26 resultados para Saúde pública - Brasil

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Partindo da experincia de trabalho da autora como psicloga de dois distintos servios substitutivos de saúde mental da rede pública, o presente trabalho visa analisar algumas proposies caractersticas do processo da Reforma Psiquitrica brasileira, levantando, para alm das diretrizes indicadas pela Reforma, certos impasses que se evidenciam na sua efetivao. Destaca-se a importncia do suporte clnico, considerando-o fundamental para viabilizar o trabalho com sujeitos psicticos e prope-se o entendimento da clnica psicanaltica lacaniana como estratgia potencializadora neste processo. O trabalho com a produo delirante do psictico, assim como com a produo criativa deste, entendido, segundo a clnica psicanaltica, como fundador de uma possibilidade de constituio enunciativa capaz de ressituar o sujeito psictico no enlaamento social.

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O estudo descreve, analisa e discute o manejo odontolgico do paciente com insuficincia renal crnica, em hemodilise, no mtodo clnico de interveno, em uma perspectiva de saúde pública. Trabalhou-se com o conceito ampliado de cura, resolutividade e integralidade enquanto construtores da excelncia do mtodo clnico de interveno. A discusso se faz atravs dos seguintes eixos: o doente renal crnico, as dificuldades no seu manejo quanto ao tratamento curativo/reabilitador, a construo da conscincia sanitria, bem como a aproximao da teoria da Reforma Sanitria brasileira prtica do Sistema nico de Saúde. Abordou-se a excelncia do mtodo clnico, para este grupo populacional especfico, como uma das formas de contribuio para a implementao e implantao do S.U.S. democrtico oriundo da Reforma Sanitria brasileira. Conclui-se que para o conceito ampliado de cura e formao da conscincia sanitria preciso trabalhar com o paciente sujeito, enquanto doente renal crnico, assumindo que esta a identidade social do paciente, o que lhe confere o status de grupo populacional especfico. O auto-cuidado e o tratamento odontolgico adquirem sentido quando vinculados doena renal crnica e, em especial, ao transplante renal. Trabalhar de forma resolutiva foi uma condio "sine qua non", sendo que a resolutividade, inclusive com reabilitao prottica, foi uma mediao para o auto-cuidado. Sugere-se trabalhar com a otimizao dos tempos clnicos objetivando a alta e a constituio de centros de referncia clnica para este grupo especfico da populao, com trabalho multi e interdisciplinar.

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Em nossa sociedade questes ligadas biotica esto entre os temas que mais merecem nossa ateno como enfermeiros e profissionais de saúde. A promulgao da Constituio Federal e a regulamentao do SUS no foram suficientes para garantir a legitimao do direito saúde de todos os cidados usurios do SUS. Dessa forma esta pesquisa tem como propsito analisar a percepo da equipe de enfermagem sobre os direitos do cidado usurio do SUS e sua aplicao no exerccio da assistncia de enfermagem. Caracteriza-se como um estudo de caso de uma unidade de atendimento de um Centro de Saúde da rede bsica de saúde, onde os participantes foram seis profissionais integrantes da equipe de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de observaes e entrevistas semi-estruturadas, sendo aps submetidos ao mtodo de anlise de contedo de acordo com Bardin. A partir da anlise dos dados, emergiram trs temas: os direitos do cidado usurios SUS percebidos pela equipe de enfermagem, a implementao dos direitos do cidado usurio SUS na prtica assistencial e alvitres para a preservao dos direitos do cidado usurio SUS. Este estudo pode ser considerado uma estratgia para favorecer a desconstruo de prticas que podem ser vistas como normalidades, contribuindo para que o exerccio de cidadania do usurio e seus direitos sejam respeitados e possam ser apreendidos e incorporados ao cotidiano dos profissionais e dos prprios usurios do SUS. Alm de procurar refletir sobre a importncia e mostrar a necessidade de discusso para o alcance de mudanas efetivas e a verdadeira implantao do SUS. Independente de limitaes assistncia decorrentes de aspectos administrativos setoriais, o comprometimento crescente da equipe de enfermagem tornou-se um fator preponderante na qualidade assistencial.

