30 resultados para Souza, Márcio, 1946- . Lealdade. Crítica e Interpretação


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Abordamos, nesta tese, quatro perfis do escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948). Primeiro, seu lado visionrio, que redundou na criao de uma extensa obra voltada para a infncia e, paralelamente, em uma grande investida no mundo empresarial. a utopia escrita e passada ao ato. Para levar a cabo seu trabalho hercleo, Lobato sorveu da filosofia de Nietzsche o quantum satis para lhe redobrar a mpeto intelectual. Este o segundo ponto discutido aqui. Fazendo tabula rasa dos ideais educacionais de seu tempo, Lobato criou personagens paradigmticos para povoar sua Utopia, calcados no pensamento de Rousseau (Emlio x Emlia) e nos ideais do Iluminismo. a matria do terceiro captulo. Para fechar o crculo, no quarto captulo, examinamos os vnculos do autor com a sociedade norte-americana do incio do sculo XX, que lhe forneceu o modelo de uma comunidade prspera e feliz, que o escritor sonhava implantar no Brasil.

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Dificuldades na preveno do HIV/AIDS em relacionamentos heterossexuais estveis recomendam estudos deslocando o foco do individual para o interacional. Entrevistou-se 15 casais heterossexuais, que realizaram conjuntamente testagem voluntria em servio de sade pblica. Foram realizados dois estudos: o Estudo 1 explora aspectos da motivao para a realizao da testagem sorolgica, conhecimentos sobre HIV/AIDS e susceptibilidade percebida; o Estudo 2 descreve e analisa prticas preventivas adotadas nos perodos anterior e posterior testagem para HIV. Os dados foram analisados atravs de procedimentos qualitativo-fenomenolgicos: descrio qualitativa, anlise indutiva ou temtica e anlise crtica ou interpretao. Os resultados indicam que padres relacionais entre gneros e dificuldade na relao conjugal influenciam a vivncia da suscetibilidade de infeco e a adoo de prticas preventivas. Os riscos de infeco so negados ou desvalorizados, mesmo em casais sorodiscordantes, por dificuldades com o tema sexualidade e por padres de comportamento de gnero: homens expem-se a risco para afirmar sua masculinidade; mulheres para manter relacionamentos afetivos. Implicaes para preveno so discutidas, destacando a importncia do desenvolvimento de intervenes com ambos os cnjuges que levem em conta dinmicas dos relacionamentos e formas de comunicao necessrias para construo e manuteno de comportamentos preventivos.

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Esta pesquisa busca determinar se a pelcula cinematogrfica Blade Runner pode ser entendida como mito segundo a concepo de Joseph Campbell, bem como procura desvendar qual o significado do filme enquanto mito. Para o primeiro tpico, foi usado o mtodo de anlise textual, amparado no paradigma indicirio. Para o segundo tpico, foi feita uma comparao do Teste de Turing e do programa de conversao ELIZA, de Joseph Weizenbaum com Blade Runner. Nossa concluso final remete idia da mquina como espelho simblico do ser humano.

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Este estudo pretende analisar a obra romanesca de Laury Maciel, constituda por Noites no Sobrado(1986) e Rosas de Papel Crepom(1992), baseado em aspectos como melancolia, saudosismo, ironia e pessimismo, sob a tica da Sociologia do Romance e da Teoria do Romance, de Georg Lukcs, que apresenta o conceito de heri problemtico e sua busca pela totalidade. Alm disso, procura situar a obra do autor no conjunto da produo literria sul-rio-grandense dos anos 70 e 80, especialmente do gnero romance.

