33 resultados para História da Educação


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Este estudo procura analisar a fragmentao institucional de uma organizao pblica, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que passou por inmeras transformaes organizacionais, como fuses e incorporaes de outros rgos. Essas mudanas parecem ter gerado, em seu processo histrico, uma pluralidade de sub-culturas dentro da organizao que so compartilhadas por grupos com diferentes interesses e valores. No sentido de se compreender como agem esses grupos foi desenvolvido um estudo que ocorreu em trs grandes etapas. Na primeira criaram-se tipos ideais, que representam um perfil geral dos diferentes grupos que compem a organizao, com seus valores e interesses. Concomitantemente ao processo de criao de tipos ideais, foi desenvolvida uma anlise histrico-institucional, onde foram verificados fatos importantes na história do FNDE. Na segunda etapa foram realizadas entrevistas com os servidores de cada grupo, onde se buscou colher informaes sobre suas percepes acerca da história do FNDE, assim como seus principais interesses e valores. Na terceira, e ltima, etapa comparou-se os tipos ideais aos depoimentos dos entrevistados, estabelecendo-se um quadro de seu processo histrico e de suas caractersticas culturais. A partir desse quadro desenvolveu-se uma anlise sociolgico-interpretativa de como essas caractersticas geram desafios para alinhamento de valores entre os servidores da organizao hoje.

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Faz uma reviso da educação no Brasil desde a colonizao at os dias atuais. Reflete sobre a questo da cidadania e suas relaes com a educação e a questo do ensino entendido como uma etapa necessria ao exerccio da cidadania. Trata das polticas educacionais no ensino fundamental regular na gesto da prefeita Luza Erundina de Sousa (1989-1992) mostrando as intenes da administrao no caminho da consolidao de uma filosofia educacional que busca resgatar a dignidade dos cidados respeitando as diferenas de opinio e dando oportunidade para a participao da comunidade nas decises da escola. Comentam-se ainda projetos que foram elaborados visando s reais necessidades dos alunos, da comunidade e dos educadores, tais como MOVA, Estatuto do Magistrio e Reorientao Curricular.

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Faz uma avaliao usando critrios qualitativos e polticos do contedo das medidas adotadas durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho no estado de So Paulo (1991-1994). Aborda a poltica pblica adotada a partir do grau de equidade de tratamento das crianas matriculadas na rede estadual de ensino.

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A educação pblica brasileira apresentou grandes avanos nas ltimas dcadas, como a ampliao do acesso, mas a sua qualidade ainda est aqum do desejvel. Visando melhoria da qualidade do ensino pblico, importantes iniciativas vm sendo lanadas, tanto pelo governo quanto pela sociedade civil. Uma destas iniciativas, lanada recentemente pelo governo Lula, foi o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que apresentou como novidade o ndice de Desenvolvimento da Educação Bsica (IDEB). A sociedade civil tambm tem buscado organizar-se em coalizes, visando a articular atores de diversas instituies, governamentais e no-governamentais, sob uma mesma bandeira: a luta por uma educação pblica de qualidade. Identificamos duas coalizes advocatrias em formao no Brasil: a Campanha Nacional pelo Direito Educação e o Todos pela Educação, que, apesar do objetivo comum, possuem origens, composies, fontes de recursos, metas, formas de atuao e de relacionamento com o governo completamente diferentes. Considerando este contexto, buscamos, neste trabalho, a partir de levantamento de dados e da realizao de entrevistas com atores internos e externos s duas coalizes, analisar o seu processo de formao e suas estratgias para influenciar a definio e a implementao de uma poltica pblica de carter nacional.

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Urna proposta metodolgica de ensino e o objeto deste trabalho. Para seu desenvolvimento recorre-se história das cincias com o objetivo de esclarecer a atual si tuao epistemolgica da Biologia e, conseqentemente, da Biologia da Educação. A epistemologia da biologia anall sada, com vistas superao da racionalidade cartesiana. Esta racionalidade elucidada por meio de urna anlise his trica de correntes presentes no pensamento biolgico,atravs das quais se percebe a influncia do positivismo na l gica presente nessa cincia. Contrapondo-se viso positivista e cartesiana ainda presente na Biologia, prope-se um paradigma sistmico, holstico e dialetico, que viabilize urna Vlsao integradora dessa rea de conhecimento. O estudo da construo do conhecimento realiza do corno subsdio para a elaborao de urna proposta constru tivista de ensino, que desenvolvida numa Instituio Federal de Ensino Superior. Em paralelo, realizam-se observaes de campo em duas outras Universidades, com vistas anlise de procedimentos metodolgicos de ensino. A proposta de ensino segundo o construcionismo -di altico obtm xito e recomendam-se o aprofundamento teri co do construtivismo e amplo debate sobre a Biologia da Educação, com base na epistemologia da Biologia.

