seu processo de informatizao. No incio, os projetos eram executados ad hoc, sob o comando direto dos lderes dos bancos. Com o tempo, medida que a tecnologia evolua, a infraestrutura tecnolgica crescia e surgiam turbulncias institucionais, os bancos progressivamente desenvolveram parcerias entre si e com fornecedores locais, descentralizaram a rea de tecnologia, tornaram-se mais flexveis, fortaleceram a governana corporativa e adotaram uma srie de rotinas para cuidar da informtica, o que levou ao desenvolvimento gradual das microfundaes das Dynamic Capabilties nesses perodos. Em meados dos anos 1990 ocorreram a estabilizao institucional e a abertura da economia concorrncia estrangeira, e assim o pas colocou-se nas condies que a perspectiva terica adotada considera ideais para que as Dynamic Capabilities sejam fontes de vantagem competitiva. Os bancos brasileiros mostraram-se preparados para enfrentar essa nova fase, o que uma evidncia de que eles haviam desenvolvido Dynamic Capabilities nas dcadas precedentes, sendo que parte desse desenvolvimento podia ser atribudo s turbulncias institucionais que eles haviam enfrentado.

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A elaborao do oramento pblico uma das mais importantes atribuies do Poder Legislativo nos pases de regime democrtico, no obstante a iniciativa das leis oramentrias tenha se transferido para o Executivo. Atualmente, os papis desempenhados pelos Poderes Executivo e Legislativo na elaborao do oramento esto definidos nas constituies, onde se observa uma tendncia ao equilbrio entre os dois Poderes. A histria do oramento est intimamente associada ao poderio crescente dos parlamentos que passaram a reivindicar o direito de autorizar as receitas e dispor sobre as despesas pblicas. O oramento, introduzido primeiramente na Inglaterra, como um instrumento de controle poltico do Parlamento sobre a Coroa, e adotado pelos franceses e norte-americanos em suas lutas por liberdade, aos poucos, foi sendo utilizado pela maioria das naes. No Brasil, tomando-se por referncia as constituies ao longo de sua histria, a participao do Poder Legislativo na elaborao do oramento caracterizou-se pela oscilao em termos do maior ou menor controle sobre as decises oramentrias. A Constituio Federal de 1 988 recuperou as prerrogativas do Congresso Nacional para dispor sobre matria oramentria que haviam sido retiradas na Constituio de 1 967. A Constituio trouxe importantes mudanas nesta rea, entre elas a concluso do processo de unificao oramentria, a aprovao pelo Legislativo no s da lei oramentria como dos novos instrumentos de planejamento (lei do plano plurianual e lei de diretrizes oramentrias), a instituio de uma comisso mista permanente de Senadores e Deputados e a possibilidade de emendar os projetos de lei do Executivo. A lei de diretrizes oramentrias, considerada uma das mais relevantes inovaes introduzidas ao captulo da Constituio que trata do oramento pblico, foi concebida com o objetivo maior de permitir uma interveno prvia do Poder Legislativo na elaborao do projeto de lei do oramento, antecipando as decises sobre as metas e prioridades a serem contempladas na elaborao oramentria. Apesar dos novos instrumentos e do amplo poder de interveno, no perodo de 1990 1995 a atuao do Legislativo no que diz respeito definio de metas e prioridades ficou comprometida principalmente pela falta de vontade poltica para aprovar a Lei Complementar de Finanas Pblicas e para implantar na comisso mista de oramento uma estrutura e processos de funcionamento correspondentes ao novo papel que a Constituio reservou a esta comisso. A anlise dos documentos e os depoimentos levantados mostraram que a atuao do Legislativo foi prejudicada tambm pela inexistncia do planejamento governamental e pela deficincia dos projetos de lei do Executivo, que pouca ateno deram s metas e prioridades.