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Este estudo partiu da prtica psicolgica no atendimento de adolescentes em um servio de saúde mental coletiva na cidade de Porto Alegre. O tema investigado o processo da adolescncia em sua multiplicidade e abrangncia, considerando as experincias de engravidar, a construo da sexualidade e os contextos sociais populares. Alm disso, o campo da Saúde Pública, as polticas públicas e o lugar ocupado pela saúde mental, constituem os eixos de abordagem. Destacou-se a importncia das relaes de gnero sob o vis da teoria psicanaltica, redefinindo o lugar e a posio subjetiva do(a) adolescente, onde a recapitulao da diferena sexual anatmica produz novos efeitos imaginrios para o masculino e o feminino. H um conjunto de situaes e acontecimentos que so prprios tanto da maturao pubertria e das transformaes biolgicas, quanto dos novos modos de viver essas transformaes, estabelecer parmetros de gnero e habitar um corpo sexualmente maduro com relao aptido reprodutiva. Para a coleta de dados, utilizou-se a descrio de carter etnogrfico como forma de circunscrever os domnios para a observao de campo e, partindo da tcnica do estudo de caso, onde o servio de atendimento psicolgico para adolescentes em uma equipe de saúde mental foi o foco, estabeleceu-se uma triangulao entre diferentes fontes de evidncia, tais como: as narrativas individuais, a atividade nos grupos e a anlise documental. A anlise de contedo tornou-se a estratgia para identificar as categorias emergentes e interpret-las luz da psicanlise. Enfatiza-se os aspectos subjetivos e inconscientes que envolvem a procriao humana, sugerindo o neologismo "engravidamento" como um processo psquico na adolescncia. Como resultado, prope-se a constituio de intervalos temporais (ato, dvida, cogitao e certeza) para o processo de engravidamento e problematiza-se o tratamento do problema como epidemia, principalmente quando o foco volta-se para os bairros populares do meio urbano e para a Saúde Pública. Discute-se o paradoxo da condio adolescente, quando a adolescente "antecipa-se" a concluir, sem a "verificao" e "precipita-se" na experincia sem "se previnir", revelando-se duas inadequaes nas prticas de saúde: o ideal higienista com a vigilncia do corpo feminino, por um lado e a fragmentao das polticas de saúde, por outro.

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Embora as doenas no transmissveis representem um problema grande e crescente no Brasil, pouco de conhece hoje sobre a distribuio de vrios de seus j bem definidos fatores de risco biolgico-comportamentais. Para caracterizar o grau em que as prevalncias desses fatores variam, individualmente e em combinao, em funo do alcance escolar, renda e classe social, foram analisados dados de um estudo transversal, domiciliar, com 1157 adultos, entre 15 e 64 anos de idade, residentes em Porto Alegre (RS), Brasil, em 1986 e 1987. Mesmo diante de um elenco rico e diverso de associaes encontradas, variando em funo do fator de risco e da dimenso social analisada, verificou-se que as categorias scio-econmicas mais baixas geralmente estavam relacionadas com as maiores prevalncias de fatores de risco. Em suma, os menos privilegiados da sociedade tendem a apresentar maiores prevalncias dos fatores de risco biolgico-comportamentais, aqui estudados, para doenas crnicas no transmissveis, particularmente quando a categoria social expressa em termos de alcance escolar.