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O tema central versa sobre a educação existente no meio rural de Barreiro. Barreiro uma pequena comunidade que se encontra no interior do municpio de Iju, ao Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. A populao dedica-se s atividades agrcolas. Como qualquer aglomerado humano, Barreiro tem sua história. História de desenvolvimento, de processos de trabalho, de tradies culrurais e de formas de educação. Partindo do pressuposto de que a inovao tecnolgica atua, no somente sobre as relaes tcnicas do homem com a natureza , mas tambm sobre as instituies e estruturas sociais, procurou-se evidenciar a influncia da modernizao da agricultura sobre a educação e as mudanas ocorridas em relao s tradies. Para isso, partiu-se da descrio da forma de ocupaao da terra. Seguiu-se com um apanhado sobre as fases evolutivas do processo de trabalho, ou seja, das sucessivas inovaes tecnolgicas . Procurou-se mostrar os vnculos entre as formas de trabalho e as consequentes mudanas aparadas nas tradies familiares, religiosas, educacionais e no relacionamento entre os participantes do grupo social. Teve-se em mente observar e analisar a influncia de organismos estranhos ao grupo, como a Cooperativa "COTRIJU", os financiamentos bancrios e a ao do "Movimento Comunitrio de Base" , mantido pela Fundao de Ensino Superior de Iju, enquanto foras induzidas de fora , para provocar mudanas nos processos de produo agrcola e de mentalidade. No centro das discusses enoontra-se a suposio de que as formas de educação extra-escolar, tradicionais, e de que a Educação escolar, no so inovadoras por si prprias. A educação em geral est sujeita s mudanas e introduo de nova tecnologia do processo produtivo, mais do que a prospeco que a educação passa projetar por sua fora intrnseca e prpria. Para tal demonstrao , procurou-se examinar a evoluo da escola de Barreiro e verificar em que medida a inovaao do currculo e da atuao pedaggica esteve e est condicionada s transformaes do processo produtivo, sobretudo, de atual modernizao da agricultura. Contudo, deve-se observar que a Lei 5692 do Ensino Fundamental, fez concretizar a modernizao do ensino que o desenvolvimento tecnolgico estava exigindo.

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O presente trabalho trata do movimento de bairros no municpio do Rio de Janeiro e a sua relao com a escola pblica. Partindo de categorias formuladas por Antonio Gramsci, como hegemonia e aparelho de hegemonia, aborda-se inicialmente a dinmica dos novos movimentos sociais urbanos no Brasil, a conjuntura que propiciou a sua emergncia, o seu potencial de gestores de uma contra-hegemonia e o papel que pode assumir a escola na construo desta. A seguir, procura-se resgatar a história do movimento de bairros no Rio, inserida no contexto da problemtica urbana no pas. Posteriormente e reconstituda a história das lutas por educação no movimento, enfocando-se como os militantes das associaes de moradores filiadas Federao das Associaes de Moradores do Estado do Rio de Janeiro (FAMERJ) colocam a questo da educação pblica escolar entre as suas reivindicaes e que tipo de aao desenvolvem no sentido de agir sobre ela. Ainda nesta perspectiva, analisa-se criticamente o significado poltico das representaes que os militantes elaboram acerca da educação e da escola pblica. Conclui-se apontando as conquistas e os limites do movimento, discutindo-se tambm como as associaes de moradores podem exercer, no processo geral de democratizao, o papel de mediadores entre a escola e a sociedade.