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Nesta pesquisa, o que se pretendeu foi conhecer o atual estgio dos sistemas de controle gerencial utilizados em cinco hotis localizados no Estado do Esprito Santo, levando-se em conta as peculiaridades do ramo e suas caractersticas com relao adaptao, se necessrio, dos diversos conceitos j aplicados em outros tipos de atividades, notadamente no ramo de servios. Para tanto, procedeu-se a uma reviso de literatura e dos fundamentos tericos sobre controle gerencial, principalmente aqueles voltados para a cincia comportamental, que serviram de suporte para estabelecer o plano de referncia utilizado nesta pesquisa. Por tratar-se de trabalho descritivo, com riqueza de detalhes, foi adotada a metodologia do estudo de caso por ser a mais aconselhvel neste tipo de trabalho. Entrevistas, utilizando questionrios que continham em sua maior parte perguntas abertas, possibilitaram descrever o processo de controle gerencial existente nos hotis pesquisados. Os resultados obtidos permitiram anlises sobre a natureza deles e o estudo dos sistemas de controle gerencial dos hotis estudados. Finalmente, uma comparaao entre os resultados obtidos no trabalho de campo e os fundamentos tericos levantados na reviso da literatura possibilitaram se chegasse a algumas concluses importantes, alm de permitirem formular algumas recomendaes e sugestes para futuras pesquisas.

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Este trabalho se constitui no estudo das transformaes das organizaes famlia e escola na histria europia e na histria brasileira. Seu objetivo a problematizao das condies de formao da criana, estruturadas a partir do papel e das funes que estas organizaes desempenham frente ao Estado. A pr-escolarizaao foi priorizada por representar uma demanda crescente, principalmente da classe popular que no tem acesso aos servios disponveis da rede privada de ensino, e tambm por implicar um espao novo a ser consubstanciado no contexto de todo o processo educacional. Pais e educadores de escolas pblicas e da rede privada foram entrevistados, favorecendo a compreensao de suas posies, conflitos e anseios frente ao trabalho conjunto na formao da criana. O processo comparativo entre as duas formas de atendimento foi utilizado com o propsito de analisar as condies em que as crianas de diferentes classes sociais se desenvolvem no estado do Rio de Janeiro. Anlises e contribuies foram feitas na perspectiva de intensificar o processo de reflexo das questes fundamentais que propiciaro mudanas significativas formao da criana.

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O presente estudo teve como objetivo avaliar em que medida a presena da me constitui um fator determinante para a aquisio e desenvolvimento do prelingusmo. utilizou-se uma amostra constituida por doze crianas provenientes de classe scio-econmica desfavorecida, com idades variando entre nove e quinze meses e que foram distribuidas em trs grupos, conforme as condies de relao com a figura materna: com mae ausente, vivendo na creche; com mae em tempo parcial, recebendo mento diarista na creche; com mae em tempo integral, vivendo nos prprios lares. Acreditando que as crianas que contam com a presena das prprias mes em tempo integral tem um desempenho prelingustico superior ao daquelas que, em alguma medida, so privadas dessa relao, registrou-se as produes prelingusticas das crianas dos trs grupos utilizando uma Escala de Avaliao com esquema de intervalos de um minuto, perfazendo vinte minutos por sesso e totalizando cinco sesso por cada criana. Comparou-se a frequncia de vocalizaes e de expresses motoras, estabelecendo dois tipos de relao: entre os dois grupos das condies extremas; entre todos os trs grupos. Os resultados forneceram evidncias de que a presena da me est positivamente relacionada frequncia de produes prelingusticas, quando se comparou os dados das crianas dos trs grupos. No entanto, nao se observou diferena significativa ao se comparar as produes prelingusticas das crianas do grupo com privao absoluta de me s daquelas que conviviam com suas mes em tempo integral, ou seja, pertencentes aos grupos considerados de maior contraste. Os resultados, entretanto, apontam para a qualidade da relao estabelecida entre me e criana como fator que influencia, de forma significativa, o desenvolvimento prelingustico. Sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas, em que o critrio de controle da relao mae e criana seja realizado com instrumentos mais precisos e em que se observe o carter das outras relaes estabelecidas pela criana: com a atendente, no caso das crianas que frequentam ou vivem na creche.