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Contexto: O diabetes mellitus (DM) uma causa importante de morbimortalidade nas sociedades ocidentais devido carga de sofrimento, incapacidade, perda de produtividade e morte prematura que provoca. No Brasil, seu impacto econmico desconhecido. Objetivos: Dimensionar a participao do DM nas hospitalizaes da rede pública brasileira (1999-2001), colaborando na avaliao dos custos diretos. Especificamente, analisar as hospitalizaes (327.800) e os bitos hospitalares (17.760) por DM como diagnstico principal (CID-10 E10-E14 e procedimento realizado) e estimar as hospitalizaes atribuveis ao DM, incluindo as anteriores e aquelas por complicaes crnicas (CC) e condies mdicas gerais (CMG). Mtodos: A partir de dados do Sistema de Informao Hospitalar do Sistema nico de Saúde (SIH/SUS) (37 milhes de hospitalizaes), foram calculados indicadores por regio de residncia do paciente e sexo (ajustados por idade pelo mtodo direto, com intervalos de confiana de 95%), faixas etrias, mdias de permanncia e de gastos por internao e populacional em US$. Realizou-se regresso logstica mltipla para o desfecho bito. As prevalncias de DM foram combinadas aos riscos relativos de hospitalizao por CC e CMG (metodologia do risco atribuvel) e somadas s internaes por DM como diagnstico principal. Utilizou-se anlise de sensibilidade para diferentes prevalncias e riscos relativos. Resultados: Os coeficientes de hospitalizaes e de bitos hospitalares e a letalidade por DM como diagnstico principal atingiram respectivamente 6,4/104hab., 34,9/106hab. e 5,4%. As mulheres apresentaram os coeficientes mais elevados, porm os homens predominaram na letalidade em todas as regies. O gasto mdio (US$ 150,59) diferiu significativamente entre as internaes com e sem bito, mas a mdia de permanncia (6,4 dias) foi semelhante. O gasto populacional equivaleu a US$ 969,09/104hab. As razes de chances de bito foram maiores para homens, pacientes 75 anos, e habitantes das regies Nordeste e Sudeste. As hospitalizaes atribuveis ao DM foram estimadas em 836,3 mil/ano (49,3/104hab.), atingindo US$ 243,9 milhes/ano (US$ 14,4 mil/104hab.). DM como diagnstico principal (13,1%), CC (41,5%) e CMG (45,4%) responderam por 6,7%, 51,4% e 41,9% respectivamente dos gastos. O valor mdio das internaes atribuveis (US$ 292) situou-se 36% acima das no-atribuveis. As doenas vasculares perifricas apresentaram a maior diferena no valor mdio entre hospitalizaes atribuveis e no-atribuveis (24%), porm as cardiovasculares destacaram-se em quantidade (27%) e envolveram os maiores gastos (37%). Os homens internaram menos (48%) que as mulheres, porm com gasto total maior (53%). As internaes de pacientes entre 45-64 anos constituram o maior grupo (45%) e gastos (48%) enquanto os pacientes com 75, os maiores coeficientes de hospitalizao (350/104hab.) e de despesa (US$ 93,4 mil/104hab.). As regies mais desenvolvidas gastaram o dobro (/104hab.) em relao s demais. Consideraes Finais e Recomendaes: As configuraes no consumo de servios hospitalares foram semelhantes s de pases mais desenvolvidos, com importantes desigualdades regionais e de sexo. O gasto governamental exclusivamente com hospitalizaes atribuveis ao DM foi expressivo (2,2% do oramento do Ministrio da Saúde). A ampliao de atividades preventivas poderia diminuir a incidncia do DM, reduzir a necessidade de internaes, minimizar as complicaes e minorar a severidade de outras condies mdicas mais gerais.

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Este estudo delimita a concepo dos gestores sobre os pressupostos e diretrizes do Sistema nico de Saúde (SUS), contextualizando-a no processo de estruturao deste rgo nos municpios de Bag e Dom Pedrito (RS). A partir de uma abordagem sobre a realidade da Regio da Campanha (RS), que abrange a 7 Coordenadoria Regional de Saúde (7 CRS-RS), reflete sobre a importncia do tema gesto para efetivar a saúde como uma prtica social com um enfoque profissional. Neste sentido, identifica as concepes dos gestores dos SUS dos municpios de Bag e de Dom Pedrito (RS) quanto aos pressupostos e diretrizes do SUS; caracteriza o processo de estruturao do SUS nestes municpios; enumera os elementos da prtica administrativa, considerados restritores ou facilitadores pelos gestores no seu processo de estruturao, sistematiza as concepes futuras quanto ao processo de consolidao do SUS na regio em estudo. O retorno de informaes e reflexes, aqui delineadas, podero subsidiar novos estudos, discusses e aes entre os atores sociais envolvidos no processo de efetivao do SUS, numa tentativa de uma aproximao mais adequada da realidade loco-regional com as polticas de saúde e polticas sociais.

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Este trabalho foi desenvolvido no municpio de Porto Alegre e analisa qual a possibilidade de autonomia do gestor municipal da saúde, para definir prioridades para a rea, frente trajetria institucional da poltica de saúde brasileira. Duas caractersticas do desenvolvimento do sistema de saúde no Brasil foram consideradas de maior relevncia neste estudo: a centralizao decisria e financeira no governo federal e a posio que conquistaram as organizaes privadas prestadoras de servios de saúde na gesto e operacionalizao do sistema. Considerando as caractersticas citadas, dois foram os objetivos principais que nortearam a pesquisa: (a) verificar a autonomia do gestor municipal na gerncia dos recursos financeiros da saúde e (b) verificar a capacidade de ao do gestor municipal frente influncia das instituies privadas prestadoras de servios de saúde. Observou-se que a autonomia dos gestores municipais da saúde na gesto dos recursos setoriais limitada, por um lado, pela prvia estruturao dos recursos de transferncias federais, e, por outro lado, pela estrutura dos gastos fixos com os quais esto comprometidos os recursos prprios municipais. Apesar da regulamentao do Sistema nico de Saúde (SUS) garantir ao gestor municipal a prerrogativa de regular os servios prestados pelo setor privado, esse mostra resistncia em se submeter gesto pública. O que acaba por configurar uma tenso entre as tentativas do gestor pblico de expandir seu espao de ao na gesto dos servios privados e as tentativas do setor privado de manter sua posio no sistema de saúde.