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O trabalho concebe cidado enquanto indivduo datado e situado historicamente, sujeito da construo de sua realidade social. Cidadania surge, ento, como resultado da luta do homem em prol da conquista de espaos de participao poltica e social na Comunidade, medida que, mantendo-se a perspectiva do Estado Liberal, amplia-se a base democrtica da sociedade. Tem como pressuposto que, principalmente em suas sries iniciais, face a seu carter iminentemente formativo, estaria a Escola comprometida com a formao do cidado. Para tal, faz-se necessrio que, seleo de contedos e metodoloqias apropriados, alie-se a vontade poltica de prover a mesma de uma proposta curricular voltada no s para o atendimento dos interesses imediatos da sociedade, mas que, ao mesmo tempo, contemple o objetivo maior de ampliar seu espao de participao poltica e social. Dentre os contedos escolares, foram priorizados os Estudos Sociais por serem os mesmo os que possibilitam ao indivduo a compreenso de sua realidade, a partir do conhecimento das relaes sociais que os homens estabelem na vida em conunidade. O interesse pela rea de conhecimento dos Estudos Sociais norteou o trabalho no sentido de pesquisar a origem e o papel que os mesmos desempenham na educação. Assim, remete-se Escola Norte-americana, onde foi possvel comprovar a importncia atribuda aos Estudos Sociais na formao para a cidadania. A partir da conceituao, delimitao da rea de abrangncia e definio de objetivos foi possvel resgatar as principais tendncias atravs das quais os Estudos Sociais configuraram-se nos programas escolares norte-americanos, sempre voltados preservao do modelo de sociedade democrtica j consagrado, naquele pas. Percebe-se, assim, o perfil conservador que perpassa os contedos e metodologias das diferentes correntes atravs das quais o ensino dos Estudos Sociais evoluiu. Centrando o interesse em investigar como articulam-se Estado e Educação para promover a cidadania, surgem alguns momentos histricos- 1930, 1964 e o atual, como pontos de referncia ao estudo dos textos constitucionais, na tentativa de traar um perfil do cidado que serve aos interesses do Estado Brasileiro medida que mesmo assume feies variadas, dentro do mesmo estilo autoritrio. No mesmo sentido, tenta-se perceber como a escola no Brasil atende aos propsitos de incluso/excluso do indivduo no universo da participao poltica e social. Retrocedendo dcada de 30, resgata-se a primeira tendncia atravs da qual manifestou-se entre ns o ensino dos Estudos Socias. A partir de ento, pode-se constatar a resistncia que a perspectiva de Dewey para o ensino das Cincias Sociais, aqui introduzida por Ansio Teixeira, iria sofrer por parte de alguns setores, at os mesmos virem a ser oficialmente adotados pela Lei 5692/71. A introduo dos Estudos Sociais nos programas escolares deu ensejo formulao de diversas propostas curriculares pautadas por outras tendncias, como a Tecnicista, representada, por Miachaellis, Preston e Bruner e a Cognitivista, representada por Piaget. A crtica ao tecnicismo aponta o fracaso de nosso Sistema de Ensino em relao aos seus objetivos, entre eles o compromisso para com a formao para a cidadania. Os anos 80 oferecem a perspectiva de uma educação mais crtica, voltada para superar os problemas de uma sociedade em busca da expanso de sua base democrtica. Para isto, necessrio se faz a vontade poltica de dotar a Escola de uma proposta curricular capaz de promover o homem a cidado. O trabalho analisa ento, a Proposta Curricular do Municpio do Rio de Janeiro, onde os Estudos Sociais so apresentados como uma disciplina em que o conhecimento se organiza a partir da reconstruo crtica da realidade social do indivduo, permitindo ao mesmo ser o sujeito da construo de sua história. Conclui apontando algumas diretrizes necessrias consecuo de um programa de ensino de Estudos Sociais que vai alm do mero repassar de contedos, mas coloca o homem como sujeito da construo do saber.

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Neste trabalho analisada a adequao entre o projeto de desenvolvimento scio-econmico da Guin~Bissau e seu projeto de educação. O pas em estudo urna ex-col~ nia portuguesa da frica que aps a independncia optou pe la via "autnoma" de desenvolvimento, o que caracteriza a situao de "transformao social". Procura-se verificar se o atual sistema de ensino e os planos oficiais auxiliam a ruptura com a condio nterior de dependncia. O estudo se inicia por urna viso geral da frica pr-colonial e da educação difusa que vigorava naquela po ca. Em seguida, urna descrio da frica colonizada por pases europeus e as modalidades de educação implantadas pelos colonizadores. Examina-se aps isso a frica do perodo das lutas pela independncia (dcada de 60) at os dias atuais, com as diversas opes scio-econmicas, poli ticas e, particularmente, educacionais adotadas pelos pases administrativamente libertos do domnio colonial. ~os demais captulos analisa-se a Guin-Bissauern cada perodo histrico, apresentando-se as ligaes entre os interesses scio-econmicos dominantes e as formas ofi ciais de educação dos africanos: no segundo captulo, a Guin pr-colonial, as vrias etapas da colonizao por tu guesa (a fase mercantilista, durante a monarquia liberal portuguesa, a primeira fase da repblica na metrpole, a ditadura salazarista anterior e posteriormente ao movimento guineense pela independncia) e a luta contra os colonizadores at a libertao total do territrio (1974) No terceiro captulo, os dias Rtuais (fase de "reconstruo nacional") at 1979. so ressaltados diversos aspectos do ensino para comparao entre a fase colonial e o projeto do pas inde-pendente: ligao com a atividade produtiva, com as tare- fas sociais e vida comunitria; prioridades da escolariza o; escola urbana e rural; gesto escolar; formao de professores; mtodos pedaggicos, currculos e disciplinas. A abordagem metodolgica e histrico-estrutural. Constata-se a existncia de muitos obstculos ma teriais para a realizao do projeto autnomo guineense. Mas apesar das caractersticas coloniais persistentes, no ensino so experimentadas solues criativas que favorecem a independncia, baseadas nas prioridades de atendimento das necessidades da populao, de gesto democrtica das escolas, integrao com o trabalho produtivo e "africaniza o" das disciplinas. -