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Os estudos e pesquisas realizados sobre a recepo da mensagem audiovisual pela criana tm se preocupado muito mais com os efeitos dos meios de comunicao nos receptores do que com a capacidade de decodificaco e leitura das mensagens por parte dos receptores. A meta deste trabalho lanar um olhar antropolgico diante do espectador infantil, procurando focaliz-lo nas suas vrias diferenas segundo o meio, a regio e o grupo social a que pertence, pois cada individuo um caso particular. Tanto o texto filmico quanto o texto escrito oferecem possibilidades de participao ativa do espectador/ leitor que se projeta nas mensagens provocadas pelos espaos vazios e intersticios deixados no texto pelo autor. Por outro lado verifica-se que a competncia icnica to desejavel quanto a competncia lingistica pois os educadores mais preocupados com a preparaao na linguagem verbal no conseguem ver o gue se passa com a criana na comunicao visual. Quanto s consequncias pedaggicas preciso salientar que a influncia do filme grande se o que ele veicula se desenvolve na mesma linha da educao cotidiana da criana e ela pequena quando oposta esta educaco. A pesquisa do trabalho fez perceber que nao e preciso ter tanto medo da influncia e do poder da imagem. O cinema nao coloca nada alheio na criana, e sim d lugar e a possibilidade de ao ao que j existe nela. Cabe observar ainda que no se deve ter apenas um olhar cientfico e dogmtico na busca de parmetros para a pesquisa da recepao cinematoarfica infantil. Outros elementos como a emoo e o sonho podem ser introduzidos para estimular a razao.

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O objetivo deste trabalho traar um panorama da Formao - Sindical que se pratica no Brasil'a partir de meados da dcada de 80, apontando o surgimento de uma nova modalidade de educao de sindicalistas que se delineia na Sua tendncia majoritria - como formao poltica de classe trabalhadora.

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O objetivo deste estudo foi explorar a relao existente entre a bibliografia sobre a educao superior de Cincias Contbeis no Chile e o ensino nos cursos de Cincias Contbeis nas Universidades da Primeira e Segunda Regio do pas, identificando alguns aspectos relacionados com o ensino de Contabildade no Brasil . (Captulo I). Na reviso da bibliografia se apresentam algumas consideraes gerais sobre a funo do profissional Contador, a evoluo do ensino de contabilidade no Chile, atravs de uma abordagem retrospectiva, completando-a com um estudo histrico da legislao que tem regulamentado o ensino superior no pas, e os principais problemas do ensino da Contabilidade no Chile (Capitulo II). Em seguida, se apresenta a metodologia utilizada, justificando-se as razes de seu emprego neste tipo de estudo. (Captulo III). A partir da utilizao de um questionrio, obtiveram-se os antecedentes necessrios para caracterizar o ensino nos cursos de Cincias Contbeis na Primeira e Segunda Regio do Chile, partindo-se para uma comparao com o referencial bibliogrfico. (Captulo IV) . Posteriormente, atravs dos resultados obtidos, busca-se a identificao de alguns aspectos relacionados com o ensino de contabilidade no Brasil. (Captulo V) . Finalmente, se apresentam o sumrio, a anlise e as recomendaes e sugestes para novas pesquisas. (Captulo VI).