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O presente trabalho tem por objetivo investigar a constituio de imagens de gacho no discurso da narrativa literria gauchesca, levando em conta a presena de, pelo menos, duas representaes que habitam todo um imaginrio social sobre o gacho: a do mito e a do no-mito. Para tanto elegemos, como corpus de anlise, seqncias discursivas constitutivas de duas obras consagradamente gauchescas: Contos Gauchescos, de Joo Simes Lopes Neto, e Porteira Fechada, de Cyro Martins. a Anlise de Discurso de Escola Francesa (AD) que d sustentao tericometodolgica a esse trabalho, que se constitui no entremeio de disciplinas da rea de Cincias Sociais, compreendendo um percurso que contempla noes advindas da Histria, da Psicanlise, da Antropologia, da Geografia, cada uma delas vindo a funcionar de maneira bem especfica junto s noes prprias da AD. O trabalho est sub-dividido em trs partes, assim nomeadas e constitudas: - Parte I - Sobre o tema e os pressupostos terico-metodolgicos, que explicita o tema e os pressupostos terico-metodolgicos da AD, mobilizados no desenvolvimento do trabalho; - Parte II - Sobre a construo do objeto de anlise, sub-dividida em dois captulos: Captulo 1, que abrange os entornos tericos que contriburam para a reflexo acerca do objeto de estudo; e o Captulo 2, que apresenta as possibilidades de se circunscrever o objeto de estudo em questo, via um levantamento das condies de produo e via a observao dos entrecruzamentos de discursos sobre o gacho; - Parte III - Sobre o corpus e as anlises, sub-dividida, tambm, em dois captulos que apresentam as anlises, propriamente ditas. nessa terceira parte que se revelam as imagens de gacho que constituem o discurso da narrativa literria gauchesca em questo, estabelecendo relaes de identidade e de 8 alteridade entre o mito e o no-mito gacho no discurso literrio gauchesco em questo. Importa destacar, ainda que resumidamente, o que as anlises revelam: por um lado, a representao das formas de subjetivao do gacho nesse discurso; e, por outro, as designaes e descries de gacho que constituem o discurso em questo. A anlise das formas de subjetivao do gacho explicita as no-coincidncias entre o lingstico e o discursivo na constituio dos sentidos. A anlise das designaes e descries atribudas ao gacho representado ora como mito e ora como no-mito no discurso literrio em questo revelam imagens de gacho, desconstruindo efeitos de oposio entre mito e nomito. Assim, o presente trabalho explicita como se constri uma e outra imagem de gacho no intradiscurso: a imagem do mito, em Contos Gauchescos; e a imagem do nomito, em Porteira Fechada; bem como explicita que a construo dessas imagens, no discurso da narrativa literria gauchesca, faz parte de um processo discursivo onde se constroem e emergem diferentes imagens de gacho.

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Os fenmenos da traduo, assim como vrios dos diversos percursos histricos e tericos apresentados ao longo da Histria sobre o tema, sero explicitados e discutidos. A avaliao comparatista de duas tradues de Moll Flanders, de autoria de Daniel Defoe, ser desenvolvida, levando-se em considerao as concepes mais atuais dos Estudos de Traduo, como a teoria da Reescritura de Andre Lefevere. Aspectos como o status do tradutor, assim como o sistema literrio do qual este provm, so fatores que tambm sero pertinentes s referidas anlises crticas.

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O compositor boliviano Simen Roncal (1870-1953) considerado um dos formadores da linguagem musical nacional na Bolvia. Para desvendar este processo de formao e reconhecer aqueles elementos que, no momento histrico em estudo, propiciam a identificao desta msica com o projeto nacionalista boliviano, analisamos os elementos tcnico-estilsticos que representam as culturas formadoras da nao boliviana, indgena e hispano-americana, no conjunto de obras 20 Cuecas e dois Kcaluyos Indios. Tais elementos foram interpretados luz de estudos musicolgicos e etnomusicolgicos sobre a msica da Bolvia.

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A construo da imagem do criminoso e da vtima e as formas de apresentao da morte no programa Linha Direta da Rede Globo so o foco desta pesquisa. Com a utilizao do suporte metodolgico da Anlise do Discurso de linha francesa, analisamos o funcionamento discursivo do programa e as suas perspectivas de enunciao. Observamos quatro enunciadores principais no Linha Direta, os quais, na maioria das vezes, falam sob o mesmo ponto de vista e remetem mesma formatao no momento que atuam na construo das imagens dos criminosos e das vtimas. O criminoso caracterizado como uma pessoa m, que entrou na vida da vtima para acabar com a sua tranqilidade e fazer dela uma pessoa infeliz. J a vtima tem sua imagem apresentada como sendo essencialmente boa e dotada de qualidades. A vtima, de acordo com a perspectiva do programa, sempre foi uma pessoa batalhadora e o seu principal erro foi ter tido ligaes com a pessoa que acabou sendo o assassino. A morte apresentada direcionada, com autoria, praticada por pessoas que tm alguma relao com a vtima; uma morte violenta. Ento, na configurao geral do discurso do programa, h um foco especfico que a de um criminoso mau e de uma vtima boa, onde o mal s pode ser combatido com a realizao da delao do bandido por parte dos espectadores.

