71 resultados para Doenças cardiovasculares Fatores de risco - Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Embora as doenças no transmissveis representem um problema grande e crescente no Brasil, pouco de conhece hoje sobre a distribuio de vrios de seus j bem definidos fatores de risco biolgico-comportamentais. Para caracterizar o grau em que as prevalncias desses fatores variam, individualmente e em combinao, em funo do alcance escolar, renda e classe social, foram analisados dados de um estudo transversal, domiciliar, com 1157 adultos, entre 15 e 64 anos de idade, residentes em Porto Alegre (RS), Brasil, em 1986 e 1987. Mesmo diante de um elenco rico e diverso de associaes encontradas, variando em funo do fator de risco e da dimenso social analisada, verificou-se que as categorias scio-econmicas mais baixas geralmente estavam relacionadas com as maiores prevalncias de fatores de risco. Em suma, os menos privilegiados da sociedade tendem a apresentar maiores prevalncias dos fatores de risco biolgico-comportamentais, aqui estudados, para doenças crnicas no transmissveis, particularmente quando a categoria social expressa em termos de alcance escolar.

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A mortalidade dos pacientes diabticos, quando iniciam tratamento hemodialtico, ainda muito elevada, significativamente maior do que a dos pacientes no diabticos. As doenças cardacas so a principal causa de morte nestes pacientes. O diabetes, por si s, est associado a uma alta prevalncia de hipertenso, doena cardiovascular e insuficincia cardaca, resultando em morbi-mortalidade significativas. Tradicionalmente, a mortalidade tem sido associada cardiopatia isqumica. A mortalidade cardiovascular, entretanto, no est relacionada apenas isquemia, mas tambm insuficincia cardaca e morte sbita. O objetivo deste estudo foi analisar o papel da doena cardiovascular como fator prognstico para a morte de pacientes diabticos e no diabticos, que iniciam hemodilise, levando em considerao outros fatores. Este foi um estudo prospectivo de uma coorte de 40 pacientes diabticos e 28 no diabticos, que iniciaram programa de hemodilise, de agosto de 1996 a junho de 1999, em 5 hospitais de Porto Alegre, Brasil. O tempo total de acompanhamento foi de 4,25 anos. A avaliao inicial, realizada entre o 20 e o 30 ms de hemodilise, incluiu: um questionrio com caractersticas demogrficas, histria do diabetes e suas complicaes, histria de hipertenso e acidente vascular cerebral; o exame fsico incluindo avaliao nutricional e exame oftalmolgico; e avaliao laboratorial com medidas de parmetros nutricionais, bioqumicos, hormonais, perfil lipdico, e controle metablico do diabetes, alm da avaliao da adequao da dilise. Para a avaliao cardiovascular foram utilizados: questionrio Rose, ECG em repouso, cintilografia em repouso e sob dipiridamol, e ecocardiograma bi-dimensional e com Doppler. A mortalidade foi analisada ao final dos 51 meses, e as causas de morte, definidas pelos registros mdicos, atestados de bito ou informaes do mdico assistente ou familiar. Na anlise estatstica, foram empregados o teste t de Student, o qui-quadrado (2) ou teste exato de Fisher. Para a anlise da sobrevida, o mtodo de Kaplan-Meier foi utilizado, e, para identificar os principais fatores associados mortalidade, construiu-se um modelo de regresso mltipla de Cox. O nvel de significncia adotado foi de 5%. Ao final do estudo, os pacientes diabticos tiveram um ndice de mortalidade significativamente mais elevado do que os pacientes sem diabetes (47,5% vs. 7,1%; P=0,0013, log rank test). Na anlise de Cox, o padro pseudonormal ou restritivo de disfuno diastlica esteve associado a um risco de 3,2 (IC 95%:1,2-8,8; P=0,02), e a presena de diabetes, a um risco de 4,7 (IC 95%:1,03-21,4; P=0,04) para a morte. Concluiu-se que a disfuno diastlica do ventrculo esquerdo foi o principal preditor de mortalidade nesta coorte de pacientes que esto iniciando tratamento hemodialtico.

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O Cncer de colo uterino um dos tumores mais freqentes em mulheres brasileiras, assim como o cncer de mama. O desenvolvimento do cncer cervical e sua associao aos tipos oncognicos de Papilomavrus Humanos (HPV) est bem documentada, sendo esta infeco um fator necessrio para o desenvolvimento do cncer cervical. Os tipos de HPV 16 e 18 so os mais freqentemente relacionados a tumores invasivos, denominados, portanto de alto risco. Entretanto, outros fatores como atividade sexual precoce, nmero de parceiros sexuais, nmeros elevados de gestaes e partos, uso prolongado de contraceptivos orais, deficincia nutricional, tabagismo, baixo nvel scio econmico, baixa imunidade e outras doenças sexualmente transmissveis (DST) so fatores contribuintes para o desenvolvimento dessa patologia. Este estudo tem como objetivo conhecer a freqncia dos HPVs oncognicos 16 e 18 na populao de mulheres de uma rea geogrfica localizada na zona norte de Porto Alegre, bem como verificar as caractersticas associadas presena deste vrus e sua relao com leses do colo uterino. Trata-se de um estudo transversal cujo desfecho a positividade ao HPV, em especial HPV 16 e 18, em mulheres de uma rea geogrfica localizada na zona norte de Porto Alegre. Um total de 1004 amostras de material do colo do tero foi coletado para realizao do exame citopatolgico convencional e para a identificao do HPV-DNA atravs da tcnica da Reao em Cadeia da Polimerase (PCR). Colposcopia e bipsia foram realizadas sempre que a citologia estivesse alterada e/ou a PCR para o HPV-DNA fosse positiva. A freqncia de HPV e sua distribuio por faixa etria so descritas, bem como a sua associao com as variveis estudadas atravs das Razes de Chances (RC) estimadas por regresso logstica mltipla. Observou-se uma freqncia de HPV-DNA de 30,8% na populao estudada. Destas 17,8% so mulheres positivas para o HPV 16 e 5,5% para o HPV 18. O fato de mulheres no terem um companheiro fixo (Razo de Chance (RC) =1,42; Intervalo de Confiana (IC) de 95%: 1,10-2,00) mostrou-se associado com a positividade para outros HPVs. O HPV 16 mostrou uma associao positiva com mulheres mais jovens ( 34 anos) (RC=2,48;IC95%:1,22-5,05). Quanto ao HPV 18, as mulheres fumantes mostraram uma associao postiva com o desfecho (RC=3,57; IC95%:1,26 10,10). Os resultados mostramram uma elevada freqncia do HPV na populao analisada, onde o mais freqente foi o tipo oncognico HPV 16, o que pode ser muito til no planejamento da utilizao de vacinas para o HPV. Os achados tambm sugerem uma associao positiva de infeco pelo HPV em mulheres sem companheiro fixo e mulheres jovens com a infeco pelo HPV 16 e mulheres fumantes com a infeco pelo HPV 18.