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Este trabalho - As imagens do povo e o espao vazio da arte - educação - o desenvolvimento de uma reflexos sobre a arte, suas condies de produo e o seu conteudo, na busca de subsdio para o desenvolvimento da educação artstica no contexto da Educação Formal. Esta refleo se fundamenta no pressuposto de que a arte no um momento separado da praxis humana, mas que se constitui num objeto de apropriao do real, que ao express-lo cria uma realidade humano-social e a ela se integra, estabelecendo uma rede de interaes. A metodologia empregada para as verificaes concernentes aos pressupostos tericos, situa-se no que se convencionou denominar "estudo de caso". Analisa-se a produo do artista plstico, Antnio Poteiro, ceramista e pintor, de origem popular, procurando nela instncias de crtica e renovao social. Do ponto de vista da apresentao, este estudo se constitui de quatro partes. Na primeira parte, introdutria, sao abordados aspectos tericos da arte em sua relao com a realidade social. Enfatiza-se o problema da fruio nas artes figurativas.A segunda dedicada vida do artista. Faz-se transcrio da história de vida, segue-se um comentrio evidenciando aspectos da capacidade criadora do artista. A terceira dedicada a sua obra, pintura e escultura. Procede-se o deciframento de um conjunto de obras, a partir de um tema recorrente. Numa fase final, reunem-se as questes concernentes a produo do artista, para que venham contribuir para a educação, supondo-se que a arte ocupe nos processos educacionais, um espao que leve ao desenvolvimento da sensibilidade humana.

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O presente estudo prope uma anlise crtica dos objetivos e estratgias dos trs movimentos de educação popular mais expressivos no Brasil, no periodo de 1961-64, as quais tinham como objetivo ltimo transformaes qualitativas na estrutura social: o Movimento de Educação de Base (MEB), o Movimento de Cultura Popular de Recife (MCP) e o Centro Popular de Cultura (CPC) da Unio Nacional dos Estudantes(UNE). A anlise crtica foi feita a partir de referencial terico elaborado com base na teoria de Gramsci, com elementos para explicar a dinmica das foras sociais em Estado capitalista, levando em considerao o contexto econmico, social e politico da poca como pressuposto necessrio anlise de um fato social. Interessou, sobremodo, no referencial, identificar os espaos de ao que escaparam ao controle da classe dominante, permitindo a formao de uma contra-hegemonia. A ao dos intelectuais, fundamental nesta dimenso, uma vez que se trata de criar nova concepo de história, foi analisada enquanto se props despertar o dinamismo residente na camada popular e canaliz-lo para fins poltico-sociais de transformao qualitativa da ordem vigente. Sem concluses definitivas - os movimentos s atuaram trs anos, at serem supressos em abril de 1964 - o estudo reconhece uma expressiva atuao do MEB e MCP na conscientizao e treinamento da camada popular em sentido da formao de contra-hegemonia, destacando-se o surgimento e formao de lideranas nesta camada. O CPC, com maior carter de mobilizao, teve ao menos significativa com a camada popular, no entanto ele se distinguiu pela elaborao artistica e cultural. No apareceu, nos trs movimentos, uma viso terica suficientemente clara sobre as possibilidades de transformao qualitativa em Estado capitalista e no houve a canalizao e orientao poltica que era de se esperar no dinamismo despertado na camada popular.