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Este um estudo de caso acerca do processo de planejamento de um dos maiores sindicatos do Estado do RJ e de toda a Amrica Latina, com aproximadamente 100.000 trabalhadores na base, o Sindicato dos Trabalhadores Metalrgicos. Mas, alm disso, consiste na demarcao da gnese histrica do planejamento atravs do debate sobre a crise da ideologia liberal e do mercado como sujeito da regulao social, discute-se tambm o processo conflitante da racionalidade capitalista na modernidade. A anlise do processo de planejamento desse Sindicato levou-nos a discutir a proposta cutista de gesto sindical elaborada pela Secr. Nacional de Formao da CUT e pela Escola Sindical 7 de Outubro, entre 1989 e 1990, condensada e sistematizada por extensa bibliografia dessa Escola e, principalmente, no Programa de Planejamento e Administrao Sindical. Levou-nos tambm a analisar algumas experincias em administrao sindical, permitindo visualizar de maneira mais ampla a gesto sindical cutista, embora no seja possvel ainda tirar concluses definitivas. Essa proposta de planejamento, se levada implementao pelos dirigentes sindicais cutistas, pode produzir mudanas radicais nas organizaes sindicais, formar dirigentes com a personalidade do produtor. Nesse sentido o planejamento pode ser considerado muito mais do que um instrumento de trabalho auxiliar na gesto sindical, ele assume as caractersticas daquilo que Gramsci denomina de princpio educativo do trabalho: ou seja, que o planejamento sindical proposto pela Escola Sindical e a SNF-CUT um princpio educativo. Como princpio educativo o planejamento pode superar o autoritarismo imperante nas relaes capitalistas de trabalho pois ele no resume-se nessa concepo ao mero cumprimento de direitos e deveres estabelecidos pelo contrato de trabalho. O planejamento passa a ser um meio de elevar a personalidade do trabalhador a um estgio superior, de servil e subalterna, petrificada assim pelas filosofias taylorista e toyotista da organizao e do processo de trabalho uma personalidade de dirigente ou produtor alcanvel pela participao dos trabalhadores em todos os nveis do processo de deciso. A dinmica da racionalidade capitalista, o conflito dialtico entre a racionalidade corporativa e a racionalidade societal, consiste no principal obstculo do planejamento efetivar-se como princpio educativo. Trata-se ento de desvelar essa tenso entre uma racionalidade instituda pelas foras capitalistas, a racionalidade corporativa ou privatista, e uma racionalidade instituinte, a racionalidade societal, produzida por foras sociais que agem em sentido contrrio lgica e dinmica do capital. Essa tenso entendida como desdobramento do conflito entre as classes sociais fundamentais do capitalismo e entre as fraes de classes. Nosso pressuposto bsico que racionalidades distintas, considerando-se os conflitos de hegemonia e a pluralidade de poderes, produzem subjetividades e ticas distintas, e que elas emergem principalmente do processo produtivo, da tecnologia e das formas de organizao do trabalho, de onde irradiam-se para outras esferas sociais. Constatamos uma crise de direo no movimento sindical cutista, entre a proposta de gesto sindical da CUT, contida em seu Estatuto e Resolues e a forma concreta em que os sindicatos cutistas so geridos. Estes recusam-se, de uma forma geral, a implementar em suas estruturas organizacionais os princpios, diretrizes e fundamentos da CUT. Entretanto, o que tornou-se revelador com essa pesquisa foi o fato de que mesmo em Centrais Sindicais e Sindicatos que declaram-se oponentes ao corporativismo e a favor de uma gesto participativa, democrtica, combativa, autnoma e pela base, como no caso da proposta cutista de gesto sindical, continua imperando a hegemonia da racionalidade corporativa e privatista sobre a racionalidade societal. Revela-se ento que a conscincia dos fatos no suficiente para transform-los. Dessa constatao emergiu uma problemtica que pretendemos abordar em um outro momento, a relao entre a conscincia crtica e poder, entre saber e vontade. Segundo Carlos Matus o planejamento uma reflexo que precede e preside a ao, ou seja, ele orienta a vontade estratgica dos atores sociais. Com essa definio Matus critica a metodologia e aplicabilidade do planejamento normativo, por sua demasiada centralizao e desconsiderao dos conflitos institucionais. Da trilogia metodolgica e operativa de Matus trabalhamos nessa pesquisa apenas o Mtodo Altadir de Planificacin Popular, adaptado e utilizado no planejamento sindical dos sindicatos cutistas. Por ltimo constatamos que a proposta de Planejamento e Administrao Sindical (PASC) da Escola Sindical 7 de Outubro e da SNT-CUT, subestima a gesto sindical, e que uma proposta que se preocupe em aprofund-la fundamental para a superao dos problemas crticos das organizaes sindicais cutistas.