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inegvel que as passagens B 560 e B 586 da Crtica da Razo Pura sejam paradoxais. Isso porque, embora Kant tenha afirmado haver uma possibilidade da liberdade na soluo da terceira antinomia (B 560), de forma aparentemente contraditria a esse resultado, alega, numa passagem da nona seo do segundo captulo do segundo livro da dialtica transcendental, sequer ter tido o problema de demonstrar a possibilidade daquele conceito. Esse problema, correlato dificuldade de compatibilizar- se aquelas passagens, a causa motriz do engendramento deste texto dissertativo. Logo, por meio dele, busca-se explicar por que razo tais passagens no so contraditrias. No o so, porque a acepo do termo possibilidade nelas empregadas ambgua, ou seja, possui mais de um significado. Como veremos, distinguindo o significado dos conceitos de possibilidade a envolvidos, pode-se defender uma possibilidade lgica da idia transcendental da liberdade enquanto nmeno. Mas seria tal possibilidade lgica do conceito da liberdade transcendental um princpio regulativo? Que princpio regulativo seria ele? Ao se analisar esse segundo problema dissertativo, delimitando-se a segunda questo relao da possibilidade da liberdade com os princpios regulativos em seu uso emprico, conclui-se que estes conceitos tm acepes totalmente distintas. Isso porque, uma vez que eles possuem diferentes funes no itinerrio da razo: enquanto um procura deixar em aberto um espao numnico, o outro, abre espao para o regresso emprico das inferncias, a fim de que a razo especulativa no se atenha indevidamente a um incondicionado ilusrio.

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Sete ocorrncias auriferas esto inseridas na Seqncia Campestre do Complexo Bossoroca, no Escudo Sul-rio-grandense, municpios de So Sep, no Estado do Rio Grande do Sul. Nessa regio, foi realizado um aerolevantamento geofisico no qual foram coletados dados magnetomtricos e aerogamaespectromtricos (K, U, Th e contagem total), em convnio finnado entre rgos federais brasileiros (CPRM, DNPM e CNEN) e a empresa canadense Texas Instruments no perodo 1972-1973. Nessa dissertao so apresentados as interpretaes e resultados dos dados e a metodologia utilizada para a interpretao das principais estruturas magnticas e radiomtricas visando aplicao na explorao mineral de ouro. Esse tipo de processamento, correlacionado aos dados geolgicos, uma prtica usual de campanhas de prospeco mineral desde 1940 e considerada como uma ferramenta de grande potencial para esse propsito. O processamento de dados magnetomtricos forneceu mapas de primeira e segunda derivadas verticais, sinal analtico, gradiente horizontal, integral vertical, continuao para cima (1000, 2000 e 3000 metros) e seus principais lineamentos do campo magntico residual. Os dados foram tratados e posterionnente transfonnados em mapas de contorno e imagens pseudocoloridos e em tons de cinza com relevo sombreado (iluminao N, NE e SE) para realar os principais lineamentos. Os mapas produzidos a partir dos dados aerogamaespectromtricos foram os de contagem total, K, U e Th, suas razes Th/K, U/K e UITh; mapas temrios nos padres RGB e CMY, potssio e urnio anmalos e parfunetro F, tambm foram transfonnados em mapas de contorno, pseudocolridos e tons de cinza com relevo sombreado (iluminao a N, NE e SE) e um mapa geolgico interpretativo da regio do Complexo Bossoroca As imagens magnetomtricas mostraram-se importantes na caracterizao estrutural regional, possibilitando a identificao de lineamentos NE-SW e NW-SE, no mapeados anterionnente e que podem estar relacionadas diretamente s ocorrncias auriferas da regio do Complexo Bossoroca. A aplicao das tcnicas de processamento e interpretao de estruturas magnticas por meio dos filtros como gradiente horizontal, primeira e segunda derivada, sinal analtico, continuao para cima, possibilitaram a determinao de descontinnidades fisicas que podem ser traduzidas em estruturas geolgicas. O processamento de dados aerogamaespectromtricos possibilitou a caracterizao de unidades geolgicas regionais, a identificao de possveis trends e zonas anmalas em potssio, relacionadas com as principais ocorrncias auriferas da regio. As imagens ternrias nos padres RGB e CMY pennitiram a distino e a caracterizao das grandes unidades geolgicas. Pode-se individualizar trs regies principais dentro da Seqncia Campestre, no mapeadas anterionnente, onde se encontram as ocorrncias auriferas.