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Este estudo partiu da necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a prtica da Assistncia Farmacutica no contexto geral e no cotidiano do servio de saúde do municpio de So Luis (Maranho). Trata-se de um estudo exploratrio, de carter descritivo, empregando mtodos quali-quantitativos, onde a coleta de dados constituiu-se da aplicao de formulrio semi-estruturado aos gestores e profissionais de saúde, durante entrevista realizada em seus ambientes de trabalho. Os resultados obtidos foram sistematizados e discutidos em quatro categorias: (a) viso dos gestores e profissionais de saúde sobre a Assistncia Farmacutica; (b) percepo desses /atores sobre o papel da Assistncia Farmacutica no sistema de saúde; (c) identificao de como eles percebem a Assistncia Farmacutica disponibilizada no servio de saúde, no que se refere ao acesso a medicamentos, orientaes de uso e acompanhamento teraputico; (d) descrio dos avanos e dificuldades no desenvolvimento da Assistncia Farmacutica municipal. As percepes referidas por estes atores delimitam a Assistncia Farmacutica disponibilizada no servio pblico do municpio de So Lus como apresentando dificuldades em todas as suas etapas, o que repercute diretamente na deficincia da prestao de servios e na falta de acesso da populao aos medicamentos essenciais . situao que refora a necessidade de mudanas que alterem a prtica desses servios e promova a implementao de uma poltica de Assistncia Farmacutica mais resolutiva, capaz de contribuir para a efetivao das aes de saúde.

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Este trabalho teve como objetivo conhecer os fatores que desfavorecem a produo de medicamentos genricos no Brasil a partir do posicionamento do setor privado produtor de medicamentos genricos e dos laboratrios oficiais de saúde pública. Foram entrevistados 15 empresas farmacuticas privadas e 4 laboratrios oficiais, utilizando um questionrio estruturado, onde foram destacados os aspectos referentes s caractersticas do setor produtor, s exigncias previstas nas regulamentaes sanitrias para o registro e produo de medicamentos genricos e o seu atendimento pelos produtores privados e oficiais. Conclui-se que, entre as dificuldades verificadas para a produo dos medicamentos genricos no Brasil, destacam-se a forte dependncia da importao de frmacos, que cria dificuldades para o controle de qualidade; a carncia de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pelo setor, que se reflete na escassa experincia nacional na realizao de ensaios clnicos; a dificuldade no cumprimento das boas prticas de fabricao, especialmente os processos de validao; e as questes relacionadas outros aspectos da regulamentao sanitria, da ANVISA e rgos estaduais de vigilncia sanitria. O estudo revela a necessidade de ateno e investimentos por parte do Governo na qualificao da produo da rede de laboratrios oficiais. Ressalta-se que as diretrizes de poltica industrial e tecnolgica estabelecidas pelo atual Governo para o setor farmacutico, a partir de 2003, quando incrementadas e implantadas, podero inicialmente minimizar e a longo prazo atender estas difceis questes dessa rea essencial e estratgica para o Pas.

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o Instituto Nacional do Livro - INL como organismo governamental responsvel pela promoo do livro, pela concepo e coordenao das polticas de bibliotecas públicas implantadas no Brasil, entre 1937 e 1989. Influncias dos Planos Nacionais de Desenvolvimento e dos Planos Setoriais de Educao e Cultura no planejamento das politicas de bibliotecas. Anlise do desempenho da Seo das Bibliotecas e de suas sucessoras, em relao a seu objetivo de desenvolver a biblioteca pública no pais. ldentificao da politica do livro concebida pelo INL, como poltica para as bibliotecas. Estudo da literatura publicada sobre bibliotecas públicas, para estabelecer a vinculao entre as politicas e a sua aplicao no dia-a-dia das bibliotecas.