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No prximo ano, completam-se 40 anos desde a primeira tentativa de transplante heptico (TxH) em seres humanos. H quase 20 anos, o transplante (Tx) tornou-se uma opo teraputica real para os pacientes portadores de doena heptica terminal. Atualmente, o TxH o tratamento de escolha para diversas enfermidades hepticas, agudas ou crnicas. Dos transplantes realizados na Europa ou nos EUA, em torno de 12% dos pacientes so crianas e adolescentes. No Brasil, 20,9% dos pacientes transplantados de fgado em 2001 tinham at 18 anos de idade e, destes, 60,7% tinham 5 anos ou menos. O objetivo do TxH a manuteno da vida dos pacientes com doena heptica irreversvel, e a principal forma de avaliao de sucesso a sobrevida aps o Tx. A primeira semana que se segue ao TxH, apesar dos excelentes progressos dos ltimos anos, continua sendo o perodo mais crtico. A maioria dos bitos ou das perdas do enxerto ocorrem nas primeiras semanas, em particular, nos primeiros 7 dias de TxH. Diversos fatores de risco para o resultado do TxH podem ser identificados na literatura, porm h poucos estudos especficos do Tx peditrico. As crianas pequenas apresentam caractersticas particulares que os diferenciam do Tx nos adultos e nas crianas maiores. Com o objetivo de identificar fatores de risco para o bito nos 7 primeiros dias aps os transplantes hepticos eletivos realizados em 45 crianas e adolescentes no Hospital de Clnicas de Porto Alegre entre maro de 1995 e agosto de 2001, foi realizado um estudo de caso-controle. Entre os 6 casos (13,3%) e os 39 controles foram comparadas caractersticas relacionadas ao receptor, ao doador e ao procedimento cirrgico e modelos prognsticos. Das variveis relacionadas ao receptor, o gnero, o escore Z do peso e da estatura para a idade, a atresia de vias biliares, a cirurgia abdominal prvia, a cirurgia de Kasai, a histria de ascite, de peritonite bacteriana espontnea, de hemorragia digestiva e de sndrome hepatopulmonar, a albuminemia, o INR, o tempo de tromboplastina parcial ativada e o fator V no foram associados com o bito na primeira semana. A mortalidade inicial foi maior nas crianas com menor idade (p=0,0035), peso (p=0,0062) e estatura (p<0,0001), bilirrubinemia total (BT) (p=0,0083) e bilirrubinemia no conjugada (BNC) (p=0,0024) elevadas, e colesterolemia reduzida (p=0,0385). Os receptores menores de 3 anos tiveram um risco 25,5 vezes maior de bito que as crianas maiores (IC 95%: 1,3487,7). A chance de bito aps o Tx dos pacientes com BT superior a 20 mg/dL e BNC maior que 6 mg/dL foi 7,8 (IC95%: 1,250,1) e 12,7 (IC95%: 1,3121,7) vezes maior que daqueles com nveis inferiores, respectivamente. Das caractersticas relacionadas ao doador e ao Tx, as variveis gnero, doador de gnero e grupo sangneo ABO no idnticos ao do receptor, razo peso do doador/receptor, causa do bito do doador, enxerto reduzido, tempo em lista de espera e experincia do Programa no foram associados com o bito nos primeiros 7 dias. Transplantes com enxertos de doadores de idade at 3 anos, ou de peso at 12 Kg representaram risco para o bito dos receptores 6,8 (IC95%: 1,143,5) e 19,3 (IC95%: 1,3281,6) vezes maior, respectivamente. O tempo de isquemia total foi em mdia de 2 horas maior nos transplantes dos receptores no sobreviventes (p=0,0316). Os modelos prognsticos Child-Pugh, Rodeck e UNOS no foram preditivos do bito. Os pacientes classificados como alto risco no modelo de Malatack apresentaram razo de chances para o bito 18,0 (IC95%: 1,2262,7) vezes maior que aqueles com baixo risco. A mortalidade na primeira semana foi associada a valores elevados do escore PELD. O risco de bito foi de 11,3 (IC95%: 1,2107,0) nas crianas com valor do PELD maior que 10. As crianas pequenas e com maior disfuno heptica apresentaram maior risco de bito precoce. Doador de pequeno porte e prolongamento do tempo de isquemia tambm foram associados mortalidade. Somente os modelos de Malatack e PELD foram preditivos da sobrevida.