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O campesinato santareno (lavradores, pescadores, posseiros, colonos etc.) extremamente diversificado, guindo-se trs trajetrias: a) a do campesinato de beirario, oriundo do tempo do Brasil-colnia; b) a do campesinato do planalto, formado por nordestinos fugidos das secas e do latifndio e por sobreviventes do auge da borracha; c) a do campesinato das estradas, que se origina na penetrao da Amaznia em consequncia do modelo capitalista dominante. Porm todos se identificam pela mesma ameaa de excluso frente a este modelo que lhes atinge direta ou indiretamente. As condies econmico-sociais criadas pela história, a conjuntura e a ao de determinados agentes sociais - da Pastoral, educadores e lavradores - propiciaram, em meados dos anos 70, a ecloso de um movimento de trabalhadores rurais. Este movimento visto num primeiro perodo (1974-78) como comunitrio, de ao e perspectivas limitadas; num segundo perodo (1978-82) se define, predominantemente, como movimento voltado para a organizao sindical dos trabalhadores rurais; no terceiro perodo analisado (1983-85),a organizao sindical dos camponeses impe a sua fora relativa "cidade poltica", presente na cidade de Santarm, na CUT e com uma ativa participao deles no PT. Em cada perodo, combinam-se de modo diferente trs "graus" ou "momentos", constitutivos, segundo Gramsci, da conscincia de classe: o "momento econmico-corporativo", o momento sindical e o momento poltico. Neste processo de interaco, concretizado nas suas lutas (por terra, sade, estrada, melhores preos para a sua produo, contra a pesca predatria, etc.) e na sua organizao, o campesinato santareno forja a sua identidade coletiva, sua conscincia de classe. Esta história vista, ao mesmo tempo, como "poltico-militar", em que um grupo social luta para manter e ampliar o seu espao fsico-social, e como pedaggica, em que o grupo se socializa e constri uma nova viso do mundo, adquirindo/ forjando os instrumentes conceituais e operacionais necessrios para sobreviver como classe em que seus componentes se impem como cidados.

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Pela educaio o homem se apropria do mundo atra vs do exerccio processual e consciente do saber e dopoder sobre a realidade e o mundo, realizando-se como sujeito da história em cuja construo se reconhece ao reconhecer sua participao como aio criadora. A diviso da sociedade em classes antagnicas fundamenta a possibilidade e a necessidade de uma proposta de Educação Popular como a forma de retomada pela classe dominada de um direito que lhe foi alienado, que e a Educa o sem adjetivo, onde saber e poder so qualificados a partir do ser homem e nio a partir da posio que se ocupa em uma sociedade capitalista. A proposta de educação popular, para ter significincia, tem que objetivar a mudana social atrav~s da ne gao de estrutura de poder, assumida numa perspectiva de superao de suas contradies constitudas pela existncia de classes antagnicas na sociedade. O sujeito dessa mudana social e a classe dominada que, atraves de grupos:populares organizados, assumem o processo educativo como instrumento de realizao de seu projeto de libertaio, em contraposio ao projeto da classe dominante que usa o sistema educativo-vigente, como for ma de manuteno do status quo ,de dominao. A interferncia em educação popular da parte de pessoas de camadas media, que nao pertencem sociologicamen te classe dominada, pe problemas serios de viabilidade e eficcia. No entanto, com base em dados experimentais e tericos, pode-se afirmar que essa interferncia e vlida e eficaz, mesmo que os educadores nao se integrem em forma de pertena classe dominada.Para a eficcia de sua interferncia no processo educativo popular, os .educadores de camada media tm que manter na praxis educativa uma constante vigilncia para se pr a servio da classe dominada e dominante. nao da classe As condies principais para esse intento sao: opao pela mudana social, convico consciente de que nao so eles, mas os educandos, os agentes principais da dita mudana e, consequentemente, o empenho na consecuao, por parte dos educadores, de uma autintica autonomia no saber e no poder. Da interferncia posta corretamente em prtica sao tambm beneficiados esses mesmos educadores que, na sua praxis educativa, tm oportunidade de crescer na refor mulao de seu saber, tanto sobre a sociedade como sobre o seu posicionamento concreto diante das exigincias de mudana de uma sociedade cuja organizao negaram na base de seu engajamento educativo.

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Centrado no contexto poltico e scio-econ mico do Estado do Maranho, o presente trabalho trata da atuao da escola "Jo~o-de-Barro", como proposta oficial de educação para o meio rural, no perodo 1967/1974. Conce bida como alternativa de soluo para os problemas educa cionais, a escola "Jo~o-de-Barro" surgiu num momento de mudanas poltico-ideolgicas e econmicas, propondo in serir o homem no processo de desenvolvimento planejado e determinado pelo Estado.