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A presente dissertao de mestrado compreende o projeto e a execuo de uma balana eletro-mecnica. Este equipamento tem por finalidade a medio das seis componentes dos esforos atuantes na base de modelos de edificaes alteadas, ensaiadas em tnel de vento. As componentes medidas serviro como subsdio para o desenvolvimento do projeto estrutural e de fundaes das edificaes modeladas. A fim de tornar o mais abrangente possvel sua utilizao, foi estudada a magnitude de esforos e freqncias de vibrao, devidas ao vento no modelo ensaiado, a que o sistema est submetido. Estas grandezas so os critrios de projeto para o desenvolvimento do sistema de medio. Deste modo, desenvolve-se um equipamento capaz de ser utilizado em estruturas dos mais variados tipos, como, por exemplo, torres, chamins e edifcios alteados. O sistema de medio em estudo consiste em trs partes: um conjunto de clulas de carga dispostas de forma a medir as componentes dos esforos, um circuito eletrnico para amplificao e condicionamento do sinal produzido em cada clula de carga, e um microcomputador para aquisio e armazenamento dos dados produzidos pelo sistema. Como resultados so apresentados os ensaios realizados em tnel de vento com modelos bem definidos, a fim de testar o sistema. As concluses do trabalho ficam por conta da interpretao dos resultados e anlise da utilizao deste tipo de equipamento para determinao de coeficientes globais de vento em edificaes.

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A problemtica do presente trabalho a anlise da configurao atual da Assistncia Social e suas instituies no Brasil, investigando o desenvolvimento do setor e a natureza da atividade assistencial, a partir da Constituio Federal de 1988. O objetivo principal desse trabalho analisar as desoneraes tributrias referentes assistncia social e sua regulao, especificamente a questo da imunidade tributria prevista pela Constituio Federal de 1988 (no artigo 150, VI, "c"). A metodologia utilizada foi a interpretativa, atravs de estudo de casos e anlise terica, buscando partir das decises do Supremo Tribunal Federal para traar o quadro histrico da questo em termos jurisprudenciais, para compreender a assistncia social no contexto atual atravs da anlise dos casos concretos e crtica das decises. Justifica-se por ser um tema polmico, tanto em termos regulatrios quanto em de anlise das polticas pblicas pertinentes ao setor. A Assistncia Social e as relaes do Estado com as entidades do setor tem sido objeto de discusses recentes, pela prpria expanso do setor no pas. Nesse contexto, a questo da imunidade tem sido o ponto mais sensvel na relao Estado-entidades assistenciais, provocando conflitos quanto regulao do instituto, agravado em razo de legislao inadequada criada para o setor. A determinao dos limites da aplicao das normas de imunidade tributria das entidades assistenciais se justificaria por trazer maior segurana jurdica rea, beneficiando no somente o Estado, mas as entidades srias do setor A relevncia terica das discusses sobre os limites da legislao reguladora apresenta-se pela falta de padres normativos definidos a respeito da atuao das instituies, que devem ser analisadas a partir da Constituio Federal de 1988. A discusso do papel do Estado tambm se destaca aqui, atravs do estudo das relaes entre este e os particulares, quando realizam atividades de interesse pblicoTambm relevante a anlise do impacto das alteraes constitucionais em matria de regulao da assistncia social, cujos conceitos ainda no se encontram adequadamente tratados nas formulaes tericas e nas decises dos tribunais, sendo que progressivamente vo sendo incorporados, especialmente pelos tribunais. Pode-se apontar inicialmente que o Supremo Tribunal Federal historicamente oscilou em suas decises, hora partindo de uma interpretao mais ampla e flexvel, hora restringindo a aplicao da imunidade, apresentando recentemente a tendncia flexibilizao e interpretao ampliativa em relao aos requisitos para sua configurao. Entretanto, o tratamento no uniforme, observando-se a exemplo a restrio da aplicao da imunidade em relao s Entidades de Previdncia Complementar Fechadas. Verifica-se tambm a necessidade de uma nova legislao adequada modernizao do setor, definindo de forma mais clara as restries aplicao da imunidade tributria em seus vrios aspectos, e adequando essas restries aos requisitos constitucionais.

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A presente dissertao consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na Esttica Transcendental (Crtica da Razo Pura, A26/B42) em defesa da no espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame est amplamente baseado na interpretao de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no dilogo com os textos do intrprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. So dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertao. O primeiro a compreenso da distino transcendental entre coisas em si mesmas e aparies [Erscheinungen] conforme a assim chamada teoria dos dois aspectos. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretao reza que a distino transcendental deve ser entendida no como uma oposio entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distino de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta a defesa de uma concepo moderada da tese da no espacialidade. Nessa verso moderada, diversamente da formulao mais forte qual a maioria dos intrpretes costuma aderir, a tese kantiana no estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam no-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo espacial. Os primeiros captulos da dissertao concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmao que as aparies do sentido externo so espaciais e a referida tese da no espacialidade. O trabalho de conciliao resume-se a esclarecer como possvel afirmar, sem contradio, que aparies e coisas em si mesmas so as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparies possuem certas propriedades (determinaes espaciais) que as coisas em si mesmas no possuem.A soluo dessa dificuldade resultou na identificao de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretao baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princpio do carter constitutivo da relao cognitiva, de outro, a admisso de uma estrutura judicativa peculiar: o juzo reduplicativo. O terceiro captulo trata, por fim, do sentido da tese da no espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretaes que pretendem fortalecer o peso lgico da tese. Essencial para essa fase crtica da argumentao foi a discusso de dois paradoxos recorrentes na literatura secundria: a clebre objeo suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliao entre as afirmaes da no espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegticos em favor de uma verso mais fraca da tese kantiana. Em sntese, a investigao pretendeu confirmar a proposio segundo a qual a no espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condies ontolgicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condies de representao, i.e., nas condies de atribuio dos contedos de uma representao consciente objetiva (cognio) ao representado.