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Introduo - Os acidentes de trnsito so um grave problema de saúde pública universal, em pases desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando entre as primeiras causas de morte em quase todos os pases do mundo (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). No Brasil, assu-mem grande relevncia, especialmente pela alta morbidade e mortalidade, predominncia em populaes jovens e/ou economicamente ativas, maior perda de anos de vida produtiva e ele-vado custo direto e indireto para a sociedade. Objetivo - Os objetivos deste trabalho foram descrever a magnitude da mortali-dade por acidentes de trnsito, avaliar sua correlao com indicadores sociais e proporo de jovens na populao e testar a sua associao com adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool. Material e Mtodos - Foi realizado, inicialmente, um estudo ecolgico envolven-do todas as capitais das unidades da federao e Distrito Federal (exceto o municpio do Rio de Janeiro), com coleta de dados sobre acidentes de trnsito com vtimas no Departamento Nacional de Trnsito. Foram descritos os ndices de acidentes de trnsito com vtimas p/ 1.000 veculos (IAT-V) e de feridos p/ 1.000 veculos (IF-V) referentes aos anos de 1995, 1997 e 1998 e o ndice de mortos p/ 10.000 veculos (IM-V) referente ao perodo de 1995 a 1998. Em seguida, avaliou-se a existncia de correlao entre o IM-V e taxa de mortalidade infantil (TMI), ndice municipal de desenvolvimento humano (IDH-M), ndice de condies de vida (ICV), proporo de condutores adolescentes envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas (PCJ-ATV) e proporo de residentes jovens (PRJ) nas diferentes capitais. Em um segundo momento, realizou-se um estudo de caso controle, onde foram estudados 863 condu-tores envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas atendidos no Departamento Mdico Legal de Porto Alegre, no perodo de 1998 a 1999. Os condutores foram divididos em dois grupos: condutores envolvidos em acidentes de trnsito com vtima fatal (casos) e com vtima no fatal (controles). Os grupos foram comparados com relao a adolescncia, sexo mascu-lino e consumo de lcool, atravs da razo de chances e seu intervalo de confiana, com signi-ficncia determinada pelo teste de qui-quadrado. Resultados - No estudo ecolgico, observou-se, no Brasil, uma tendncia decres-cente quanto aos indicadores de eventos relacionados ao trnsito no perodo de 1995 a 1998. Nas capitais das unidades da federao e Distrito Federal, apesar da ampla variao apresenta-da, a maioria manteve a mesma tendncia decrescente observada para o pas como um todo. Na anlise das correlaes entre o IM-V e os indicadores sociais, observou-se forte correlao positiva com a TMI (r = 0,57; P = 0,002), ou seja, quanto maior a TMI, maior a mortalidade no trnsito, alm de correlao negativa com o IDH-M (r = - 0,41; P = 0,038) e com o ICV (r = - 0,58; P = 0,02). Quando se avaliaram o IDH-M e o ICV separados em suas dimenses, a dimenso renda de ambos indicadores foi a nica que no demonstrou correlao com o IM- -V. As demais dimenses do IDH-M e ICV demonstraram correlao negativa, sendo que a dimenso infncia (r = - 0,62; P = 0,001) apresentou a maior correlao. A anlise da asso-ciao entre o IM-V e a PCJ-ATV no demonstrou correlao, mas, quando avaliada a asso-ciao com a PRJ nas capitais, houve forte correlao positiva (r = 0,59; P = 0,002). No estudo de caso controle, quando avaliada a relao entre condutores envolvidos em acidentes com vtima fatal e adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool, no foi observada asso-ciao importante em nenhum dos fatores em estudo. Concluses - Apesar de os indicadores de eventos relacionados ao trnsito (IAT- -V, IF-V e IM-V) terem apresentado uma tendncia decrescente durante o perodo de estudo, acidentes de trnsito continuam sendo um grave problema de saúde pública. O estudo ecolgico evidenciou a existncia de relao entre o IM-V e os indicadores sociais (TMI, IDH-M e ICV), sendo que a dimenso renda no demonstrou correlao e a dimenso infncia apresen-tou a correlao negativa de maior valor. Quanto PCJ-ATV, no foi encontrada associao relevante entre este indicador e o IM-V. Entretanto, observou-se forte associao entre a PRJ e o IM-V. O estudo de caso controle no evidenciou associao entre adolescncia e os de-mais fatores estudados e maior risco para acidente de trnsito fatal.