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O desenvolvimento scio-politico-econmico e social de nosso sculo, vem contribuindo enormemente insero da fora de trabalho feminina, principalmente nas ltimas trs dcadas. A necessidade econmica aliada ao desejo, cada vez mais manifesto, de desenvolver potenciais profissionais, vem modificando certos hbitos e costumes que, tradicionalmente, estavam enraizados em nossa cultura. O desejo de "ir a luta" tem transformado o papel da mulher dentro do contexto familiar. Cada vez mais, nos deparamos com mulheres que conseguem, mesmo que de forma incipiente, dividir seu "papel-rtulo", de dona de casa, com seu marido ou companheiro. E a, surge a questo: com quem ficaro os filhos? As creches vem se revelando como uma boa alternativa, na medida que, em sua prpria definio, ela um local destinado a favorecer o desenvolvimento da criana pequena. A criana deve ser atendida em suas necessidadse bsicas, propiciando a sua socializao, estabelecendo relaes afetivas e ampliando experincias. Paralelamente, resta analisar que toda deciso implica em um processo muitas vezes doloroso. A deciso de deixar o beb na creche, se reflete, diretamente, nos sentimentos maternos, que se tornam ambguos. A necessidade d as mos a culpa, que se instala fortemente. Quanto ao beb, entrar em um mundo novo tarefa rdua, que exige um estgio de maturao e um processo de ajustamento que no corresponde, muitas vezes, ao desenvolvimento fsico, intelectual e emocional. Para se adaptar ao novo ambiente, entram em jogo mecanismos mltiplos que alteram desde a fisiologia do beb at o seu desenvolvimento como um todo. Essas mudanas fazem com que as crianas emitam respostas e tenham comportamentos de reao, os mais complexos e diversos, a essa adaptao. um mundo novo, como pessoas novas e, estabelecer relaes, no to simples. Afetivamente, ir a creche, implica na separao do meio familiar e, mais especificamente, separa-se da me. Dentre muitas formas de expressar o sentimento em relao a essa separao, encontram-se os distrbios emocionais do beb - o adoecer da criana, as manifestaes psicossomticas que so diretamente ligadas a relao me-filho. Procurar-se- analisar os aspectos pscicolgicos do adoecer, adoecer entendido como forma de protesto, como reclamao a angstia frente separao.

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As teorias psicolgicas reconhecem a importncia da relao me X filho, observando-a como primordial para o desenvolvimento da criana. Esta relao implica, na maioria das propostas tericas, na permanncia da me junto seu filho e de como os sentimentos maternos podem influir ou mesmo determinar as reaes infantis. No entanto, pesquisadores tm ressaltado o momento de transformao pelo qual a famlia passa, j que tanto o homem quanto a mulher buscam novos valores e papis sociais. Nos tempos modernos a creche surgiu como a grande soluo para aquelas mulheres que necessitam trabalhar, na busca de novos papis na sociedade. Contudo, tal soluo parece gerar mais sentimentos de culpa e inadequao medida que a mulher, na maioria das vezes, se sente pressionada e cobrada no que diz respeito ao seu papel de me, cabendo ela a exclusividade dos cuidados infantis, conforme abordagens tericas acima citadas. Desta forma, h a influncia da atitude da me frente creche na adaptao de seu filho instituio? Esta correlao foi constada no estudo que aqui se apresenta, porm verificou-se a possvel participao de outros fatores no processo adaptativo da criana creche como: a estrutura da personalidade materna; a dinmica familiar da me e da criana; a estrutura da instituio (creche); as condies de desenvolvimento da criana e as condies inerentes prpria criana. Conclui-se, portanto, que os tempos atuais urgem por uma redefinio e reestruturao da famlia, implicando numa nova leitura das teorias psicolgicas infantis, quem sabe luz da teoria sistmica, levando-se em conta o novo papel social feminino. A reflexo crtica sobre o desenvolvimento da criana papel de todos.

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Esse trabalho analisa o que aconteceu com a desigualdade salarial no Brasil nos anos de 1981 a 2009. Procuramos descobrir o papel que as caractersticas observveis e os retornos a essas desempenha nas alteraes da distribuio salarial. Usamos quatro variveis explicativas: educao, experincia, atividade econmica do trabalho e regio geogr ca em que mora. A partir de RIF - regressions descobrimos o papel de cada uma dessas covariadas individualmente. Nossos resultados mostram que houve uma signi cativa queda da desigualdade salarial no Brasil a partir do nal da dcada de 1990, explicada principalmente por mudanas nos retornos das caractersticas.

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Um dos grandes desafios atuais da poltica educacional brasileira compreender as razes da chamada crise de audincia do ensino mdio. Como alternativa modalidade regular, jovens a partir dos 17 anos podem optar pela educao de jovens e adultos. Neste artigo, descrevemos os fatores associados s transies de entrada e sada do ensino regular e EJA, bem como de transferncia dos estudantes entre as modalidades. Alm disso, fornecemos evidncias de que a EJA rivaliza com o ensino mdio regular, incentivando alunos em idade correta para cursar o ensino mdio a migrar para a educao de jovens e adultos.