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Este trabalho trata das questes ambientais vinculadas ao projeto de empreendimentos habitacionais. Inicialmente, apresentam-se as bases conceituais, discutindo, especialmente, o significado de termos como : ecologia,meio ambiente e desenvolvimento sustentvel, aplicados arquitetura. Como forma de ilustrao destes conceitos, analisa-se obras relevantes. Segue-se a caracterizao das vrias fases de um projeto desta natureza, destacando o planejamento, a construo, a ocupao e a desativao. Por fim, aplica-se estes conceitos atravs da anlise de um conjunto habitacional, monstrando se o mesmo sustentvel ou no. Dessa forma, colabora--se na compreenso das interdependncias ecolgicas e verifica-se o desempenho desse conjunto habitacional referente sustentabilidade.

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O objetivo deste estudo foi investigar o processo de corroso no ao embutido nos concretos com relao a/agl 0,40; a/agl 0,50 e a/agl 0,70, com substituio parcial do cimento por 30% de cinza da casca de arroz (CCA), 25% ou 50% de cinza volante (CV), expresso por massa de cimento, obtendo-se concretos convencionais com resistncia mecnica variando entre 17 e 51 MPa, aos 28 dias de idade. O processo de corroso foi induzido pelos ons cloreto, por exposio aos ciclos de imerso em soluo com 3,5% NaCl e secagem ao ar, durante um longo perodo de exposio (5 anos). Foram apresentados os resultados obtidos das propriedades fsicas (resistncia mecnica compresso axial, ndice de vazios e absoro de gua) e propriedades eltricas (queda hmica, resistncia e capacitncia do concreto e interfacial). Foram discutidas as tcnicas eletroqumicas usadas para avaliar o processo de corroso, tais como o monitoramento do potencial de corroso (Ecorr), resistncia de polarizao (Rp), espectroscopia de impedncia eletroqumica (EIS) e curvas de polarizao. A tcnica de interrupo de corrente foi usada para obter-se informaes sobre a queda hmica no sistema. No presente estudo foram utilizados diferentes mtodos de determinao da velocidade de corroso (icorr), tais como Rp e EIS. Ambas as tcnicas foram relativamente adequadas para a determinao do valor da icorr, quando o ao se encontrava no estado de corroso ativa. O valor da icorr obtida pela extrapolao das retas de Tafel (retas tangentes s curvas de polarizao) tendeu ser mais baixo. Observou-se que a tcnica de Rp relativamente simples, rpida e quantitativa, mas requer a determinao da compensao da queda hmica no sistema, o qual pode variar com o tempo de exposio, contedo de umidade, teor de ons cloreto e com o grau de hidratao. A tcnica EIS pode fornecer informaes precisas sobre a icorr, processo de difuso envolvido, heterogeneidade ou porosidade da matriz e interfaces do concreto. Todavia, pode criar um espectro de difcil interpretao, alm de consumir muito tempo para a aquisio dos resultados. A dificuldade na tcnica EIS ficou tambm relacionada com a obteno direta da resistncia de transferncia de carga (Rt) no diagrama de Nyquist. A evoluo do processo de corroso pode ser mais bem avaliada pelo acompanhamento da diminuio da inclinao da curva log |Z| x log no diagrama de Bode, sendo esta diretamente proporcional Rt. Para a anlise dos dados de impedncia, um circuito equivalente foi proposto, auxiliando na interpretao fsica do processo de corroso acontecendo no sistema ao-concreto sem pozolana. Os resultados obtidos tambm demonstraram que os concretos com mais baixa relao a/agl estudada e com pozolana (30% CCA, 25% CV ou 50% CV, por massa de cimento) foram mais eficientes no controle da iniciao do processo de corroso, induzida por ons cloreto, quando monitorado pela medida do Ecorr.